Capítulo 7: the cute bloody giant.
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Narrado por Alex.
Fiquei segurando em Benjamin por uma eternidade. Alguns suspiros escapavam de mim quando eu descansava em seu peito enquanto ele se inclinava contra a estante de livros. Os outros estavam sentados em seus cantos, cuidando de seus vidas. O novo garoto não estava mais amarrado à cadeira e agora vagava livremente enquanto olhava para nós de vez em quando. Fechei os olhos por alguns minutos antes de soltar Benjamin.
— Temos que sair daqui. — disse a eles com uma voz determinada. Tudo estava quieto até que todos se viraram para olhar para mim.
— Não há saída. Tudo está trancado. — Kan disse, mas eu apenas zombei dele.
— Eu não vou ficar nesse buraco do inferno por três semanas com vocês malucos. Vou dar o fora daqui. — disse a eles quando me levantei do chão.
— Bem, você também não é a melhor companhia para se ter por perto. — Neels zombou de mim e eu olhei para ele antes de revirar os olhos.
— Devemos nos separar e procurar uma saída. Todas as entradas não podem estar trancadas. — Lukas comentou.
— É chamado de trava por uma razão, idiota. Honestamente, você usa mesmo sua cabeça? — Kan disse enquanto batia na cabeça dele. Fiz uma careta um pouco antes de Benjamin chamar minha atenção.
— O que você está pensando? — ele me perguntou cautelosamente.
— Ele está certo. Devemos nos separar e encontrar uma abertura. Esta escola é enorme, afinal, você nunca sabe o que vai encontrar. — disse a eles enquanto Lukas parecia extremamente orgulhoso de si mesmo. O garoto novo apenas olhou para mim enquanto se sentava.
— Eu não vou a lugar nenhum. — disse ele para nós, mas eu nem me importei. Ele não é minha responsabilidade.
Nenhum deles é.
Saí da sala sem sequer me importar se concordavam ou não com o que eu havia dito. Ouvi a porta da biblioteca se fechar atrás de mim e já sabia quem era apenas pelo som de seus passos.
— Você sempre tem que me seguir por aí? — falei alto enquanto me dirigia para o ginásio.
— Sim, caso contrário, você acaba fazendo algo incrivelmente estúpido. — veio a resposta de Benjamin. Eu nem me incomodei em responder a ele.
Ele me seguiu até o ginásio.
O lugar era esquisito por dentro, pois estava insanamente escuro e a única fonte de luz vinha do corredor. Eu fiquei ali por alguns segundos enquanto tentava superar meu medo de estar no escuro com Benjamin, que estava extremamente perto de mim. Mordi meu lábio um pouco antes de me virar.
— Você vai primeiro. — disse a ele enquanto cruzava os braços. Ele apenas levantou uma sobrancelha para mim antes de encolher os ombros e entrar. Eu segui atrás dele enquanto tentava não chegar muito perto.
— Alguma idéia do que estamos procurando? — Benjamin perguntou depois de um tempo.
— Existe uma abertura no vestiário que dá para o lado de fora e é grande o suficiente para um de nós passar. Queria ver se realmente conseguiria abri-la. — disse a ele enquanto agarrava a parte de trás de sua camiseta para ter certeza de que ele não se afastaria muito de mim. Benjamin cantarolava baixinho enquanto nos liderava ainda mais no ginásio.
— Você estava pensando em contar aos outros? — ele perguntou enquanto acendia as luzes. Olhei para a intensidade das lâmpadas antes de olhar para ele.
— Não. — disse honestamente enquanto caminhava em direção aos vestiários.
Benjamin provavelmente estava chocado com minhas palavras, mas isso não importava. Eu não lhe devia nada. E eu não devia nada aos outros, principalmente depois do que aconteceu ontem à noite. Me vi tremendo um pouco com a lembrança e me inclinei contra um dos armários para me orientar.
— Você está bem? — Benjamin me perguntou, mas ele não parecia nem um pouco preocupado comigo. Eu cerrei os dentes antes de me empurrar para frente.
— Vamos apenas encontrar a abertura e sair daqui. — murmurei para ele enquanto criava distância entre nós.
Ele não disse mais nada para mim, mas ele me deu o espaço que eu queria. Torci meu rosto com o cheiro de suor dos uniformes sujos, mas continuei meu caminho em direção ao fundo do vestiário onde eu encontrara a abertura da ventilação. Resmunguei alto enquanto levantava um carrinho de roupa suja para fora do caminho e gritei quando encontrei a abertura atrás dele.
Agachei-me um pouco, ignorando a dor que sentia ao fazê-lo, e examinei a abertura. Se eu tivesse uma chave de fenda, seria fácil abrir essa coisa.
— Você achou? — ouvi Benjamin gritar do outro lado do vestiário, chegando mais perto. Levantei-me rapidamente e coloquei o carrinho de roupa de volta no lugar, cobrindo meio caminho da porta.
