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Um dia com papai.






Eram seis e meia da manhã quando o sol começou a incomodar as vistas de Bucky, o acordando de um sono leve, ansioso e nada reparador. Ele sentia uma dor nas costas e uma tensão na nuca - Resultado de ter dormido com a cabeça pendurada para fora do sofá - Além de sentir um peso sobre o peito, o qual, ao abrir os olhos, descobriu ser Laila. 

Homem e cachorra se encararam e Bucky sorriu quando ela abanou o rabo grosso e peludo, esticando o focinho gelado e lambendo ele todinho. Rindo, Bucky tentava lutar com a mesma, mas ela o imobilizou e só saiu de cima dele quando o som de pézinhos foram ouvidos no piso. 

Então, Laila pulou no chão e foi fazer festa em volta de Anya, que estava agarrada com aquela boneca feia que ela dizia parecer a mãe, enquanto, do corredor, encarava Bucky, claramente curiosa. 

-Olá, Princesa! - Bucky sorriu, gemendo de leve ao se sentar no sofá e esticar a coluna. - Como você dormiu? 

-Bem! - Anya caminhou até Bucky e se sentou no sofá ao seu lado. Os pés ficaram suspensos do chão e ela os balançou, olhando para Bucky. - Cadê a mamãe? Tenho que tomar banho! 

Bucky a olhou e coçou o queixo, pensativo. 

-Não toma banho sozinha? 

-Mamãe me ajuda. 

-Hmmm… Quer que eu te ajude? 

-Você não pode, Titio! Você é menino! 

Bucky riu e sacudiu os cabelos de Anya, ainda sorrindo. 

-Adorei o pensamento! Continue assim até os trinta anos! 

Anya assentiu, sem saber exatamente o que a frase significava. Bucky levantou do sofá e esticou a mão para ela. 

-Vem! Vamos acordar sua mamãe! 

Anya pulou do sofá e deu a mão a ele, olhando para o braço de Vibranium, com curiosidade. 

-Por que tem um braço de brinquedo? 

-Eu perdi o meu. - Bucky comentou, andando com a menina no passo dela. 

-Quer ajuda para procurar? 

Bucky soltou uma risada, mas mordeu a boca e negou. 

-Agradeço, Anya. Mas gosto desse. 

-Eu também. É fofo! 

Bucky fez carinho nos cabelos dela de novo e bateu na porta do quarto. Estava entreaberta o suficiente para ouvirem o ronco de Mika. E não era exagero nenhum. E por um segundo, Bucky até pensou em deixar ela dormir mais, mas no instante seguinte, o despertador começou a tocar e Mika acordou quase que imediatamente, parando de roncar e rolando na cama. 

Anya soltou a mão de Bucky e correu na direção da mãe, tendo que pular duas vezes para subir no colchão e, consequentemente, começar a pular em cima de Mika, até que a mulher tivesse prendido Anya em um abraço, embaixo dela para fazer cosquinha. Anya berrava, desesperada, enquanto Mika ria, cutucando todos os pontos que alcançava. 

A imagem fez Bucky sorrir, se sentindo um pouco culpado por estar "invadindo" a privacidade delas, mas com o coração quentinho e com a certeza de que não podia ter tido ninguém melhor com a qual ter uma filha. 

Então, Mika encarou Bucky na porta do quarto e sorriu para ele, comentando um animado "Bom dia!". Bucky retribuiu e caminhou até a cama, puxando as pernas da calça jeans para cima antes de se sentar na beirada, olhando para a mulher. 

Linda demais, ele pensou, sem conseguir se controlar, enquanto refletia que a hora mais bonita de Mika era aquela: Em que ela acordava com os olhos inchados, a cara amassada pelo travesseiro e os cabelos rebeldes embolados na cabeça. 

-Mamãe! Eu tenho que tomar banho! 

Mika e Bucky quebraram o contato visual que nem perceberam estar fazendo, enquanto a mãe de Anya a segurava no colo e negava com a cabeça. 

-Na verdade, meu amor… O Banho pode esperar! 

-Pode? - Anya se virou para a mãe, confusa, cruzando os braços. - Você sempre disse que se eu não tomar banho, viro uma porquinha com rabinho e tudo! 

