𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐞𝐥𝐯𝐞: 𝐆𝐫𝐨𝐮𝐩 𝐁𝐚𝐭𝐭𝐥𝐞𝐬 𝟐
"Para vencer os monstros, você deve estar disposto a abandonar sua humanidade."
— Batalhas em grupo parte 2
Akari sentiu seu coração acelerar, o corpo instintivamente lutando contra as amarras que pareciam segurar mais do que apenas sua pele, elas tentavam dominar sua vontade. Mas Akari não era do tipo que desistia facilmente. Ela respirou fundo, tentando ignorar a dor e o peso que parecia esmagá-la.
Calma... foco... lembrou-se das palavras de Satoru. "Você tem o controle. Basta visualizar onde quer estar."
Com um último suspiro, Akari fechou os olhos e bateu as palmas das mãos juntas, concentrando-se no lugar onde queria se teletransportar. Ela podia sentir a energia fluindo através de seu corpo, tentando romper as correntes invisíveis que a prendiam. O som dos fios se tensionando e estalando reverbera em seus ouvidos. A dor era excruciante, mas a determinação era mais forte.
Ela visualizou com clareza a pequena clareira a alguns metros de distância, para onde precisava ir. O lugar onde estaria fora do alcance de Nakamura.
Os fios começaram a vibrar com mais força, como se tentasse desesperadamente mantê-la presa. Kein, ainda segurando seu queixo, não percebeu o que estava acontecendo até que, de repente, Akari desapareceu diante de seus olhos.
Num instante, as teias invisíveis se despedaçaram, e Kein, atônito, ficou parado, segurando apenas o vazio onde antes estava o corpo de Akari.
— O quê?! — Kein gritou, a surpresa finalmente tomando conta de seu rosto.
Akari abriu os olhos lentamente, e agora estava a alguns metros de distância, fora do alcance da teia de Kein. Ela respirou fundo, sentindo a liberdade de novo, o alívio tomando conta de seus músculos tensos. Um sorriso triunfante curvou seus lábios enquanto encarava Nakamura, que ainda estava processando o que havia acabado de acontecer.
Akari respirou fundo, o cansaço evidente em seus movimentos. A execução da técnica do Infinito havia drenado grande parte de sua energia amaldiçoada, e seu corpo começava a sentir o peso do esforço. Seus ombros estavam tensos, e sua respiração ofegante. Mesmo assim, havia um brilho determinado em seus olhos. Ela não iria parar agora, não quando Nakamura ainda estava diante dela, pronto para a próxima investida.
Seus dedos correram pelas cartas de selos em sua mão, cada uma delas representando uma chance, uma arma. Ela pegou a carta que havia armazenado sua energia amaldiçoada com precisão. Era a carta de que precisava para continuar lutando. Akari colocou a carta sobre o peito, sentindo o poder adormecido dentro dela pulsar levemente. Com um gesto rápido, ela a desencantou, liberando a energia selada. O fluxo de poder a envolveu como uma onda quente, restaurando parte da força que ela havia perdido.
Ela respirou fundo mais uma vez, sentindo sua vitalidade retornar. O cansaço ainda estava lá, mas agora havia uma nova força, algo renovado dentro dela. Seus lábios se curvaram em um sorriso. Um sorriso feroz e desafiador que fez Nakamura hesitar por um breve segundo.
— Vamos começar agora, Nakamura! — disse, a voz vibrando com determinação. — Vamos nos amaldiçoar à vontade! — exclamou, os olhos brilhando com a energia que agora fluía dentro dela. A raiva e o cansaço desapareceram, substituídos por sua determinação.
— Você fala demais, Gojo! — Kein zombou, mas a confiança que antes transparecia agora soava forçada.
Akari não hesitou. Com a determinação cravada no rosto, ela ativou novamente sua técnica do Ilimitado. O ar ao seu redor pareceu distorcer, tornando-se denso e vibrante enquanto o poder acumulado se expandia em ondas. Seus olhos brilhavam com intensidade, e seus movimentos se tornavam fluidos, como se o mundo ao seu redor desacelerasse por um breve instante. A energia amaldiçoada circulava por seu corpo, poderosa e incontrolável.
Ela levantou as mãos com precisão, seus dedos se movendo em um padrão familiar, ativando a técnica Azul. Um brilho etéreo envolveu suas mãos, e a força da técnica começou a se condensar à sua volta. A sensação era quase palpável, como se o ar estivesse prestes a explodir sob a pressão de sua energia. Um vórtice invisível começou a se formar diante dela, sugando tudo ao redor para um ponto de colapso iminente.
Kein Nakamura, do outro lado, sentiu a pressão crescente da técnica e seus instintos o alertaram. Seu sorriso zombeteiro desapareceu, e por um breve segundo, seus olhos arregalaram em surpresa. Ele tentou reagir, mas o poder de Akari o envolveu como uma tempestade.
O Azul continuava a crescer, sua força aumentando exponencialmente. Akari avançou sem dar espaço para Nakamura respirar. O chão tremia sob seus pés, e as árvores ao redor começaram a se dobrar sob a pressão do poder que emanava de sua técnica. O vórtice criado por Akari sugava tudo em seu caminho, distorcendo a realidade em torno dela.
Kein tentou usar sua própria técnica, mas a força do Azul de Akari já estava em ação, puxando-o para o centro do vórtice com uma força irresistível. Seu corpo começou a ser arrastado, seus pés raspando o chão enquanto ele lutava para se manter firme. Mas a técnica não dava chances.
A energia amaldiçoada de Akari explodiu em um clarão azul, ofuscando o campo por um momento. Nakamura soltou um grito de frustração, percebendo que havia subestimado sua adversária.
Quando a luz finalmente se dissipou, o silêncio reinava na floresta. Akari estava ofegante, seu corpo exausto pelo uso da técnica, mas firme.
Ela piscou lentamente, seus olhos ainda brilhando com a intensidade da batalha enquanto observava os restos da teia de Kein completamente destruídos. Os fios que antes a prendiam estavam agora aos pedaços, caídos no chão, e o ar pesado que antes dificultava sua respiração parecia finalmente dissipar-se. Ela respirou fundo, o cansaço pesando sobre seus ombros, mas não havia tempo para descanso.
Com as mãos trêmulas, Akari rapidamente pegou suas cartas de selos novamente, realizando o processo que já havia feito antes. Ela pressionou a carta contra seu peito, sentindo a energia amaldiçoada fluir e restaurar parte de sua força. A sensação era reconfortante, como se uma nova onda de vitalidade corresse por suas veias, mas ainda assim, o esgotamento da luta não desaparecia por completo.
— Você é boa... eu admito — ele murmurou, a voz rouca e ofegante, tentando levantar-se, mas seus movimentos eram lentos e hesitantes.
Akari se aproximou, um sorriso sarcástico brincando em seus lábios.
— E você... não é tudo isso — ela zombou, a voz cheia de desdém.
Akari manteve seus olhos fixos em Kein, observando cada movimento vacilante que ele fazia. Ela sabia que ele ainda tinha energia suficiente para contra-atacar, mas agora ela estava preparada para qualquer investida. O silêncio ao redor deles era quebrado apenas pelo som da respiração pesada de ambos, o campo de batalha envolvido em uma tensão quase palpável.
Kein, ainda caído no chão, forçou-se a levantar, usando toda a sua energia restante. Seus olhos estavam cheios de ódio.
— Você acha que isso é o fim, Gojo? — Kein rosnou entre os dentes, sua voz carregada de raiva. — Eu ainda posso...
Akari não deixou que ele terminasse a frase. Ela avançou sem piedade, movendo-se com a rapidez de um relâmpago. Seus punhos eram certeiros, e ela desferiu um golpe direto no rosto de Kein, seguido por uma joelhada violenta em seu abdômen. O corpo dele se curvou novamente de dor, mas Akari não parou. Com um giro ágil, ela desferiu uma série de golpes rápidos, seu corpo fluindo com uma precisão letal.
Kein cambaleou para trás, tentando se defender, mas seus reflexos estavam lentos demais. Seus braços levantavam-se apenas para serem facilmente afastados pelos ataques implacáveis de Akari.
