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Bem vindo a Confeitaria






-Você acha que ele vem? 

Mickaellys Kovacs, que estava ajeitando o cabelo da filha em dois rabinhos de cavalo, tirou os olhos dela e encarou Audrey Kovacs, sua mãe, pelo espelho do seu quarto. Franzindo a testa, ela pegou da mão de Philip um dos elásticos que pediu para ele segurar e começou a prender o cabelo da menina. 

-Ele quem? O papai? 

-Mamãe! Tá doendo!  

-Desculpa, amor! 

Audrey a encarou, séria, erguendo uma sombrancelha para a filha e a neta, que elevou os olhos para a mãe e, coçando o lado solto do cabelo, perguntou: 

-Mamãe? Posso comer bolinho? 

Mickaelly concordou, mecanicamente, enquanto Audrey respondia: 

-Você sabe de quem eu tô falando, Mika. 

-O Soldado Invernal! - Philip ergueu o queixo para a irmã e sorriu. - Ela ficou toda "hihihihi" quando viu ele! 

-Ah, eu imagino! 

-Cala a boca, peste! - Mika reclamou, passando para o outro lado do cabelo escuro da filha. 

-Ué! Você ficou mesmo! 

-Philip, sua irmã tem vergonha! 

-Mãe! 

-Por que, Mamãe? - Anya perguntou, olhando para cima. 

Mickaelly ignorou a pergunta da filha e soltou um suspiro irritado, lançando um olhar ainda mais irritado para a mãe, parada na porta do seu quarto. 

-Não sei! Mas acho que não. 

-Mas você não convidou? 

-Sim, e qual a parte de "Ele não parecia interessado" você não entendeu? 

Audrey alternou o olhar entre ela e a neta e suspirou quando a menina escapou da mãe e saiu correndo pelo quarto, para pegar uma boneca no canto. 

-Mika, você sabe que…! 

-Não! - Mickaelly a encarou e negou, soando séria o suficiente para saber que não deveria tocar no assunto. - Eu falei isso contigo quando encontrei ele, mãe. E a resposta continua sendo "não". Entendeu? 

Audrey soltou um suspiro e assentiu, parecendo mais cansada do que irritada. Então, como o assunto não era um problema dela, mas sim de Mika, Audrey apenas deu de ombros e murmurou: 

-Mas seria legal ver ele lá, não acha? 

Mickaelly não respondeu, deixando Audrey sair do quarto com Philip e desabando na cama, controlando a vontade de chorar. Estava esgotada. Os últimos anos, embora a tornassem uma mulher satisfeita consigo mesma, vinham sendo duros com os próprios sentimentos e, por muitas vezes, Mickaelly tinha que fazer o que não queria em prol do bem estar de outras pessoas. 

Era um pouco sufocante. Ainda mais quando se é empresária e mãe ao mesmo tempo, então, quando duas lágrimas solitárias caíram pelo seu rosto, ela tratou de enxugá-las rapidamente. 

Mesmo assim, Anya caminhou apressada até ela, segurando a boneca e parecendo preocupada, e puxou a blusa da mãe, a olhando com atenção. 

-Mamãe? Tá triste? 

-Não, minha Boneca. - Mika pegou a filha no colo e sorriu, dando um abraço firme e seguro nela. - Mamãe está feliz. Só isso. 

Anya encarou a mãe e a seguir, segurou o rosto dela com as mãozinhas gordas, murmurando: 

-Te amo do tamanho do mundo! 

Mika sorriu, verdadeiramente, e beijou a bochecha dela, murmurando que amava a filha do tamanho do universo e a seguir, viu Anya esticar a boneca para ela. 

-Para mim? 

-Para ficar feliz! Ela sempre me deixa feliz! 

Sorrindo, Mickaelly pegou a boneca e ajeitou a roupa da filha uma última vez antes de sair de casa, pegando bolsa, chaves, celular, e levando a mãe e o irmão juntos, no carro dela. 

Mickaelly morava há quatro quarteirões da loja, mas por ser sábado e, principalmente, estar com pressa de chegar, ela preferiu ir de carro. 

