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Katsuki estava em paz, era véspera de natal e ele tinha o apartamento inteiro só para ele, sinceramente, era o melhor presente que Eijirou podia dar! Logicamente, o filho da puta de seu melhor amigo tinha arranjado um encontro e deixou o Bakugou completamente sozinho, do jeito que gostava.
No momento ele havia terminado de colocar todas as coisas da casa em ordem e enfim entrado para um banho quando ouviu a campainha tocar, isso o fez xingar antes de vestir a toalha seguindo para a porta.
– Merda, Eijirou, se você só esqueceu a porra da chave eu vou te matar! - O loiro resmungou enquanto abria a porta - Tá um frio do caralho e você me fazendo andar de toalha... que porra?!
Ele realmente esperou que fosse seu melhor amigo sem a chave, porém a sua frente estava o mesmo cara de dias atrás, o dançarino da boate com a máscara de coelho no rosto e roupas mais apropriadas para o inverno.
– Boa noite - O dançarino cumprimentou fazendo Katsuki piscar.
– O que caralhos você faz na minha porta?
Isso fez o menor rir.
– Seu amigo passou na boate mais cedo e me convidou, ele disse que você estaria sozinho.
– E a minha privacidade foi pro caralho né? Pensei que o intuito da máscara foi para que ninguém soubesse que era eu!
O menor riu.
– Posso entrar? - Bufando, Katsuki permite a passagem antes de fechar a porta, os dois seguindo para a sala enquanto o dançarino retira a máscara - A propósito, pode me chamar de Izuku.
– Tanto faz, por que exatamente aquele idiota te mandou aqui?
– Um dos serviços que os dançarinos pode oferecer é o de acompanhante - Izuku explicou enquanto bagunçava os cabelos, ele tinha lindas sardas no rosto que combinavam com a fofura de sua risada, isso fez Katsuki amolecer.
– Certo, espere aí, vou só vestir uma roupa.
O dançarino sorriu olhando Katsuki de cima abaixo.
– Eu diria que você não precisa.
– Pervertido do caralho! Fica aí!
Ele não levou nem dez minutos para voltar inteiramente vestido, encontrando Izuku sentado no sofá ainda com a máscara na mão.
– Colocou camisa? - O esverdeado fez bico - Eu preferia do outro jeito, seria mais fácil.
Katsuki estreitou os olhos, ele sabia o porque do amigo ter chamado o dançarino e mataria Eijirou depois por isso, afinal o Bakugou não era de perder seu tempo conversando com as pessoas e naquele dia tinha passado a noite toda com Izuku.
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Katsuki gargalhou enquanto vencia mais uma vez encarando Izuku que tinha um bico chateado nos lábios.
– Você é péssimo nisso, perdedor!
– Você quem está roubando! - O dançarino acusou, eles tinham passado a noite jogando coisas aleatórias, Katsuki tinha levado o termo acompanhante ao pé da letra e aceitado o menor como uma companhia de natal e nada mais - Sabe... obrigado...
– Do que está falando agora?
– Acho que esse é o natal mais divertido que já passei desde que minha mãe morreu - Izuku explicou com um sorriso - Eu consegui o emprego na boate assim que cheguei aqui e todos os natais desde então passei dançando em cima de um palco ou sendo pago para tranzar com estranhos, é a primeira vez que estou só jogando video game com um amigo.
– E quem caralhos te iludiu dizendo que somos amigos?
– Você completamente bêbado três dias atrás.
– Meu eu de três dias atrás era um desgraçado - Katsuki bufou fazendo Izuku rir, isso o fez sorrir em conjunto, satisfeito em trazer alegria aos olhos esverdeados e cansados do menor - Já é quase meia noite, a gente devia cear.
– Oh! Você tem o costume de cear a meia noite? Que fofo!
– O caralho, eu só estou com fome! - Resmungando, o loiro foi buscar a comida fazendo Izuku rir antes de ir o ajudar, era realmente uma boa noite aquela e os dois adoravam a energia em que se encontravam, parecia que era simplesmente certo estarem compartilhando esse momento.
– A propósito, eu te trouxe um presente - Izuku corou enquanto pegava o pacote pequeno de seu casaco - Eu não sabia quem era você e na outra noite você tinha dito que era do ramo da música então...
Curioso, o Bakugou pegou o embrulho abrindo imediatamente apenas para encontrar um pequeno cd de um de seus primeiros albuns.
– Oh...
– Eu queria te dar algo que gosto para que lembrasse de mim.
Izuku era um fã? Ele não pareceu surpreso ao ver Katsuki sem máscara e muito menos agiu como um fã maluco, ao menos isso. O Bakugou encarou o esverdeado, não só um fã, mas um amigo com quem se sentia muito confortável para conversar, brincar e até mesmo flertar.
Nem percebeu o movimento até o rosto do menor estar mais próximo, seus olhos focados nos lábios carnudos e bem hidratados de Izuku, porém não terminou ficando a centímetros dele.
– Você não precisa de autorização, sabe, fiquei esperando isso a noite toda - Izuku sussurrou, sua voz agora era rouca.
– Não quero que pense que vou me aproveitar como os outros.
Isso deixou um sorriso no menor que puxou Katsuki pela gola da camisa e o beijou.
FIM
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