Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

6. lute por atenção

n o t a  d a  a u t o r a:

OLÁÁÁ! Me digam: como passaram o carnaval de vocês? Ainda vão comemorar?

Eu fui pra praia, torrei meu corpinho e consegui ficar com marquinha da alça do biquíni só de um lado. Não sei como. hahahah

Então, queria saber, antes do capítulo, vocês gostariam que as atualizações mudassem de dia? Me respondam, assim eu vou ver que dia ficaria melhor.

E vamos para o resto!


6. lute por atenção

Minha cama era pequena. Uma de solteiro onde meus pés ficavam para fora e, por mais que tivesse sido difícil lidar com a altura que eu vim a ter, me acostumei com a falta de colchão. O meu lençol era fino e há muito tempo não era mais branco. Tinha aquelas bolinhas que roçavam na pele e faziam eu ficar com alergias se eu me mexesse muitas vezes de noite.

Naquele início de tarde eu ainda estava meio dormindo, e naquela cama minúscula para mim, meus irmãos encontravam um lugar para se encaixar. Nosso horário de sono era completamente o oposto do que as pessoas diziam ser ideal.

Devido as lutas... Dormir no outro dia até tarde era um prêmio que eu mesmo dava. E devido o dia anterior, eles dormiram tão tarde quanto eu depois de comer os bolinhos malditos que Iara insistiu que nós trouxéssemos. O pote estava escondido na minha mochila, e o dinheiro estava dentro do fundo da geladeira. O último era uma medida que estava acostumado a tomar.

E no início, os pequenos aparecerem assim, virem se deitar comigo para me acordar ou tentarem dormir mais um pouco era algo normal. Era costume. Ali o idiota do pai deles não aparecia. Era um espaço minúsculo, mas era meu quarto.

Mas não era como uma rotina. Não estava normal.

Eles estavam com as mãos geladas, balançando a minha perna e quietos demais, até que eu escutei Martina fungando. Em outras vezes eu esperaria eles tentarem fazer eu rir, mas algo no ar fez eu me assustar assim que percebi os dois pequenos ali.

— O que aconteceu? — Perguntei logo que minha cabeça saiu do travesseiro quase sem enchimento. Minha voz quebrou, e olhando para eles dois, pelos meus olhos inchados de cansaço, meu coração bateu mais do que quando eu estava na adrenalina de uma luta.

Os olhos de Martina estava vermelhos de choro. Vinícius segurava uma das suas mãos enquanto a outra ficava espalhada no seu próprio peito e eu sabia, tinha certeza, que ele estava tentando controlar seus batimentos. Tentando se acalmar para não agitar mais a sua irmã.

Minhas mãos foram direto para os rostos deles. Tentando encontrar algum machucado nas bochechas, no lábio, algo que remetesse à última vez que eu acordei com pequenos choros da Martina quando eu tinha 19 anos. Só encontrei traços de lágrimas em ambos.

— Papai bateu sem querer a porta na minha cara. — Disse Martina.

— Ele chegou agora pouco. — Completou logo depois Vinícius.

Dentro de mim eu estava preparado para ela me dizer que aquele m.erda tinha batido no rosto dela. Escutar dela em sua voz chorosa que ele tinha gritado como se estivesse gritando com a mamãe, sendo que ela não conheceu a tal "mamãe" pessoalmente. Mas ela imitava as feições, os cabelos. Todos nós imitávamos alguma coisa dela.

Puxando Martina para o meu colo e Vinícius para o meu lado. Meu corpo caiu para trás, encostando na parede de madeira que reclamou do peso.

Ela deitou no meu peito e Vinícius mais para o meu ombro. A sua mão continuava no seu peito, e agora a outra que segurava a irmã, sentia o meu peito bater com desespero. E por ele, controlei os meus batimentos e todos as outras coisas que eu queria, como arrancar a porta e quebrar ela nas costas do traste que eles chamavam de pai.

Mas com o cafuné que eu fazia em Martina, os corpos deles arrepiados contra mim...tive que ficar.