Bucky riu, o que fez Mika o encarar e ele parar de rir, enquanto ela voltava a falar. 

-Bem, mas é que nesse caso, em especial, você não vai virar porquinha porque o que eu tenho para dizer é mais importante! 

Anya voltou a franzir a testa e encarou Bucky, que só sorriu para ela, se ajeitando na cama quando Mika deu mais espaço para eles. 

-Mamãe? Você vai me dar um irmãozinho? 

Mika perdeu o sorriso, fuzilando Bucky com os olhos quando ele caiu na risada. Respirando fundo, Mika negou. 

-Filha, a mamãe já explicou que não posso ter outro bebê agora. 

-Por quê? 

-Por que você é o meu bebê, Anya! E a sua mãe tem o Philip que também é meu bebê! 

-Por que? 

-Anya… Para com isso! 

-Por quê? 

Bucky voltou a rir, deixando Anya com uma cara de sapeca que fez Mika revirar os olhos, pigarreando mais uma vez. 

-Anya! Eu preciso que você seja uma mocinha agora porque o assunto é sério, menina! 

Anya olhou para mãe e assentiu, puxando a mão de Bucky e falando baixo: 

-Shhhh! Se comporta! É sério! 

Bucky mordeu o lábio para não rir de novo, assim como Mickaelly. Os dois se entreolharam e Bucky deixou ela começar a falar. 

-Filhota… Você lembra quando você perguntou porque todo mundo tinha pai e você não? 

Anya franziu a testa e encarou Bucky antes de olhar para a mãe e assentir, parecendo bastante interessada agora. Até mesmo Laila, sentada ao lado da cama, com o queixo apoiado na perna de Bucky, também parecia prestar atenção a cada palavra. 

-Sim… 

-E você lembra o que eu te falei? 

-Que meu papai viaja muitoooo! - Anya respondeu, com a dicção de uma criança da idade dela. - E que ele vinha me visitar quando eu "mimia". 

-Isso. E lembra porque seu pai viaja muito? 

-Porque ele é herói? 

-Isso mesmo. 

Bucky sorriu, vendo Anya olhar para ele mais uma vez. Então, Mika voltou a falar, chamando a atenção dela de novo. 

-E se eu dissesse que seu pai não vai mais viajar tanto e, finalmente, vai conseguir um tempo para ficar com você de dia? 

-Sério?! - Anya arregalou os olhos, parecendo empolgada. - Eu vou conhecer meu papai, Mamãe? 

-Anya, eu acho que você já conhece, Princesa. - Bucky falou, atraindo a atenção dela enquanto penteava o cabelo de Anya com os dedos. - Eu acho só que você ainda não associou a quem é… 

-Assoc… Que?! 

-Você não reconheceu ele. - Bucky explicou, ouvindo ela fazer um "Aaaaah". 

-E quem é?! 

Anya franziu a testa, alternando o olhar entre os dois, confusa. Mika encarou Bucky, deixando claro que essa parte era com ele. Então, se sentando sobre as pernas, Bucky ajeitou a coluna e percebeu que tremia, além de suar frio de nervoso. 

Queria que Anya gostasse da notícia e que fosse um momento feliz, mas estava tão ansioso que quando abriu a boca, nada saiu, fazendo a menina continuar o olhando com o mesmo olhar que Bucky fazia quando estava entediado. 

Respirando fundo, Bucky soltou de uma vez. 

-Sou eu. 

Silêncio. Até mesmo Laila estava imóvel. Anya arregalou os olhos, devagar, virando para a mãe, como se perguntasse se era verdade e Mika assentiu. Então, Anya se virou para Bucky, cruzando os braços e pensando. 

O que fez Mickaelly pensar que nem precisava fazer DNA na garota, já que ela era uma cópia de Bucky em miniatura. 

-O que foi? Não gostou? 

-Não é isso… - Anya o encarou de novo e falou. - Achei que você era meu titio. 

-A gente disse que era seu tio porque o Bucky estava com medo de você não gostar dele. 

-É? 