Então, enquanto estacionava na costumeira vaga dentro de um dos estacionamentos subterrâneos, ela deixou Anya ir com Philip e Audrey na frente, hesitando, enquanto pegava o telefone. 

Abrindo a agenda, ela desceu até o número de James Barnes e hesitou, com o dedo suspenso sobre a tela. Da mesma forma que tinha feito todos os dias, desde que se encontraram. Por fim, Mika apenas desligou a tela do celular e saiu do carro, ajeitando os cabelos no reflexo. 

Dois dias antes, enquanto Anya estava ma creche, ela tinha decidido, movida por um impulso repentino, tingir o cabelo de azul e, em casa mesmo, ela o descoloriu e tingiu. Ainda estava bonito, mas agora ela tinha se perguntado porquê diabos tinha feito isso. 

Tirando isso da cabeça, Mickaelly conseguiu observar, da esquina, que sua lanchonete-confeitaria estava quase lotada, com uma música eletrônica de batida forte e dançante tocando em alto e bom som. Isso a fez sorrir de ponta a ponta das orelhas e Mickaelly tomou coragem para seguir em frente. 

Entrando no próprio estabelecimento, ela pôde ouvir aplausos da sua equipe e, mesmo morrendo de vergonha, ela agradeceu e foi recepcionar os clientes mais assíduos pessoalmente. 

Quase não tinha lugar para sentar e a maior parte das pessoas passava apenas para aproveitar o desconto promocional de aniversário, onde toda a loja tinha cinquenta por cento de desconto em cada item, mas alguns se sentavam para comer com mais calma e até jogar conversa fora. 

Mickaelly estava cumprimentando duas senhorinhas, irmãs gêmeas, que estavam sempre por lá, quando ela percebeu que Audrey e Philip estavam sentados perto de George, seu pai. Ele sorriu para ela e maneou a cabeça, fazendo ela corresponder, mas ao mesmo tempo, olhar ao redor, procurando por Anya. 

Por um segundo, seu coração parou quando não a achou, mas então, um homem saiu do seu campo de visão e Mickaelly suspirou, aliviada, ao perceber que ela estava no colo de… 

Mickaelly perdeu o fôlego e o sorriso quando avistou dois homens: Bucky Barnes e Sam Wilson. Anya estava no colo do primeiro, brincando com o rosto dele, enquanto Bucky ria, tentando escapar dos dedos dela. Já Sam, estava apoiado no balcão e deu um sorriso e um "tchauzinho" em sua direção, cutucando Bucky a seguir. 

O homem parou de tentar morder os dedos de Anya e olhou para onde Sam apontava, dando de cara com Mickaelly. Sem jeito, ele maneou a cabeça e Mickaelly só conseguiu andar quando Anya encarou a mãe e a chamou, empolgada, acenando do colo dele. 

-Oi! - Bucky se pronunciou assim que ela chegou perto, devolvendo Anya para Mika. - Ela quis vir no meu colo e… 

-Hey, tudo bem! - Mika riu, se sentindo um pouco aliviada de ver ele, para falar a verdade. - Calma… Pode ficar com ela. 

-Mesmo? 

-Claro! Acho que… Bem, ela meio que gostou de você… 

-Verdade, Princesa? 

Anya sorriu e, timidamente, fez que sim com a cabeça. Depois pegou o rosto de Bucky e fez um biquinho nele, apertando as bochechas, enquanto falava: 

-Você é fofinho! 

Bucky riu, enfiando um beijo na bochecha dela, ao mesmo tempo tempo que Sam apontava para algum lugar perto de Mickaelly, sem se importar com o peso e o tamanho dela em seu colo. 

-Aqueles são meus sobrinhos… Eles vão passar uns quinze dias comigo para a mãe deles viajar. Já comeram duas fatias de torta cada! 

Mickaelly sorriu e observou os dois sobrinhos de Sam, que estavam conversando com Philip sobre o boneco do Capitão América na mão dele. Na verdade, o menino parecia estar empolgado por conhecer os sobrinhos dele. 

-Ele é seu fã. Mas acho que deu para perceber! 

