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Capítulo 3

   Capítulo 3

— O Lendário Viking de Reiwa anuncia nosso retorno.

— Içar as velas, e puxar a âncora, bando de porcos!

— Quais ordens seguir, comandante Leonard?

Deus algum poderia interromper a balbúrdia bestial iniciada pelos Vikings de Reiwa durante o luar prateado da noite. O nevoeiro espesso pairando sobre o mar indomável causava mil e um arrepios inevitáveis na pele desprotegida deles de roupas de caça de qualidade, na sequência de sentimentos que afligiam o coração; e se Kraken[1], a lula gigante mais temida dos vários oceanos desconhecidos que há, viesse e os atacassem desprevenidos daquela forma afobada?

Quão maravilhoso não seria esse desafio?

— Sem presságios de chuva ou redemoinhos, vão em uma velocidade rápida pela rota do sul! — Vozeirão de Leonard soou firme em meio a tantos semelhantes. — Aos homens entrego a árdua missão de puxar a âncora, e, às mulheres, peço encarecidamente que levem três barris de IRIS para o porão. Meu filho Feup estará lá embaixo junto com o nosso  grandioso imediato, e saberá o que deve ser executado.

Desconhecido não era para ninguém; longuíssimo período de execução não existia no vocabulário quando se tratava dos Vikings de Reiwa sob comandos de liderança. Esses  indivíduos raros, originários de uma formação aparentada, possuíam musculosidade e força superior em comparação a outras criações nórdicas. No tombadilho do Navio Primordial, poucos eram os homens que possuíssem caixas torácicas mais salientes, mãos e braços magros, estatura baixa. Eles avançaram afrontosos, subiram cantarolando alto um lance de treze degraus até o púlpito de popa e se prepararam.

— Puxem a âncora!

Esse uníssono reproduzido pelas pessoas enfileiradas uma atrás das outras viera para ser capaz de levantar a água do mar perpendicular a um conjunto de nuvens imbuídas com gelo em excesso por toda a sua extensão.

— Puxem-a sim, mas não deixem de cantar — Dera ordem expressas. — Nossa musicalidade não é nem um zumbido, que lembra o uivo de um cachorro, só que mais bestial[2].

— E você, Leonard, pretende nos ajudar? — Questionou alguém de longe, vociferando pela indignação.

— Operante e afirmativo!

E ele pôs-se a cantar alegremente pelo tombadilho:

— “Trago gelo de Ginnungagap, a friagem no corpo não me congelará. Temo só, não alcançar o dia de manhã à tarde, onde em Reiwa vou querer embarcar. Na areia vou deixar o sal trocado pelas cabras do pai, meu skalmejen herdado. Sem data de retorno, navego sem destino. Fujo então, e te digo que venha comigo, porque Valhalla aguarda no fim da caminhada, nossas almas aventuradas, entrelaçadas[3].”

O segundo comandante Leonard, braço direito do Lendário Viking de Reiwa em expedições longas, havia envelhecido bem num arco de quarenta e poucos anos. A bebedeira constante não lhe desfavoreceu por conta da genética, e os raios solares durante dias a fio de navegação não foram capazes de encarquilhar nem a primeira camada da pele, quem dirá a segunda — fatídico mesmo era seu charme esbanjado não poder ser superado por sua tolice. Lá se ia a ardente chama da mulherada, para tão, tão distante que nem o injustiçado Prometeu[4] conseguiria recuperá-la!

Seu filho, Felp, tinha o desprazer de ser idêntico.

O canto de taquara rachada invadiu a mente nublada dele, enquanto seu corpo, em queda, tremia a uma altura de não menos de dois metros. O bravejo horrorizado falhava tanto em meio à surpresa hodierna, a cada sílaba bem formada, que poderia ser usada como treinamento infantil. Acontece que, quando as mulheres responsáveis pela entrega dos barris de IRIS chegaram no porão junto com Tilf e Bellamy, o grandioso imediato permitiu a ficada de Felp na porta e adentrou a câmara mais insalubre da face da terra na boa intenção de instruí-las a abastecer o motor da embarcação com o combustível entregue por Odin, quando Tilf tomou a frente e questionou-lhe sobre o quanto ele estava ciente.

— O suficiente para executar essa ordem emitida pelo meu Lendário Viking de Reiwa sem questioná-lo — respondeu ele. — Este afamado vinte dias mais novo que eu não teria acesso a nossa ilha se fosse para nos causar algum mal. Deve haver motivos plausíveis por trás da permissão, mas não cabe a mim e nem a você julgar sem ser conhecedor.

— Este afamado tem o dobro da nossa idade, e o dobro da maldade da serpente de Midgard. Teremos alguém de sede insaciável por sangue e morte em Reiwa, um lazarento que possui prazer em tirar a vida das autoridades eclesiásticas.

— O General Guts foi criado pelas famílias Balcãs no norte de Hélade, por que iria agir contra aqueles padres ibéricos que têm a religião como uma crença numa única entidade? — Sob a miríade de cílios volumosos do homem, estavam olhos tirânicos e impacientes. — Além do mais, o General Guts do centro de Atenas não tem o histórico de sequestrar mulheres e crianças. Se não estou enganado, escutei dizer também que ele até é celibatário, fez votos de castidade.

— Celibatário? — Tilf não sabia ao certo em que acreditar. — Com os diversos boatos que há dele ter deitado-se com o general anterior do seu exército Paladinos de Bronze fica difícil ter fé nele.

— No exército, há quem diga que foi pederastia. Consegue mesmo menosprezá-lo? Pois eu não, e acredito que você muito menos.

Mesmo tendo opinião dualista a dele, ela não quis estender mais o assunto e afastou-se levando consigo as mulheres.

— Volte com Felp e Bellamy. Irei abastecer o motor com três barris para alcançarmos Reiwa antes do amanhecer.

A lataria chamada motor, com aparência decrépita e tubos cilíndricos mal recebera a quantidade necessária de IRIS, quando um inesperado fluxo de ar surgira arrastando todos para trás. Sua potência poderia não ser a mesma de antes, mas a mudança drástica na velocidade em que o bolbo do navio cortava as ondas do mar causava até medo em Felp.

Ele se mantinha firme do lado de fora, em pé no escuro.

O afastamento das quatros mulheres até a câmara resultou na leva da única lamparina a óleo que tinham. Já não havia feixe de luz que pudesse fazê-lo se arrastar pela escuridão, nem testemunhas femininas quando um aperto excruciante no ombro lhe tirou o fôlego do fundo dos pulmões. Aí ele não quis saber de sustentar a coragem e orgulho masculino; correu sem direito a julgamentos. A adaga feita de aço crisol em mãos fora lançada em qualquer direção, causando um ruído memorial de quando acertar corpo firme, do qual nunca poderia se esquecer da colisão frontal nem em mil anos. Os milhares de vagalumes verdes ali não lhe davam ciência alguma de localização e os pés cavos não puderam resistir nem duzentos metros à frente do local original, assim que, para sua surpresa, o chão desaparecera, deixando nada além de um vão sob as suas botas feitas de couro e ossos polidos de cavalo.

O imediato do Lendário Viking de Reiwa era conhecedor de ambientes morbosos assim; que encontrava-se em infinita escuridão e silêncio ensurdecedor, o pavimento craquelado de tão gasto, morcegos com tamanhos desconhecidos, de teto gotejante. Tanto que se voluntariava a aventurar-se ali sem precisar das ordens do segundo comandante Leonard. Porém, Felp jamais desejaria submeter-se a essa tortura.

Estar em queda livre, não possuir suporte necessário, ver a curta vida que teve passando lentamente diante dos olhos arregalados, vidrados acima de onde outrora deveria estar se encontrando em infinito desespero. Os fios de seda do seu cabelo cor cobre chicoteavam a face pálida, onde o sangue havia parado de percorrer por alguns milésimos de segundos. Do corpo humano em queda vieram hormônios liberados pelo medo extremo da morte sem despedidas. O coração saltava tanto pela recordação e péssimo canto do pai insistindo em nublar a pouca coerência restante, que ele poderia sair da caixa torácica a qualquer instante.

“Trago gelo de Ginnungagap, a friagem no corpo não me congelará. Temo só, não alcançar o dia de manhã à tarde, onde em Reiwa vou querer embarcar. Na areia vou deixar o sal trocado pelas cabras do pai, meu skalmejen herdado. Sem data de retorno, navego sem destino. Fujo então, e te digo que venha comigo, porque Valhalla aguarda no fim da caminhada, nossas almas aventuradas, entrelaçadas.”

— Pai, desculpa por ter roubado as suas preciosas cabras! — Emendou para o desgosto de quem ouvisse: — Não as troquei por quilos de sal, e sim por bergamotas. As amo!

Cerca de dois metros de altura não poderia matar ninguém. Ele no máximo teria algumas fraturas nas costelas. E caso a cabeça fosse atingida pelos móveis abandonados ali nas  bodegas, seria uma benção oficial do céu se colocasse os miolos dele nos respectivos lugares. O imediato ponderava se deveria largar a mão trêmula dele e deixá-lo cair logo de uma vez. Na ocasião, o companheiro só seria beneficiado. Indo pelo lado do subconsciente, recordou-se da fragrância doce das bergamotas que comera em meados do começo de Yule[5], onde Felp chegara no bosque carregando uma cesta cheia dos mais suculentos frutos, lhe entregando aos risos sinceros como forma de presente.

— O comandante Leonard tem um filho nada filial.

O comentário inocente saiu dos lábios de Bellamy.

— Eu gostaria de ter participado desse furto…

Qualquer fosse a ocasião, se houvesse oportunidade, não se podia perder a chance de fazer o comandante Leonard infeliz. Esse importante lema deveria ser seguido à risca!

— Se não estou em Valhalla, porque continuo suspenso?! — berrou Felp. — Imediato duma figa, quero ser salvo!

Quase nenhum esforço fora feito para puxá-lo e levá-lo até os braços do imediato, fortificados na graça, contendo sua tremedeira insistente por inteiro. O reconhecimento ilumina o rosto empalidecido dele, fazendo sangue percorrer cada vasinho ruborizado por exposição excessiva ao sol. O nariz fungou até não poder mais, transmitindo a ideia de que ele estava se debruçando em lágrimas de alívio por enterrá-lo perpendicular à curvatura do pescoço do imediato.

Bellamy sentiu compaixão por ele, se dando o trabalho de erguer as mãos para dar pequenas palmadas nas costas.

— Compreendemos o motivo do choro. É bastante válido. Se você tivesse morrido, não poderia entrar em Valhalla — E acrescentou sendo insensível sem pretensão: — Sendo covarde desse jeito, não há deus que permita sua entrada.

— É a poeira! Tenho alergia — volveu o outro se agarrando ainda mais ao imediato, tentando ignorar o odor de sangue fresco vindo das vestes dele. — Aske, podemos sair logo daqui?

O imediato Aske retraiu uma expressão dolorosa, não cedendo a mostrá-la mesmo na penumbra do lugar.

— Primeiro te convido a me soltar, pegar de volta essa sua insignificante adaga e nos guiar para fora daqui — Não se sabia ao certo se ele era sempre grosseiro assim, ou se o corte profundo no meio da clavícula o atormentava. — Da última vez em que você se debruçou nos meus braços, contraí espirros incessantes e, por sua culpa, o Lendário Viking de Reiwa forçou-me a tomar chás produzidos a partir de Camellia Sinensis! Compreende quão desgastante foi viver por dias, a base de pão seco e chá amargo?!

— Vamos deixar este assunto de lado — Feup gargalhou e foi-se retirar às pressas. — Mas que homem mais irritado. Tem uma mente tão sábia, porém cheia de impaciência.

— Maldição, seus ancestrais que são impacientes!

O pavimento empoeirado sob eles rangia na má intenção de desmoronar, clamando pela retirada do peso. Caberia a eles caminhar passo por passo, pessoa por pessoa pelos cantos, passar conveses, cabines, até alcançar a proa. Por algum tempo, demoraram a encontrar a saída sem auxílio de tochas, sentindo as esperanças se esvaindo, quando as vociferações de esforço dos Vikings de Reiwa guiaram-nos pelos corredores sinuosos do porão; penumbrosos demais para ser percorridos por seres humanos de sentimentos à flor da pele, nos quais não se podia controlar, fazendo dos pés de passos calculados, calçar as sapatilhas de Hermes.

— Lendário Viking de Reiwa, o navio já foi abastecido! — anunciou o imediato Aske, enfim estando do lado de fora. — Chegaremos em casa antes mesmo do amanhecer!

Quão afastado o Lendário Viking de Reiwa precisaria estar para não escutá-lo pelos berros estridentes? Juras, e mais juras confiáveis estavam sendo proferidas por seu imediato leal, que poderia travar mil batalhas numa noite e retornar vitorioso em todas elas. A honra mostrada jamais fora alvo de questionamentos, a irmandade cultuada com tanto zelo era apenas motivo de orgulho entre os navegadores. Não era um constante pesadelo ter deslealdade no bando, ser apunhalado pelas costas; mas se motivos havia, ninguém iria expô-los e agir contra o guerreiro escolhido de Odin.

— Que estranho Flony estar sendo tão prestativo hoje — O Lendário Viking de enviou seus agradecimentos através de um aceno. — Leonard, está contente com a nossa volta?

O mencionado fizera um som de concordância.

— De certa forma, sim. Afinal, irei  me encontrar com vossa maravilhosa mãe, abraçá-la contra meu peito, para jamais deixá-la escapar do carinho e devoção de minha pessoa. Prometo ser o melhor marido e padrasto do mundo… — Toda a sua face estava iluminada ao falar. — Querido Thorfill, porque diabos seus punhos estão vindo em minha direção? Você não consegue compreender o meu gracejo?

— Meça as suas palavras.

O meio onde estavam a aproveitar do frescor oceânico, os privilegiavam de assistir estáticos os esforços de todos no convés superior do Navio Primordial. Os mastros dianteiros de madeira Yggdrasil[6] eram tão altos quanto a própria de raízes tão profundas que alcançavam Niflheim[7], Reino da Névoa habitado pelo deus da morte, Helheim. Bem aos pés do púlpito de popa, a figura misteriosa dele parecia persistir ficar escorada nos ombros do Lendário Viking de Reiwa, querendo fixar um lembrete na cabeça leiga de Leonard: meça as suas palavras, senão virás caminhar comigo.

— Peço mil perdões, meu jovem  — Ele ergueu os braços, mostrando redenção. — Essa foi uma simples piada que irei contar para os meus netos, bisnetos e tataranetos!

O Lendário Viking de Reiwa coçou o pescoço.

— Pois que netos, bisnetos e tataranetos? — retrucou. — Você já contou sobre a esterilidade de Felp, seu único filho.

— Quando mencionei este absurdo sem nexo?

— Oras, quando riu e disse para Gruditi que homens como Felp e Aske não conseguem repassar seus genes…

No mesmo instante, Leonard cacarejou uma risada estrondosa, chegando a ferir os ouvidos dos ouvintes.

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1. Kraken: uma espécie de lula gigante, que ameaçava os navios na mitologia nórdica.

2. Crítica: foi feita pelo viajante Al-Tartushi em 900 d.c.

3. Música original: Hoje, acho que encontrei um motivo do porquê me desviei. Se ontem é um fragmento, gravamos. Amanhã teremos a resposta que almejamos. Porque ansiamos. Hoje, tentamos enfrentar o Sol para sermos corajosos. Para nunca perder a alegria, oramos verdadeiramente. E deixamos a tristeza desaparecer suavemente. Quero vê-lo novamente, mesmo em nossa reencarnação. Aqui estou. Aqui estou. Ouça o som, veja o mundo mudar. Sinta o vento, florescendo a vida. Reiwa. O amanhecer está começando. Ouça o som, junte-se ao mundo cantando. Sinta o vento, ouça as almas tocando. Reiwa. Ilumine nosso futuro para todo o sempre. Hoje, confessamos nossos pecados sob a lua que contemplamos. Para não esquecer esse juramento, finalmente fizemos. Para curar e subir, para fazer uma mudança melhor. Quero vê-lo novamente, mesmo em nossa reencarnação. Aqui estou. Aqui estou. Eu quero sentir você de novo e eu encontrar minha salvação. Aqui estou. Aqui estou. Ouça o som, veja o mundo mudar. Sinta o vento, florescendo a vida. Reiwa. O amanhecer está começando. Ouça o som, junte-se ao mundo cantando. Sinta o vento, ouça as almas tocando. Reiwa. Ilumine nosso futuro para todo o sempre.

4. Prometeu: era um titã da crença grega que, por roubar o fogo dos deuses e entregá-lo à humanidade, foi severamente castigado por Zeus.

5. Yule: também conhecido como natal, antes da apropriação cristã.

6. Yggdrasil: a árvore da vida, enraizada no centro da terra. Dá equilíbrio aos nove mundos da mitologia nórdica: Álfheim, Asgard, Jotunheim, Midgard, Muspelheim, Nidavellir, Niflheim, Svartalfheim e Vanaheim.

7. Niflheim: o mundo das ilusões, moradia da deusa Hel (rainha dos mortos) e da serpente Nidhogg, responsável por roer as raízes de Yggdrasil, para destruí-la e iniciar o Ragnarok.

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