Coisas Bonitas que Nunca Serão Esquecidas
CAPÍTULO SETE:
COISAS BONITAS QUE
NUNCA SERÃO ESQUECIDAS
Hyunjin ainda se lembrava bem da primeira vez que viu Lee Felix. E se lembrava também de como tinha descrito a sensação.
O dia em que em seu mundo cinza, se fez cor.
Era como se algo tivesse sido iluminado em Hyunjin. Como se Felix fosse seu sol.
Looking out the door I see the rain
Fall upon the funeral mourners
E ele desejava que ele nunca se apagasse.
♪
Tudo parecia esquisito demais. Fazia uma semana que Hyunjin não via Felix. Nem na escola, nem nos ensaios, e muito menos na loja de discos. Quando questionava Bang Chan, ele parecia tão perdido quanto o amigo, mesmo morando na mesma casa.
— Acho que ele 'tá doente, Hyunjin. Mal sai do quarto. O pai dele me disse pra parar de tentar falar com ele, e vou ser sincero, acho esse cara meio esquisito...
Hyunjin sentia algo ruim crescer em seu peito a cada momento que passava sem ver as estrelas do rosto de Felix. Ele não sabia se era ansiedade, preocupação, ou intuição. Um pouco dos três, talvez.
Apesar de tudo, Irene não parecia nem um pouco preocupada com a falta do Lee nos ensaios. Ela mesma afirmou que ele definitivamente era o ator mais preparado, e confiava em Felix para estar lá no dia da apresentação. Em algo concordavam: Felix parecia adorar atuar. Seus sorrisos mais felizes apareciam nos ensaios.
Hyunjin já havia capturado muitos dos sorrisos de Felix, sem nem saber que quase todos eram por causa dele.
♪
A temporada de chuvas chegou, e o tempo foi se arrastando.
Parading in a wake of sad relations
As their shoes fill up with water
Mais um punhado de dias se passou sem que Lee Felix fosse visto. A única notícia que Hyunjin tinha, era das poucas palavras da parte de Bang Chan, que apesar de preocupado com o Lee, já tinha algo perturbando sua cabeça.
A prova de Seungmin estava chegando. Hyunjin e os amigos intercalavam o tempo deles entre torcer para o melhor acontecer com o amigo, e em lamentar que logo ficariam longe demais pra se ver frequentemente. E costumavam fazer isso nas tardes dentro da loja de discos familiarizada pra todos eles.
Foi em uma dessas tardes, que Hyunjin caminhava de sua casa, em seu dia de folga, até a Nineteen, que o viu novamente.
Seus olhos se arregalaram notando o visual dele, com o cabelo cortado.
Era injusto que mesmo assim ele ficasse tão bonito.
O Hwang ia correr até ele, até notar o olhar cabisbaixo do garoto, encarando uma mãe e um filho brincarem no parquinho, enquanto ele mesmo estava sentado no balanço, se movendo devagar, arrastando os tênis na areia.
Hyunjin caminhou devagar até ele, e se posicionou do lado de Felix. Se ele o notou, não disse nada. Os dois continuaram olhando para a pequena família brincando, quando gotas de chuva começaram a cair. A senhor rapidamente sorriu para o filho, o pegando, e correndo até o carro dela, alegando que não deveriam se molhar para não ficarem doentes.
Hyunjin viu quando Felix franziu o rosto com a frase. Só não soube porque.
— Você quer que eu te balance? — Hyunjin perguntou, depois de minutos em silêncio.
Felix continuou encarando o chão, ainda arrastando seus pés pela areia, parecendo ainda mais desanimado.
— Eu... Adoraria.
Maybe I'm too young
To keep good love from going wrong
Hyunjin era simples. Sorriu assim que escutou a resposta, e, com a chuva fraca caindo por eles, ele fez Felix se esquecer de seus demônios por alguns momentos. Como sempre fazia quando estava por perto.
Quando estava por perto.
♪
Lee Felix voltou aos poucos.
Aparecia nas aulas, e voltou aos ensaios. Ainda passava na loja de discos, agora só pra dar um oi rapidinho.
