Música
Bakugou Katsuki não pensava muito sobre o natal desde que saiu da casa dos pais aos 19 anos, estava sempre trabalhando ou viajando a trabalho nessa época do ano e as poucas vezes que tinha passado o feriado em casa costumava simplesmente sair para beber com os amigos, em resumo, não era a data que mais o encantava no ano.
Daquela vez, para seu desgosto, seu melhor amigo havia cronometrado suas férias e comprado passagens aéreas para eles fazerem uma viagem de duas semanas e, obviamente, Katsuki não tinha desculpas para escapar disso o que resultou nele na Coréia do Sul faltando três dias para o natal se arrumando para ir em uma balada aleatória que o amigo encontrou no google maps.
Aparentemente a balada tinha uma ética muito forte sobre manter a privacidade sobre as identidades dos clientes e só por isso Katsuki concordou em ir.
Terminou de pentear os cabelos e se virou para ver o animado ruivo ao seu lado, Kirishima Eijirou tinha a mesma idade que ele, os dois haviam se conhecido no ensino médio, era a única pessoa que conseguia aturar o comportamento explosivo do loiro. Eijirou era ator, residia fixamente em Tóquio, mas estava fazendo o papel de um vilão em um drama coreano o que facilita a permanência deles ali.
Eijirou usava uma regata preta simples com um top furado por cima, calças skins e botas militares além de inúmeros colares e os piercings no rosto que adorava usar, certamente não uma imagem que você esperava de um ator padrão, por esses motivos que muito usualmente pegava papeis de vilões e o ruivo adorava. Já Katsuki havia se ajeitado com uma camisa preta manga longa e calças de estampa camuflada além de um coturno marrom, exagerou um pouco na maquiagem já que não usava nenhum acessório para combinar.
– Está pronto? - O Kirishima questionou enquanto digitava no celular - Vou chamar um carro de aplicativo.
– É o tempo de achar minha carteira - O Bakugou resmungou, não achava a coisa desde o dia anterior, mas sabia que havia voltado para o apartamento com ela da última vez que saiu porque em sua memória havia pego um cartão ali dentro ainda ontem.
A encontrou atrás do sofá e bem a tempo, afinal Eijirou anunciou a chegada do carro e ambos desceram rapidamente. Katsuki não tinha certeza do lugar então ficou encarando pela janela, seus olhos desconhecendo por completo aquelas ruas cobertas de neve e pessoas coreanas, ao contrário do amigo ele não gostava muito da Coreia do Sul, na verdade, pelo loiro vivia somente no Japão, mas como cantos reconhecido no mundo da música internacional estava sempre viajando e passando longas temporadas fora de casa então não tinha exatamente muita escolha.
– Essas ruas estão ficando mais desertas - Reclamou, seu cenho franzido em desagrado - Seu merda, onde está me levando?!
– Relaxa, brô! A gente já tá chegando! - O ator não se abalou mais do que acostumado com os xingamentos constantes do melhor amigo enquanto acompanhava o percurso pelo aplicativo - E... chegamos!
Katsuki desceu desconfiado encarando o lugar à sua frente. Era um prédio não muito alto, devia possuir somente dois andares, com uma fachada iluminada de luzes neons declarando o lugar uma boate, pisca piscas na frente e uma guirlanda na porta era toda a decoração natalina. Havia uma enorme fila sendo barrada por um segurança enquanto lia nome a nome para permitir a entrada.
– Antes de descer - Eijirou entregou uma máscara para Katsuki que encarou o amigo irritado.
– Você me viu gastar horas me maquiando e não pensou em avisar que ia usar máscara?! Eijirou eu vou te matar!
– Vamos lá! - Rindou, o Kirishima desceu do carro fazendo o amigo xingar antes de o seguir.
O ruivo apresentou dois cartões vips e eles ignoraram a fila enquanto entravam fazendo o Bakugou encarar o outro desconfiado, afinal o discurso de Eijirou foi que tinha achado a boate na internet, como podia ter cartões vips do lugar?
E falando nisso... O espaço de dentro era bem amplo, com luzes neons por todos os lados, havia um bar próximo que atendia algumas pessoas, os barmans usavam máscaras e se encontravam sem camisa, uma pista de dança estava bem ao lado completamente cheia de homens dançando e mais a frente uma espécie de passarela onde homens de cueca, salto e máscara dançavam no pole dance.
Eijirou imediatamente arranjou o que fazer e Katsuki resmungou enquanto ia se sentar no bar pedindo somente um drink sem álcool enquanto observava o amigo na pista de dança.
– Seu companheiro te deixou sozinho? - A voz soou gentil enquanto o cara se sentava ao seu lado, ele era baixinho, usava uma máscara que imitava um coelho e quase nenhuma roupa mostrando músculos tonificados e muitas cicatrizes.
– Aquele bastardo só queria me arrastar pra poder dar o cu pra qualquer um - Katsuki estalou a língua.
– Posso te fazer companhia, se quiser.
– Pareço tão na merda assim? - O loiro riu amargo - Sinceramente, eu não queria nem ter saído do meu país e agora me encontro numa boate sem nenhuma vontade de dançar...
– Não é coreano?
– Hm - Katsuki resmungou tomando de sua bebida - Se eu ficar contando essas coisas a questão do anonimato vai pro caralho, não acha?
O dançarino riu, era uma risada tilintante que nada condizia com a situação dele.
– Justo, em todo caso, eu sou japonês, gosto de perguntar porque sempre me dou muito bem com compatriotas.
– Como você se tornou dançarino aqui?
De onde estava, Eijirou observou o amigo e sorriu, Katsuki parecia interessado em Bunny.
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