Kein recuou, o corpo enfraquecido e tremendo. Mas em seus olhos, havia algo mais. Uma faísca de ódio e desafio. Ele levantou a mão, concentrando sua energia amaldiçoada em um último esforço para contra-atacar, mas Akari já sabia o que ele estava planejando.
Ela recuou brevemente, trazendo as mãos para frente, os dedos se movendo em um padrão fluido enquanto canalizava sua própria energia amaldiçoada. A escuridão ao redor dela começou a se condensar, e a tensão no ar aumentou dramaticamente. Ela murmurou uma palavra em voz baixa, quase inaudível.
Akari estava prestes a desferir o golpe final, seu corpo ainda envolto na energia pulsante do Kokusen, quando algo incomum chamou sua atenção. No horizonte, uma cortina densa e opaca começou a descer sobre a escola, cobrindo todo o campus em uma escuridão inquietante. Ela parou, hesitando, os olhos arregalados de confusão enquanto o ar ao redor ficava mais pesado.
Kein, que ainda tentava se levantar após os ataques implacáveis de Akari, também notou a mudança. Sua voz saiu fraca, misturando surpresa e cansaço.
— O que está acontecendo? — ele perguntou, o tom vacilante enquanto olhava em volta, tentando entender a situação.
Akari estreitou os olhos, seu corpo inteiro em alerta. Ela se endireitou, abaixando as mãos, e a energia amaldiçoada ao seu redor começou a se dissipar lentamente.
— Problemas... — ela murmurou, sentindo o perigo iminente se aproximando. Havia algo de muito errado com aquela cortina. Não era apenas uma técnica comum de barreira, era algo muito mais poderoso, muito mais sinistro.
Na sala de monitoramento, o clima estava relativamente descontraído até então. Os professores acompanhavam as lutas pelas pequenas telas, com a atmosfera ligeiramente tensa, mas ainda dentro do esperado. Souka e Satoru assistiam atentamente à batalha entre Akari e Kein, enquanto Utahime franzia o cenho, preocupada com a intensidade do confronto.
— Eles estão se machucando muito — Utahime resmungou, cruzando os braços enquanto observava os golpes pesados que Akari e Kein trocavam.
— É uma luta, Utahime. É normal — Souka respondeu com um tom calmo, embora seus olhos não desgrudassem da tela, onde a batalha se intensificava. Satoru, ao lado dela, soltou uma gargalhada quando sua filha desferiu um ataque preciso com o Azul, pegando Nakamura de surpresa.
— Boa, Akari! — Satoru exclamou, com o habitual entusiasmo. O orgulho que ele sentia era evidente.
De repente, o ar na sala mudou drasticamente. Todos os amuletos de segurança espalhados pela parede queimaram em um vermelho intenso ao mesmo tempo, enchendo a sala com um brilho ameaçador. Utahime parou de falar, olhando para a parede com os olhos arregalados.
— Há? — murmurou ela, confusa. — O jogo acabou? E todos queimaram em vermelho?
— Que esquisito — Mei Mei comentou, com a voz calma, mas claramente preocupada. — Meus corvos não detectaram nada fora do esperado.
Souka franziu a testa, sentindo um calafrio percorrer sua espinha. A situação havia mudado de forma abrupta, e algo dentro dela gritava que isso não era um erro simples.
— Adoraria dizer que os alunos do grande sensei Gojo exorcizaram tudo, mas...— Satoru começou, tentando disfarçar a apreensão em sua voz.
Antes que ela pudesse terminar a frase, Yaga, que até então estava em silêncio, se levantou bruscamente, a expressão em seu rosto ficando sombria.
— Os amuletos queimam em vermelho para energia amaldiçoada sem registro! — Yaga rosnou, sua voz ecoando pela sala.
— Um invasor? Acha que pode ser alguém de fora? — Utahime perguntou, encarando Satoru com o rosto marcado de preocupação.
— Quer dizer que a barreira do Tengen não está funcionando? — Mei Mei questionou logo em seguida, sua voz soando fria e analítica.
