✦ ˖ : Capítulo nove . ˖

Rosé engatinhou sobre a cama e se deitou sobre o peito de Lisa, tristonha.

— Bebê, o que houve? — Perguntou preocupada, vendo poucas lágrimas descendo pela bochecha da loira.

Rosé fungou algumas vezes.

— Você viu que a Seulgi teve que se separar da Irene? — Seus olhinhos transmitia angústia, e isso destroçou o coração de Lisa.

Lisa franziu as sobrancelhas.

— Como assim?

— O irmão da Seulgi começou a perceber algumas marcas nela, mas a Seulgi sempre conseguia convencer o irmão que estava tudo bem... — Se ajeitou na cama e segurou a mão da sua dona. — Só que um dia a Seulgi chegou em casa machucada, chorando e muito, muito assustada.

Lisa arregalou os olhos, abraçando Rosé, esperando que ela continuasse a história.

— Com o que? Do que ela tinha medo? — Perguntou curiosa.

A mais baixa suspirou.

— Irene. — Soou seca. — Disse que Seulgi tinha sido uma menina ruim e seria punida. Só que ela tava bêbada... E queria algo novo.

Entre soluços, ela continuou.

— Ela usou as agulhas sem conversar com a Seulgi antes. — Lisa secava as lágrimas no rosto de sua pequena. — Seulgi queria agrada-la, então aguentou calada, mesmo não querendo.

Lisa puxou ela para um abraço apertado e fez um carinho calmo em seus cabelos.

— Irene foi irresponsável. — Sussurrou. — Ela aprenderá com o que fez.

Rosé assentiu.

— Vem cá. — Pôs Rosé em seu colo. — Agora entende a importância da sinceridade no nosso relacionamento?

— Sim, mommy. — Sorriu um pouquinho. — Eu confio meu corpo a você, consequentemente a minha saúde física... E mental também.

— Para isso você precisa me conhecer, e eu você. — Mexeu na franjinha da menor. — Confio e conheço você para saber que me contaria qualquer coisa que o incomodasse.

— Eu sei. — Rosé mordeu o lábio inferior. — Eu juro de dedinho que se eu não quiser ou não gostar de algo, te contarei. Como da vez que pensamos em experimentar aquelas máquinas que dão choque.

Lisa riu ao ver o pequeno tentar fazer vários gestos, indicando a tal máquina.

— Exatamente. — Se deitou com Rosé por cima de si. — Como dominadora, é de grande importância que eu garanta seu conforto e consenso. E como noiva também, claro.

Cobertas e quentinhas num abraço acolhedor, elas suspiraram felizes.

— Amo você, mommy. — Deu um beijinho na região da clavícula da morena. — Obrigado por ser você, e tão amável sempre.

— Ah, pequena. — Sorriu apaixonada. — Eu faço de tudo por você, sabia disso? Eu te amo demais.

Tudo ao redor delas acalmava o coração de Rosé, que antes batia assustado.

Imagina, ter uma dona tão irresponsável como Irene? Não. Ela estava feliz com os cuidados de Lisa.