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Horas, talvez dias.


                Horas, talvez dias. Afinal entre dormir, desmaiar e acordar, Felps não tinha ideia de quanto tempo se passara até que Marion finalmente chegou.

                 Siri ainda estava na mesma posição, abaixada ao seu lado, mas ela saudou o seu senhor e se foi quando ele mandou.

                Restou a Felps observar enquanto Marion, impecavelmente vestido e penteado, tornava a encostar a porta. E era desprezível olhar os seus sapatos que brilhavam. Um par de botas com bico em aço, reluzindo polidos, e até seu perfume fez Felps se sentir profundamente nauseado, como se flores lhe fossem enfiadas até a garganta.

               –Gong me contou que você não quer comer. – Ele disse imitando a posição de Siri – Olhe só pra você, vai acabar se matando.

                    Felps quis pedir-lhe que se afastasse, mas somente um gemido rouco escapou dentre seus lábios.

                   Marion estendeu uma mão, tocou-o nos cabelos.

                 –É isso o que você quer? – Ele disse – Quer se matar? Quer morrer porque ele se foi e o deixou, não é?

                 Felps não conseguiu responder áquilo, então inspirou fazendo esforço, um sono forte demais obrigando-o a piscar pesadamente.

                    Quando tornou a abrir os olhos, Marion segurava uma coisa brilhante, talvez uma faca, não soube dizer, o sono era forte demais, obrigava-o a fechar os olhos.

                    Quanto tempo? Horas? Dias? Despertou para se deparar com um tufo de cabelos vermelhos que Marion embolou numa das mãos antes de lançar ao chão.

                Felps quis chorar, mas não tinha forças para isso também, então apenas uma lágrima morna deslizou de um de seus olhos indo parar no outro,por causa da forma como estava deitado.

                  –Ele nem mesmo o beijou quando partiu. Não foi? Sequer olhou para você,eu vi. E ele não ligou sabe por que? Porque você não é nada para ele. – Marion estendeu-lhe um pedaço de pão que tinha molhado na água. – Agora abra a boca. Vamos, se não comer isso eu vou cortar mais do que os seus cabelos. Abra a boca. – Ele mandou sério, mas não esperou que Felps o obedecesse e enfiou um dedo asquerosamente limpo entre os seus lábios e forçou o alimento gotejante na direção de sua garganta.

              Felps o engoliu sem mastigar, engasgando, sentindo o pedaço rasgar sua garganta como se fosse um bolo de espinhos.

                  –Mais.– Fez Marion e repetiu o gesto.

                   Felps choramingou odiando-o, desejando ter presas para dilacerar aquele dedo com elas. Mas tudo o que fez foi soluçar engasgando ao engolir outro pedaço.

                  –Não chore – Mandou Marion. –Eu tenho uma notícia boa para você,afinal. Veja só. Nestes dias Ictar esteve em Portão Branco, sabia?–Felps entreabriu os lábios de surpresa e Marion aproveitou para enfiar-lhe outro pedaço de pão goela abaixo. – Engula –Mandou.–Ele veio com Dom Einov, pois é e...Puxa o homem é horrendo, sabia? Você não gostaria dele. Tem uma língua estranha, verde mesmo e aberta na ponta como as línguas das serpentes. Ele não é como os canibais que a gente vê pelo bosque, ele com certeza tem o sangue do rei deles porque nem parece um...Você sabe, ninguém o confundiria com um humano...Ah e ele também faz um som de cobra quando fala, como aqueles chocalhos, sabe? Bom no final da visita eles perguntaram porquê eu não mando mais comboios para o norte. – Marion contava aquilo com a leveza de quem comenta o clima – Tome, coma mais. Ah,e ele perguntou por você, é claro, foi a primeira coisa que Ictar disse quando desceu do cavalo e Ivela, aquela cachorra que ele adestrou, contou que você partiu, que tinha ido para o norte. –Marion riu – Tinha que ver a cara dele. Ele veio pela estrada Marçall, sabe? Então...Deve estar pensando que você morreu antes mesmo de chegar até ela.

                    Felps soluçou mais, a mão de Marion deslizando pela sua cabeça nua. Se tivesse partido naquele dia, "Quantos dias atrás?"Talvez até tivesse encontrado Ictar pelo caminho. Se tivesse partido quando desejara teria sido tão bom vê-lo. Vindo na direção de Portão Branco, enquanto ele próprio seguia ao seu encontro no norte. Teria sido tão bom...

                 –Não chore, foi melhor assim. Ele voltará para as Marcellas e talvez nunca mais venha aqui. Eu vou mandar alguns comboios agora que Lolá está caçando. Ela é boa, sabe? Tem um faro excelente para perceber os que podem ser libertos e os que devem ser acorrentados. Eu a adoro. Toma, coma mais. E depois, quando tiver esquecido essa loucura, você mesmo poderá voltar para casa, para sua criada e os seus vestidos, eu prometo. Eu prometo, garoto.

                    E dizendo isso, ele se inclinou sobre Felps e obrigou-o a aceitar seu beijo ansioso.

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