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A Rosa Mais Bela

Boa tarde, caro leitor

Desta vez trago um livro que me arrebatou completamente o coração e a inspiração. Um livro baseado na história que não tem como não conhecer de "A Bela e a Fera". A autora é Cecília Amaral, que me pediu um booktrailer para um outro livro dela, mas assim que me deparei com "A Rosa Mais Bela" não teve como resistir ao impulso de o ler.

https://youtu.be/6fsJ_BIrefY

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Resenha


Será perigoso pegar numa história que todos conhecem e tentar dar o nosso próprio cunho pessoal? Cecília Amaral aventurou-se nessa demanda, e propôs-se a fazer uma releitura mais moderna de A Bela e a Fera. Nada que já não tenha sido feito antes, inclusivamente encontramos filmes e séries com esse propósito. E uma busca rápida no wattpad vai fazer-nos ver que são inúmeras as obras que de uma forma ou de outra tentam trazer a sua própria reinterpretação desta aclamada história que remonta a 1756.

Em A Rosa mais Bela conhecemos Beatrice, uma jovem com desejo de conhecer mais do que o seu pequeno e restrito mundo, e Adrien, um homem marcado por um terrível acidente que lhe leva a beleza e, junto com ela, a vontade de viver. Quando os dois se veem obrigados a conviver um com o outro, o choque inicial impede-os de se olharem para além da camada exterior que os dois arrastam sobre si. Mas o tempo é poderoso o suficiente para fazer com que estes dois seres aprendam que juntos poderão redescobrir, em si mesmo, forças que não sabiam deter. Mas será a revelação de um segredo capaz de destruir tudo aquilo que foi construído sobre uma grande mentira? E nesta batalha o que pesará mais: a beleza, a vida ou o amor?

Aquilo que mais me cativou nesta obra foi a forma como a autora consegue com mestria deixar transparecer a história que lhe serve de base, sem deixar de lhe acrescentar inúmeros detalhes requintados que trazem uma realidade soberba a um clássico marcado pela fantasia. De repente, nos vemos obrigados a enfrentar as impossibilidades irrealistas de uma história que nos marcou a infância, levando-nos a refletir situações ou comportamentos de um determinado personagem sob uma luz completamente nova. Por exemplo, os comportamentos mais agressivos e impulsivos da Fera, nesta obra são justificados através de uma perturbação psicológica. Esse realismo nos permite sentir uma maior empatia, permitindo-nos aproximar mais das personagens. A própria protagonista perde o seu papel de "guia", heroína sem falhas, deixando de ajudar simplesmente a Fera a olhar para si e para o mundo com outros olhos, para que ela mesma precise de ser ajudada nessa travessia. Os dois têm fraquezas, os dois se mostram mais humanos, e necessitados um do outro.

O papel que é atribuído a cada personagem no original está bem vincado e aparece extremado como uma forma de facilitar a mensagem crítica subjacente a cada um dos envolvidos. Gaston aparece como alguém que é belo por fora, mas extremamente feio por dentro, quase como se representasse a Fera antes de ser castigado. A protagonista é igualmente bela por dentro e por fora, mostrando-se completa, "crescida" e pronta para maiores desafios que não consegue alcançar com a simples vida que leva. E a Fera é feia por fora, mas não necessariamente feia por dentro. A utilização da rosa a degradar-se com o tempo, mostra que existe esperança da Fera se vir a transformar num homem que poderá ser igualmente belo por fora e por dentro. A protagonista que se mostra, na obra original, reticente face à mudança do caráter de um homem (ao deparar-se com Gaston), aprende com o passar do tempo que esta é possível e aparece deste modo como uma facilitadora da transformação por que a Fera passa. A realidade que Cecilia Amaral imprime à sua obra apaga um pouco este extremismo, e faz com que o papel dos protagonistas sofra grandes alterações sociais, sendo o caso mais flagrante o de Beatrice que deixa de ser uma mera agente da mudança para ela própria ser alvo dessa necessidade de mudança, tal como já referi anteriormente. Isto foi algo que me causou uma grande estranheza inicial, pois esperava encontrar os papeis das personagens inalterados. No entanto, consigo perceber o racional por detrás desta escolha, que não deixa de ser bastante inteligente, sendo que nos é mais fácil identificar com uma protagonista que não é de todo perfeita. Eu diria que se a Bela representa a garota a que muitas de nós se quer aproximar, Beatrice representa a nossa luta diária pela procura de nos tornarmos em seres humanos cada vez melhores, com muitas dúvidas e receios à mistura.

Deste modo, de forma geral, as personagens surgem, nesta nova versão, como seres mais complexos e profundos do que no original, mostrando que, na vida real, perfeição é coisa que não existe, mas que podemos lutar todos os dias para nos aproximar dela.

