Capítulo 2: you asshole.
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Narrado por Alex.
Encontrei-me levantando minha cabeça ao lado do meu notebook e bocejei alto.
Eu realmente não me lembro de dormir enquanto pesquisava para meu trabalho. Esfregando os olhos, olhei para o meu celular e vi que eram oito da manhã. Isso significa que todo mundo no campus já havia saído para a viagem.
Olhei em volta da biblioteca para ver que não havia vestígios de Benjamin e decidi voltar para o dormitório, mesmo que fosse uma longa caminhada. Saí da biblioteca antes de sair do prédio da escola. Meus passos ecoavam alto no corredor vazio e senti como se tivesse que sair dali o mais rápido possível.
Enquanto caminhava, ouvi outros passos atrás de mim. Mordi meu lábio nervosamente antes de olhar para trás para ver quem era. Soltei um suspiro quando vi Benjamin caminhando em direção à biblioteca novamente com mais papéis em suas mãos. Logo, me vi fazendo o caminho de volta para lá, só porque queria saber o que ele estava aprontando.
— Por que você não foi para a viagem? — perguntei a ele quando estava perto o suficiente. Benjamin não reagiu da maneira que eu esperava que ele fizesse. Ele nem pareceu chocado por eu estar tão perto dele.
— Eu tenho coisas melhores a fazer do que me preocupar em tentar foder alguma garota por aí. Meus pais me ensinaram melhor que isso. — foi tudo o que Benjamin me disse enquanto rabiscava algo em um pedaço de papel.
O observei cuidadosamente antes de me encostar na mesa de madeira.
— Ei, você poderia me fazer um favor? — disse enquanto brincava distraidamente com um lápis em cima da mesa.
— Não, eu não vou fazer seus trabalhos só pra receber um boquete. Acho que acabei de te dizer que meus pais me criaram melhor do que isso? — Benjamin zombou enquanto me derrubava do meu pedestal com um olhar não impressionado. Revirei meus olhos para ele antes de me afastar da mesa e voltar a sair da biblioteca.
— Hum, qualquer outro cara teria aceitado a oferta. — disse a ele, mas tudo o que Benjamin fez foi rir, o que me fez prender a mandíbula para ele.
— Você realmente acha que isso é algo que você deveria se orgulhar? — ele olhou para mim e continuou a rir enquanto escrevia outra coisa em seus papéis.
Lhe dei um sorriso amarelo e saí rapidamente da biblioteca, porque não tinha tempo a perder com tal idiota.
Quando fui para as portas principais da escola para sair, notei que algo estava terrivelmente errado.
— Droga. — xinguei enquanto tentava abrir as portas, mas elas não estavam se movendo. Nem um centímetro. Suspirei pesadamente e decidi sair pelas outras portas que estavam no primeiro andar. Essas portas também não se abriam. Suspirei outra vez com tal provação e logo me vi voltando para a biblioteca.
— Voltou tão cedo? — Benjamin disse quando me viu entrar com o punho fechado.
— Por que as portas estão trancadas? Elas sempre ficam abertas quando os alunos passam a noite aqui. — disse a ele com raiva e ele apenas deu de ombros.
— Você realmente é tão estúpido, não é?
— Que porra, qual o seu problema? O que eu fiz com você para você agir assim comigo?! Por que você está rindo de mim de novo?! — exclamei não entendendo o que estava acontecendo.
Benjamin parou de rir novamente para me dar um sorriso.
— A escola fica trancada sempre que há viagens escolares, idiota. Sério, seu pai é o dono do lugar, Sr. Carrington. Você de todas as pessoas deveriam saber disso. — ele nem sequer ficou sentado para ouvir o que eu tinha a dizer e foi para a seção de não-ficção na biblioteca. Fiquei ali sem nem saber o que fazer depois.
— Isso significa que vamos ficar presos aqui juntos por três semanas. — murmurei para mim mesmo quando caí de joelhos, me preocupando sobre como eu iria sobreviver em um lugar como esse com alguém como ele.
— Pensei que tinha dito a você que eu não queria um boquete. Fique de pé.
— Vai se ferrar!
Benjamin Watson não era o que eu pensei que ele seria. Ele era muito... estranho. Eu queria conhecê-lo antes, mas agora eu gostaria de nunca encontrá-lo, mas eu estava feliz que eu não era a única pessoa aqui.
Tínhamos concordado silenciosamente em nos manter aqui enquanto estávamos presos e eu fiquei feliz que ele fechou a boca e voltou a ser aquele cara silencioso e legal de antes.
Já era final de tarde quando comecei a ouvir alguns barulhos das saídas de ar.
Eu estava cuidando da minha vida quando pude ouvir um barulho alto. Levantei-me imediatamente e olhei para Benjamin, notei que ele também havia ouvido o barulho e também estava em alerta. O barulho estridente continuou antes que a abertura da saída de ar se abrisse, fazendo-me gritar e pular para longe do buraco. Benjamin apareceu em minha frente e nós dois ficamos ali, observando enquanto algo se arrastava para fora da abertura, tossindo e fazendo sons de engasgos.
— Para um lugar tão esnobe, pensei que as saídas de ar fossem mais limpas. — a coisa disse enquanto pulava para cima de um das prateleiras de livros e se firmava. Benjamin e eu trocamos um olhar confuso antes de olhar para a coisa na estante de livros.
— Hum, o que você está fazendo aí em cima? — perguntei timidamente, mas me certifiquei de que ainda estava atrás de Benjamin.
— Ah, isso é estranho. Eu não sou um intruso, eu juro. Eu estava trancado na sala de detenção e não conseguia abrir a porta, então aqui estou eu. — o garoto pulou cuidadosamente da estante de livros como um idiota e caiu de bunda no chão.
— Porra, isso doeu mais do que quando me acertaram com uma pistola de tinta. — o garoto murmurou quando se levantou para esfregar sua bunda.
Ele olhou para nós e um sorriso apareceu em seu rosto.
— Ah, oi, sou Neels Stroud. Prazer em conhecê-los e antes que digam qualquer coisa, sim, eu sou da Coreia. Minha mãe é dela, mas meu pai é francês. Que bom que nos encontramos, é assustador pensar em estar sozinho aqui, vocês não acham? — disse ele com um leve sotaque.
Levantei uma sobrancelha para ele enquanto analisava sua aparência. Neels era bastante bonito, com um charme juvenil que se destacava como sua personalidade. Ele tinha cabelos brancos e lisos, obviamente tingidos, e olhos castanho claro. Sua pele bronzeada era absolutamente perfeita, o que eu invejava, porque a minha é muito clara e coberta de sardas.
— Então, deixa eu adivinhar você também está trancado aqui? — Benjamin disse assim que saiu do seu estupor. Neels olhou para ele por alguns minutos antes de hesitar com a cabeça.
— A sala de detenção fica do outro lado da escola. Você deve ter aberto uma tonelada de saídas de ar. — disse a ele, fazendo-o apenas sorrir para mim.
— Sim, demorei pra caralho para chegar perto das portas principais. De qualquer forma, por que vocês estão aqui? E dizendo "aqui" quero dizer na mesma sala. — Neels nos perguntou enquanto tirava o pó de sua roupa.
— Era melhor do que ficar sozinho. — disse a ele honestamente. Se eu tivesse a chance de abandonar Benjamin, eu o faria, mas ele era o único aqui no momento e eu não queria ficar sozinho.
Benjamin bufou antes de cruzar os braços.
— Ele tem razão. — foi tudo o que ele disse antes de voltar para onde suas coisas estavam localizadas. Neels e eu nos olhamos um pouco mais antes que ele sorrisse para mim.
— Ele certamente está a fim de você.
Isso resultou em ele levando um chute na virilha por dizer tal bobagem.
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