Capítulo XIX
N/A:. Uma única abelha pode derrubar uma dúzia de elefantes, quanto mais grandes mais vulneráveis, quanto mais obscuros mais solitários e quanto mais unidos mais fortes.
Olhar azul
🔫
E puta merda.
Hunter quis beijar o traseiro abusado de Atena e conceder-lhe qualquer maldito desejo. Sua Oksana estava incrível dentro do vestido de renda dourado e pedras que pareciam terem sido feitas especialmente para adorná-la.
Hunter prendeu a respiração quando as primeiras notas de Für Elise, foram os cinquenta segundos mais tensos da sua vida. Ao lado de Oksana estava Andrew James e ele parecia malditamente bem dentro do seu terno roxo feito sob medida. O brasileiro havia despertado atenção de um homem em específico que havia pedido não tão gentilmente que Hunter ficasse de olho nele. Hunter quis sorrir, mas as melodias da música lentamente diminuíram e lá estava Oksana bem em frente dele.
Isso havia sido rápido.
Tão rápido que o russo não conseguiu processar.
Hunter respirou fundo e olhou diretamente para os olhos da mulher a sua frente. Oksana olhou-o de volta. Haviam emoções contidas naqueles belos olhos azuis. Palavras que flutuavam entre eles e principalmente amor com grandes doses de paixão. Hunter esticou sua mão e rapidamente Oksana entregou-lhe a sua, mas não sem antes beijar levemente os lábios de Andrew e ouvi-lo sussurrar algo no ouvido dela.
Hunter franziu o cenho, mas não sentiu-se incomodado com o gesto. Ele gostava de saber que havia alguém com que Oksana sempre pudesse contar.
Andrew era abertamente gay. Tão gay que ele devia mesmo cagar e vomitar arco-íris. Não que isso fosse de todo mau, na verdade o tão temido Pakhan da Bratva adorava o pequeno homem assim como o admirava, ele era corajoso o suficiente para não ficar escondido dentro de um armário mesmo sabendo quão intolerantes para a homossexualidade eram os russos.
Foda-se. Seu irmão havia colocado o olho nele e Hunter esperava que ele conseguisse enlaçar o brasileiro.
A igreja estava cheia.
A cerimônia decorreria em duas etapas como mandava o casamento Católico Ortodoxo. O noivado e a coroação. Oksana sentiu-se apreensiva ao mesmo tempo que emocionada. A poucos meses ela era nada mais que uma dançarina em um prostíbulo, um corpo para os homens usarem em suas imaginações para aliviarem a si próprios e no momento ela estava no altar prestes a tornar-se numa mulher casada. O quão sortuda ela era. O homem ao seu lado a amava e ela o fazia também com imenso fervor.
Parecia um sonho.
O sacerdote olhou-os e sorriu levemente e assim iniciou com as orações que levaram menos tempo do que se esperava. Cuidadosamente o sacerdote colocou as aliança no dedo anelar da mão esquerda de Hunter e depois no dedo de Oksana recitando palavras de bênção aos noivos. Beethoven ainda tocava no fundo deixando o momento que já era especial ainda mais emocionante. Atena moveu-se juntamente com Andrew para segurar as coroas douradas com brasão dos Mikhailkov; o momento da coroação era uma das partes mais esperadas da cerimónia. Atena e Andrew cruzaram as coroas nas cabeça de Hunter seguido por Oksana, eles também seguraram a vela e a fita que unia as coroas na procissão em torno do altar.
A emoção estava estampada no rosto de Oksana. O olhar de Hunter varreu as feições delicadas de sua quase esposa. Faltavam apenas os últimos detalhes. Hunter fechou os olhos desejando que seu pai estivesse ali com ele. Que ele o visse tornando-se num homem completo tendo a sua outra parte unindo-se a ele. Ele desejou que aquele maldito sentimento horrível que assolou seu peito quando olhou para Oksana novamente sumisse. Aquele sentimento dolorido de mal entendido, ou talvez de verdades não contadas.
As palavras do sacerdote o fizeram voltar a realidade. Eu tenho que viver o momento e apenas isso. Ele deu de ombros e arrastou seu olhar para encontrar o da sua irmã que parecia surpreendentemente emocionada. Tomar as vitórias um do outro como as suas próprias. Seu peito aqueceu de amor.
Não era nenhum segredo o quanto ele amava sua irmã e estava sempre disposto a fazer qualquer coisa que a agradasse. Até namorar um idiota interesseiro.
Lhe fora entregue uma taça dourada que parecia antiga, mas estava impressionantemente bem polida e parecia incrível em design único. Havia vinho no interior da taça, ele bebeu um curto gole entregando-o a Oksana que repetiu o gesto. Assim como mandava a tradição, três voltas no sentido anti-horário foram dadas em torno ao Analói, que era a mesa aonde ficava o Envagelho e a Cruz, o processo todo era guiado pelo sacerdote. O cheiro do incenso era exótico e agradável. O incenso era usado para purificar o altar e os objectos sagrados que ai estavam, assim como a todos os presentes na cerimônia. Era simplesmente um momento único e especial, a felicidade estava estampada no rosto de Oksana; a loira sorria largamente enquanto sua mão estava entrelaçada na do seu agora marido.
Seu marido. O coração de Oksana pulou uma batida. Seu.
" Talvez tenha sido o destino, mas eu sinto, eu profundamente sinto que eu pertenço a ti, com todo o meu coração, com tudo que existe em mim. E eu juro pela minha vida honrá-la e sempre deixá-la orgulhosa do homem que você me faz. Um homem que sorri mais do que fala e um homem que sabe qual é o seu lugar para voltar. Eu quero construir mais que um lar com você, eu quero construir uma vida cujas paredes que lhe irão revestir serão maiores e mais fortes que qualquer bola de demolição, porque eu soube que eu pertenço a ti e você pertence a mim, eu amo-te Oksana Mikhailkova"
Aquelas palavras. Oksana não estava preparada para elas, por mais que esperasse por algo, mas não aquelas malditas palavras de derreter o coração em amor.
Oksana fechou os olhos apertando-os forte para não chorar. O homem a sua frente, o que ostentava um sorriso cheio de dentes e um olhar brilhante e aquecedor era malditamente bom com nas palavras. O homem a sua frente era agora seu marido e seu lar estável, aquele cujas paredes aguentariam em pé não importa o quê, e que suportariam a intensidade e a força de qualquer bola de demolição.
🔫
A festa após a cerimônia de casamento foi bela. Muita vodka e dança tradicional russa. Oksana aproveitou a ocasião para conhecer os irmãos do seu marido. Marido, ela sorriu com este pensamento. Aquele era seu verdadeiro lar agora, sua casa e onde seu coração pertencia, e foi pensando nisso que ela percebeu o quão eram imponentes, porém malditamente discreto em suas acções todos aqueles que Hunter chamara de irmãos, começando por Atena, apensar da mulher cujos cachos castanhos eram incríveis ser chamativa por sua beleza. Havia também o homem que falava a maior das vezes em grego; ele era alto, tão alto quanto Hunter, ou talvez alguns centímetros mais alto. Seus olhos tinham um tom verde tão claro que era arrepiante olhá-lo directamente nos olhos, eram mais verdes que os de Hunter, chegavam a ser cristalinos. Apollo Drakos, foi assim que Hunter o chamara e por alguma razão aquele homem dava arrepios, o mais evidente era o facto de que Atena não parecia sentir-se confortável ao lado do homem, ao mesmo tempo que Apollo sempre mantinha suas feições duras e fechadas assim como o cenho franzido e as linhas duras que emolduravam o seu rosto pareciam feitas de cera, mas ao contrário do que suas feições diziam as atitudes eram completamente controversas, ele era gentil e simpático.
Oksana estava sentada na mesa dos noivos enquanto assitia Hunter dançar alegremente com Atena, eles realmente se davam bem, tão bem quanto qualquer par de irmãos.
Fiéis uns aos outros.
—Eles sempre foram assim —A voz a sua trás levou uma onda de arrepios ao estômago da loira.
—Espalhafatosos?
Ele riu. Acenou positivamente e andou um passo mais para perto de Oksana.
—Sim, fodidamente espalhafatosos —Ele franziu o cenho, como se alguma imagem tivesse passado sob sua visão, mas rapidamente voltou a sorrir. —Você sabe, ele carrega algo grande nas costas, mas está sempre carregando aquele sorriso dele também. Ele tem o ar controlado e isso é o que faz dele um grande Pakhan. Eu o amo por isso.
Oksana arregalou os olhos.
Apollo sorriu e piscou para ela.
—Relaxe, eu não irei roubar o seu marido de você.
Oksana sorriu.
—E que é tão raro ouvir homens héteros falarem tão abertamente que amam outro homem.
Apollo franziu o cenho. Oksana anotou aquilo como um hábito involuntário do moreno.
—Somos irmãos —Apollo de de ombros despreocupado. —Irmãos devem dizer sempre que amam uns aos outros. Para nós a lealdade vem com o respeito, apreço e amor.
—Eu acho que você e Atena não partilham uma história de amor. —murmurou Oksana, a loira lançou um olhar divertido para o grego.
Ele deu de ombros. Não havia como imaginar o que sairia da sua boca. E outro item especial no homem eram as suas demoras para responder perguntas.
—Ela é uma vadia. Por vezes homens e mulheres poderosos esquecem-se que existem limites.
Dizendo isso Apollo beijou o lado esquerdo da bochecha de Oksana e afastou-se da loira, deixando-a ainda mais intrigada. Havia uma história e com certeza não era ódio-pós-amor.
Do outro lado do grande salão Hunter varreu a sala procurando por sua esposa. Normalmente festas russas eram regadas de muita dança e alegria e ele gostava de sorrir sempre que pudesse ou alguém contasse alguma piada sem graça. Seu pai o havia dito que o sorriso abria até as portas do inferno permitido qualquer negociação com o diabo, seu pai era um homem de sorriso fácil e ele gostava do facto de ter herdado isso do homem que ele mais admirava. Oksana estava junto a Apollo, Hunter sorriu. Mesmo parecendo sempre zangado o grego era uma manteiga quando devidamente aquecido.
Aquele homem era o sinônimo do altruísmo e bondade.
Varrendo ainda mais o salão a silhueta de um homem o parou. Atena já havia saído do seu radar. A pequena menina cujas tranças pareciam cuidadosamente feitas olhou-o curiosa. Hunter beijou-a na testa sorrindo para ela e afastou-se rapidamente dela, seguiu o olhar que ele conhecia tão bem quanto a palma da sua mão.
Hunter saiu do salão seguindo o homem pelo largo corredor da sua casa. Estava escuro e frio, ele adorava o frio e a chuva. O Outono e o Inverno eram perfeitos, transmitiam tristeza e melancolia.
Aquele homem ostentava um olhar Bonnatero. Um azul malditamente carregado e sombrio. Ele sabia que aquele também não era o Bonnatero que ele desejava que fosse e isso significava apenas uma coisa.
—Nos temos um maldito problema —disse Atena empurando-o para dentro do primeiro quarto que encontrou. Lá estava Apollo e logo a sua trás entrou Omar.
—Merda!
Atena esbugalhou os olhos.
—Merda.
—Olá Atena, belo vestido —disse Vincenzo Bonnatero.
Maldito gênio Bonnatero.
O homem estava sentado no sofá de couro escuro e tinha na mão um copo de água com uma fatia de limão. Não era novidade que o herdeiro Bonnatero abominava todo e qualquer tipo de bebidas alcoólicas. Como sempre Vincenzo vestia um terno feito sob medida, camisa negra que destacava ainda mais a cor profunda dos seus olhos e sem gravata. Seus cabelos negros estavam penteados para trás, nenhum fio fora do lugar.
Havia algo nos homens Bonnatero que gritava perfeição.
Vince tinha apenas um objectivo, conseguir que os irmãos do seu irmão mais velho o levassem até o homem que estava sob a mira do seu Desert Eagle.
—Não praguejem tanto. Pelo menos não o façam quando estiverem perto da minha mamma ela faria vocês não sentirem mais as vossas orelhas por horas.
Por mais que houvesse um brilho genuíno no olhar do Bonnatero ao mencionar sua mãe ele não sorriu e suas feições continuaram impassíveis.
—O que você quer aqui?
Vince bufou alto. Seu olhar correu entre Atena e chegou à Hunter.
—Achei que o irmão do meu irmão fosse o meu irmão. Vince sabia que não funcionava assim.
—Você achou errado —Corrigou-o Atena.
—Vejo porque eles a chamam de vadia —Vince deu um longo gole na sua bebida.
O silêncio se instalou no cômodo. Hunter sabia que o apelido de gênio Bonnatero não havia caído do nada para o homem sentado em sua frente. Se Vincenzo Bonnatero estava em sua casa isso significava que algo grande havia acontecido ou haveria de acontecer. O Pakhan respirou fundo acenando para Omar que parecia alerta. Hunter sentou-se na poltrona em frente ao homem, Apollo afastou-se deles ficando em pé no fundo do cômodo onde havia um bar ostentoso. Atena seguiu os passos de Hunter e assim como Omar eles acomodaram-se ainda centrando suas atenções no homem malditamente relaxado no sofá.
Ele era tão calado que chegava a ser barulhento e desconcertante. Aquele olhar, o olhar que ele carregava chegava a ser abismal. Não era muito diferente do olhar que Light carregava, mas havia algo a mais nele, algo como percepção e muita concentração. Aos 28 anos Vince Bonnatero havia feito da Cosa Nera uma grande colmeia de abelhas africanas. O homem era uma verdadeira dor na bunda daqueles que ousavam bater de frente com ele. Hunter também sabia que existia outro cujo humor era completamente diferente do homem a sua frente. Vince era gêmeo e maldita era a genética Bonnatero, tinham uma mistura de Leoa e Ursa ruiva em forma de mãe e um pai que havia levado o legado dos seus antecessores de forma aterrorizante.
Tal pais, tais filhos.
Vincenzo continuava calado. Seu olhar corria para cada membro no cômodo sem preocupação. Uma presa que na verdade era um predador. O famoso caso de lobos em pele de cordeiro, mas no caso de Vince era lobo em pele de lobo mau.
Vince endereitou seus óculos, puxando-os para cima com o dedo indicador, sua atenção correu para as acções do Pakhan da famosa Bratva. Hunter puxou pequenos copos e encheu-os de vodka. O moreno tombou a cabeça para o lado assistindo as acções do poderoso homem a sua frente. Hunter bebeu o primeiro copo sendo seguido pelo homem de cabelos cacheados e depois foi a vez de Atena e do grego que era conhecido por ser um grande defensor dos direitos humanos.
Havia sobrado um copo cheio de vodka, Vince lambeu os lábios e lentamente colocou o seu copo de água na mesa de centro.
—Porque vocês estão com suas atenções viradas a mim? —na verdade ele sabia exatamente porquê.
Tradições russas.
—Eu não consumo álcool se ainda não ficou claro aqui. Eu lamento muito por sua tradição —seu olhar chegou até Hunter que sorriu de lado. —Eu não ligo muito para elas da mesma forma que eu não quebro regras.
—Alguns homens tomariam isso como um acto de desrespeito.
Hunter focou seu olhar no homem a sua frente. Ele não esboçava qualquer sinal de medo ou receio.
—Eu também não me importo com isso —disse o jovem Bonnatero. —Na verdade, cada um deve escolher fazer aquilo que se sinta a vontade para fazer e eu tenho certeza que você sabe disso e, é exatamente por isso que o copo estava mais para sua esquerda que para a minha direita. Desde o inicio você serviu-o para si e não para mim. Eu sou aquele bom em analisar as coisas Pakhan.
