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22

Após Cícero ir para dentro de casa, Aline animou-se a tirar a canga e a entrar na piscina com sua família.

De tardezinha, Fernando entrou em casa, a pretexto de ir tomar banho, e Betina achou estranho o fato de ele não voltar para acender a churrasqueira.

Já era noite quando as mulheres e Bernardo deixaram a piscina. O menino contemplava com curiosidade as suas mãos enrugadas.

- Cadê os homens desta casa? - indagou Ivete, enquanto tomava sua ducha.

- Isto está estranho... - acrescentou Betina.

Aline não disse nada, mas assim que elas entraram na casa, envolvidas em seus respectivos roupões, a jovem foi a primeira a ouvir a algazarra:

- Fizemos a última viagem - cantava um coro de homens. - Foi lá pro sertão de Goiás. Fui eu e o Chico Mineiro...

- Oh, Céus...

As três correram para a sala de estar e ali encontraram o grupo de bêbados cantando, abraçados, no karaokê. Aline levou a mão à boca; teria achado cômico se seu humor estivesse disposto.

- Não é possível... - resmungou Ivete. - O seu pai, depois de velho...

- E agora? - Aline pensou alto.

Betina colocou seu filho no chão.

- Agora - disse ela - é cada uma cuidar de seu respectivo bêbado.

As três avançaram na direção dos homens, enquanto Bernardo observava com curiosidade. Com alguma dificuldade, elas os separaram.

- Vamos, Fernando! - Betina o puxava pelo pulso.

- Que é isso, amor? - respondia ele com a voz arrastada devido à embriaguez.

- Você tá bêbado igual a um gambá.

- Me dá um beijinho, vai... Não seja tão marrenta.

- Não, nada disso.

Betina o arrastou para o quarto e Bernardo seguiu atrás, a alguns passos, com um dedo na boca.

Aline apoiou as mãos na cintura, cansada.

- Até tu, Osvaldo?

O segurança ficou sem graça.

- E você, seu velho pra frente? - Ivete deu um tapa na base do pescoço de seu marido. - Que pouca vergonha!

Cícero continuava a cantar, dando gritos e pronunciando o nome da antiga secretária. Aline travou uma luta para conseguir tirar o microfone de suas mãos.

- Me deixa! - balbuciava ele e então voltava a cantar.

- Cícero, vá tomar um banho, relaxar um pouco...

- Eu não quero! - Ele tateou entre as garrafas, à procura de alguma que estivesse cheia. - Lucilene, sua malvada...

- Cícero - sibilou Aline. - Cale a boca!

Mas ele continuava a repetir o nome e a lamentar. Aline decidiu tirá-lo da sala, temendo que sua mãe descobrisse tudo. Moacir quis ajudar, mas caiu no chão e foi ajudado pela esposa.

Aline foi puxando Cícero para fora da sala, pelo corredor, sem rumo, porém ele ficou prostrado e chegou ao ponto de se jogar no chão. Os pais de Aline passaram por eles, Ivete com as sobrancelhas erguidas, atenta. Aline fez muita força, mas não conseguiu levantá-lo. Ela tentou arrastá-lo por fim.

- Osvaldo, me ajude aqui!

O segurança era o mais são dentre os homens. Com a sua ajuda, Cícero foi levado até a área onde ficava a churrasqueira, onde permitiu-se ficar largado no chão.

- E agora? - indagou Osvaldo, enquanto Aline recobrava o fôlego.

- Lucilene... - resmungava Cícero, chorando.

- Agora - respondeu ela - é trazê-lo de volta à realidade.

Aline, então, puxou uma mangueira e ligou a torneira, na esperança de que a água fria ajudasse a aplacar o efeito da bebida nele. Cícero se assustou e estremeceu ao contato com a água. Osvaldo observava à certa distância. Aline trouxe uma esponja e sabonete líquido e ajoelhou-se para dar um banho em Cícero. Osvaldo ajudou-a a apoiá-lo.