-Aham… - Bucky assentiu, tentando limpar as mãos úmidas na calça. Ou a mão, no caso, apesar dele fazer o movimento com as duas. - Não me diz que não gosta de mim… Se disser isso, eu vou chorar! 

Então, Anya alargou o sorriso e, se ajoelhando, ela segurou o rosto de Bucky e comentou: 

-Bobinho! Eu te amo do tamanho do mundo! 

Bucky não conseguiu não deixar uma lágrima cair quando Anya o abraçou pelo pescoço, sentindo ele a abraçar forte também. 

O abraço durou muito mais tempo do que ele achou que duraria e quando se afastou dela, Anya se virou para Bucky, de novo, com a testa franzida, e perguntou: 

-Mas… Você é titio? Ou papai? 

-O que você quiser! - Bucky murmurou, tentando disfarçar ao enxugar a lágrima que escorria pela sua bochecha. 

-Papai. - Anya afirmou, segura. - Eu gosto de papai! E de Ursinho! 

-Então, perfeito! 

Mickaelly tinha um sorriso que não cabia no rosto observando a interação entre o dois, mas o sorriso de ambos morreu quando Anya se sentou entre eles e, abruptamente, perguntou: 

-Vocês casados, Mamãe e Papai? 

-Casados?! - Mika arregalou os olhos e negou. 

-Hmmm… Não, filha. - Bucky coçou a nuca, levemente constrangido. 

-Por que? 

-Porque somos amigos. 

-E amigos não podem casar? 

-Bem, podem mas… 

-Então, são casados! Porque vocês tem eu! 

Bucky soltou uma risada alta ao perceber que Mika ficou vermelha igual um tomate. 

-Anya… 

-A Ava disse que para ter bebê precisa ser casado, mamãe! 

Mickaelly respirou fundo. Muito, muito fundo. 

-E se são casados, podem ter outro bebê! 

-Vou fazer o café da manhã, tá? - Mika reclamou, irritada, se levantando da cama. 

Bucky observou a mulher sair do quarto a passos apressados, rindo sozinho, enquanto Anya se virava para Bucky, voltando a analisar ele. Sorrindo para ela, Bucky perguntou: 

-O que foi, Princesa? 

-Mamãe se irritou. Você também? 

-Nem um pouco! - Bucky soltou uma risada risada e puxou a menina para o seu colo, pondo ela meio que deitada sobre ele enquanto se inclinava para perto do ouvido e perguntava. - Posso te contar um segredo? 

Anya balançou a cabeça, com a expressão alegre, curiosa. 

-Eu e a sua mamãe namoramos. Ela só ainda não sabe disso! 

-Por que? Você não contou? 

-É meio que um segredo ainda. - Bucky explicou, piscando. - Consegue guardar esse segredo, Princesa? 

-Sim! 

-Ótimo! Vamos tomar café da manhã porque tive uma ideia de dia bem legal para gente, okay? 

Anya soltou um grito histórico quando Bucky levantou a cama, com ela em seu colo, pendurada de cabeça para baixo pelas pernas. 

*** 

Bucky sugeriu que Anya passasse um dia inteiro com ele logo depois que Mika encerrou a ligação para a escola, avisando que Anya não ia poder ir naquele. E é claro que, de imediato, Mika concordou, afinal, enquanto eles tomavam café da manhã, chegou-se à conclusão de que Anya precisaria de algumas coisas só dela enquanto ficasse no apartamento dele, coisa que ela se mostrou bastante receptiva a fazer, contanto que dormisse com a mãe depois. 

Era justo e ficar chateado por isso era uma coisa que nem mesmo passou pela cabeça dele, era claro. Afinal, ele estava bastante surpreso de perceber que Anya queria mesmo passar um tempo com ele. 

Então, quando Mika explicou para Anya que hoje o dia seria todinho dele e dela porque tinha que trabalhar, Anya se virou para Bucky, com a boca toda suja de creamcheese das torradas, e perguntou: 

-Papai? O titio vem? 

Bucky levou um segundo para acalmar o coração de ter sido chamado de pai tão naturalmente e tão fácil e franziu a testa ao tomar um gole de café para empurrar a quantidade exorbitante dos bolinhos de amora que tinha posto em sua boca. 