Antes de terminar e como não podia deixar de ser, tenho que falar sobre o par romântico desta obra. A verdade é que não há como não torcer por Bea e Adrian. A forma como a relação deles se vai desenvolvendo ao longo do tempo é enternecedora e, mais uma vez, bastante realista. Enquanto que no original eu sinto que existe uma certa precipitação na aproximação repentina dos dois, em A Rosa Mais Bela a autora tem o cuidado de salientar a passagem do tempo e uma familiarização gradual entre os dois. Ainda assim, devo dizer que gostaria de ter visto um ou outro testemunho desse crescimento gradual, sem que a autora tivesse recorrido à narração breve e pouco descritiva dessa evolução. De qualquer modo, o afastamento que sentimos quando a autora nos afasta da intimidade diária do quotidiano dos dois, rapidamente se desvanece e sentimo-nos a ser puxados para bem próximo dos dois a cada novo momento de ternura e entrega por que eles passam. É caso para dizer que a autora sabe muito bem como deixar o nosso coração tremido, a palpitar por um beijo que demora para chegar kkkkk

Mas e o final da obra? Se já conhecemos a história, não nos vamos surpreender, certo? Errado. Uma coisa nada tem a ver com a outra. E apesar de autora ainda não ter publicado o final, tendo em conta a surpresa constante que eu fui tendo à medida que ia lendo capítulo atrás de capítulo, algo me diz que o final será certamente emocionante, real e verdadeiramente surpreendente.

Caro leitor, é perigoso pegar numa história que todos conhecem e tentar dar o nosso próprio cunho pessoal? Sim, é. Diria que é terreno instável, onde estamos constantemente a lutar contra as expectativas referentes a uma história que nem sequer é nossa. Uma luta diária, capítulo atrás de capítulo, palavra seguida de palavra, para mostrar que aquele terreno apesar de já ter a terra bem instalada é sempre possível plantar novas árvores e flores sem deixar a terra totalmente tapada. Sem destruir, fazer algo brotar de algo que já existia. E esse, caro leitor, é dos perigos mais desafiantes que eu, também como escritora, senti que vale a pena passar.


Muito obrigada, @CeciAmaral


Frase lema que eu faria para este livro: Quando deixamos de nos fechar para o mundo, as fraquezas que nos deitavam abaixo se tornam no tesouro mais precioso que temos, pois sem elas seria impossível crescer e nos tornarmos melhores versões de nós próprios.


Análise em parâmetros

Sinopse  

Apesar de bem escrita, está demasiado extensa e detalhista. Uma versão mais reduzida e aberta poderia despoletar uma maior curiosidade no leitor.


Capa

Das mais bonitas dos livros que trouxe aqui para o projeto, só perdendo para A Resitência: À Beira do Caos. Ela desperta a atenção, com um jogo de cores que nos grita modernidade. Ainda assim, quando a vi, apesar de imediatamente atraída por ela, o conto da Disney que me lembrei foi da Branca de Neve que é descrita como branca como a neve, com uns cabelos negros como o ébano e uns lábios vermelhos da cor do sangue. Apesar deste pequeno deslize no enquadramento poder acontecer, não podemos deixar de admirar a forma como a capa, de forma geral, se enquadra com o conteúdo da obra.


Personagens

Tal como no original, as personagens mais bem exploradas e desenvolvidas são os protagonistas. Pouco sabemos acerca dos criados, dos pais do Adrien, do pai da jovem ou do amigo do Gaston. Nesta obra, alguns dos personagens perdem a sua caracterização extrema e acaba-se por perder um pouco da crítica social, que fazia muito sentido para uma obra publicada em 1756. O realismo implantado em A Rosa Mais Bela torna necessário este afastamento. É de realçar, contudo, o ganho na complexidade e profundidade emocional nos protagonistas.


História

A história em si segue fielmente o original, trazendo modificações necessárias e úteis. Os realces que são pincelados com mestria pela a autora acrescentam temáticas, que sem se afastarem muito das mensagens que a obra original pretendia transmitir, são bastante pertinentes e atuais. As perturbações psicológicas descritas não estão lá como enfeite, ou simplesmente porque fica bem falar sobre esses assuntos, elas se enquadram na história muito naturalmente, trazendo-lhe uma maior profundidade com bastante lógica.


Escrita

Das escritas mais "naturais" que encontrei aqui no wattpad. Sem grandes artifícios, mesclando um narrador imparcial, com outro que por vezes se colocava no lugar de uma das personagens, trazendo um toque mais transversal à obra. Esse tipo de escrita permitiu que chegássemos a todos os cantos da história, sem deixar nenhum por explorar. Por vezes, quase me pareceu que estava a ler algo em português de Portugal, o que é um grande elogio, visto se aproximar da minha forma de pensar e escrever. Eu diria que a escrita não é nem demasiado simplista, nem demasiado complexa, e consegue um meio termo muito adequado à história que pretende retratar. O cuidado com a revisão é um aspeto que para mim também é muito importante, sendo que não se encontravam muitas gralhas, permitindo que a leitura fosse fluida.

Esta não é uma escrita que tem como objetivo deixar o leitor impacto ou atordoado com a força das palavras, mas antes deixar o leitor à vontade com o que vai acontecendo ao longo da obra.


Avaliação Global


Deixo aqui a já mencionada capa do livro.

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