Capítulo 11: forgiveness is the way out.
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Narrado por Alex.
— Tudo bem, então, tudo o que precisamos fazer é evitar Lukas e Kan, então podemos sair daqui livres. — disse a Benjamin quando troquei seus curativos pela manhã.
Depois de nos preparar um pouco de comida que encontrei pela despensa, abri o kit de emergência e peguei o mapa da escola. Desenrolei enquanto Benjamin comia sossegado e cantarolava para mim mesmo.
— Eu preciso ir até à Oficina. Não deve ficar longe daqui, mas Lukas e Kan também estão por aqui. Eu só não quero esbarrar com eles. — disse a ele enquanto passava a mão pelo meu cabelo.
— Se encontrarmos eles, cuidarei de Lukas se ele tentar algo. — virei-me para olhar para seus olhos cansados e ver que ele estava falando sério.
- Você já está em um estado crítico, Benjamin. Você não pode só ir para cima dele. Esse cara é um maldito gigante, ele poderia arrancar sua cabeça, se quisesse. — disse a ele, mas Benjamin não mudou de idéia.
— Se ele vier atrás de você de novo, eu o mato. — foi tudo o que ele disse antes de fechar o rosto novamente. Eu me virei para olhar o mapa e não pude me impedir de corar.
— Como está seu pulso? — ele me perguntou, de repente. Eu pulei no lugar um pouco quando o senti atrás de mim e me virei, em seguida, ele agarrou meu pulso suavemente. Ele o tirou da tala com cuidado antes de examina-lo.
— Está um pouco inchado, mas você ainda precisa ir ao hospital. — Benjamin disse enquanto lentamente passava os dedos sobre ele.
— Você também precisa ir ao hospital. — disse a ele baixinho e ele apenas sorriu para mim antes de levantar meu pulso quando ele pressionou as costas da minha mão contra sua bochecha e suspirou suavemente como um gatinho satisfeito.
— Você é minha principal prioridade, Alex. Se você sair com segurança, não precisarei me preocupar com mais nada. — ele falou muito intimamente do que o Benjamin que eu conheci antes, porque eu tinha certeza de que ele me odiava, mas agora ele fez todas essas coisas por mim, quase se matou por mim.
Quem não merece quem agora?
— Precisamos nos apressar agora. Não quero me deparar com eles. — disse enquanto corava um pouco. Coloquei a tala de volta no meu pulso e saltei no lugar quando ele segurou meu rosto com uma de suas mãos. Olhei para ele com os olhos arregalados que se fecharam quando ele se inclinou para me beijar outra vez.
Por alguma razão, eu estava tremendo quando a outra mão dele envolveu minha cintura e me puxou contra ele. Então eu repentinamente voltei para aquele momento, pressionado na maca enquanto alguém me abusava, e rapidamente quebrei o beijo.
— E-espera, nós não podemos! — eu disse a ele, esperando que ele não notasse o leve pânico na minha voz.
Naturalmente, ele notou.
— Eu não vou te machucar. — Benjamin disse enquanto sua mão gentilmente acariciava meu braço.
— M-mais tarde então. N-nós temos que sair daqui agora. — disse a ele enquanto gentilmente o afastava. Benjamin olhou para mim interrogativamente antes de acenar com a cabeça.
— Mais tarde, eu vou te abraçar então.
Descemos o corredor depois de colocar em Benjamin uma camisa limpa e nos certificamos de que ninguém entraria na enfermaria enquanto estivéssemos fora. Estava extremamente cauteloso sobre onde pisava, o que fez com que Benjamin me olhasse estranhamente como se ele não soubesse que Lukas tinha uma audição sensível e podia ouvir todos os nossos movimentos.
— É sério, Alex? Ele não é literalmente um animal. — Benjamin zombou depois de me fazer parar de agir como se o chão fosse lava.
Quando finalmente chegamos à oficina sem interrupções, tentei abrir a porta apenas para descobrir que estava trancada. Benjamin sendo o adolescente rebelde que ele é, quebrou a janela da porta antes de abri-la por dentro. Eu olhei para ele, que estava sendo extremamente imprudente com seu corpo. Corri pela Oficina e fui até o armário de ferramentas atrás do balcão antes de procurar uma chave de fenda.
— Achei! — exclamei alto quando me virei para ver Benjamin que estava olhando para mim.
— O que foi? Seus machucados estão doendo? — perguntei a ele enquanto colocava a chave de fenda na minha mochila. Ele apenas zombou de mim antes de cruzar os braços.
— Por que você precisa de uma chave de fenda se você não encontrou a abertura, Carrington? — ele me perguntou e eu senti o sangue no meu corpo gelar enquanto seus olhos escureciam de raiva. Soltei uma risada seca e sem graça antes de esfregar meus braços.
— É para quando o encontrarmos. Eu não queria ter que ir até lá e depois ter que voltar ou algo assim. — disse a ele e ele apenas me deu um sorriso assustador.
— Uma viagem de ida e volta? É assim que os jovens chamam hoje em dia? — Benjamin não estava mais agindo da mesma forma e fiquei surpreso ao vê-lo assim.
— Benjamin...
— Você ia me dizer antes ou depois de sair da escola que encontrou a abertura? — olhei para ele antes de me encontrar andando de volta para o balcão.
— Isso não é verdade. — disse a ele e ele apenas revirou os olhos para mim.