Sam assentiu, sorrindo e indicando com a cabeça Bucky e Anya. Os dois estavam bem ao lado deles, mas Bucky ouvia a menina falando atentamente sobre o vestido da boneca dela, como se fosse a coisa mais importante do mundo todo. 

-E parece que ela é fã dele. - Sam comentou, erguendo uma sombrancelha. 

Mickaelly deu de ombros, ficando corada a seguir, enquanto desviava o olhar. 

-Bem… Ele tem jeito com crianças também, né? 

-É… Verdade. - Sam comentou, casualmente. - Meus sobrinhos adoram ele… Mas sabe que o Bucky tava falando outro dia que o sonho dele é ser pai de menina? 

Mickaelly olhou ao redor e achou a mãe, então, começou a balançar a mão em sua direção e, percebendo a careta de desespero de Mickaelly, ela se levantou e seguiu na direção deles. 

-Vovó! - Anya exclamou, assim que a viu. - Ele é Fofinho! Parece um ursinho! 

Bucky riu, se virando para Audrey. A mulher não tinha envelhecido quase nada e abriu um sorriso acolhedor assim que eles se olharem. 

-James! Quanto tempo! 

-Oi, Audrey! - Bucky exclamou, abraçando a mulher, levemente sem jeito, por estar com Anya pendurada em seu colo. - Nossa, bastante, né? Eu nem acreditei quando vi o Philip! Ele está um rapaz enorme, né? 

-Eu também sou grandona! 

Audrey riu da neta e Bucky concordou, sentindo ela brincar com a gola da sua blusa a seguir, puxando o cordão dele para fora. 

-É… O tempo passa! Eu quase tive um treco quando voltei do Blip e vi o tamanho do Philip. Aliás, perdão… Eu não vi o senhor antes! 

-Ah, relaxa! -Sam exclamou, pegando a mão da mulher e a beijando. - Eu estava aqui, só observando mesmo! 

-Cadê a Mickaelly? 

Audrey e Sam olharam ao redor quando a garçonete que atendeu eles naquele dia perguntou. Bucky soltou Anya no chão e viu ela sair correndo na direção do tio que, instintivamente, deu a mão a ela enquanto eles continuavam conversando com os sobrinhos de Sam. 

No entanto, acharam Mickaelly segundos depois, conversando com um homem na porta da loja e, automaticamente, o queixo de Bucky caiu ao ver quem era o homem e, pior, perceber que ele estava, claramente, jogando charme para Mickaelly. 

-Ah, mas puta que pariu! Só pode estar de sacanagem com a minha cara! - Bucky exclamou, automaticamente. - Não me diz que aquele é que é o pai da Anya?! 

Audrey arregalou os olhos e negou no mesmo instante, enquanto Sam franzia a testa e trocava um olhar com ele. 

-Aquele é o John?! É sério? 

-Vocês conhecem ele, não é? - Audrey perguntou, surpresa. - Ele é afilhado do meu marido… 

Bucky revirou os olhos e, claramente, ficou de mau humor, com um bico tão infantil quanto o de Anya por Philip não querer brincar de boneca com ele. E é claro que Sam percebeu isso, essa semelhança entranha, mas não disse nada. 

-Que legal! - Bucky murmurou, se virando para Sam e, sem disfarçar, perguntando. - Eu já vim e fiquei um pouquinho. Será que posso ir embora agora?! 

Audrey e Sam trocaram um olhar longo e ele negou, firme. 

-Não mesmo! Além disso… Acho que a Anya vai precisar de companhia agora que o Philip achou outros amigos. 

Bucky rolou os olhos e percebeu que a menina escorregou, caindo de bunda no chão. Claro que, pelo tamanho da queda, ela não tinha se machucado, mas ao perceber que ninguém estava por perto, Anya fez um biquinho e começou a chorar, agarrada na boneca. 

Antes que pudesse pensar no que estava fazendo, Bucky correu em sua direção e pegou a garota, a levantando pelo suvaco e a examinando atentamente. 

-Hey, Princesa! O que foi? 

-Eu caí… - Ela enxugou os olhinhos azuis e cinzas e abraçou a boneca. 

-Ta doendo? - Bucky perguntou, examinando ela com os olhos, atentamente. 

Mas, mesmo com as lágrimas, ela negou e continuou esfregando os olhinhos, até bocejar. 

-Quero colo porque to com sono! 

-Serve o meu? 

Anya assentiu e esticou os bracinhos, sendo erguida no ar a seguir, enquanto Bucky levantava do chão com ela. Anya deitou a cabeça no pescoço dele e o abraçou, fazendo o coração de Bucky derreter.

Era a segunda vez que via a menina, mas já estava apaixonado por ela e pensando que, fosse quem fosse, o pai era um sortudo por ter uma filha tão meiga e fofa. 

Voltando para perto de Sam e Audrey, a avó da garota comentou: 

-Ela costuma ficar com sono essa hora. Era assim desde pequena. 

-Percebi. - Bucky sorriu e ajeitou ela em seu colo. - Mas ela pode tirar um cochilo se quiser, viu, Anya? 

A menina assentiu, de leve, bocejando de novo. Então, Mickaelly apareceu ao lado deles e percebeu que Anya já estava dormindo e, principalmente, que ela estava chorando e, preocupada, perguntou: 

-O que aconteceu? 

-Ela caiu. - Bucky respondeu, baixo, apesar do barulho da festa. - Mas acho que estava mais com sono do que com dor, sei lá… 

Mickaelly assentiu e esticou os braços, perguntando se ele queria dar a filha para ela, mas Bucky hesitou e deu a desculpa de não querer incomodar ela, agora que Anya estava dormindo. 

Bem, a verdade, era que Bucky sabia que, bastava aqueles dois encontros e ele já estava apegado a menina somente por ser filha de Mickaelly. Então, ele percebeu John vindo em sua direção com um sorriso. 

-Barnes! Wilson! Caramba! Oi! Quanto tempo, não é? Oi, tia! Ah, a Anya dormiu, é? 

-Não, ela dssmaio…! 

Sam enfiou uma cotovelada na barriga de Bucky e foi cumprimentar John socialmente, enquanto Mickaelly prendia o riso. Trocando um olhar um pouco mais longo com ela, Bucky não conseguiu segurar a risada ao ver que ela também não e os dois ficaram rindo, sem motivo algum, enquanto Sam e Johm se perguntavam qual era a graça e Audrey sorria ao perceber que, oito anos tinham passado, mas os dois não tinham mudado quase nada. 

Era questão de tempo para aquela intimidade surgir de novo e, Audrey reparou, que se eles parassem de se retesar um com o outro, envergonhados e tímidos, em pouco tempo, eles seriam os mesmos da Romênia. 

-O que foi, gente? Quero rir também! - Sam reclamou, olhando para Bucky e depois para Mickaelly, que chegava a estar vermelha. - Ah, qual é a graça? 

-Acho que você não vai entender… - Mika respirou fundo e enxugou as lágrimas dos olhos com os dedos, olhando para Bucky. - Aliás… Vem comigo? Preciso verificar os coockies! 

O coração de Bucky saltou quando ela pegou seu braço e, dando um tchau para John, o arrastou até a cozinha. Lá dentro estava quente e haviam muitas pessoas que olharam para ele, curiosos, mas Mickaelly as ignorou e, parando ao lado de uma geladeira e pegando uma garrafa de água gelada, comentou: 

-Pelo visto, vocês também não gostam do John! 

-Ele quase roubou o escudo do Sam. Ou melhor, o Sam fez uma burrada, mas ele fez outra muito maior. 

-Matou aquele cara, né? 

Bucky assentiu, aceitando o copo que ela o ofereceu. O silêncio ficou lá, pairando entre os dois e foi Mickaelly, como sempre, que o interrompeu. 

-Achei que você não vinha. 

-Bem… - Bucky coçou a nuca ao soltar o copo no balcão e ajeitar Anya no colo. - Eu não vinha. 

-Mesmo? - Mickaelly ajeitou uma das mechas de cabelo azul e o encarou, curiosa. - Por quê? 

Bucky hesitou, mas ela garantiu que era melhor eles esclarecerem as coisas de uma vez e Bucky decidiu falar praticamente a verdade. 