— Não, nada. Talvez eu tenha visto em outro lugar? Só me lembro de ser em um dos vestiários. — menti com perfeição entre dentes. Benjamin olhou para mim por alguns segundos antes de suspirar.
— Você está me matando, Alex.
Nos dirigimos de volta para à biblioteca para encontrar os outros quando ouvimos algumas coisas, gritos vindos de dentro dela. Eu congelei no lugar, parando meus passos, Benjamin rapidamente correu para dentro da biblioteca para dar uma olhada. Meu coração batia forte no peito nervoso enquanto eu arrastava os pés pelo chão em direção à biblioteca. Dentro dela, eu podia ouvir gritos e alguém jogando algo pelas paredes. Hesitante, abri a porta para ver o que estava aguardando por mim.
Cobri minha boca para me impedir de gritar enquanto olhava para a bagunça que tinha sido feita. Livros estavam espalhados pelo chão, papéis em todos os lados, cadeiras derrubadas e um corpo ensangüentado caído entre eles.
Era o garoto novo que acabara de chegar aqui. Seu crânio estava esmagado, sangue se acumulava na ferida, queria vomitar com o quão visível a merda do seu cérebro estava. O corpo do garoto estava caído em um ângulo estranho e eu me senti muito desconfortável com a forma estranha que seu pescoço estava torcido.
Somente uma pessoa entre nós poderia fazer algo assim.
— Calma! Que porra há de errado com você?! — Benjamin gritou com Lukas, que estava ocupado destruindo o lugar. Havia sangue cobrindo sua camisa e suas mãos estavam tingidas de vermelho também. Eu saltava sempre que ouvia os sons altos do garoto gigante destruindo os computadores com uma raiva inacreditável.
— Lukas, escuta, porra... — Benjamin se abaixou quando o gigante jogou uma cadeira de madeira nele. Ela bateu fazendo um barulho alto enquanto se quebrava instantaneamente.
— Eu não vou mais ficar nessa porra de escola, estão me ouvindo?! Eu não vou mais aguentar merda de gente inútil como você! — Lukas praticamente rugiu. Ele se virou para onde eu estava na porta e me senti como um cervo diante dos faróis de um carro.
O gigante fofo de antes não podia mais ser encontrado.
Os olhos de Lukas estavam dilatados até a borda, o cabelo estava bagunçado, suor brilhava em sua testa e um sangue que não era seu escorria pelo seu rosto, enquanto mais gritos desagradáveis saiam de sua boca. Recuei um pouco quando percebi que ele agora estava me perseguindo.
Eu me virei para dar o fora dali quando ele me agarrou pela camisa que eu estava vestindo e me levantou como se eu fosse um saco de batatas. Pude ouvir a camisa rasgar em suas mãos e a única coisa que eu conseguia pensar era; que porra ele estava fazendo?!
— Coloque-o no chão! — Benjamin gritou quando Lukas agarrou a calça de moletom que eu usava e a baixou. Meus olhos se arregalam enquanto minhas bochechas ficavam vermelhas.
— Sai de cima de mim, seu maluco! — gritei para ele quando agarrei seu rosto antes de levar minha mão no bolso do meu moletom para pegar o bisturi que estava lá e esfaqueá-lo bem no olho. Lukas gritou de dor antes de me soltar. Eu caí no chão antes de me afastar dele, porque sabia que, pela maneira como ele estava gritando e quanto sangue estava saindo de seu rosto, que definitivamente não iria poder ver tão cedo.
— Seu viadinho desgraçado. — Lukas rosnou para mim enquanto se inclinava contra a parede e tentava parar o sangramento. Benjamin correu rapidamente até mim para ver se eu estava bem, mas eu o empurrei.
— Nada esta bem nisso! — gritei para ele enquanto apontava o bisturi diretamente para ele. Ele olhou para mim antes de recuar, sabendo que eu era totalmente capaz de causar algum corte.
— Bem, isso foi um belo de um show. — nos todos olhamos para cima para encontrar Neels sentado em cima de uma estante de livros comendo um sorvete. Ele balançava os pés para lá e para cá como se estivesse realmente se divertindo.
— Neels, que porra você está fazendo? — Benjamin o questionou com uma careta no rosto. Olhei para Neels antes de perceber que ele estava agindo diferente e que ele parecia diferente também. Neels inclinou a cabeça para o lado antes que um olhar inocente aparecesse em seu rosto com um pequeno beicinho.
— Neels não está aqui agora, ele teve que fazer uma pausa, mas não se preocupe, eu te faço companhia! Meu nome é Madison e eu tenho seis anos! Prazer em conhecê-lo! — Neels exclamou com um enorme sorriso de criança no rosto. A sala inteira ficou em silêncio e tenho certeza de que todos estávamos pensando a mesma coisa.
Que porra é essa?
***
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