— Se não é verdade, por que você está se afastando de mim? Você está com medo de mim? — Benjamin começou a andar em minha direção e me vi chorando de novo. Eu não sabia por que estava. Não sabia por que me sentia tão vulnerável nessa situação.
— Sinto muito, Benjamin. Eu estava sendo egoísta e não esperava que você me ajudasse quando eu precisei. — murmurei enquanto tentava enxugar as lágrimas. Eu não sabia o que ele estava fazendo até sentir seus braços em volta de mim e ele me puxar para seu peito.
Meu corpo inteiro estava tremendo quando ele esfregou minhas costas suavemente. Benjamin se inclinou para pressionar os lábios contra o meu ouvido antes de falar.
— Shh, não chore. Eu te perdoo. — sua voz fez calafrios correrem pelo meu corpo e eu não consegui parar de tremer novamente.
— Eu sinto muito.
— Mas se você mentir ou esconder algo de mim novamente, serei forçado a puni-lo. Você me ouviu, Alex? — ele disse com uma voz fria. Senti meus olhos lacrimejarem um pouco quando ele se afastou para agarrar minha mandíbula.
— Você me entendeu? Eu não quero te machucar, Alex, mas eu vou se for preciso. — ele continuou a falar e eu tive que me lembrar de que Benjamin também não era certo das ideias. Eu tinha que ter cuidado ao ficar muito perto dele, mas parecia que eu já estava perto demais.
— Agora, vamos sair daqui. Tenho certeza que você prefere estar em seu próprio quarto do que aqui, certo? — Benjamin disse enquanto pegava minha mão e me puxava para fora da Oficina. Eu o segui obedientemente enquanto ele nos conduzia de volta para o ginásio e para o vestiário.
Eu mostrei a ele onde estava a saída de ar antes de ele tirar minha mochila e puxar a chave de fenda para fora, então, começando a abrir a passagem. Eu estava atrás dele, olhando ansiosamente quando ele a abriu, pude ouvir alguma coisa.
— Benjamin, não estamos sozinhos. — disse a ele quando andei para ficar atrás dele. Benjamin xingou alto enquanto se levantava para olhar para nossos visitantes.
Kan parecia extremamente doente enquanto descansava nas costas de Lukas. Seus olhos mal estavam abertos, sua pele estava mais pálida do que antes e sua testa estava encharcada de suor. Lukas estava nos encarando enquanto tentava se manter com os próprios pés.
— Você não vai nos deixar aqui, vai? — Lukas exigiu bruscamente enquanto lentamente colocava Kan no chão, que gemeu baixinho quando ele deslizou de cima da enorme forma de Lukas e eu notei que ele estava tremendo.
— Ele está doente. — declarei o óbvio e os olhos de Lukas suavizaram quando ele olhou de volta para Kan.
— Ele estava com fome e comeu algo que ele não deveria comer. Ele fez isso enquanto eu estava dormindo, então eu não pude impedir. Se você não me deixar sair, pelo menos, tire ele daqui. — Lukas pediu a Benjamin. Olhei para ele, que estava olhando para os dois garotos como se estivesse calculando alguma coisa.
— Tudo bem, mas se você tentar alguma coisa...
— Eu não vou. Apenas leve ele para um hospital, por favor. — eu rapidamente fui até Kan e o tirei dos braços de Lukas para que ele pudesse se apoiar em mim.
Kan abriu os olhos um pouco e cansadamente estendeu a mão para Lukas.
— Lu-Lukas...
— Vejo você logo, amor. Não se preocupe. — Lukas se inclinou para frente para dar um beijo na testa de Kan antes de deixá-lo ir.
— Venha, me segue. — disse a Kan quando subi na abertura.
Foi muito difícil de entrar nela, mas eu consegui me espremer. Enquanto subia pela abertura, pude ver a luz do lado de fora surgindo e nunca me movi tão rápido na minha vida. Eu rapidamente rastejei até dar um chute agressivo na abertura e gritei de felicidade quando ela se abriu.
— Kan, me dê sua mão. — disse a ele depois de ter conseguido pisar em terra firme. Ele estendeu a mão para mim e eu o ajudei a sair da ventilação sem machuca-lo.
— E o Lukas? — ele me perguntou ofegando pesadamente. Coloquei ele no chão para que ele pudesse descansar antes de responder.
— Ele vai sair logo. — disse a ele antes de olhar novamente para a abertura. Não havia como alguém do tamanho de Lukas passar por ali. Eu nem tinha certeza de que Benjamin poderia passar por ali.
— Vocês estão bem? — gritei na abertura, esperando que eles pudessem me ouvir.
— Não deveríamos estar lhe perguntando isso? — ouvi Benjamin responder. Eu sorri para a voz dele quando comecei a franzir a testa.
— Como vocês vão fazer para sair? — perguntei outra vez. E tudo ficou quieto por alguns segundos, eu estava preocupada com ele.
— Apenas peça ajuda para Kan. Vamos encontrar uma saída. — Benjamin gritou em resposta e foi isso. Agachei-me próximo a Kan e o ajudei a levantar quando percebi uma coisa.
— Precisamos chegar ao meu quarto no dormitório para poder carregar meu celular! Assim poderei ligar para meu pai e conseguir os códigos para abrir as portas! — exclamei para ele enquanto ajudava Kan a ir para o dormitório.
As coisas finalmente estavam melhorando.
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