Epílogo
No final do ano, Ivete, Moacir, Viviane, Betina e Fernando estavam em São Paulo, reunidos com Osvaldo e os filhos, Mário e a namorada, Carla, em companhia de seus filhos, do genro e os netos, Fabíola e Cândido Portinari, Marli, com seus cães, Platão e Aristóteles, na casa do condomínio para celebrar o matrimônio de Aline e Cícero. Era final do ano e duas amigas de Aline também estavam presentes, bem como um seleto grupo de vizinhos.
Foi uma cerimônia íntima, reservada apenas aos mais próximos dos noivos.
Aline estava linda em seu vestido justo bordado com pedrarias. As pedras reluziam à luz quase extinta do pôr do sol. Sorridente, Cícero a esperava no altar com seu terno creme.
Bernardo, orgulhoso, levou as alianças, o que lhe garantiu um beijo da tia e um aperto de mão do tio.
Todos se divertiam. No meio da festa, Moacir tomou a palavra.
— Ficamos surpresos quando eles se reencontraram, é claro — contou, em alta voz, um tanto alterado, após abusar dos drinks. — Mas a Ivete, ela quase caiu da cadeira quando a Aline postou uma foto dos dois juntos. — Ele riu, se desiquilibrando.
Ivete não ficou contente.
— É verdade, ela quase infartou! — reforçou ele.
Fernando foi ampará-lo quando o sogro quase caiu.
À certa distância, a noiva balançou a cabeça, observando-os enquanto dançava com o marido. Ao redor deles, as crianças dançavam, alegres.
Aline analisou o diamante em seu dedo e, voltando-se para o marido, indagou:
— Por que não quis usar as alianças antigas? — Com a mão entrelaçada à dele, ela pousou ambas sobre seu coração.
— Porque dessa vez eu quero que seja de verdade. — Ele beijou suas mãos unidas. — Porque havíamos começado errado. — Ao final de cada sentença, ele acrescentava um beijo no mesmo ponto. — Porque você merece todas as joias do mundo. Porque doeu quando você deixou a aliança sobre aquela carta... Quer que eu continue?
— Shh. Não falemos mais nisso. É o nosso recomeço. — Ela colou sua testa à dele.
Cícero elevou os olhos ao céu, esperando pela surpresa que havia preparado para a esposa. Encantada, ela contemplou os fogos de artifício dourados que se desenharam na noite em sua homenagem. Cícero observava sua reação com olhos apaixonados.
Em meio à queima de fogos, Aline se voltou para o marido, um brilho afetuoso no olhar.
— Você não existe! Eu amo você!
— E eu amo você!
O casal trocou um selinho e, abraçado, desfrutou da festa. Cícero e Aline sentiam-se afortunados por terem um ao outro e estarem cercados por aqueles a quem mais amavam. Não havia outro lugar no mundo onde desejassem estar.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro