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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐄𝐢𝐠𝐡𝐭: 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐧𝐬𝐢𝐯𝐞 𝐓𝐫𝐚𝐢𝐧𝐢𝐧𝐠

"Sempre pensei que eu era uma pessoa sem razão para viver, mas suponho que estava errado. Mesmo alguém como eu pode ter um propósito na vida."

Treinamento intensivo

Akari relaxou, se sentando nas escadas do campo de treinamento, com os olhos fixos na cena à sua frente. Seus pais, Satoru e Souka, estavam envolvidos em um combate corpo a corpo, suas habilidades afiadas se refletindo em cada movimento. A atmosfera estava cheia de energia, mas havia algo mais, uma leveza que não se via há muito tempo.

Souka lançou um golpe rápido que Satoru desviou com facilidade, rindo de forma despreocupada.

— Está ficando lenta, Soso — ele provocou, com um sorriso brincalhão nos lábios.

— Só porque você tem esses olhos espertos, Satoru — ela respondeu, um sorriso dançando em seu rosto, enquanto girava graciosamente para tentar um novo ataque.

Akari não pôde deixar de sorrir ao ver a interação entre eles. Havia uma harmonia nos movimentos de seus pais, como se estivessem sintonizados em um ritmo que só eles entendiam. Pareciam ter superado os mal-entendidos que os afastaram no passado, e Satoru estava claramente determinado a reconquistar Souka.

Souka era ágil e forte, seus golpes eram precisos, forçando Satoru a usar uma grande quantidade de energia para se defender. Cada ataque dela parecia quebrar sua defensiva, obrigando-o a permanecer atento e ágil.

— Eu espero que não esteja facilitando para mim, Satoru — ela resmungou, dando um chute no ar que ele parou com a mão direita, um sorriso dançando em seus lábios.

— Sabe que eu não pego leve com você, amor — sussurrou baixinho contra seu ouvido, sua voz carregada de carinho e desafio.

Souka riu, aproveitando o momento em que Satoru segurava sua perna no ar. Com um movimento rápido, tentou acertá-lo com sua lâmina, mas ele desviou com facilidade. Satoru sorriu daquela forma sarcástica, girando seu corpo de frente ao dela e puxando sua perna, fazendo com que seus corpos colidissem.

— Você melhorou, Soso — ele murmurou, sua voz cheia de provocação, enquanto sua mão deslizava lentamente pela coxa dela, os dedos apertando levemente, saboreando a sensação da carne macia sob eles.

Souka sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas manteve o olhar fixo no dele, suas respirações entrelaçadas.

— Você, como sempre, arrogante! — debochou, seus rostos perigosamente próximos.

Satoru riu baixinho, sua respiração quente contra a pele dela.

— E você, como sempre, irresistível — sussurrou, a tensão elétrica entre eles quase palpável.

Os olhos de Souka brilhavam com um misto de desafio e desejo. Ela podia sentir o calor do corpo dele, o cheiro inebriante que sempre a fazia perder um pouco do controle.

— Você está mesmo pegando pesado hoje — ele sussurrou, os rostos novamente próximos.

— Não espero menos de você — ela respondeu, a respiração acelerada.

Por um momento, o tempo parecia parar. Eles se encararam, os olhos refletindo o turbilhão de emoções que sentiam. O coração de Souka batia forte, e ela sabia que o de Satoru estava da mesma forma. A proximidade, o calor, o cheiro, tudo contribuía para a eletricidade no ar.

Então, com um movimento rápido, Souka se desvencilhou, usando a própria força de Satoru contra ele. Ela o derrubou, caindo sobre ele, as mãos segurando seus pulsos contra o chão. Seus corpos colidiram, e por um momento, tudo o que ela podia sentir era o calor dele, o som de suas respirações entrecortadas.

— Peguei você — ela murmurou, a voz carregada de satisfação.

Satoru riu, um riso baixo e rouco que a fez arrepiar.

— Sim, pegou — ele admitiu, seus olhos brilhando com admiração e algo mais profundo.