- Cícero - chamava ela, mas ele pescava de sono, sua cabeça e pálpebras iam ficando pesadas. - Cícero!

Aline soltou a esponja e segurou a cabeça dele, dando-lhe leves batidinhas na face para reanimá-lo.

- Por que faz isso com você mesmo, cara? Olha o seu estado!

Cícero já não conseguia manter os olhos abertos.

- Ela... já tem... outro... - disse com dificuldade.

Aline exalou pelo nariz e lavou o rosto dele com cuidado, então fechou a torneira e foi buscar uma toalha, com a qual enrolou Cícero.

- Me ajude a levá-lo para dentro - pediu a Osvaldo.

Os dois o apoiaram e levaram para o quarto de Aline.

- Vai deixá-lo dormir no chão? - indagou Osvaldo, segurando Cícero, enquanto Aline cuidava de forrar as cobertas.

Ela se deteve, olhando ao redor.

- Tem razão. Vou buscar o colchão da dona Carla.

Aline saiu e retornou depressa, com um lençol já forrado no colchão. Osvaldo apoiou Cícero com dificuldade, que deixou-se cair sobre a cama improvisada. Na mesma posição em que deitou, ele ficou. Aline e Osvaldo entreolharam-se, preocupados.

- Ele vai dormir com essa roupa molhada? - quis saber Osvaldo.

- Você se dispõe a trocá-lo? - rebateu Aline. - Porque eu, não.

Osvaldo lançou um olhar sobre seu patrão e respondeu:

- Ah, pelo menos a camisa.

Aline foi buscar uma camiseta limpa na mala de Cícero e ficou de costas enquanto Osvaldo o trocava. Cícero não ofereceu resistência, permanecendo inerte como um boneco e alheio ao que acontecia a si mesmo; Osvaldo teve que conduzi-lo, passando seus braços e a cabeça pelas aberturas da camiseta.

- Foi pior do que trocar meu filho de oito anos - declarou Osvaldo ao se levantar.

Com a ajuda de Aline, ele apoiou a cabeça de Cícero no travesseiro. Aline ligou o ar-condicionado e estendeu uma coberta sobre Cícero. Ela dispensou Osvaldo com um agradecimento e, exausta, foi tomar um banho a fim de vestir roupas secas.

Aline pediu uma pizza, que dividiu com a mãe, a irmã e o sobrinho, ansiosa por colocar seu pijama e ir dormir. Era tarde quando ela chegou de volta ao quarto. Cícero acordou nesse momento, levemente recuperado da embriaguez.

- Como eu vim parar aqui? - indagou, confuso.

- Osvaldo e eu te trouxemos. Que papelão, hein, senhor senador?!

- Eu nunca disse que era um exemplo - balbuciou, deixando a cabeça cair sobre o travesseiro. - O que eu fiz?

- Acontece que dessa vez você fez feio foi na frente da minha família! Você começou a falar o nome da moça repetidas vezes.

Cícero encolheu-se, envergonhado.

- Me desculpa...

- Eu queria tanto que você se comportasse... Sério mesmo.

Desgostosa, Aline foi para o banheiro a fim de colocar seu pijama e quando voltou, pegou de sobre a penteadeira um pote de creme esfoliante para os pés.

- Aline, eu pisei na bola...

- Já não é a primeira vez, né, Cícero... - Ela se sentou na beirada da cama e pôs-se a passar o creme em seus pés. -  Poxa vida, nós nem somos casados de verdade, mas ser sua esposa é desgastante... Misericórdia!

Cícero ficou em silêncio, fitando os próprios dedos. Aline percebeu que ele já estava magoado o bastante para receber mais um sermão naquele momento.

- Ah, eu te entendo, vai... - Cícero voltou os olhos para ela. - Eu sei, términos são difíceis. Vocês estavam num relacionamento sério?

- Não. Quer dizer... Eu ia pedi-la em namoro, estava preparando alguma coisa.