-É que… Na verdade, tô com medo de ficar forçando uma amizade e, sei lá… Estragar as lembranças que a gente tem. Entende? Não sei se o nosso momento já passou… Quer dizer, se a nossa amizade passou. - Bucky se corrigiu, ajeitando de novo a menina, que deixou o peso do corpo cair para o lado. - E sei lá… Vai que o pai da Anya não gosta dessa aproximação e… 

-Pai?! 

Mickaelly engasgou com a água, tossindo, o que fez  Bucky arregalar os olhos e bater em suas costas com a mão livre, até ela desengasgar. 

-Tudo bem, Mickaelly? 

-Quem te falou algo sobre o pai dela? 

-Que? Ninguém, mulher! Eu só supus… - Bucky hesitou e então, encarou parte do rosto da criança e depois, encarou Mika de novo. - Ela não tem pai? 

-Bem, ela não foi feita com o dedo. - Mickaelly respondeu, ainda parecendo estar na defensiva. Então, soltou o ar, devagar e pediu. - Podemos não falar sobre o pai dela? Não agora? Eu juro que vou contar a você, mas… Tudo que você precisa saber é que, por enquanto, ela não tem pai. Okay? Não precisa se preocupar com isso… Mas… 

-Sem perguntas. Certo. - Bucky fez uma pausa e sorriu. - Parece que invertemos os nossos papéis dessa vez, não é? 

Mickaelly riu e concordou, bebendo mais um gole de água, antes de analisar Bucky e comentar: 

-Bem, então… Se eu te chamasse para dar uma volta para a gente conversar ou sei lá… Você ir lá em casa, não sei… Isso seria forçar a barra? 

Bucky hesitou e negou. 

-Não, eu… Eu adoraria fazer isso, Mika. Mas não quero te incomodar. 

-Bucky… Posso te chamar assim? Ótimo… Bucky, se por acaso você fosse me incomodar, ou eu não tivesse passado oito anos da minha vida desejando te encontrar em algum ponto para a gente voltar a ser amigos, você acha que eu tinha ido atrás de você quando estava saindo do café? Ou que eu te convidaria para vir na festa? Homem, você está dando colo para a minha filha e eu confiaria ela a você! Não é forçado… 

Então, uma lágrima escorreu pelo canto dos olhos de Mickaelly e ela sussurrou, rindo sem graça, quando Bucky puxou um paninho do bolso e deu a ela. 

-Desculpa… Virei uma manteiga derretida depois que virei mãe. 

-Tudo bem. - Bucky percebeu que a própria garganta tinha um nó e sorriu para ela, piscando rápido demais. - Então… Você ainda quer ser minha amiga? 

-Eu nunca deixei de querer. - Mickaelly riu, batendo no peito dele. - Eu só não podia porque você era foragido. Aliás… A gente precisa se encontrar para você me explicar tudo que houve, porque eu só sei a versão dos jornais!

Bucky tentou evitar, mas não conseguiu conter o sorriso, enquanto ele comentava:

-Eu tô livre a semana toda… A não ser que acabe tendo uma emergência de trabalho, mas… Anda tudo bastante tranquilo, até. 

-Perfeito! - Mickaelly sorriu, satisfeita, encostando no calção ao seu lado. - Eu vou ver se a mamãe pode ficar com a Anya para… 

-Por que não traz ela? - Bucky a interrompeu, coçando o queixo. - Eu não me importo. Ela é sua filha e… 

-Nossa! 

Bucky franziu a testa e viu Mickaelly balançar a testa e emendar, rapidamente. 

-Nossa, tipo… É que… Achei que você ia achar que ela ia atrapalhar e… Bem, fiquei surpresa, só. 

Ele assentiu e deu de ombros. 

-Ela não está atrapalhando agora. Está? Além disso… Por acaso, ela tem alergia a gatos? 

-Não. Nem a Layla. 

Bucky sorriu e deu de ombros, satisfeito. 

-Se quiserem ir no meu apartamento, ou eu vier para cá… Posso trazer a minha filha. 

-Filha?! 

-Minha gatinha, mulher! Acabei de falar de um gato! 

Mickaelly soltou uma risada nervosa, esfregando o rosto e soltando o ar. Por um segundo, quase morreu do coração, mas o forçou a se acalmar, enquanto compartilhavam uma risada. 