Mas Hyunjin sentia que algo ainda o segurava, e ele ainda não estava lá por completo.
Pensando nisso, resolveu fazer o que fazia de melhor. Tirar seus sentimentos do peito, e os transformar em palavras bonitas e enigmáticas em um pedaço de papel. Escreveu uma carta. Ou tentou, pelo menos. No intervalo do seu trabalho, ou no início de cada aula, ele adicionava alguma coisa, com os olhares curiosos de Seulgi sob ele, sugerindo palavras chaves que, segundo ela, seriam perfeitas se colocadas em algum parágrafo.
E, em uma noite qualquer, se encontrou com Lee Felix no parque da pequena cidade. O céu estava limpo, sem nuvens ou estrelas. Tinha acabado de chover, então um cheiro de grama e terra molhada preenchia o ar. Hyunjin foi até Felix, que estava virado de costas para ele, fitando o nada.
But tonight you're on my mind
So... you'll never know
Queria perguntar porque ele o tinha chamado ali. Ou porque ele parecia tão distante, depois de ter se sentido tão próximo e conectado com ele. Mas sabia que provavelmente nenhuma dessas coisas seriam respondidas da maneira que ele queria.
Anos depois, Hyunjin ainda teria essas perguntas rondando em sua cabeça. Se as tivesse feito, seria diferente?
Não seria. Nada poderia mudar o destino. O de Felix, ou o de Hyunjin. Ou dos dois.
— Eu tenho algo pra você. — Hyunjin resolveu dizer, se sentando do lado de Felix no banco antigo e rebuscado.
Felix não respondeu e nem olhou para ele, então Hyunjin tirou a carta dobrada de seu bolso, a colocando no colo do Lee.
— Eu sou muito sincero. E aqui... Eu fui o mais sincero que eu jamais conseguiria ser com qualquer um.
Felix suspirou, olhando para o papel em seu colo, o pegando devagar.
— Por que, Hwang?
Hyunjin o encarou confuso.
— Por que o que?
— Por que você me olha desse jeito? Por que você sorri pra mim? Por que você escuta tudo que eu digo e ao invés de me julgar, você segura minha mão e me passa segurança? Por que você me conta seus segredos? — A voz saía trêmula, Felix finalmente o encarava, com os olhos magoados, respirando afobado. — Por que você parece ver tão através de mim? Por que parece que, caralho... Você 'tá conectado comigo?
Too young to hold on
And too old to just break free and run
Hyunjin corou. Felix ficou surpreso, e acabou rindo. Esperava qualquer coisa, menos essa reação. Hyunjin ficou ainda mais envergonhado, virando o rosto.
— Desculpa. Não consegui me segurar. É esquisito ver um cara ficando vermelho só de me escutar falando.
Hyunjin suspirou escutando aquilo, mordendo interiormente sua bochecha.
— É tão esquisito assim eu fazer todas essas coisas?
— Hã?
Hyunjin o olhou novamente, capturando o olhar ainda confuso de Felix.
— Você disse que é esquisito eu ficar vermelho. Quer dizer que todas essas outras coisas também são?
— Não! Não foi isso que eu quis dizer, Hwang... É só... É estranho. A gente não sabe quase nada superficial um do outro. E eu sinto como se conhecesse seu interior.
Hyunjin sorriu. Não encarava isso como algo ruim. Na verdade, via como uma das melhores coisas que podiam ter acontecido com ele.
— Eu não vou saber te responder tudo. Mas grande parte 'tá escrito nessa carta, Yongbok. Eu não sei te dizer o que é isso. Mas eu me sinto como você. — Ele respondeu, depois de alguns segundos em silêncio, formulando suas palavras. — Eu acho... Que é muito mais do que a gente imagina. O mundo é muito gigante pra eu limitar meus pensamentos.
Felix riu, e Hyunjin o acompanhou.
— Então você quer dizer que o destino ou alguma maluquice fez nós dois nos encontrarmos?
— Pode ser. Ou o universo, quem sabe. Não entendo muito dessas coisas. É o Ash que curte esses papos.