-Hm? Que titio? 

-O titio Sam! E o Titio Torresmo! 

Bucky engasgou com o café, rindo, assim como Mika que precisou manter a calma e disfarçar a risada ao corrigir.  

-Filha, é Torres! 

-Ué? O tio Sam disse que Torres é apelido para Torresmo! E o tio Torresmo disse que eu podia chamar ele assim! 

Bucky revirou os olhos, sem estar surpreso. Era a cara de Sam falar isso e era mais ainda a cara de Torres deixar ela chamá-lo de Torresmo. 

-Bem, se você quiser, eles podem ir. - Bucky afirmou, sabendo que teria o resto da vida para sair com Anya sozinho. - Você quer? Eu ligo para eles e pergunto se querem ir ou se podem… 

Anya assentiu, voltando a enfiar uma torrada na boca e se lambuzando mais ainda. De boca cheia, ela perguntou: 

-Papai? A gente vai… 

-Engole primeiro, Anya. - Mika reclamou, pegando um papel e limpando o rosto infantil. 

Anya mastigou, esperando a mãe terminar de limpar ela e voltou a encarar Bucky. 

-Onde vamos? 

-No shopping. Tenho que comprar umas coisas para você. - Bucky franziu a testa, arregalando os olhos a seguir para encarar Mika e comentar. - E eu nem sei o que! 

Mickaelly sorriu de lado e deu de ombros, ajeitando a coluna na cadeira antes de comentar: 

-Fica calmo. Vou te mandar uma listinha básica do que prioridade e qualquer coisa, eu mando as coisinhas dela… 

-Vou ter duas casas? - Anya franziu a testa, confusa, olhando para Bucky. - Você não disse que mamãe era sua namorada? Porque vou ter duas casas? 

Bucky engasgou violentamente com o bolinho, tossindo alto sob o olhar confuso de Mickaelly. Anya parecia não entender que ele não respirava e ainda esperava uma resposta no momento em que Bucky se forçou a beber um longo gole de café que acabou queimando sua garganta ao descer quente, mas que empurrou o bolo para baixo. 

Sorrindo sem graça, Mika perguntou: 

-Quem disse que sou namorada dele, Anya? 

-O papai. 

Mickaelly sentiu as bochechas arderem e mordeu a ponta da língua dentro da boca, encarando Bucky, que fez uma careta e balançou um dedo negativamente atrás de Anya. 

-Bem, filhota… - Bucky desviou o olhar, querendo matar a menina que, pelo visto, não sabia o significado de "segredo". - Por enquanto, vai, tá? 

-Tá! 

Respirando fundo, Bucky voltou a erguer o olhar para Mickaelly e, para sua surpresa, apesar de estar adoravelmente corada, ela não o desviou. Pelo contrário, ela sustentou o olhar dele e deu um sorriso tímido, desviando a seguir, o que fez o coração de Bucky dar um salto mortal, quando viu Mika morder o canto da boca, tentando não sorrir mais. 

Ela tinha acabado de flertar com ele ou era só impressão? 

De qualquer forma, o coração de Bucky parecia disposto a sair do peito com a força das batidas quando Mickaelly levantou da cadeira e andou até a pia, levando o próprio prato e o da criança. 

E sem disfarçar, Bucky deu uma boa olhada em Mickaelly enquanto ela lavava a louça. O quadril era um pouco mais largo do que ele se lembrava e Mickaelly não parecia mais tão magra quanto no dia que se conheceram. Além disso, ela tinha ganhado bunda e seria hipócrita se não admitisse que queria apertar aquela bunda de novo. 

O rumo dos pensamentos foi desviado quando Anya o puxou pela manga da blusa, fazendo ele se lembrar que da última vez que tinha posto os burros na frente da carroça… Bem, resultou naquela coisa pequena e falante que olhava para ele, empolgada, enquanto planejava o dia todinho no shopping. 

E é claro que Bucky ouviu atentamente tudo que precisava fazer com a menina e mandou mensagem para Sam e Torres, que concordaram em encontrar eles.