-Certo. - Mickaelly riu e encarou Anya por alguns segundos, antes de perceber que Bucky a olhava atentamente. - O que foi? 

-Você não mudou nada. - Bucky comentou, com um sorriso de lado que fez as pernas dela bambearem. - Aliás… Você pintou o cabelo de novo. Ficou lindo! 

Mickaelly sabia que tinha ruborizado, mesmo não querendo, então, encarou os próprios pés e deu de ombros, lentamente, acalmando a respiração. Droga de paixãozinha boba que nunca abandonou cem por cento… 

-É, eu… Já tinha vontade de voltar ao azul, mas… 

-Combina. 

-É? - Ela o encarou e percebeu que a voz saiu muito animada, então, pigarreou e fingiu indiferença. - Enfim… E você também… Combinou com esse cabelo. E… Bem, você continua… 

-Mickaelly! 

Mickaelly xingou mentalmente e encarou uma das garçonetes. 

-Sim, Millie? 

-Estão te chamando lá no restaurante. Querem dar os parabéns para você! 

Mickaelly encarou Bucky e ele murmurou um "Vamos lá!", avisando que ia ficar com Anya até ela acordar. Mickaelly concordou, sem nem hesitar e saiu da cozinha, sendo seguida por Bucky. 

No entanto, enquanto ela ia para uma mesa, atender um casal, Bucky avistou Sam em uma cadeira com os sobrinhos entretidos no celular e se sentou ao lado deles, ajeitando a cabeça de Anya quando ele a colocou deitada em cima das suas pernas. 

-Onde vocês foram? - Sam perguntou, franzindo a testa. - O John foi embora… 

-Que bom! E fomos na cozinha. 

Sam olhou para Anya, que estava praticamente desmaiada nos braços dele, chegando a dormir de boca aberta. 

-Nossa… Ela está com sono mesmo, né? 

-Criança tem sono. Não tem? 

-Não sei. Não entendo de crianças! 

-Nem eu! 

Sam riu e olhou ao redor, para a seguir, ao constatar que Mickaelly estava longe, se virar para Bucky e se inclinar para frente, como quem não queria nada, perguntando: 

-Então… Vocês foram para a cozinha… 

Bucky tirou os olhos da boquinha de Anya e encarou Sam. O Capitão América ergueu uma sombrancelha para ele e Bucky estreitou os olhos em sua direção. 

-É… Fomos… 

-Hmmmm… 

- Não começa, Samuel! 

-Eu não falei nada! 

-E nem precisa, sinceramente! Só essa cara que você faz, já arrepia até os pelos do meu c… 

-Bucky! 

Sam caiu na gargalhada enquanto AJ erguia a cabeça e franzia a testa, encarando Bucky. 

-Arrepia até onde? 

-Lugar nenhum, cara. 

O menino torceu a boca, mas voltou a olhar para o celular, enquanto Sam parava de rir e, com aquele tom de voz irritante, perguntava: 

-Tá… Mas o que vocês foram fazer lá? 

-Conversar. 

-Hmm.. E conversaram? 

-Não, ficamos parado igual dois idiotas, um olhando para a cara do outro sem dizer nada. 

-Nossa, mas você está estressado, homem? 

Bucky bufou e voltou a ajeitar Anya em seus braços. Afinal, ele não imaginava que uma criança dormindo pudesse ser tão "molinha" e principalmente, que ela não parasse de se mexer. 

Foi Cass quem ergueu o olhar para Bucky e, abruptamente, perguntou: 

-Ela é sua filha? 

Bucky enfiou um tapa em Sam, quase instantaneamente, o que fez o menino rir e Sam levar um susto, arregalando os olhos. 

-Mas que diabos, homem! Por que fez isso?! 

-Você tá falando pro Cass que ela é minha filha, seu idiota?! 

-Eu não disse nada! Até porque, você garantiu que não é! 

-Bem, o menino acabou de dizer! 

-É que ela parece com você. 