Souka não pôde evitar um sorriso. Estar tão perto dele, sentir a força e a vulnerabilidade dele ao mesmo tempo, era intoxicante. Ela se inclinou, seus rostos quase se tocando novamente.

— Você sempre sabe como me pegar, Soso — ele disse suavemente, os olhos fixos nos dela.

Ela sentiu o coração disparar, mas manteve o olhar firme.

— E você sempre sabe como me provocar, Satoru.

Por um momento, ficaram assim, imersos um no outro, o mundo ao redor desaparecendo. A tensão, o desejo, o amor e o respeito que sentiam um pelo outro criavam um laço inquebrável, um laço que nenhum dos dois queria desfazer.

Akari riu suavemente, observando os dois à distância. Era uma visão quase surreal, seus pais juntos novamente, algo que ela sempre sonhara em sua infância. Parecia uma miragem, uma visão tão desejada que ela temia que se desfizesse a qualquer momento.

Durante muitos anos, Suguru havia ocupado o lugar de pai em seu coração. Ele estava lá, apoiando-a, guiando-a, e ela sempre o amaria por isso. No entanto, no fundo de sua mente, uma pergunta persistia, uma inquietação silenciosa: "E o Satoru?"

Ela imaginava como seria ter crescido com ele por perto, como teria sido a dinâmica familiar se ele tivesse estado presente. Vê-lo agora, rindo e lutando com sua mãe, preenchia parte desse vazio, mas também trazia uma mistura de emoções – alegria, tristeza, curiosidade e uma pontada de arrependimento por tudo o que poderia ter sido.

Mesmo assim, Akari sabia que era grata pelo momento presente. Ver seus pais juntos, mesmo que por um breve instante, dava-lhe esperança e uma sensação de completude que ela não sabia que precisava.

— Ei, pirralha! — Gojo chamou, interrompendo os pensamentos de Akari. — Vem cá que agora eu vou te ensinar as melhores coisas da nossa técnica do Infinito!

Akari arqueou a sobrancelha, desconfiada, mas não pôde evitar sentir uma pontada de curiosidade. Ela se levantou e caminhou até o campo de treinamento. Ao chegar, viu sua mãe sentada no meio do campo com as pernas cruzadas, observando os dois com um sorriso tranquilo no rosto.

— Bom, o básico eu já sei — Akari murmurou, olhando para Satoru com determinação.

— Sim, o seu único problema é manter energia amaldiçoada suficiente para não se esgotar, mas eu sei que você vai resolver isso — ele respondeu, bagunçando seus cabelos com um sorriso.

Akari deu um leve riso, mas seus olhos estavam fixos nos de Satoru, esperando pelo próximo passo.

— Hoje vou te ensinar a se teletransportar — ele anunciou.

— Consigo fazer isso? — Akari perguntou, impressionada, seus olhos arregalados de excitação.

Satoru sorriu, apreciando a animação da filha. Ele concordou com um aceno de cabeça e se afastou um pouco, criando uma certa distância entre os dois.

— A técnica de teletransporte é uma aplicação avançada do Infinito — ele começou a explicar. — Imagine que você está em um campo e quer chegar a uma árvore distante. Normalmente, você teria que andar até lá, certo? Mas com a nossa técnica a coisa funciona um pouco diferente.

Akari assentiu, curiosa.

— Com azul, eu crio algo chamado de "distância negativa" — ele continuou. — Isso significa que estou dizendo ao universo que a distância entre eu e a árvore é menos do que zero, algo que é impossível. Como a natureza não pode permitir essa impossibilidade, ela tem que corrigir isso de alguma forma.

Akari franziu a testa, tentando entender.

— Então, o que acontece é que o universo "puxa" o espaço entre mim e a árvore para preencher esse vazio impossível. Isso faz com que eu e a árvore fiquemos no mesmo lugar quase instantaneamente, sem que eu precise caminhar até lá.

Ela começou a entender, seus olhos se iluminando com a percepção.

— Então, basicamente, você força a distância entre você e o lugar onde quer estar a desaparecer — ela disse.

— Exatamente! — Satoru sorriu, satisfeito com a compreensão de Akari. — É como se eu estivesse colapsando o espaço entre mim e o destino, fazendo com que eu apareça lá sem precisar percorrer o caminho.

— Isso é incrível! — Akari exclamou, animada. — Quero tentar fazer isso!

Satoru deu um sorriso encorajador.

— É preciso um controle muito preciso da energia amaldiçoada. Você precisa se concentrar no destino e, ao mesmo tempo, no caminho entre você e o destino.

Akari o observava atentamente, absorvendo cada palavra. Sua mãe, Souka, ainda sentada ao longe, observava com um sorriso orgulhoso, sabendo que esse era um momento crucial para sua filha.

— Feche os olhos, Akari — Satoru instruiu. — Sinta a energia ao seu redor. Imagine o lugar onde você quer estar. Visualize cada detalhe desse lugar.

Akari fechou os olhos, respirando fundo. Sentia a energia pulsando ao seu redor, tentando se conectar com ela. Lentamente, uma imagem começou a se formar em sua mente, o campo de treinamento onde estava, mas de um ponto diferente.

— Agora, sinta a conexão entre onde você está e onde você quer estar — Satoru continuou, sua voz suave e calma. — Não pense na distância. Pense na conexão. A energia é o caminho.

Ela sentiu uma corrente de energia passar por seu corpo, conectando-a ao ponto que visualizava. De repente, uma sensação de deslocamento tomou conta dela enquanto ela fazia o movimento com as mãos que seu pai instruiu, como se o espaço ao seu redor estivesse se comprimindo e expandindo ao mesmo tempo. Abriu os olhos, e para sua surpresa, estava alguns metros à frente de onde havia começado.

— Consegui! — ela exclamou, um sorriso largo no rosto.

Satoru se aproximou, seu próprio sorriso refletindo o orgulho e a alegria de Akari.

— Isso é só o começo — ele disse, com um tom de voz caloroso. — Vamos continuar praticando. Quanto mais você fizer, mais fácil será controlar a energia e a distância.

Souka se levantou, aproximando-se dos dois. Seus olhos brilhavam com lágrimas não derramadas de orgulho.

— Você está indo muito bem, Akari — ela disse, sua voz cheia de emoção. — Estamos tão orgulhosos de você.

Akari sentiu uma onda de felicidade e realização. Treinar com seus pais, aprender técnicas tão avançadas, e ver o orgulho nos olhos deles era tudo o que sempre quis.

O treinamento seguia intensamente até um pouco depois da uma da tarde. Akari estava ofegante, os músculos doloridos e a mente concentrada em absorver cada ensinamento de Satoru. Cada vez que ela tentava usar a técnica, sentia a energia drenando de seu corpo, mas a determinação em seus olhos não desaparecia.

— O que acham de uma pausa para o almoço? — Souka perguntou, se levantando e esticando os braços com um sorriso.

— Ótima... ideia, mãe — Akari murmurou, ofegante, enquanto tentava recuperar o fôlego.

Souka deu uma risada suave, trocando um olhar cúmplice com Satoru.

— O último que chegar paga a conta! — Souka anunciou de repente, saindo correndo como um raio em direção ao refeitório.

Satoru ficou boquiaberto por um segundo, claramente pego de surpresa pela súbita competição.

— Pai... — Akari começou, mas foi interrompida.

— Tchau, pirralha! — Satoru exclamou, disparando atrás de Souka com um sorriso competitivo no rosto.

Akari cruzou os braços, indignada, observando os pais correndo como duas crianças. Ela não pôde deixar de sorrir com a cena. Por mais que estivesse cansada, aquela interação familiar aquecia seu coração de um jeito que poucas coisas conseguiam. Lentamente, ela começou a caminhar em direção a entrada, decidida a não ficar muito atrás.

Quando chegou, encontrou Souka e Satoru rindo e brincando sobre quem realmente havia ganhado a corrida. Akari se juntou a eles, sentindo-se grata por aqueles momentos preciosos juntos. Eles passearam pelas ruas movimentadas de Tokyo, aproveitando a oportunidade para relaxar e se divertir fora da rotina intensa de treinamento.

Chegaram a um restaurante acolhedor, famoso pela sua comida tradicional japonesa. O ambiente era aconchegante, com tatames no chão e decorações de bambu que proporcionavam uma sensação de tranquilidade. Satoru, com seu habitual ar despreocupado, foi o primeiro a entrar, segurando a porta aberta para Souka e Akari.

Eles se sentaram à mesa do refeitório, ainda rindo e trocando provocações amigáveis sobre a corrida.

— Então, quem vai pagar? — Souka perguntou com um sorriso travesso, olhando para Satoru.

— Eu só sei que cheguei antes de você — ele respondeu, rindo e pegando o cardápio.

— Nem pensar, eu estava na frente e você sabe disso! — Souka reclamou o encarando.

— Bom...eu acho que vou pagar a conta dessa vez — Satoru disse com um sorriso, piscando para Souka e Akari.

Akari olhou ao redor do restaurante, absorvendo a atmosfera pacífica. Sentaram-se numa mesa perto da janela, com vista para um pequeno jardim zen.

— Estou morrendo de fome! — Akari exclamou, folheando o cardápio. — O que vocês vão pedir?

— Acho que vou de tempura e sashimi — Souka disse, passando o cardápio para Satoru. — E você, Satoru?

— Um pouco de tudo — ele respondeu com um sorriso travesso. — Afinal, preciso de energia para manter essa minha aparência impecável.

— Convencido — Souka resmungou.

Akari revirou os olhos, mas não conseguiu evitar um sorriso. Pediram seus pratos e logo a comida chegou, enfeitando a mesa com uma variedade de cores e aromas deliciosos.

— Sabe, eu estava pensando — Satoru começou, quebrando o silêncio confortável. — Poderíamos fazer disso uma tradição. Almoços em família, saídas como essa. O que acham?

— Eu adoraria isso — Akari respondeu imediatamente, seu sorriso iluminando seu rosto.

— Também acho uma ótima ideia — Souka concordou, olhando para Satoru com um brilho nos olhos. — Precisamos desses momentos juntos, para lembrar do que realmente importa.

— Então está decidido — Satoru disse, abrindo um sorriso largo. — Vamos fazer disso um hábito.

Souka observava o ambiente ao seu redor com um sorriso sereno no rosto. A tranquilidade do restaurante, com suas mesas discretamente iluminadas e o suave murmúrio das conversas ao fundo, contrastava com a agitação constante de seus dias. Sentada ali, acompanhada de Satoru e de sua filha, ela se sentia transportada para um passado distante, onde momentos semelhantes eram comuns.

A lembrança a envolveu com uma suavidade quase dolorosa: ela, Satoru e Suguru costumavam frequentar restaurantes como aquele, buscando alívio nas conversas e na comida depois de longas jornadas. Esses momentos simples, embora agora um pouco difusos, eram uma parte preciosa de sua história.

Ela viu em Akari um reflexo daquelas memórias, uma nova geração vivendo a mesma conexão familiar que ela havia conhecido. A presença de Satoru, sempre tão natural e agora cheia de uma nova dimensão com sua filha ao lado, trazia uma sensação de plenitude e continuidade que ela havia desejado profundamente.

Souka se sentia imensamente feliz, uma felicidade que transbordava para fora dela. Ver Akari, tão envolvida e satisfeita, desfrutando da mesma forma que um dia ela havia desfrutado, era um presente. Era como se, de alguma forma, o ciclo da vida se completasse ali, trazendo de volta aqueles momentos preciosos de união e amor, agora reescritos com uma nova geração. A visão de sua filha sorrindo e compartilhando o almoço com o pai, era uma cena de conforto e realização, e Souka sabia que esses momentos eram o verdadeiro tesouro da vida.

Akari inspirou profundamente, tentando acalmar a respiração acelerada. Estava exausta, a segunda rodada de treinamento havia sido intensa. Agora, ao lado de Megumi, Nobara e os alunos do segundo ano, ela treinava arduamente para o intercâmbio entre Kyoto e Tóquio. O campo de treinamento estava repleto de energia, os gritos de incentivo e o som dos golpes ecoando pelo local.

Fushiguro, percebendo o cansaço evidente de Akari, se aproximou e estendeu uma garrafa de água. Ela aceitou com um agradecimento silencioso, tomando longos goles para recuperar o fôlego. As coisas estavam mais tranquilas agora, uma calmaria que ambos acolhiam com alívio. O peso do passado começava a se dissipar, permitindo que a culpa que assolava seus corações se suavizasse.

Enquanto Akari olhava para Fushiguro, sentia uma conexão renovada. Ambos haviam passado por momentos difíceis, e a dor das perdas ainda estava presente, mas algo mudou. Eles estavam juntos, apoiando-se mutuamente, e isso fazia toda a diferença. A mágoa pelo que havia sido tirado dela ainda existia, um lembrete constante das feridas que nunca cicatrizariam completamente.

Akari sentou-se no chão, cruzando uma perna sobre a outra, enquanto espalhava seu baralho de cartas à sua frente. Cada carta era meticulosamente desenhada, representando uma arma e shikigami selados com precisão. Ela passou os dedos delicadamente sobre os desenhos, suas unhas curtas tocando o papel com familiaridade.

Fushiguro, ainda suado do treino, se aproximou com uma expressão curiosa.

— Gojo, como você guarda suas armas? — ele perguntou.

Ela levantou os olhos para ele, um pequeno sorriso jogado no canto de seus lábios.

— Uso minhas cartas de selamento — ela respondeu calmamente. — Meu arsenal é pequeno comparado ao da minha mãe, mas funciona bem para mim.

Fushiguro franziu a testa, pensativo.

— Cartas de selamento... Então, elas realmente guardam as armas dentro delas?

Akari assentiu, pegando uma das cartas e mostrando a ele.

— Sim, cada carta contém uma arma ou shikigami que posso invocar quando necessário. É uma técnica que aprendi com minha mãe. — explicou brevemente — Você pode tentar aplicar algo semelhante à sua técnica. Talvez não com cartas, mas usando sua própria energia amaldiçoada para armazenar e invocar armas.

Fushiguro observou a carta com interesse, imaginando as possibilidades.

— Parece complicado. Requer muita precisão, certo? — Kugisaki questionou se aproximando — não temos tempo pra aprender coisas novas.

— Sim, requer muito controle e concentração — ela admitiu, voltando a olhar para suas cartas. — Mas com prática, você pode fazer funcionar. A chave é encontrar um meio que se alinhe com sua própria técnica e estilo de luta.

Ele sentou-se ao lado dela, ainda pensativo.

— Eu acho que você consegue, Fushiguro! — Nobara disse com o punho levantado em sinal de força. — Mas por que você quer guardar ferramentas amaldiçoadas? Não é mais fácil ter sempre com você?

— Porque para ativar meus encantamentos eu preciso poder abrir as duas mãos. Com espadas, eu perderia tempo embainhando de novo. — Ele respondeu, a preocupação ainda evidente em seu tom.

— Alguns feiticeiros criam espíritos amaldiçoados que podem guardar e buscar objetos. — Akari comentou, tentando sugerir uma solução.

— Seria impossível, já é uma coisa rara! E leva tempo para adestrar eles. — Kugisaki retrucou, cruzando os braços e balançando a cabeça.

Fushiguro suspirou, esfregando a nuca. — Ela está certa, Akari. Eu precisaria de um tempo que não tenho agora.

Akari franziu a testa, tentando pensar em uma alternativa. — Talvez possamos encontrar um jeito de adaptar sua técnica para que você possa convocar e dispersar suas armas rapidamente, sem precisar de espíritos.