Às dez da manhã, em ponto, quando o shopping abriu, Bucky estava com a mochila de borboleta rosa brilhante de Anya em suas costas, de mãos dadas com ela, que vestia um vestido amarelo de babados, esperando por Sam e Torres, bem na entrada. 

Bem, agora que Anya sabia que ele era pai dela, Bucky não ficava mais com aquele receio de olharem para eles e achar que, por acaso, ele sequestrou a menina ou algo assim. Pelo contrário, ele estava fazendo questão de chamar ela de filha para todo mundo ouvir. E sim, ele sabia que isso era até meio irresponsável da sua parte, maa não conseguia frear o impulso disso, diante de tamanha felicidade. 

-Papai? Eles demoram? - Anya perguntou, atraindo a atenção de Bucky. - Quero fazer xixi! 

Bucky levou dois segundos para raciocinar a frase e entrou em pânico. Certo, xixi. A menina não ia segurar por muito tempo. Mas levava ela pro banheiro masculino? Porque não poderia entrar no feminino… 

-Ah… - Bucky coçou a cabeça, pensando que essa seria uma ótima hora para ter uma mulher perto deles. - E você faz xixi onde? 

Anya franziu a testa e o encarou, cruzando os braços. 

-No banheiro? 

-Sim, mas… É que eu sou menino! Não posso entrar no seu banheiro! 

-Ah… A mamãe entra! - Anya fez um biquinho e começou a pular no lugar. - Papai, eu to apertada! 

Bucky respirou fundo e começou a andar pelo lugar, procurando o tal banheiro. Bem, teria que pedir para alguém levar Anya no banheiro. Talvez pedisse a alguma mulher que tivesse com outros filhos? Ele nem mesmo cogitou a possibilidade dela querer mijar… Que pai bom que era! 

Tirando isso da cabeça, Bucky suspirou, aliviado, quando percebeu que existia um banheiro familiar no local. E embora estivesse com várias mulheres dentro… Bem, ele era pai, né? Então, Bucky entrou, atraindo o olhar das mulheres. Claramente, algumas reconheceram ele e outras só estavam julgando o porquê de um homem entrar lá.

-Sabe fazer xixi sozinha? - Bucky perguntou, guiando a menina para o banheiro. 

-É só soltar, papai! Você não sabe? 

Bucky soltou uma risada e concordou com a cabeça, se enfiando dentro de uma cabine. Ele ajudou Anya a levantar o vestido bufante e a pós sentada no vaso, que era alto, e ficou na porta esperando, enquanto ela cantava uma música infantil. 

-Papai! Acabei! 

-Certo! Sabe se limpar? 

-Aham! 

-Tá… 

Bucky esperou mais um pouco, até Anya o chamar de novo. 

-Pai? 

-Sim? 

-Me tira daqui! 

Bucky franziu a testa e entrou na cabine, percebendo que a menina ficou levemente presa no vaso. A puxando pelo suvaco, ele tirou Anya do local e ajeitou o vestido dela quando percebeu que ela prendeu a barra na calcinha rosa brilhante, ficando com a bunda de fora. 

Ele a ajudou a lavar as mãos e eles saíram do banheiro, voltando para a entrada, onde acharam Sam e Torres esperando. Os dois homems abriram sorrisos largos quando Anya soltou da mão de Bucky e correu na direção deles, abraçando os dois, animada. 

-Onde vocês foram? - Sam reclamou com Bucky, apontando para o relógio em seu pulso. - Estamos esperando há exatos dois minutos! 

-Eu fui fazer xixi, tio! - Anya exclamou, do colo de Torres, atraindo a atenção de Sam. - Você quer? Meu papai pode te levar… 

-Não posso, não! - Bucky exclamou, rapidamente, quando Sam começou a rir. - Ele sabe fazer xixi sozinho, Anya! 

-Legal! 

-É… - Torres concordou e pôs a menina no chão, olhando para Bucky. - O que viemos fazer mesmo? 

Bucky, então, pegou a folha de caderno com tudo que Mika anotou e mostrou aos dois amigos, comentando que, agora que Anya ia passar pelo menos alguns dias da semana saindo da escola e indo para o apartamento dele, precisaria comprar coisas básicas para ela. 

Os três começaram a andar pelo corredor do shopping, com Anya de mãos dadas com Bucky e Torres, enquanto Sam analisava a lista, os guiando para uma loja em específico que vendia alguns itens da lista. 

Ao entrarem no local, Bucky deixou Sam escolher algumas escovas, pentes e acessórios de cabelo com Anya, enquanto contava a Torres a reação da menina e, principalmente, a de Mika quando ele disse que queria assumir a paternidade, comentando, por fim, quando Sam voltou para perto deles: 

-Enfim… De qualquer forma, não sei porque ela ficou tão surpresa assim. 

-Olha… - Torres coçou a nuca e deu de ombros, observando Anya, que estava ali por perto com a atendente da loja, escolhendo algumas tiaras. - Não é, na verdade, tão surpreendente assim, Bucky. 

-Não? 

-Não. - Sam concordou, dando de ombros. - Você e ela tiveram um casinho de verão, só. E tem anos! De repente, você descobre que teve uma filha… Muitos caras pulariam fora. 

Bucky torceu os lábios e concordou, dando de ombros. 

-É, mas… Sabe? Eu não sei… Para mim, não foi só um casinho. Quer dizer… Eu sei que nos vimos durante só dois meses, mas… Sei lá. É mais do que isso para mim. 

-Você se apaixonou. - Torres explicou, calmamente quando Sam voltou a se aproximar de Anya após ser chamado por ela. 

-Em dois meses?! - Bucky franziu a testa, negando com a cabeça. 

Isso fez o homem ao seu lado rir e inclinar a cabeça para Anya. 

-Engraçado… Você conhece ela há dois meses e já ama essa menina. 

-É diferente! - Bucky reclamou, sentindo o rosto esquentar. - Eu sempre quis ser o pai dela. 

-Bucky, paixão é uma reação do cérebro, homem. Literalmente, leva cinco segundos para se apaixonar por algo, sabia? Cinco segundos! A gente tá falando de paixão, não amor. 

Bucky voltou a torcer os lábios e encarar os próprios pés, só se dando conta de que Sam já estava no caixa com Anya quando uma das atendentes parou ao seu lado. Ela era bonita e tinha traços fortes quando sorriu para ele, apontando para Anya. 

-Sua filha? 

-É! - Bucky sorriu, coçando a nuca. 

-Não sabia que o Soldado Invernal tinha filhos… 

-Nem ele! - Torres respondeu por Bucky, fazendo o homem revirar os olhos e a mulher franzir a testa, confusa. 

-Não? 

-Descobri recentemente. - Bucky explicou, constrangido. - É uma longa história… 

-Ah… - A mulher pareceu ficar satisfeita quando Bucky respondeu isso e ele a observou enfiar a mão no bolso, puxando um cartão da Loja a seguir. - Então, acho que se você quiser me contar qualquer dia, vou amar saber! 

Bucky aceitou o cartão e sorriu amarelo quando Torres engoliu a vontade de rir. Para piorar a situação, Sam chegou quase no mesmo segundo, comentando: 

-Sabe? A namorada dele pode contar de uma forma melhor e mais completa… Quer dizer… - Sam encarou Bucky, quase rindo. - Você já contou para a Mika que vocês namoram, Barnes? 

Bucky perdeu o sorriso e encarou Anya, que se escondeu atrás da perna de Sam. Revirando os olhos, Bucky se despediu da mulher e pegou a sacolas da mão de Sam, começando a discutir com ele sobre ser desnecessário falar aquilo ou não. 

-Ah, então você conta para sua filha que namora a mãe dela em segredo, mas não quer que mais ninguém saiba? 

-Acho que isso é o conceito de segredo! 

-Bem, ela tem quatro anos! Não sabe o conceito! 

-Deveria! 

-Oh, gente… 

Torres foi ignorado, enquanto os dois continuavam andando e se xingando. No entanto, o homem gritou: 

-Gente! Cadê a Anya?! 

Por um segundo, o coração de Bucky parou e ele achou que fosse infartar ao olhar para os lados e não achar a menina. Seu corpo inteiro gelou e Bucky sentiu a pressão despencar, pois tinha certeza que ela saiu do seu lado da loja. Na verdade, tinha acabado de ver ela. Não podia ter ido tão longe, certo? 