Bucky encarou o menino, que deu de ombros e, como se não tivesse causado nenhuma confusão, apenas voltou ao celular. Bufando, Bucky revirou os olhos e voltou a olhar para a menina. Ela era a cópia escrita de Mickaelly. É óbvio que foi Sam quem tentou insinuar algo. 

Porém, cerca de cinco minutos depois, Anya começou a despertar, aos poucos, coçando os olhinhos, bastante sonolenta. 

Então, com sono ainda, ela olhou ao redor e perguntou: 

-Mamãe? 

-Oi, Princesa! Acordou? - Bucky a chamou, fazendo ela erguer os olhos e perceber que era Bucky quem a segurava. Anya assentiu. - Vamos procurar sua mãe. Vem com o tio… Quer ir andando ou no colo? 

Anya esticou os dois bracinhos e murmurou "No Colinho!", o que fez Sam produzir um sonoro "Awn" enquanto Bucky levantava da cadeira, indo atrás de Mickaelly pela loja. 

Mickaelly estava em um canto, sentada num banquinho, sem os saltos, esfregando os próprios pés e sorriu quando viu Anya acordada, assim que Bucky a colocou no chão. Anya se jogou na direção da mãe e, puxando a blusa dela, falou: 

-Mamãe! Eu dormi com o ursinho! 

Mickaelly soltou uma risada alta quando percebeu quem era o ursinho, o que fez Bucky dar de ombros e rir junto. 

-Ah, é, filha? E descansou? 

-Sim! 

-Quer comer alguma coisa? 

-Sim! Quero aquele bolinho que você faz! 

Mickaelly pegou um pedaço do bolo que estava ao seu lado, no balcão e começou a dar a ela, encarando Bucky. 

-Obrigada por ter ficado com ela. A Anya normalmente sente sono essa hora porque ela acorda cedo e… Bem, acho que ela desmaiou com você, né? 

-Foi um prazer. - Bucky encarou a menina e sorriu. - Pode dormir comigo sempre que quiser, viu? 

-Posso? 

-Claro! 

-Fofinho! 

Mickaelly riu de novo e encarou Bucky, aproveitando que o homem se distraiu com algo em seu celular para o analisar. Ele ainda continuava uma pilha de músculos, mas ao mesmo tempo, parecia mais magro. A falta daquele cabelo enorme e macio destacava o rosto dele e ele estava ainda mais lindo do que Mickaelly se lembrava. 

Ao mesmo tempo, ele estava mais leve, apesar de ainda ser claramente uma pessoa séria e sem muitos risinhos. Era algo talvez no olhar… Não havia aquela tensão insistente e nem aquele peso. Na verdade, agora, existia até um brilho que ela não tinha reparado antes, como se ele tivesse se libertado de algo dentro de si que o atormentava. 

E bem, se esse era o caso, ela ficava feliz por ele. Então, olhando para o lado, Mickaelly percebeu a mãe ao lado de Philip, que conversava com o pai, animado. Audrey ergueu a sombrancelha na direção dela, sorrindo, o que fez com que Mickaelly desviasse o olhar, fingindo não ver, enquanto tentava não corar em vão. 

Era apenas o segundo dia que via aquele homem e eles nem eram amigos ainda de novo e, claro, ela já estava passando vergonha. É, se reaproximar dele, seria difícil para cacete, mas talvez, no final, valesse à pena e eles percebessem, como o próprio Bucky tinha dito mais cedo, que o tempo deles passou, deixando apenas o que poderia vir a ser uma amizade e uma parceria lindas. 


Oi, Oi, Meus xuxus! ❤

Não, ainda não é o meu grande e triunfal retorno, mas, ao menos, eu tive inspiração para escrever um capítulo inteirinho e com isso, como eu estou morrendo de saudade de vocês e dos seus comentários, decidi vir postar hehehe

Se ninguém comentar e esse capítulo flopar, eu choro, hein

Aliás, eu particularmente adoro esse capítulo aqui, onde eles tem a primeira conversa só entre eles e onde o Bucky cai de amores pela Anya. O que, na real, não é novidade nenhuma kkkkk

Bem, não sei quando posto o próximo, mas espero que seja em breve, já que aos poucos, to voltando a escrever hehee

Até lá

Beijos 💋💋

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