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⚽₊˚ˑ 𝗙𝗹𝗮𝗺𝗲𝗻𝗴𝘂𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗣𝘂𝘁𝗼

𝐉isung se espremeu pelos corpos até chegar em seu devido lugar. Agradeceu por ver Felix guardando sua cadeira. Ao lado do amigo estava o namorado do mesmo. Hyunjin, o cara de cabelo vermelho.

ㅡ Lixie! ㅡ Chamou a atenção do Lee, o mesmo se levantou ao escutar a voz reconhecível ㅡ Oh, ainda bem! ㅡ Se abraçaram. Por um momento haviam se perdido na entrada no estádio.

Felizmente se encontraram, mesmo que isso não suprimisse a vontade que Jisung estava de socar a cara de um homem que trombou com si. Ele tinha os cabelos escuros e usava uma roupa irritantemente feia – na visão de Han. O cara estava com uma camiseta do Vasco. Fala sério! Do Vasco!

ㅡ Como foi que se perdeu de nós? ㅡ Indagou Felix, muito preocupado. Se tivesse perdido Jisung até o final do jogo, se daria mal. A sorte era que ele ainda havia achado os lugares certos.

ㅡ Vocês que me deixaram lá quando eu estava com o ingresso ㅡ Bufou, sentando-se na cadeira que estava sendo guardada para si ㅡ Ainda trombei com um vascaíno idiota. O fodido foi grosso comigo. Devia ter usado aquele pano de chão pra limpar a boca suja dele ㅡ Cruzou os braços. Sua mente voou para o ocorrido de anteriormente.

Aff ㅡ Lee também bufou ㅡ Liga não, a gente vai ganhar mesmo. O Henrique vai fazer um puta gol pra gente e tu vai ver, a gente vai pra próxima fase. Vamos eliminar aqueles vascaínos ㅡ Vociferou putasso, cheio de convicção.

ㅡ Pois eu acho que o Éverton faz o gol ㅡ Afirmou Han, ajeitando os cabelos castanhos e apontando para o gramado do estádio. Em alguns minutos o Flamengo e o Vasco estariam jogando.

ㅡ Eu aposto que o Gabriel marca ㅡ A voz de Hwang se fez presente. Seu braço passou por trás do pescoço de Felix, abraçando ele de lado.

ㅡ Amor, para de ser burro. 'Tá óbvio que o Bruno vai marcar ㅡ Virou o rosto para Hyunjin. O mais velho deixou um selinho nos lábios cheinhos do Lee ㅡ Tu nem parece que viu o último jogo.

ㅡ Certo, amor. Se você diz ㅡ Juntou as testas e Felix levou a mão para o maxilar do homem, o beijando.

Jisung revirou os olhos. Seu amigo estava rendido pelo esquisitão alto e de cabelo vermelho. Hwang era corintiano. Coitado. Estava pedindo caridade a cada esquina que passava. Felix fez questão de o ajudar.

Meia hora passou e o jogo começou. A bola rolava em campo enquanto os jogadores corriam estrategicamente. Era zero a zero.

Felix segurava fortemente a bandeira em sua mão, apertando enquanto pedia como um mantra para que ganhassem o jogo. Jisung não estava muito diferente. A cada sinal de gol ele se levantava, mas voltava a se sentar quando via a bola sair da linha de fundo.

Gerson passou a bola para Victor, que recebeu muito bem, não tardando a correr pelo campo, desviando dos rivais. O pé chutou para Bruno Henrique, atravessando pelo alto até parar no peito do moreno. O vinte e dois correu até a área do gol e devolveu a bola para Éverton.

Jisung, Felix e Hyunjin se levantaram, assim como os outros torcedores. Gritos de encorajamento foram escutados. Os flamenguistas vibravam esperando pelo gol.

Praxedes, jogador do Vasco, parou a bola, chutando-a fortemente para longe. A torcida desanimou e o grito dos vascaínos foi alto.

ㅡ Desgraçados ㅡ Jisung cruzou os braços. Sua face era brava. Estava revoltado. Era pra ser um gol lindo. Como aquele fodido do time rival pegou a bola?

ㅡ Não acredito que ele perdeu um puta gol daquele ㅡ Felix imitou os atos de Han. Enrugando a testa e fechando a cara em um bico.

ㅡ Relaxa, gente! O jogo mal começou ㅡ Hwang pediu, levantando as mãos e fazendo sinal de pare, tentando acalmar os meninos. Mas, tipo assim, flamenguista calmo? Nunca.

ㅡ Já era pra eles terem levado esse gol. Os passes estavam lindos, o recebimento. Porra ㅡ Han esbravejou. Era difícil acreditar, mas ao mesmo tempo era emocionante sentir raiva.

Assistir, qualquer que seja, jogos de futebol é uma adrenalina inexplicável. Você grita. Você chora. Você torce e depois xinga. É maravilhoso seguir a bola e ver ela entrando no gol do time rival. Mas é horrível levar um gol. Futebol é uma mistura de sentimentos, e muitos ainda precisam aprender sobre.

A bola foi, a bola voltou. Jogaram pra lá, chutaram pra cá. E nada de marcarem o bendito gol. Jisung estava impaciente. Felix ansioso pelo gol. Hyunjin desfrutando do jogo, memorizando os passes. E vez ou outra xingando a merda do juiz ladrão.