Foi há um segundo atrás, antes de xingar Sam de Imbecil. 

Então, Sam o cutucou e apontou para algum lugar exclamando um sonoro "Puta Merda! Como ela entrou alí?!". 

Bucky acompanhou o olhar de Sam, achando Anya e por um milésimo de segundo, o corpo dele ficou mole de alívio. No milésimo segundo seguinte, Bucky infartou novamente, pois Anya estava dentro de uma enorme máquina de pegar ursinhos de pelúcia. 

-Meu Deus! 

-Como…? 

-Anya! - Bucky correu na direção do brinquedo, analisando a entrada. - Filha, pelo amor de Deus! Como caralhos você entrou aí?! 

Anya o encarou, de dentro da máquina de brinquedos e deu de ombros, olhando os ursos e bichinhos ao seu redor. Uma pequena multidão começou a se formar ao redor deles. 

-Não importa! Sai já dessa merda e vem aqui! Anya! 

Bucky bateu no vidro, levando um tapa de Sam a seguir. 

-Para de xingar a criança! 

-Eu não to xingando a porra da criança, caralho! 

-Puta que pariu, imagina se estivesse! 

Anya foi ainda mais para longe do vidro, o burburinho fazendo a cabeça de Bucky pipocar enquanto via algumas pessoas começarem a filmar. Ótimo, ia para a Internet. E ia chegar ao alcance de Mika. 

Ele era um homem morto. 

-Anya, vem com o papai! Anda! - Bucky bateu no vidro, chamando a atenção dela. - Sai por onde você entrou! Anda! 

-Não quero! 

-Anya, eu vou contar até três… - Bucky erguei três dedos no ar. - Um… Dois… Três! Puta que pariu, garota! Sua mãe vai me matar! 

Anya riu, virando de costas, enquanto pegava um bichinho e examinava. 

-A gente tem que tirar ela daqui! 

-Vou quebrar o vidro! 

-Mas vai machucar a garota, sua Anta! 

-Meu Deus… Eu vou morrer! 

Bucky esfregou o peito, sentindo os primeiros sintomas de um infarto se aproximando, enquanto Sam tentava entrar pela saída dos bonecos, sem sucesso, o que fez Bucky o puxar com violência, perguntando se ele queria ficar preso também. 

Várias pessoas davam palpites e Anya observava tudo de dentro da máquina, claramente se divertindo bastante ao observar o desespero dos adultos. 

Então, quando Bucky estava prestes a quebrar mesmo o vidro ou usar a garra de metal para pescar a própria filha - Seria uma cena cômica se não fosse trágica -, Torres apareceu com dois seguranças. 

Claro, enquanto Bucky infartava e Sam e ele discutiam, Torres foi o único que pensou em ir buscar por ajuda. O que, claro, não era uma surpresa, afinal… Bem, era praticamente essa a função de Torres no trio: Ser o ponto de equilíbrio quando nenhum dos dois pensava direito. 

Os seguranças analisaram o brinquedo e depois de conversar com Anya por alguns segundos e prometer que ela podia sair de lá com dois ursinhos, Anya passou os minutos seguintes escolhendo eles, enquanto foram pegar os materiais necessários para desaparafusar aquela máquina. 

Para piorar a situação, o telefone de Bucky tocou e ao vislumbrar o nome na tela, Bucky sentiu o terceiro infarto seguido. 

-É a Mika! 

-Ignora! - Sam exclamou. 

-Atende! - Torres negou, dando um tapa em Sam. - Ela vai ficar preocupada! 

-Ela vai ficar mais preocupada da filha estar presa numa porra de uma máquina de ursinhos! - Sam argumentou. 

-E se ela pedir para falar com a Anya? 

-Atende logo! 

Bucky apertou o botão e levou o celular a orelha, sentindo a alma sair do corpo quando sussurrou um "alô" e ouviu: 

-Por que diabos minha filha está presa numa máquina de ursinhos?! 

-Eu não sei! 

-Bucky! - Torres e Sam exclamaram, juntos, mesmo sem saber o que ela tinha perguntado. 