Souka sentiu seu nervosismo crescendo em seu peito, mas ela manteve a postura firme, tentando processar as informações rapidamente.
— Tem algo errado... — murmurou ela, levantando-se rapidamente. Seu instinto gritava que o perigo estava mais perto do que imaginavam.
Sem perder tempo, Souka e Satoru saíram da sala, correndo pelos telhados da escola, seus corpos se movendo com agilidade e precisão, saltando de telhado em telhado, com o vento frio chicoteando seus rostos. O silêncio pesado que pairava no ar só aumentava a sensação de urgência. A cada passo, Souka sentia seu coração acelerar, temendo pelo que poderia encontrar.
Ao chegarem a um ponto elevado, puderam ver uma enorme cortina cercando uma parte da escola, o local exato onde os alunos estavam.
— Uma cortina... — Souka murmurou, os olhos arregalados enquanto a tensão tomava conta de sua voz.
— Ela já está quase pronta... — Satoru acrescentou, parando em frente à barreira com um olhar sério. Ele analisava a cortina, seus olhos azuis cintilando com a luz da energia amaldiçoada que envolvia o local — agora é só quebrar.
Sem hesitar, ele estendeu a mão, como se fosse fácil dissipar a barreira, mas assim que tocou a superfície da cortina, uma força invisível o repeliu. Satoru foi empurrado para trás, surpresa pintando brevemente seu rosto.
Souka tocou a cortina mais uma vez, sua mão deslizando suavemente pela barreira. Um arrepio percorreu sua espinha ao sentir a resistência mínima que a energia oferecia.
— Ué... — ela murmurou, franzindo o cenho enquanto observava sua mão passar sem dificuldades. — Parece que ela só repele você...
Satoru e Souka se encararam por um momento de entendimento mútuo. A lembrança dos espíritos amaldiçoados que atacou Satoru meses atrás voltou à tona, e o silêncio entre eles era carregado de preocupação.
Souka molhou os lábios, ansiosa. Embora soubesse que Akari era capaz de se cuidar, a preocupação apertava seu peito. Antes que pudesse dizer algo, sentiu o toque firme de Satoru sobre seu ombro, o calor da mão dele ancorando-a no presente. Quando ela ergueu o olhar, seus olhos se encontraram com os dele.
— Entre... vou tentar quebrar a barreira — ele disse, o olhar azul penetrante cheio de seriedade. — Se cuida, Soso... — Satoru murmurou a última parte com um tom mais baixo, quase como se falasse para si mesmo, o medo sutil em sua voz traindo a calma habitual.
Ele temia que, se algo acontecesse a ela, ele não conseguiria quebrar a barreira a tempo.
Souka esboçou um pequeno sorriso, tentando aliviar o peso daquela preocupação crescente entre eles.
— Relaxa... — murmurou suavemente, tentando transmitir a segurança que ele precisava naquele momento.
Satoru, com um gesto delicado, acariciou sua bochecha, seus dedos traçando levemente a linha de seu rosto. Antes de se afastar, ele inclinou-se e selou seus lábios em um beijo rápido, mas cheio de afeto. Aquele toque, embora breve, parecia carregar toda a intensidade do que não precisava ser dito. Quando se afastou, o vazio do ar frio tomou o lugar onde sua presença tinha estado.
Ela olhou para trás uma última vez antes de atravessar a cortina, o coração acelerado, mas com a certeza de que Satoru estaria tentando abrir caminho, como sempre, ao seu lado, mesmo que separados pela barreira.
Akari e Kein avançavam lado a lado, correndo com uma velocidade desesperada em direção ao fluxo intenso de energia amaldiçoada que sentiam à frente. Seus corações martelavam no peito enquanto a visão de Maki e Megumi lutando contra uma criatura feita de galhos distorcidos e retorcidos se tornava clara à distância.
— Deve ser ela — Nakamura resmungou entre dentes, enquanto apertava o passo.
Akari respirou fundo, sentindo a pressão crescente da batalha iminente. Ativando seu Mugen, sua energia amaldiçoada explodiu ao redor dela em uma aura vibrante.
— Certo... vamos precisar pegar pesado aqui — ela murmurou, os olhos fixos no monstro diante deles.
— Não vai desmaiar, hein? — Kein zombou, com um sorriso de canto, avançando com velocidade.
Akari apenas revirou os olhos, ignorando o comentário sarcástico dele, e se lançou à frente. Eles se juntaram à luta no meio do caos, sentindo a tensão palpável no ar enquanto Fushiguro se mantinha firme, claramente exausto, seu peito subindo e descendo pesadamente com cada respiração. Suas mãos ainda controlavam suas shikigamis com precisão, mas o desgaste era evidente.
— Querem ajuda? — Akari soltou, em um tom brincalhão, encarando a maldição grotesca de galhos. O olhar dela, no entanto, estava focado e mortal.
Maki, sem perder tempo, jogou a arma Nuvem Espirituosa para Akari, que a pegou com agilidade, ajustando-a nas mãos com familiaridade. O peso da arma amaldiçoada dava a ela uma sensação de poder tangível.
— Agora é com vocês! — Maki resmungou, olhando diretamente para Akari e Kein, seus olhos refletindo a urgência da situação.
Akari e Nakamura trocaram um olhar, um acordo silencioso. Sem perder tempo, Kein preparou o campo ao redor, suas teias começando a se prender aos galhos e pernas da maldição, limitando seus movimentos. As teias se esticavam, tentando manter a criatura no lugar, mas a força da maldição era brutal.
— Ela tem alguma fraqueza, Megumi? — Akari perguntou, sua voz firme, mas com um toque de urgência, enquanto observava a criatura reagir violentamente às restrições.
— O galho... nos olhos... — Megumi respondeu, sua voz ofegante, enquanto se recuperava ao lado dela. Seus olhos ainda estavam focados na criatura, tentando manter o controle da situação.
Akari assentiu, sua mente já estava processando a nova informação. Sem hesitar, ela avançou novamente com a Nuvem Espirituosa em mãos, mirando diretamente nos olhos da maldição. A lâmina especial vibrou quando ela desferiu o golpe, mas a maldição era ágil e, com um movimento brutal, rebateu o ataque, jogando Akari alguns metros para trás.
— Pra alguém do clã Gojo, você é bem fraca — a maldição zombou, sua voz ecoando com um tom maligno e distorcido. Seus galhos se retorceram, tentando quebrar o Mugen que Akari havia ativado ao seu redor, pressionando contra a barreira com uma força avassaladora.
Akari respirou fundo, sentindo a pressão sobre sua técnica se intensificar. O suor escorria por sua testa, mas ela não cederia. Com os olhos brilhando de determinação, ela ajustou sua postura, segurando a Nuvem Espirituosa com mais firmeza.
Akari sentia cada músculo de seu corpo protestar enquanto mantinha o Mugen ativado. O Ilimitado, a técnica icônica do clã Gojo, era poderoso, mas sugava sua energia amaldiçoada como um rio correndo sem fim. A pressão em sua cabeça era insuportável, como se seu cérebro estivesse sendo esmagado por uma força invisível. Sua visão começava a turvar, e a dor latejante parecia aumentar a cada segundo.
— Gojo, não se esforce tanto! — Fushiguro repreendeu, sua voz carregada de preocupação. Ele próprio estava com dificuldade, os galhos amaldiçoados ainda enroscados em seu peito, drenando sua energia. Mas mesmo assim, ele se preocupava com ela.
Akari cerrou os dentes, sua determinação maior que o cansaço. Sabia que se cedesse agora, todos estariam em perigo. Ela firmou os pés no chão, ignorando a dor que pulsava em sua cabeça e os fios de sangue que começavam a escorrer de seu nariz. Kein, ao lado, fazia sua parte, suas teias se esticando novamente, tentando restringir a maldição.
— Agora é minha vez... — Akari murmurou para si mesma, seus olhos focados nos galhos grotescos que emergiam dos olhos da maldição. Com um movimento rápido e preciso, ela avançou, seu corpo cortando o ar com uma rapidez impressionante.
Ela se agarrou aos galhos com as mãos firmes, ignorando o grito horrendo que a maldição soltou ao sentir a pressão. Um sorriso diabólico surgiu em seus lábios enquanto ela começava a torcer os galhos, forçando as raízes amaldiçoadas a se romperem.
— Vamos ver... sua fraqueza é aqui, não é? — Akari zombou, sua voz soando fria e afiada.
A maldição urrou de dor, sua forma gigantesca se contorcendo violentamente enquanto ela puxava os galhos com força. As raízes se soltaram com um estalo grotesco, espalhando energia amaldiçoada pelo ar. A criatura se debatia, tentando se livrar da dor insuportável.
Ofegante, Akari jogou os galhos no chão, seus braços tremendo com o esforço. Mas a dor em sua cabeça estava ficando insuportável. Ela sentia o mundo ao seu redor girar, sua visão embaçando enquanto lutava para se manter de pé. O sangue continuava a escorrer de seu nariz, um sinal claro de que estava ultrapassando seus limites.
— GOJO! — Megumi exclamou, sua voz carregada de preocupação ao ver Akari vacilar.
Antes que ela pudesse responder, Maki avançou com sua firmeza habitual, um brilho de alívio em seus olhos ao notar as figuras de Itadori e Todou surgindo do meio da densa floresta.
— Hora da troca de turno! — Maki gritou, seu tom decidido e ao mesmo tempo ligeiramente aliviada.
Megumi estava claramente exausto, com ferimentos espalhados por seu corpo, mas ainda assim mantinha firmeza ao segurar Akari, que cambaleava ao seu lado, pressionando as têmporas devido à dor de cabeça intensa.
— Akari, aguente só mais um pouco — ele sussurrou, tentando oferecer algum conforto, enquanto a guiava cuidadosamente em direção à saída da cortina.
Akari resmungava baixinho, suas mãos ainda tremendo de esforço.
— Maldição... isso dói pra caramba... — ela murmurou, tentando esconder o quanto estava debilitada.
De repente, uma figura familiar atravessou o campo de visão dos dois. Souka, com o coração na garganta, correu até eles com uma expressão de pura preocupação.
— Akari!? — Souka exclamou, seu tom mais alto do que o habitual. Ela parou ao lado de Megumi, seus olhos arregalados ao ver o estado da filha. — Vocês estão bem? — Ela olhou rapidamente para Maki, Kein e Megumi, buscando confirmação.
Maki, apesar de ferida e cansada, assentiu, mantendo sua típica postura inabalável.
— Vamos sair daqui — ela murmurou, a voz baixa e focada.
Souka se abaixou ao lado de Akari, segurando o rosto dela com delicadeza.
— Você me assustou tanto — ela disse suavemente, o alívio evidente em seus olhos.
Akari soltou um sorriso fraco, mas ainda dolorido, tentando aliviar a tensão no rosto da mãe.
— Vamos — Nakamura murmurou, liderando o grupo para fora da área da cortina.
Eles caminharam com dificuldade, o som das folhas secas estalando sob seus pés enquanto avançavam pela floresta. Maki liderava o grupo, sempre atenta a qualquer possível ameaça, enquanto Megumi e Souka se concentravam em apoiar Akari, que ainda lutava contra a dor latejante em sua cabeça. Kein caminhava logo atrás, mancando um pouco, mas mantendo-se firme.
Apesar da calmaria que agora dominava o ambiente, Souka não conseguia se sentir aliviada. Algo estava errado. Ela sentia uma pressão no ar, uma energia densa e incômoda que vibrava ao seu redor. Seu instinto lhe dizia que aquilo não havia acabado, que a verdadeira ameaça ainda estava por vir.
— Olá feiticeiros e maldições!
Vocês estão bem?
— fechando o arco do intercâmbio estamos quase na reta final da temporada <3
— Gente mais eu amo toda interação da Souka e do Satoru, meus pais 😭🙏
— Akari a maioral viu macetou todo muito e a copia do satoru mesmo 🙏💫
— Vocês gostaram?
(Eu confesso que detesto escrever cena de luta!)
NAO ESQUEÇA O VOTO E COMENTÁRIO!
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