ㅡ Não me digam que foi só eu que percebi que o juiz está roubando pro Vasco ㅡ Hwang se pôs a falar. Não poderia ficar quieto diante daquela barbaridade.

ㅡ É cara! Eu também vi ㅡ Um homem atrás concordou. Jisung olhou para a direção da voz e viu um baixinho fortão com cara de bravo ㅡ Os vascaínos são tão merdas que precisam comprar o juíz. É foda.

ㅡ Né, viado! ㅡ Hyunjin apontou. Estava feliz por ter encontrado alguém que concordava com si ㅡ Mano, tá sentado aí sozinho? ㅡ Indagou, franzindo o cenho.

Felix bateu no braço de Han, chamando a atenção do mesmo. Ambos se entreolharam e entenderam o que Hyunjin iria fazer.

ㅡ Cara, eu tô ㅡ O mais forte respondeu.

ㅡ Agora cê tá com ‘nois’, meu. Qualquer coisa dá um grito que a gente tá aqui ㅡ Hwang disse e o outro concordou tímido, de repente ㅡ Eu sou o Hyunjin. Aquele ali é Jisung e esse é meu namorado Felix.

ㅡ Beleza. Meu nome é Changbin. Cacete! Olha a porra da bola, idiota! ㅡ De supetão se virou para o gramado. Henrique corria enquanto rolava a bola sob os pés ㅡ Vai ser gol. VAI PORRA! ㅡ Gritou se levantando do banco. Outros torcedores acompanharam participando do encorajamento ao jogador.

Jisung e Felix estavam de mãos dadas enquanto torciam e esperavam ansiosamente pelo gol. Henrique driblou e enviou ao gol. O goleiro esperava que a bola fosse para um lado, porém ela foi para outro, enterrando-se na rede.

AAAAAAA, FOI GOL! CARALHOOO ㅡ Changbin vibrou atrás. Seu grito era só mais um dos milhares espalhados pelo estádio. Alguns gritavam de felicidade e outros de ódio.

A bola continuou sendo chutada pelo campo. Foram assim os últimos dez minutos. Até que o Vasco ameaçou um gol. Jisung tampou o rosto com as mãos, não queria ver as enormes chances que o time rival tinha de marcar um gol. Felix gritou para Henrique, estava botando fé nele, mas não adiantou de nada, passaram uma rasteira nele e o mesmo caiu. O gol veio e a torcida vascaína vibrou enquanto os flamenguistas gritavam e xingavam em ódio.

Changbin e Jisung eram os que mais gritavam. O juiz roubou na cara dura, enquanto, no momento, Henrique estava no chão. Outros jogadores do Flamengo foram para cima do juiz, batendo de frente com ele pela falta não contada. O primeiro tempo terminou. O juiz levantou um cartão amarelo quando Gabriel cuspiu em sua direção.

ㅡ Vai se foder juiz ladrão do cacete. Morre seu bosta do inferno ㅡ Jisung xingou. Felix acompanhou os gritos enquanto no fundo Changbin falava mal até a quinta geração do juiz que teve a audácia de ser tão filho da puta ㅡ Como que pode uma desgraça dessa estar no campo? ㅡ Virou-se para Seo.

ㅡ Não é?! Olha esse bosta! Roubando pra porra do Vasco? Quanto ele ganhou, em? Recebeu um boquete? ㅡ Esbravejou o menor ㅡ Se eu pego aquele vagabundo ㅡ Ameaçou levantando os punhos. Era baixinho, mas, em compensação, um soco era o bastante para destruir o rosto feio do juiz.

Hwang pediu por calma e que xingar daquela maneira não iria ajudar em nada. Tinha que ser ex-corintiano. Jisung estava impaciente. Tudo bem que ainda havia o segundo tempo, mas saber que o Flamengo e o Vasco estavam empatados era de foder.

E aquela pausa de 15 minutos se fez presente. Hyunjin e Felix haviam ido comprar alguma coisa pra comer enquanto Jisung e Seo conversavam, ou melhor, xingavam o Vasco, a torcida alheia e o juiz. Quando o casal voltou, os quatro comeram e tomaram algumas cervejas. Quando o jogo se deu início, Changbin ainda estava com sua Heineken long neck, Hwang bebia Brahma, Han tomava o resto de sua Skol geladinha e Felix amenizava as três latas de cerveja que havia bebido, bebendo água.

O jogo se repetiu como antes, faltavam 30 minutos para o segundo tempo acabar, e então a decisão de quem passa para a próxima prova surgir. Marcava a pontuação de dois a dois, Jisung já estava irritado, o pessoal do Flamengo parecia bem menos animado do que anteriormente, ainda mais com Bruno e seu tornozelo levemente ferido pelo tombo do último tempo.

Han, cansado daquela tortura, disse a Felix que precisava lavar o rosto e sair um pouco daquele tumulto gritante. Jisung demorou a encontrar o banheiro, mas quando achou não tardou a adentrá-lo. Dentro do banheiro as cervejas que bebeu pareceram fazer efeito em sua bexiga.

⚽₊˚ˑ nem acredito que to postando fic nova depois de séculos!! essa estava nos rascunhos, só faltava o hot e graças aos bom escritores consegui finalizar 🙏🏻🙏🏻

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