-Você não sabe?! Meu Deus, Bucky… Ela estava contigo? 

-Estava e no minuto seguinte tava dentro dessa porra dessa máquina e se recusa a sair de dentro! Não foi minha culpa! 

Mickaelly soltou uma risada alta e aguda, claramente de nervoso e divertimento, enquanto exclamava: 

-James, o que eu disse a você?! Essa garota é uma peste! Você não pode bobear cinco segundos com ela! 

Bucky revirou os olhos e exclamou um "Eu percebi", para informar, a seguir, que os bombeiros tinham ido socorrer ela. Anya estava agarrada a dois ursinhos e esperava, pacientemente, os homens removerem o vidro, enquanto Mika explicava que um cliente reconheceu Anya e ligou para ela, avisando. 

Claro, sempre tinha um fofoqueiro… 

Cinco minutos depois, Anya foi tirada de dentro da máquina e entregue nas mãos de Bucky, que não sabia se chorava, beijava, ou matava a filha, mas na dúvida, apenas a abraçou e passou o telefone para Anya falar com Mika, sob os aplausos dos telespectadores. 

-Eu ganhei dois ursinhos, Mamãe! - Anya exclamou, assim que pegou o telefone e Bucky começou a arrastar a menina pelo corredor do shopping. 

Sam e Torres ficaram para trás para agradecer aos bombeiros e seguranças e logo a seguir, alcançaram os dois a tempo de ouvir Anya exclamando: 

-Eu tô me divertindo muito! 

-Vou comprar uma coleira! - Bucky anunciou, passando a mão  a testa para enxugar o suor. - Parem de rir! Eu tô falando sério! 

Anya encerrou a ligação segundos depois e Bucky se abaixou para pegar a menina no colo, mesmo com ela reclamando que sabia andar. 

-Não importa! Você ficou presa dentro da máquina, Anya! 

-Não fiquei! 

-Então, por que não saiu?! 

-Não queria. 

-Ah, perfeito! - Bucky ouviu a risada dos dois amigos e revirou os olhos. - Então, vai ficar no colo até aprender a abedecer! E pode chorar a vontade! 

Anya ficou emburrada no colo dele, o que fez Sam e Torres trocarem um olhar e O mais novo perguntar: 

-É sério que ele tinha dúvidas se a filha era dele? 

-O cérebro dele torrou na Hydra. - Sam deu de ombros, rindo. - Deve ter afetado o raciocina! 

-Vai a merda! 

-O que é merda, papai? 

Bucky bufou, fuzilando Sam com os olhos como se tivesse sido ele a falar. 

-Uma palavra muito feia. 

-E por que você disse? 

-Porque seu pai é feio! 

-Cala a boca, Sam! 

-Achei merda bonitinho… 

Torres caiu na gargalhada, enquanto Bucky encarava a mini-cópia dele no próprio colo, pensando que estava muito fodido. E dessa vez, para valer. 



Oiie, Meus Xuxus ❤

Pois é, mais uma vez eu demorei para vir atualizar, desculpem! Acho que já está na hora de avisar que, infelizmente, não tenho mais dia fixo para postar, né? Quer dizer... Trabalhando, fazendo academia e ainda há uns 10 dias com crises de ansiedade fortes... Fica um pouco difícil ter disposição para tudo, mas escrever ainda é minha paixão e os comentários e reações de vocês me motivam, então não vou resistir ❤

Ah, por falar em reações... KKKKKKK Eu não sei se todo mundo ficou sabendo mas em agosto, aqui no Rio, um menino entrou dentro dessas máquinas e calhou de ser no dia exato que eu tava escrevendo esse capítulo, então eu pensei "MDS A ANYA TEM QUE FAZER ISSO kKKKKKKKKK" e sinceramente, eu AMEI tanto esse capítulo que nem sei dizer 😂😂😂

Aliás, não sei se consegui escrever o que vocês esperavam da revelação de que eles são pai e filha, mas para uma menina de 4 anos que achava que o pai sabia da existência dela... Acho que ficou ok, né? Sei lá...

Enfim, o próximo vem em breve! Prometo!

Até lá!

Beijos! 💋💋

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