— Como assim? — Ele perguntou, curioso.

— Você poderia usar a energia amaldiçoada para criar um tipo de espaço de armazenamento, como um bolso dimensional. — Akari sugeriu, seus olhos brilhando com a ideia. — Assim, você não precisaria carregar as armas fisicamente, mas ainda poderia acessá-las instantaneamente.

Nobara arqueou uma sobrancelha, intrigada.

— Isso soa meio complicado, mas também muito útil.

Fushiguro ficou pensativo por um momento, sua expressão concentrada enquanto considerava a proposta de Akari. Respirando fundo, ele ativou sua técnica, focando sua energia amaldiçoada. Lentamente, um buraco negro começou a se formar em suas mãos, pulsando com uma energia intensa.

Akari observou, seus olhos arregalados de admiração.

— Uau, você realmente conseguiu! — Ela disse, sua voz carregada de entusiasmo.

Fushiguro olhou para o buraco negro, um sorriso de alívio e orgulho surgindo em seu rosto.

— Eu acho que consigo! — Ele repetiu, sua voz cheia de confiança.

Akari sorriu, sentindo seu coração acelerar.

— Você é incrível, Fushiguro. — Ela sussurrou, seus olhos encontrando os dele com uma intensidade que fez o tempo parecer parar.

Ele encontrou o olhar dela, sentindo um calor inesperado se espalhar por seu peito.

— Obrigado, Akari. — Ele respondeu, sua voz suave e envergonhada. — Não teria conseguido sem a sua ideia.

Nobara, observando a troca silenciosa entre os dois, sorriu de lado, percebendo algo mais profundo na conexão deles.

— Acho que vocês dois fazem uma boa equipe. — Ela comentou, sua voz carregada de uma leve provocação.

Akari desviou o olhar, sentindo um rubor aquecer suas bochechas.

— Bem, somos amigos, certo? — Ela disse, tentando manter o tom leve.

Fushiguro assentiu, mas seus olhos ainda estavam fixos nos dela.

— Sim, amigos. — Ele repetiu, sua voz firme.

O momento foi interrompido pela chegada de Panda, que se aproximou com um sorriso largo.

— Então, o que eu perdi? — Ele perguntou, olhando para a pequena dimensão que Fushiguro havia criado.

— Fushiguro conseguiu criar um espaço de armazenamento para suas armas! — Akari explicou, ainda sorrindo.

— Isso é incrível! — Panda exclamou, batendo palmas em aprovação. — Vamos precisar de todas as nossas habilidades para o intercâmbio, então é ótimo ver todo mundo melhorando.

O sol já havia se despedido, mergulhando a escola Jujutsu em uma suave penumbra. Akari e Nobara se dirigiram ao quarto, buscando um momento de descontração. Na televisão, "As Patricinhas de Beverly Hills" brilhava com suas cores vibrantes e cenas icônicas, preenchendo o ambiente com uma sensação nostálgica e leve.

Nobara, com sua típica determinação, estava passando uma máscara facial no rosto de Akari com um cuidado inesperado.

— Sua pele já é tão bonita — Kugisaki murmurou, concentrada em aplicar a máscara uniformemente. — Mas precisa começar a passar protetor solar!

Akari sorriu com elogio, um raro momento de leveza em sua vida. Enquanto sentia a máscara esfriar seu rosto, ela se lembrava de momentos similares, quando fazia isso com Nanako e Mimiko. O pensamento delas trouxe um misto de saudade e esperança, desejando sinceramente que elas estivessem bem, onde quer que estivessem.

— Eu sei, você sempre fala isso — respondeu Akari, tentando manter a voz despreocupada. — Mas obrigada, Nobara. Você é a melhor.

Nobara revirou os olhos com um sorriso, mas seus olhos brilhavam com um carinho genuíno.

— Não me agradeça ainda, a gente ainda vai ter que tirar isso, e eu vou te encher de cremes e loções — ela respondeu, piscando para Akari.

As duas riram, a tensão do treinamento e das memórias dolorosas se dissipando, ainda que temporariamente. Nobara se sentou ao lado de Akari, suas mãos ainda ocupadas com o ritual de cuidados com a pele.

— Ai, olha essa cena — Nobara disse rindo, apontando para a tela. — Sempre quis ter um guarda-roupa que se movesse assim, com as roupas aparecendo na tela. Seria um sonho!

Akari riu, a máscara facial endurecendo levemente em seu rosto.

— Totalmente! Quem sabe um dia a gente não arruma um desses? Imagina, escolher uma roupa sem ter que mexer em nada.

Nobara sorriu, sonhadora.

— Seria incrível. Mas já que estamos falando de sonhos... me diz, Akari, quem é seu crush famoso? — perguntou, mudando de assunto com um brilho curioso nos olhos.

Akari pensou por um momento, uma leve cor tomando suas bochechas.

— Hmm, difícil escolher, mas acho que o Henry Cavill. Ele é tão charmoso e tem aquele jeito de herói de verdade.

Nobara gargalhou.

— Boa escolha! Ele realmente é lindo. Eu sou mais Team Chris Hemsworth. Aqueles músculos, meu Deus! — ela exclamou, fingindo desmaiar.

As duas riram juntas, a conversa fluindo naturalmente de um tópico para outro.

— Falando em famosos, você viu aquele novo filme do Timothée Chalamet? — perguntou Akari, curiosa.

— Ainda não, mas ouvi dizer que está incrível. Ele é tão talentoso, e tão bonito também. — Nobara suspirou. — Sabe, às vezes penso que a gente deveria tirar uma folga dessas lutas e ir assistir uns filmes no cinema.

— Concordo totalmente — Akari respondeu. — Seria ótimo ter um tempo só para nós, sem preocupações com maldições ou treinamentos.

Nobara assentiu, a ideia claramente atraente para ambas.

— Um dia a gente faz isso. E depois, quem sabe, vamos fazer compras e nos tratar como princesas. A gente merece — ela disse, dando um sorriso confiante.

Akari concordou, sentindo um calor confortável no peito.

— Você está certa, Nobara. A gente merece.

A conversa continuou leve e cheia de risadas, as duas discutindo moda, os últimos lançamentos de filmes, e até mesmo especulando sobre como seria a vida dos famosos fora das telas. Nobara contou uma história engraçada sobre como tentou copiar um penteado que viu em uma revista e acabou com um desastre capilar, enquanto Akari confessou que sempre quis aprender a tocar violão como algumas estrelas do rock que admirava.

— Ei, Nobara, você já pensou em pintar o cabelo de outra cor? — perguntou Akari, olhando para a amiga com curiosidade.

— Já! — Nobara exclamou. — Pensei em fazer umas mechas rosas, tipo aquelas que a Avril Lavigne usava. Mas daí lembrei que nas nossas batalhas, o cabelo pode acabar chamando muita atenção, né?

Akari riu, imaginando a cena.

— Com certeza, mas ia ficar super estiloso!

— É, quem sabe um dia eu arrisque — Nobara respondeu, dando de ombros. — E você, faria alguma mudança radical no visual?

Akari pensou por um momento, um sorriso brincando nos lábios.

— Talvez. Sempre quis cortar o cabelo bem curto, mas nunca tive coragem.

— Ia ficar lindo em você! — Nobara incentivou. — A gente deveria fazer isso juntas um dia, mudanças radicais!

O tempo passou rápido enquanto as duas continuavam a conversar e rir, a noite avançando silenciosamente.

Quando a máscara facial finalmente secou, Nobara ajudou Akari a retirá-la, ambas rindo das caretas engraçadas que faziam no processo. A televisão continuava a passar filmes, a luz azulada iluminando suavemente o quarto enquanto a noite avançava. Elas se sentaram lado a lado, sentindo-se um pouco mais leves, um pouco mais conectadas.