Que o homem era inteligente Hunter já sábia, mas era incrível ve-lo em acção. Hunter sorriu e levou o copo até seus lábios virando o conteúdo que havia ali. Vince olhou-o divertido.
—Bem eu sinto muito por não tê-lo convidado ao casamento e eu detesto ter que deixar a minha recém esposa sozinha então eu serei directo. O que o trás a Rússia e especialmente ao meu território Capo dei Capi ou eu devo chamá-lo de Barão.
Pela primeira vez Hunter viu um sorriso surgir nos lábios do homem, mas desapareceu tão rápido quanto havia surgido.
—Tanto faz. Eu preciso que vocês me levem até esse homem.
Vincenzo puxou a foto que havia dentro do evelope caqui. Hunter amaldiçoou mais uma vez e Atena grunhiu. O homem na foto parecia um verdadeiro deus grego. Cabelos incrivelmente cacheados, pele entre o bronzeado e o achocolatado. Ele era negro e de uma beleza rara. Na foto ele saia de um Bentley negro e ostentava um par de óculos escuros; ele vestia jeans desbotados e uma camisate do Nirvana que o lembrava do seu irmão gêmeo, Enzo.
—Não —disse Hunter sério. O humor do homem havia mudado radicalmente confirmado as suspeitas que ele carregava. O homem da foto estava na classe dos inacessíveis. —Malditamente não.
Nessa hora o irmão Drakos mais velho estava sentando ao lado de Mikhailkov.
—Konstantinous —Murmurou o homem.
—Você quer foder connosco certo? —indagou Atena.
Por quê raios homens tão poderosos pareciam assutados com a menção do homem? Essa era uma curiosidade que Vince queria com certeza matar.
—Você não fode com Ezra Konstantinous, Sr. Bonnatero —Apollo disse tão calmo quanto um monge.
—Eu preciso foder com ele e eu não pretendo dar passos pra trás ou ter um momento ejaculação precoce. Detesto a Rússia e olha onde eu estou agora? Não me leve a mal, eu entendo toda essa merda entre vocês e meu irmão mais velho, eu entendo as escolhas dele e eu não o julgo, mas vocês russos não são confiáveis, não para nos italianos e muito menos dentro do submundo, mas eu sou fiel à família e esse homem na foto mexeu com um Bonnatero, isso significa que ele mexeu com um clã inteiro e acreditem ou não, vocês não irão querer ver Beatrice Bonnatero enfiada nos seus negócios.
Hunter franziu o cenho. Ele sabia da reputação que a mãe do seu irmão carregava.
—Com quem ele mexeu? —a voz grave de Omar encheu a sala.
—Light — disse Vince simplesmente. —Ele está com o meu irmão.
Atena Wayne levou a garrafa de bebida cara e bebeu directamete dela um gole longo e profundo. Hunter passou a mão pelos cabelos e encostou-se na poltrona. Era o dia do seu maldito casamento, dia de celebrar a sua união com a mulher que havia arrancado seu coração da forma mais fácil e rápida que existia e ali estava ele, pensando nas formas mais amistosas de chegar até Ezra Andreas Konstantinous. O homem era um verdadeiro demônio que possuía o rosto mais angelical que podia existir. Ele era o filho daquele que merecia todo o respeito e amor dos homens que estavam naquela sala.
Konstantinous era seu maldito pai de criação e Ezra odiava completamente os filhos de criação do seu pai, Ezra não queria saber nada do seu pai e agora ele estava com um dos melhores aprendizes do homem que o rejeitara, que o esquecera e que não esteve lá por ele quando ele perdeu a pessoa mais importante da sua vida.
Sua mãe.
Ezra levaria o inferno para todos os Beserkers, disso Hunter tinha certeza.
GLOSSÁRIO 📍
Da - Sim;
_________
Com amor, O. E. Darare
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