Fechando meus olhos, segurei o choro, controlei meus batimentos para que Vinícius se acalmasse também. E, dentro do meu cérebro, tentava guardar o rancor e o ódio. E deixar de lado a tristeza que sentia pelos gêmeos, tentando não demonstrar.

Era tudo por eles, e sempre seria, até mesmo enterrar a pena e o que podia se quer me fazer humano fora de uma luta. Se eu sentisse pena, seria apenas mais uma pessoa da rua que olhava a nossa casa que quase caía aos pedaços, sussurrando sobre o bêbado e o que eles sabiam ser criminoso.

Abrindo os olhos, deixei o barulho deles mais calmos invadirem meus ouvidos.

— Como? — Perguntei. Finalmente pedindo alguma explicação. Mais calmo não tinha o problema de ir atrás do traste.

— Ele chegou caindo. — Começou Vinícius.

— Ele entrou e eu só segui ele, pra ter certeza que ele ia cair na cama. — Continuou Martina. — Aí ele fechou a porta sem ver que eu tava atrás.

Acenando com a cabeça, me veio à mente o cheiro de álcool dele e como eles não mereciam aquilo e, cansado, peguei a mão dos dois, pedindo para que deixassem eu levantar.

Indo até a minha mochila que agora estava vazia, entreguei para os dois e não precisei falar muito. Eles estariam indo para Miriam durante aquele dia e eu ia tentar conseguir uma comida com Aimée, assim eles teriam dois dias seguidos de janta e não somente uma barriga vazia que sonhava com o que tinham no prato no dia anterior.

Eles não queriam admitir pra mim, mas sonhavam com o que tiveram na Iara. A comida, a mesa posta... até mesmo os negócios que eram difíceis de falar sem enrolar a língua. Eram mais duros que eu para os outros, mas era entrar na nossa casa que as coisas mudavam.

Na nossa rua a areia tomava conta no lugar do asfalto, e a entrada de casa tinha uma porta separada para mim e o meu quarto, longe da entrada principal. Caso algum parente idiota do bêbado chegasse, eu precisava me esconder. Era a outra lembrança da mamãe.

E naquela casa, com madeiras que faziam barulhos, tinta descascada e alguns buracos que eram tapados por tapetes, eles mostravam a parte que não queriam que os outros vissem. Só que a gente tinha que ficar só mais alguns meses ali. Depois daquilo eu ia sair de Porto Alegre com dinheiro suficiente para cuidar de nós três por dois anos, até eu conseguir um emprego fixo.

E eu sabia que não ia ser fácil fugir de Alli, muito menos conseguir um emprego.

Quando eles voltaram para meu quarto, não percebi até que eles sentaram de novo na cama. A mochila pronta. Os dois olhavam para os pés enquanto eu terminava de colocar um dos meus únicos sapatos decentes.

— O que foi? — Perguntei.

— A gente não pode ir contigo? — Eles disseram ao mesmo tempo. Os olhos brilhavam, algo neles que eu não conseguia entender.

— Eu já disse antes que a gente só pode ir lá pra tia Aimée quando é muito urgente. Eu preciso ir lá porque ela vai ajudar com o carro pra fazer as compras pra casa.

— Mas nós podemos ficar com ela igual... Papai vai demorar pra acordar, e ele sempre vai na tia Miriam se tu não chega cedo. — Martina disse.

Os lábios dela já estavam praticamente tremendo de novo ao falar sobre o pai deles e a minha raiva voltava mais um pouco. Então eu suspirei, e eles sabiam que tinham vencido a batalha. Era melhor eles estarem perto de mim depois do que aconteceu.


O caminho feito até a cafeteria de Aimée era longa. Dentro de 40 minutos depois, eu estava segurando a mão dos pequenos com a mochila nas costas, esperando as portas do ônibus abrirem, e sabendo que talvez tivesse escolhido as roupas erradas para ir lá.