— Você já teve algum namorado? — Akari perguntou curiosa.

Nobara parou por um momento, olhando para o teto, antes de responder com um leve resmungo.

— Hum? Meninos são idiotas, prefiro idealizar com o Timothée Chalamet! — ela respondeu com um sorriso irônico. — Mas e você? É impossível que nunca tenha namorado... e algum não-feiticeiro?

Akari segurou a careta, lembrando-se dos tempos difíceis na escola e de sua aversão àqueles que a atormentavam. "Eu não primatas imundos," pensou, mas ao invés disso, ela respondeu com calma.

— Não, nunca pensei nisso. Acho que sempre estive ocupada treinando.

Nobara ergueu uma sobrancelha, olhando para Akari com um brilho travesso nos olhos.

— E agora pode se preocupar em se jogar nos braços do Fushiguro!

— O que!? Tá doida?— Akari quase pulou da cama, surpresa pela sugestão.

Nobara riu, adorando ver a amiga tão desconcertada.

— Ah, qual é, vocês têm uma química óbvia. Dá pra sentir a tensão a quilômetros de distância.

— Tensão? — Akari ecoou, ainda surpresa. — Se você quer chamar de "tensão", é mais uma vontade de socar a cara dele às vezes.

— É isso que eu tô falando! — Nobara respondeu, rindo. — Você sabe o que dizem, a linha entre amor e ódio é muito tênue.

Akari balançou a cabeça, um sorriso involuntário surgindo em seus lábios.

Akari bufou, tentando parecer indiferente, mas suas bochechas traíam um leve rubor.

— Não tem nada disso! — ela protestou, balançando a cabeça. — Eu e o Fushiguro? Nunca vai acontecer.

Nobara revirou os olhos, pegando seus esmaltes e escolhendo uma cor vibrante.

— Ah, por favor. Ele até sorri quando você tá por perto! Eu aposto que você é o tipo dele!

Akari cruzou os braços, tentando disfarçar o constrangimento.

— Você tá delirando, Nobara. Megumi é... bem, ele é só Megumi. A gente mal se entende a maior parte do tempo.

Nobara abriu um sorriso travesso enquanto começava a pintar as unhas de Akari. — Às vezes, as melhores relações começam assim. Além do mais, vocês têm uma química inegável, mesmo que vocês dois sejam cegos demais para perceber.

Akari olhou para suas unhas sendo pintadas, tentando ignorar a sensação de borboletas no estômago. — Talvez... talvez ele só me ache irritante.

— Duvido muito — Nobara retrucou, concentrada em aplicar o esmalte. — Megumi é reservado, mas ele não gasta energia com pessoas que ele não gosta. E a forma como ele olha pra você... tem algo aí, Akari.

Akari suspirou, relaxando um pouco.

— Será que você sempre tem que ser tão persistente?

Nobara riu, levantando os olhos para a amiga.

— Claro. É o que as amigas fazem. E além do mais, você merece ser feliz. Se tem uma chance de algo mais com o Megumi, eu vou empurrar você nessa direção até você perceber.

Akari soltou uma risada suave, sentindo-se mais leve.

— Obrigada, Nobara. Mesmo que você seja insuportavelmente insistente.

— Para isso que as amigas servem. E quem sabe? Talvez um dia você me agradeça por isso. — Nobara piscou para ela, terminando a última unha.

As duas se acomodaram na cama, rindo e conversando sobre celebridades e filmes, enquanto o esmalte secava. No fundo, ambas sabiam que, apesar das dificuldades, momentos como aquele faziam tudo valer a pena.

— Olá feiticeiros e maldições!
— Como vocês estão!?

— Eu peço perdão a demora, mas com o anime friends eu entrei em um estado frenético e só conseguie terminar o capítulo hoje!

— EU PROMETI FELICIDADE E A TROUXE! 💋 💋

— O melhor momento foi a Nobara e a Akari em uma girls night! Eu amei de coração 😭😭😭

— Bom foi isso feiticeiros <3

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