Os dois riram de novo, e Hyunjin respirou fundo, pegando na mão de Felix sob o banco, entrelaçando os dedos devagar.
— Mesmo que tenha sido ele, eu acho que eu te encontraria sozinho, também.
Felix arqueou uma sobrancelha, com um sorriso arteiro no rosto.
— Você 'tá desafiando o destino, Hwang?
— 'Tô.
O sorriso do Lee cresceu.
— Então você me encontraria? Num mundo em que você não sabe se eu existo, você me procuraria e me encontraria?
— Sim.
— Isso é uma promessa, Hwang.
Hyunjin riu.
— Não quebro promessas.
— Então pode fazer mais uma pra mim?
A luz do poste perto deles piscou, e Hyunjin o encarou em expectativa.
— Lembra da música do dia em que a gente se conheceu?
— Boys don't cry. The Cure.
— É. Ela é minha música favorita. Quero que você me prometa uma coisa.
— Qualquer coisa.
Felix soltou um riso fraco.
— Nunca chore por mim.
O silêncio se fez presente. Hyunjin não sabia porque ele estava pedindo isso. Não fazia o menor sentido. Não respondeu.
— O que quer dizer com isso?
— Quer dizer que eu amo seu sorriso, e nunca trocaria ele por lágrimas, idiota.
Hyunjin corou de novo, arrancando uma risada alta de Felix. Ele sorriu envergonhado, e tentou afastar as mãos dos dois, recebendo um entrelaçar mais firme da parte do Lee.
— E então? Pode me prometer isso, Hyunjin?
— Certo. Eu prometo, Yongbok.
Sometimes a man gets carried away
When he feels like should be having his fun
Much too blind to see the damage he's done
Sometimes a man must awake to find that
Really he has no one
Felix apertou a carta de Hyunjin fortemente com sua outra mão, a colocando em seu bolso.
Ele tinha muitas perguntas, mas Hyunjin o encarava como se já tivesse dado todas as respostas.
♪
O último ensaio da peça de Irene Bae foi como se tivessem se apresentado sem uma plateia de pessoas fora do clube.
Hyunjin se surpreendeu quando notou que não tinha errado nenhuma fala ou ato, e Bang Chan o cumprimentou alegre, realmente feliz do que tinham feito juntos, animado para que pudessem logo se apresentar.
Lee Felix brilhava naquele palco.
Irene o encarava com estrelas nos olhos, como se tivesse encontrado seu astro. Bang Chan o olhava orgulhoso, fazendo gestos de "Isso aí! Mandou bem!" toda vez que ele dizia algo impactante ali em cima. Hyunjin não conseguia tirar seus olhos dele. Era como se nem respirasse. Tudo ao seu redor tinha se tornado trivial. Lee Felix era a estrela daquele lugar.
Tanto quanto a estrela de Hyunjin.
Ao final da peça, todos gritaram e comemoraram animados. Tudo tinha sido perfeito. Irene prometia que seria a melhor peça que aquela cidade já tinha visto, e os garotos não tinham dúvida disso.
Mas Lee Felix não apareceu no dia da apresentação.
♪
— As luzes estão prontas? Ei, você! As cortinas estão arrumadas? Chequem o figurino!
Irene controlava tudo como uma verdadeira profissional, com pessoas correndo de um lado para o outro no camarim e na parte de trás do teatro da escola. Os atores se arrumavam, e alguns repassavam algumas falas uns para os outros.
Hyunjin checava a todo momento por de trás das cortinas onde a plateia estava, sem conseguir se conter.
— Hyunjin! Você tem que se trocar! — Irene o chamou, e ele saiu de onde estava, indo até ela. — Espera um pouco. Bang Chan! Cadê o Lee?
O coração de Hyunjin errou uma batida.
— Eu não sei. Eu não vi ele o dia inteiro.
— O que?
— Puta merda, Bang! Ele é um dos meus personagens mais importantes!
Hyunjin pôde ver o desespero crescendo no rosto de Irene, e, num ato impensado jogou a blusa que ia colocar nos braços de Bang Chan.
— Eu vou atrás dele.
— Ficou maluco?! Você é meu protagonista, Hyunjin! Não pode sair assim, faltando alguns minutos pra começar!
— Mas a gente precisa dele! Você sabe disso!
— Não! Você nem sabe onde ele 'tá! Não tem peça sem protagonista!
Hyunjin virou o rosto para Bang Chan, e segurou os braços do amigo, que arregalou os olhos para ele.
— Bang Chan! Você sabe todas as falas do meu personagem. Eu vi você ensaiando elas brincando.
— Do que você tá falando..?
— Corta essa! Eu sei que era esse papel que você queria. É sua chance. Eu vou atrás do Yongbok, e você faz o meu personagem.
O nome usado por Hyunjin não passou despercebido pelos ouvidos de Bang Chan, que arregalou mais os olhos.
— Você enlouqueceu, Hwang! Tem uma diferença muito clara entre brincar e ensaiar de verdade! — Irene bufou, balançando a cabeça.
— Fala sério, Bae. Eu só dou pro gasto. A sua estrela da noite ia ser o Felix. Nós dois sabemos disso.
Irene abriu e fechou a boca uma vez, sem saber o que responder. Por fim, beliscou suas têmporas, suspirando alto.
— Tá! Que seja! Se prepara Bang Chan, vamos avisar pra todo mundo que agora você é o protagonista.
E ela saiu rápido, indo atrás de alguns dos atores. Bang Chan continuava olhando incrédulo para Hyunjin, que só balançou a cabeça.
— Vai conseguir impressionar o Seungmin antes de ele ir embora.
O olhar do mais velho ficou menos tenso, e Hyunjin se preparou para sair do teatro, quando seu braço foi agarrado.
— Hyunjin. Você é meu melhor amigo. — Bang Chan dizia, sem jeito. Hyunjin não precisava que ele soubesse o que dizer. Entendia muito bem o quão grato ele estava. — Acha ele, tá?
Hwang assentiu, e correu para fora, dando um ótimo vislumbre na plateia, vendo Ash, Seulgi, e Seungmin sentados em uma das fileiras da frente.
♪
Achar Felix não foi difícil. Hyunjin diria que foi muito fácil, pra ele. Foi como se sua mente tivesse se colocado no automático, e o tivesse guiado até o mesmo parque daquela noite.
Hyunjin não estava preparado para como viu Felix aquela noite. Na verdade, ele não estava preparado para nada. Nunca ia se julgar estar.
So I'll wait for you, love
And I'll burn
Will I ever see your sweet return?
Oh, will I ever learn?
Felix parecia apaco. Deitado em cima do mesmo banco que compartilharam dias atrás, Hyunjin pode notar que seu rosto tinha um hematoma vermelho, quase roxo. Parecia doer muito. Mas o rosto de Felix não demonstrava emoção. Ele também não parecia ter chorado. Ele simplesmente parecia não sentir nada.
Nada, até ver Hyunjin na sua frente. Felix se levantou de supetão, nao esperando ver o garoto ali. E de repente, ele parecia sentir tudo. Ele levou a própria mao até o lado do rosto machucado, e soltou um soluço. Seus olhos começaram a se encher de lágrimas, e ele abraçou Hyunjin.
— Yongbok, o que...
— Por favor, não fala nada. — Ele interrompeu Hyunjin, num sussurro. — Só fica em silêncio, por favor.
Hyunjin queria dizer muita coisa. Muita mesmo. Mas nunca iria contra um pedido de Felix. Era incapaz disso.
— Me desculpa, Hyunjin. Eu sou um covarde. — Ele fungou, e Hyunjin passou seus braços em volta dele, sentindo Felix pressionar o rosto em seu peito, molhando sua camiseta. — Eu li sua carta. Ela é linda. Eu nunca li uma coisa tão bonita em toda a minha vida. Tudo que vem de você é bonito.
Lonely is the room, the bed is made
The open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams
He had you with him
Felix virou seu rosto, colocando a orelha em cima do peito de Hyunjin, prestando atenção às batidas descompassadas do coração dele. Hyunjin fechou os olhos, apenas escutando o Lee.
— Você me faz ver e sentir coisas bonitas também. Se você quer saber, eu ia adorar ficar assim pra sempre. — Ele riu fraco, entre as lágrimas que desciam, e Hyunjin o apertou mais forte.
— Você pode. Eu posso continuar te fazendo sentir e ver coisas bonitas. O quanto você quiser, Yongbok. — Ele sussurrou, e abriu os olhos por um momento, vendo Felix sorrir.
Os dois se aproximaram o suficiente para as testas se tocarem, e fecharem os olhos juntos, sentindo as respirações próximas, e o calor do corpo um do outro, correndo entre os dois, como se uma linha passasse entre eles e os ligasse.
My body turns
And yearns for a sleep that won't ever come
It's never over
My kingdom for a kiss upon her shoulder
It's never over
— Obrigado por me encontrar, Hyunjin. De verdade. Vou manter as coisas bonitas que você me ensinou até o fim. — Felix sussurrou de volta, e Hyunjin quase não escutou bem o que ele disse, apenas aproveitando a sensação que Felix lhe passava.
Até o fim.
Isso o confortaria, de certa forma.
♪
Hyunjin não demorou a descobrir que não estava preparado pro destino. E que ele não era tão gentil quanto pareceu ser quando fez os dois se encontrarem.
Noites mais tarde, do dia em que encontrou Lee Felix no parque, nunca mais o viu.
It's never over
All my blood for the sweetness of her laughter
It's never over
She is the tear that hangs inside my soul forever
Na sua porta, todos os seus amigos estavam presentes, com olhares pesados, sem que nenhum conseguisse o encarar de verdade.
Hyunjin não entendia.
Bang Chan chorava. Ele nunca chorava.
Foi quando sentiu, dentro de si, milhares de pedaços de vidro fazendo barulho, como se alguém pesasse devagar em cada um deles, e o barulho fosse ficando cada vez mais alto, cada vez mais perto de seu coração.
— Cadê o Yongbok?
Sem resposta. Os amigos finalmente olharam para ele, como se perguntassem quem era Yongbok. Apenas Chan não parecia confuso.
Yongbok. O Yongbok de Hyunjin.
Hyunjin os empurrou, passando por eles. Sabia onde Bang Chan morava. Precisava ir até lá. Necessitava.
Hyunjin se lembrava do dia em que se sentiu colorido pela primeira vez. Se lembrava do dia em que, depois de tanto tempo, sentiu o sol brilhar sobre si.
Oh, but maybe I'm just too young
To keep good love from going wrong
As sirenes soavam alto na rua. O carro de polícia chamava atenção, e ambulância faziam mais barulho do que os burburinhos dos vizinhos ao redor.
Quando ia correr pra cima daquelas pessoas, e perguntar desesperadamente o que estava acontecendo, sentiu seu corpo ser puxado para trás por seus amigos. Ele começou a se debater, e se desesperar ainda mais quando ninguém respondia à ele o que estava acontecendo. Suas palavras já saíam num emaranhado de soluço e lágrimas. Nada mais fazia sentido. Nem o que dizia, e nem seu coração.
— Eu sinto muito, garoto.
— Hyun...
— Estamos aqui pra você, Hyunjin...
— Ele deixou uma carta pra você, Hwang... Tenho certeza de que você era a pessoa que ele menos queria machucar com isso.
Oh-oh-oh, lover
You should've come over, yeah, yes
Yes, I feel too young to hold on
And much too old to break free and run
Too deaf, dumb and blind to see the damage I've done
Sweet lover, you should've come over
Hyunjin nunca se esqueceu do dia em que perdeu sua cor.
E, ainda mais, de quando seu sol se apagou.
Desejava mais do que tudo, que pelo menos uma das promessas Felix tivesse cumprido. A de, até o fim, manter as coisas bonitas que Hyunjin lhe ensinou.
Os dias voltaram a ser cinzas. E a chuva nunca mais passou.
Oh, love, well I've waited for you
Lover, lover, lover
Lover, love, love, love, love, love, love!
Lover, you should've come over
'Cause it's not too late
é.
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