Eu tinha o dinheiro, mas ele era contado e eu dependia das lutas para se quer ter alguma coisa. Eu precisava guardar, e contar tudo o que tinha que pagar na casa. A luz, água, gás para que eles pudessem tomar banhos quentes no inverno, a roupa deles, a comida básica, os materiais para a escola...eram gastos que eu sabia que existiam e eu não queria sofrer a pressão de não saber se ia conseguir dar isso pra eles como antes de eu me tornar de verdade o "Zeus" que era.

Não queria, então acabava esquecendo que precisa de roupas além de dois shorts de treino e duas camisas de treino novas de tempos em tempos.

As roupas mais novas que eu tinha no meu guarda roupa tinham sido presentes caros demais para mim e vieram de Aquiles e Apolo. Normalmente Aimée quando percebia que eu estava repetindo demais as roupas me perguntava a situação e até oferecia um espaço na máquina de lavar que ela tinha, mas no final eu sempre negava e comprava mais um sabão de côco em barra para lavar as minhas roupas, e não só as das crianças, no tanque.

Olhando para os meus jeans que estavam sujos de areia, sacudi a cabeça e segui caminhando com os outros dois os passos que sobravam até a porta da cafeteria, meus amigos não iam ficar prestando atenção.

Não estava tão movimentado para uma tarde, mas as clientes velinhas que moravam nos apartamentos perto e alguns jovens que iam para estudar estavam felizes com copos e xícaras nas suas mesas.

— Vamos pra livraria! — Os gêmeos falaram ao mesmo tempo, indo direto para a parte comprida da cafeteria que ia para os livros.

— E fiquem lá! — Avisei, confiando.

Passando as mãos mais uma vez na minha calça, fiz a volta no balcão de atendimento sem prestar muita atenção para os funcionários que mexiam nas xícaras e conversavam. Eles me olhavam, duas gurias e um guri, mas eu não prestei tanta atenção para eles, e sim em Rodrigo e Iara que estavam na cozinha, o único caminho até Aimée.

Para eles eu olhei, e alguma coisa fez com que eu passasse de novo as mãos na calça, parando ali no meio de todo aqueles objetos de metal e mesas que pareciam ser de alumínio.

Iara saiu de onde ela estava encostada no momento em que eu fiz isso. Ela estava do mesmo jeito de pernas cruzadas que estaria no outro dia, esperando comigo o ônibus chegar. Mas dessa vez ela usava um vestido branco, mais apertado que o normal e uma camisa social grande demais para ela, na cor azul. Me lembrava uma que tinha ganhado de Aquiles e fiquei irritado ao deixar que minha mente imaginasse ela usando a minha ao invés daquela.

Perto de umas panelas e perto do seu namorado ela me mandou um aceno com a cabeça e forcei as minhas pernas a voltarem a caminhar, dessa vez com a cabeça baixa até bater com o punho na porta da Aimée.

Escutando uma resposta do outro lado, entrei e fechei a porta logo depois, como se estivesse dizendo para não nos incomodarem. Pelo menos para que Iara não quisesse incomodar.

— E aí, grandão! Como tu tá? Como foi ontem? — Ela foi logo perguntando.

Algo em como ela perguntava com naturalidade sobre minhas lutas fazia eu sentir como se tudo fosse realmente normal. Era um sentimento diferente do que quando eu olhava meus irmãos e a nossa casa.

— Continuo invicto. — Respondi, deixando um sorriso fugir enquanto me arrumava em uma das cadeiras na frente da sua mesa. Não sabia se era verdade, mas parecia que todas as cadeiras que Aimée escolhia eram feitas para me deixar que desconfortável com meu tamanho.

— Que fortão que ele é! — Falou, zombando. — Mas, por que tu veio aqui hoje? Não soube nada dos guris.

Ela conversava comigo enquanto continuava mexendo em alguns papéis da cafeteria e batia as unhas em outra pilha de papéis e cadernos.

— Vim pedir a companhia e o carro?

Largando o papel, o olhar dela veio até mim tão devagar como se eu tivesse falado algo de errado, mas era mais preocupação.

