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Capítulo 9

Eu procurei por Bianca e Noah e não demorei a achá-los. Mesmo no mar de máscaras que estava aquilo ali, eu me lembrava bem quais eram a dos meus amigos. Ambos estavam no bar, como eu havia previsto e, assim me me avistaram, as expressões felizes se fecharam em preocupação de imediato.

- O que foi, Blue? - Foi Noah quem se pronunciou, amparando minhas costas enquanto Bianca se desfazia da sua bebida e ficava à minha frente, o cenho franzido.

Eu devia estar realmente transtornada. Balancei a cabeça em negação e dei um meio sorriso, tentando demonstrar que tudo estava bem - mesmo que não estivesse.

- Quer ir embora? - Minha amiga perguntou dessa vez, mais alto do que a música que tocava.

Ponderei por um minuto: eu poderia ir embora e levar meus amigos comigo, estragando a noite de todos; ou eu poderia ficar e encarar o pai do meu amigo com quem eu acabara de protagonizar uma dança romântica-sensual. Eu não sabia qual decisão era pior. Mas, como a boa amiga que eu era, decide pelo que mais me amedrontava.

- Não, vamos dançar. - Sorri e acho que pareci mais nervosa do que antes.

Fui com eles para a pista enquanto tentava dançar normalmente, mas apenas parecendo falsamente animada. Estava forçado e eles perceberiam isso mais cedo ou mais tarde. Não o vi mais por ali o que foi um grande alívio. Entre as minhas olhadas discretas e a minha felicidade em dançar aquelas músicas, eu diria que estava sendo uma péssima amiga.

Por isso eu me afastei, dando a desculpa de que iria pegar uma bebida no bar, mas eu apenas fui em direção à saída e segui pelas ruas da cidade naquela noite escura e fria. Não queria chamar um táxi e ter que falar com o motorista. Eu só queria ficar com meus pensamentos, minha consciência pesada por me permitir sentir algo pelo homem que tinha idade para ser meu pai e, pior, era pai do meu melhor amigo.

Não demorei a chegar em casa, agora descalça e com os saltos nas mãos. Completamente intacta, sem indícios de violência, eu fui para o meu quarto. Estava tudo silencioso, a casa escura e eu poderia jurar que minha mãe estava dormindo em seu quarto.

Sem demora, eu me livrei das roupas e me enfiei embaixo do chuveiro. Eu desejei que a água lavasse o meu medo pelo que eu sentira no abraço forte daquele homem, que levasse embora o segredo que agora eu teria de esconder dos meus amigos, que me tirasse daquele pesadelo ruim.

Eu queria contar à alguém, queria dividir a minha experiência, mas sabia que Marceline me julgaria, minha mãe não me ouviria, Bianca se afastaria e Noah me mataria. Eu seria a vagabunda que gosta de homens mais velhos, que não se coloca no seu lugar e não se dá o respeito. Pior: colocaria o senhor Hayes em uma situação na qual seria acusado de pedofilia. Problemas eram tudo o que eu menos queria naquele momento.

A minha vida estava muito menos complicada antes de conhecer esse homem. Ou melhor, antes de descobrir a traição de Zack. Eu era uma garota normal, com um namorado normal, que teria uma vida luxuosa e feliz. Seria graduada, trabalharia, teria lindos filhos e eles me dariam netos. Eu morreria abraçada em Zack e fim! Mas a vida não era fácil e nos pregava peças. O destino zomba dos nossos planos, ri na nossa cara quando planejamos nossa vida, nossa semana, até mesmo nossa próxima hora.

Era verdade que eu já não tinha mais controle da minha vida como tivera antes e isso me deixava em desespero. Não seria aquele banho que traria a normalidade de volta e eu já nem sabia se a queria de volta. Era a minha zona de conforto e agora eu estava fora dela, pisando em terrenos onde jamais fui e isso me assustava.

Naquela noite, eu me deitei na cama e sonhei com olhos verdes penetrantes, um corpo musculoso, um rosto maduro. Aquilo só me deixou com uma certeza: eu estava perdida.

Por isso que eu segui para o Clube no dia seguinte.

Não fazia muito sentido eu negar esse sentimento estranho que o pai do meu melhor amigo despertou em mim e ir ao lugar no qual eu sabia que poderia encontrá-lo. Mas dessa vez eu ficaria nos arredores da quadra de tênis e imaginava que ele só ficava próximo à piscina - e, mesmo assim, duvidava que ele viesse no dia seguinte a festa. O senhor Hayes deveria estar se recuperando da primeira festa do Clube.

Respondi as mensagens dos meus amigos que estavam preocupados por eu não ter voltado na noite passada. Tranquilizei-os e pedi perdão pelo sumiço, prometendo explicar mais tarde o que havia acontecido assim teria bastante tempo para pensar em uma desculpa.

Terminei de colocar o uniforme que se resumia à uma saia curtíssima pelos meus anos sem jogar tênis e esse ser o único que ainda me servia da época em que jogava, um collant branco como a saia e a viseira de mesma cor, combinando com o tênis. Ajeitei as roupas. guardei a minha mochila no armário e saí na varanda do andar dos vestiários para observar se as quadras estavam vazias.

Não era muito cedo, mas daqui a pouco o almoço seria servido no salão e os sócios não dispensavam a comida que era de uma excelência extraordinária - só não melhor que a de Marceline, é claro. Portanto, a quadra estava livre e eu poderia jogar com a minha consciência que era a minha companheira do momento.

A paisagem me encantou e eu corri para pegar a minha polaroid. Eu a carregava para todos os lados e nunca me arrependia, pois eu sempre tinha uma surpresa ao esbarrar em uma paisagem ou cena que queria guardar para sempre congelada em uma foto. Eu cliquei os pinheiros com o fundo do céu azul com poucas nuvens que pareciam ter sido desenhadas por uma criança. Era puro e a foto ficou como eu gostaria.

Depois que guardei meus pertences, saí dali com a raquete em mãos. Cheguei à quadra que ainda estava vazia, como eu havia visto. Por que eu tinha esse frio na barriga? Por que eu me sentia tão decepcionada? Balancei a cabeça em negação para afastar esses pensamentos bobos e deixei o carrinho com algumas bolas próximo à mim.

Bati a raquete e... Errei a bola? Franzi o cenho sem entender a minha falta de jeito. Eu costumava ser boa no tênis, mas com certeza deveria ter perdido a prática. Peguei mais uma bola enquanto via a outra quicar até o meio da quadra, bater na rede e voltar. Respirei fundo como se estivesse em um campeonato importantíssimo e aquilo valesse a minha vida. Fiquei olhando para a bola, girando em meus dedos enquanto segurava firmemente a raquete pesada na mão livre. Parecia que eu me preparava para matar um mosquito com um cuidado cirúrgico, mas era só a tentativa de lembrança de como eu jogava tênis. Com certeza esse tempo de namoro com Zack me fizera mal.

- Precisa de ajuda?

Aquela voz. Eu conhecia aquela voz. Era recente, ainda era recente demais para ele se aproximar. O meu estômago pareceu dar voltas, uma mão passou a suar frio enquanto a outra soltou a bolinha de tênis de imediato. Umedeci os lábios e mantive os olhos nos meus tênis. Eu tinha medo de olhá-lo depois da noite passada, mas meu corpo parecia todo atraído demais para que se contivesse por tempo demais.

Eu não queria que ele me achasse mal-educada, acima de tudo ele era o pai do meu melhor amigo e eu queria passar uma boa impressão. Foi por isso que eu o olhei e foi o maior erro que cometi. Ele estava sem a roupa social, usava uma jaqueta de couro preta e uma camisa branca por baixo e já não se parecia com um pai ou ter idade para ter um filho da idade do Noah. Abri e fechei a boca diversas vezes, mas nenhum som foi emitido.

- Acho que isso é um sim. - Ele adentrou à quadra.

Ele o fez sem a minha permissão. Mas não era como se eu não quisesse aquilo.

Com habilidade, ele girou uma bola nas mãos e sorriu. Tentando não parecer uma retardada, eu me afastei para tomar um gole da minha água e tentar voltar ao normal - como se fosse possível perto dele. OK, eu só tinha que controlar meus hormônios e tudo daria certo. Talvez isso não fosse ser a coisa mais fácil do mundo, mas não custava tentar.

Quando me virei, ele tinha tirado o casaco e seus braços musculosos estavam de fora. Respirei fundo e desviei meu olhar para o seu rosto e o vi contorcido em um sorriso esperto, mas que, no minuto seguinte, se tornou sério, como se os seus pensamentos o perturbassem assim como aconteciam com os meus.

Ele já tinha uma raquete em mãos e, com habilidade, lançou a bola para o outro lado da quadra.

- Entendeu? - Perguntou. Ele estava falando antes disso?

- Ahm... Não, desculpe, senhor Hayes. - Mordi o lábio inferior enquanto cruzava as mãos na frente do corpo.

O que eu poderia fazer? Eu jamais poderia me concentrar com aquele homem ali! Isso era errado de um jeito terrível demais para admitir, mas era bom e eu gostava do que sentia perto dele. Droga, por que ele? Por que o pai do meu melhor amigo?

- Tudo bem, garota Blue. Venha cá. - Ele me chamou e eu me aproximei, me posicionando na sua frente.

Só percebi o tamanho do erro que estava cometendo quando sua mão tocou a minha mão que estava na raquete e a outra fez o mesmo com a mão que estava na bola quando ele a entregou para mim. Seu corpo estava colado ao meu e, por mais que ele não tivesse a intenção de qualquer maldade, eu sabia que a saia era curta demais e que os quadris estavam próximos o bastante para sentir o calor um do outro.

Foi na primeira sacada que os meus sentidos se recuperaram, revigoraram, como se ele tivesse me dado uma carga de adrenalina e eu fosse uma nova menina. Não, uma mulher. 

Tudo bem, talvez eu estivesse exagerando, fora só uma sacada.

- Entendeu agora? - Ele perguntou, saindo de trás de mim e indo pegar a jaqueta. Parecia abalado e só se virou quando chegou na entrada da quadra.

Vê-lo ali fez crescer em mim uma sensação esquisita de necessidade e foi por isso que eu reuni toda a minha coragem pra proferir a seguinte frase:

- Joga uma partida comigo antes de ir?

Seu rosto pareceu se iluminar e ele tinha aquele sorriso lindo nos lábios de novo. Deixou o casaco de lado e passou para o lado oposto da quadra, mostrando que sim, ele jogaria uma partida comigo. Cometi um erro ou outro, mas em pouco tempo eu já pegava prática novamente.

- Você já tinha jogado tênis antes? - Questionou quando nossos pontos quase se igualavam. Ele jogava de igual pra igual, não deixando que eu ganhasse. Então ele era competitivo? Por que aquilo parecia me excitar?

- Ah, sim. - Dei um meio sorriso, esperando sua sacada. - Perdi a prática de uns tempos pra cá.

Omiti o namoro porque realmente não achei necessário falar sobre Zack naquele momento.

Ele sacou e eu corri para buscar a bola, pisando em falso e virando o pé esquerdo. Gemi e toquei o pé, sentindo uma dor insuportável, não só ali, mas por toda a perna. Será que eu havia quebrado?

Não demorou para que ele estivesse na minha frente, o olhar preocupado fixo no meu pé enquanto ele tocava com delicadeza com as mãos grossas. Gemi mais uma vez quando ele tocou em um ponto e seus olhos encontraram os meus.

- Vou ter que te levar na enfermaria, Blue. - Respirou fundo e se ajoelhou ao meu lado. - Eu vi o jeito que virou e não estou nada feliz.

Em um minuto eu estava no chão e no outro Nicholas me carregava no colo. A saia desceu de imediato e eu poderia jurar que todos poderiam ver minha bunda. Puxei a saia para tentar me cobrir, mas as coxas ficavam quase totalmente expostas.

Ele me carregava com facilidade, como se eu fosse feita de papel, e não se incomodou em deixar a jaqueta e todo o resto pra trás. Abracei seus ombros largos e passei a ponta das unhas por seu pescoço, sem a intenção de provocar, apenas porque havia roçado, mas logo vi seus pelos arrepiados e não contive a mordida no lábio inferior.

Fingi não perceber, mas os seus olhos não saíam das minhas coxas desnudas e do meu corpo marcado naquele collant. Eu deveria gritar, mas eu só queria colar meus lábios aos dele, desejar que a dor cessasse como mágica e a enfermaria nunca chegasse.


xxx



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