- Isso é muito legal! - Ela conseguiu sorrir. - Contou a ela sobre o nosso acordo?

- Não, meus assessores não deixaram.

- Se ela soubesse, poderia ter facilitado a vida de vocês - opinou, massageando os próprios pés. - Mas quem sabe vocês consigam se acertar no futuro.

- Como você é otimista...

De repente a porta se abriu e Ivete entrou. Aline deu um pulo.

- Ai que susto, mãe! A senhora podia lembrar de bater!

Cícero estava prestes a exclamar alguma coisa, mas Aline rapidamente cobriu sua boca com o pé encharcado de creme.

- Line - chamou Ivete, sentando-se na ponta oposta da cama. - Será que podemos conversar?

Seu tom era sério.

- Acho que não é uma boa hora, mãe.

- Onde está o Cícero?

- No banheiro - mentiu.

- Ótimo. Serei rápida. O que aconteceu ali é um alerta vermelho, você há de convir. Onde já se viu, Aline, a pessoa perder o controle daquele jeito...? É sinal de que o problema é ainda mais grave do que eu pensava. Vocês precisam se resolver, filha.

Aline fez um esforço para não revirar os olhos.

– Vocês têm que tentar resolver suas diferenças - prosseguiu Ivete. -  Um casamento, para se manter, requer alguns sacrifícios. Não permita que nada se coloque como barreira entre vocês, não permita que nada se sobreponha ao que sentem um pelo outro.

Aline olhou para baixo, para Cícero, cujos olhos ardiam, se enchendo de lágrimas, e cuja face parecia mareada.

- Mãe, ele logo vai sair do banheiro, então...

- Já entendi. Mas vá atrás de uma solução, minha filha; um terapeuta, um conselheiro de casais... Lute pelo seu casamento, está bem? Vocês formam um casal tão bonito! Seria uma pena...

Aline apenas assentiu freneticamente, desconfortável.

- Durma bem. Amo você, querida!

- Também te amo, mãe.

Assim que Ivete saiu, Aline se levantou depressa e, calçando as pantufas, avançou a passos escorregadios para a porta e trancou-a, ao mesmo tempo em que Cícero se levantava, fazendo ânsia de vômito, e corria para o banheiro. Aline recostou-se à porta, soltando um suspiro aliviado. Cícero lavava a boca repetidas vezes.

Aline se aproximou e encostou-se à porta aberta do banheiro, preocupada.

– Desculpe por isso.

– Eca! – Ele cuspiu. – Você colocou o pé na minha cara!

– Garanto que está bem limpinho.

– E cheio de creme! - esbravejou. - Eu não paro de cuspir pedrinhas! Que nojo! Por que tem tantas pedrinhas?

– É para esfoliação, Cícero, sabe, para tirar as células mortas... Desculpa mesmo, de verdade.

Após encher a boca de água e cuspir mais uma vez, Cícero escovou os dentes de novo e em seguida usou enxaguante bucal.

– Acho que esse gosto de creme nunca vai sair da minha boca. Que troço horrível!

- É um creme, ué, não é para ter gosto bom. - Ela riu e recebeu um olhar atravessado por isso. - Ah, me desculpe.

- Você não confiou que eu fosse ficar quieto?

- Não. - Ela deu de ombros e, ao perceber que o humor dele já se voltava para a tristeza, aconselhou: - Vamos dormir, Cícero, você não está legal e amanhã é outro dia.

Seguindo seu conselho, Cícero voltou para o colchão, pensativo. Ele contemplava o teto.

- Aline - chamou. - Sobre o seu término...

- O mundo estava caindo sobre a minha cabeça quando aconteceu. - Ela apagou a luz e foi se acomodar na cama. - Eu fiquei sem chão, pensei que não fosse sobreviver. Mas cá estou. Você também vai ficar bem, vai ver.

- Tá... - Foi tudo o que disse.

Ambos ficaram em silêncio e adormeceram. Cícero acordaria com a cabeça latejando na manhã seguinte.

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