— Eu sempre vou ajudar como eu posso. Aconteceu alguma coisa?

— Não, não aconteceu nada. — Respondi, controlando para que eu continuasse olhando para ela e não tudo que estava na nossa volta. Assim era mais fácil de ela achar que era verdade.

Balançando a cabeça, abriu uma das gavetas e entregou as chaves para o seu carro.

— Eu só não vou poder dirigir. Mas eu libero Aquiles pra ele te ajudar, pode ser? Já que ele só consegue falar dele mesmo vai ser fácil de esconder.

Por mais que ela estivesse brincando com a situação, as palavras só comprovavam que a vida era complicada. Concordando com a cabeça, peguei as chaves da mão dela e fui em direção a porta. Pensei como aquele lugar era apertado e sem janelas, algo que sempre percebia, mas então como sempre pensava no meu quarto que também não tinha janelas, apenas uma porta de entrada e outra que dava para a sala.

Quando saí, Iara já não estava mais ali, apenas Rodrigo que fazia alguma massa em uma mesa cheia de farinha. Ele me encarou e eu não gastei mais do que um olhar com ele. Não entendia essa atenção toda que ele me dava.

Ele tinha que gastar esse tempo olhando a namorada dele, e dando atenção pra ela. Não querendo lutar pela minha a qualquer hora do dia, como se quisesse que eu visse o quanto ele se incomoda com a minha presença e quisesse sempre esfregar na minha cara como ele é todo cheio de qualidades.

Girando as chaves, passei de volta no balcão e segui os passos que meus irmãos tinham dado antes, mas parei de novo, dessa vez porque meu nome foi chamado na voz que já fazia que eu quisesse correr pra fora dali.

— Zeus. — Somente isso, num volume baixo e na voz mas rouca dela.

Meu rosto virou sem muita animação para ela, que agora sentava em cima de uma das mesas de madeira que ficava atrás da parede que dava início a livraria. Suas mãos apoiadas em cada lado do seu quadril davam uma energia de criança pra ela, mas o olhar dela era tão forte que de criança ela não tinha nada.

Naquele momento ela não tinha nenhuma inocência, ou falsa inocência, como aquelas outras mulheres que Alli presenteou para os "gordos".

— Eles estão lendo os livros que tivera emprestado. Gostaria de dar como um presente para eles, se tu deixar? — A pergunta dela saía mais como uma afirmação, como se, mesmo que eu não quisesse mais coisas que me lembrassem ela, os livros iam ser entregues para os gêmeos.

Eu não respondi, apenas acenei e fui voltar para encontrar eles, só que mesmo com a falta de interesse, ela me seguiu. Logo depois de pular da mesa e ajustar o vestido que fazia os seus peitos darem um oi animado para mim.

— Nós poderíamos conversar um pouco? Antes de tu ir embora.

— Por que que tu acha que eu vou embora? — Perguntei irritado. Tudo bem que eu queria sair mesmo, mas não era pra ela ficar jogando na minha cara aquilo. O meu "ir embora" naquele momento era tão diferente do que seria depois. Ela não podia fazer aquilo.

— Só quero conversar. — Foi a resposta. Ela olhava fixa para mim, agora que tínhamos parado de novo de andar. Suas mãos seguravam uma a outra nas suas costas, e de novo os seus seios chamavam minha atenção.

E eu podia de novo ir embora mesmo. Deixar ela falando sozinha como tantas vezes eu fiz, mas naquela hora eu simplesmente fiquei.

Olhando para onde os gêmeos estavam, cada um com um livro na mão, deixei ela me levar até o meio daquele bando de livros e todas aquelas palavras.

n o t a d a a u t o r a:

p e r g u n t a d o d i a: o que vocês estão achando dessas novas camadas sobre a vida de Zeus?

Nós vamos ter 20 capítulos, igual "Bom dia, Apolo". Muita coisa ainda vai ser revelada e bastante tensão vai ser posta entre todos os personagens.

Não esqueçam de votar e comentar e não esqueçam de compartilhar para os miguinhos.

Beijos!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro