Concurso Gosick - Entrega 1
E rufem os tambores...
Aqui temos a primeira entrega de booktrailer e resenha para um dos livros vencedores do concurso Gosick. O livro intitula-se de O Retorno do Viajante e foi o grande vencedor, com medalha de ouro, na categoria de Ação/Aventura.
https://youtu.be/kjP4JApJbKs
Se gostaram do vídeo, votem e comentem. Essa é uma forma de recompensar o meu trabalho, que não custa nada!
Optei por fazer a resenha com base nos critérios avaliados, acho que é o mais adequado neste caso que estamos a falar de uma resenha originada a partir de um concurso. Assim, a estruturação desta resenha será um pouco diferente das apresentadas até agora.
No fim, irei colocar a pontuação atribuída a cada secção.
Resenha
Enredo
Genial! Essa é a palavra mais adequada para caracterizar o enredo de O Retorno do Viajante. Ele não é nada óbvio, nem previsível. Mais, ele é verdadeiramente inovador! A ideia base ao início não fica claramente estatelada para o leitor receber passivamente. Não. O autor nos vende a ideia de que uma espécie de capitão, num mundo onde não existe esse título (o que já é uma pista, sem nós sabermos), morre e tem de enfrentar alguns objetivos para conseguir impedir um desfecho trágico para toda a sua família. Ok, diferente.... Mas não é apenas isso, não. O enredo é bem mais complexo do que aparenta à primeira vista e não sendo entregue para o leitor de mão beijada, torna tudo ainda mais desafiante e instigante. Quando menos esperamos é trazida a ideia de uma mitologia única e extremamente criativa. Mas não se enganem, porque aqui nada é por acaso. E quando pensamos que isso é apenas uma particularidade, sem grande relevância para a trama, percebemos que o autor nos enganou direitinho. Não só é importante, como é fundamental!
Não poderia deixar de mencionar as personagens que têm todas um papel muito bem delineado e todas, sem exceção, desempenham alguma função de relevância. Melhor ainda é o aspeto critico e simbólico que cada uma carrega consigo de uma forma ironicamente leve através do humor. E todas me marcaram de alguma forma, até o inusitado Zarolho kkkkkkk O narrador... nem vou nem dizer o que pensei no fim... Só aplaudi de pé kkkkk
Desenvolvimento
A estruturação dos capítulos é genial, tendo lógica e despoletando a curiosidade do leitor nos momentos mais oportunos. As respostas chegam todas no momento ideal, nem demasiado cedo, fazendo com que o leitor acabe achando que é demasiado "fácil", nem demasiado tarde, fazendo com que o leitor desista de desespero. Vão existir vários momentos em que o leitor vai levar as mãos à cabeça, pensando "Mas o que raios é isto? O que está a acontecer?". Mas o conselho que posso dar é: "Não se desespere, caro leitor, logo, logo, todas as peças vão encaixar direitinho e a sua espera será recompensada." A névoa de mistério, com os recuos e avanços no tempo, é implantada de forma, mais uma vez, GENIAL! Por vezes, me perguntei se não estaria diante de uma alegoria, ao estar tão repleta de simbolismo, retórica e crítica social. A utilização do humor como "arma" é o que mais marca o avançar da história e dá um toque leve a algo de uma reflexão profunda.
O que dizer do desfecho? Ele é simplesmente GENIAL (cá está a palavra novamente)! No inglês "Mindblowing". Só no último capítulo você vai perceber de uma forma bem subtil e discreta o porquê de tudo kkkkkk Só posso dizer que este é daqueles raros livros que mesmo depois de fechar, ele vai ficar martelando na sua cabeça. Vai marcar você, inevitavelmente. E vai deixar você andando para todo o lado soltando ocasionais "Ah, era por isso!", fazendo com que os outros te achem meio louco kkkkkk Mas, na verdade, esse será o som que prova que você não é nada louco, nem idiota, tal como o mestre das palavras que fez isso com você kkkkkkkk
Ortografia
Não tem como não dar pontuação máxima neste critério. Uma escrita irrepreensível, sem erros de pontuação, gramática, coesão textual, estruturação frásica, grafia... Sem erros, ponto (ou melhor, se existem, nem se dá conta). Se isso não fosse suficiente, o autor ainda embeleza a sua narrativa com recursos expressivos utilizados no momento certo e da forma correta. O nível de descrição é soberbo e tem identidade. Lesse eu outro texto deste autor e saberia certamente na hora que era uma criação sua. O leitor consegue facilmente visualizar TODAS as cenas, NÃO SÓ as de ação (como é típico de encontrar em muitos livros pela plataforma, que acabam apenas caprichando nas cenas de maior pico de ação), como se de um filme se tratasse.
Capa
A Capa (está no final do capítulo) nos faz de imediato transportar para um ambiente conturbado com claros indícios de aventura e ação. Temos simbolismo ao existir um barco que representa o centro da obra (o contexto/ambiente do protagonista), mas que dá simultaneamente a ideia de viagem, que parece algo literal, mas logo, logo percebemos que não é bem assim. Temos um nevoeiro cerrado sobre o barco, indicando a tal ideia de perturbação, problemas à vista, mas logo atrás do barco, quase escondido, conseguimos avistar um pôr do sol, que traz a ideia de mudança e renascimento. Isso se coaduna na perfeição com o enredo criado na obra. E como se isso não bastasse, ainda avistamos variados barcos no horizonte, formando uma muralha na retaguarda, que apontam para a ideia de perseguição. Mais uma vez esta perseguição pode ser vista literalmente, ou de uma forma mais simbólica representando as sombras do passado do protagonista a persegui-lo (para que essa ideia ainda fosse mais salientada, eu desvaneceria um pouco mais os barcos ao fundo, como se fossem mesmo sombras). E eu poderia ainda falar dos outros elementos, como os pássaros e o fumo a sair do próprio barco, mas iria estar repetindo a mesma ideia. Tudo na capa tem alguma espécie de simbolismo que reporta na perfeição para o conteúdo da obra. No entanto, depois de terminar a obra senti que faltava um elemento que poderá fazer a diferença no que toca a trazer novos leitores para o livro, que é, nada mais, nada menos, do que a alusão ao mundo fantástico/mitológico. A ideia dos deuses é um dos principais pilares desta obra e seria fundamental ter essa representatividade na capa. Fora isso, não tenho nada a acrescentar. Quer dizer, temos o pequeno pormenor da fonte usada para o nome do autor, que não é das mais apelativas, mas esse é, para mim, um aspeto secundário, no meio de uma capa dessas.
Sinopse
A estruturação bem equilibrada de uma sinopse! Temos a apresentação breve do mundo em que se insere, seguida do problema que move a história. Temos no final a ideia do tom dado à narração e termina com a promessa "sedutora", mas não certa, de resolução do problema por parte do protagonista, sem desvendar, é claro, a forma. Tem todos os elementos essenciais para fazer o leitor se interessar e querer saber mais, se arriscando a embrenhar nas páginas divinalmente bem escritas deste autor. E uma coisa é certa, depois de entrar, não tem mais como sair kkkkkkk
(O único pequeno aspeto que volto a salientar é a falta de alusão ao mundo fantástico/mitológico que, só por ser um dos pilares da obra, deveria estar também aqui contemplado.)
Pontuação (de 0,0 a 2,0)
Enredo: 2,0
Desenvolvimento: 2,0
Ortografia: 2,0
Capa: 1,9
Sinopse: 1,9
Acho que não é preciso dizer mais nada, não é? Uma obra que se aproxima de tal forma da perfeição merece muito ser lida, votada e comentada por você, caro leitor. Do que está há espera? Garanto que não se vai arrepender! Tem apenas 11 capítulos e em cerca de duas horas você terá chegado ao fim e estará se jogando no chão desesperado por mais! Mas não se preocupe, a história não sairá da sua cabeça assim tão fácil, não! Atrevo-me a dizer que ela passará, inevitavelmente, a fazer parte de você.
Muito obrigada, H3lio7uni0r
E aqui vos deixo com a capa da obra:
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