Capítulo 34
Quando a água ficou fria, Nicholas decidiu que era hora de sairmos e me embrulhou em uma toalha logo após fazer o mesmo consigo. Deixei que ele me pegasse no colo e então me deitasse na cama. Algo ao nosso lado no chamou a atenção: uma bandeja com pedaços de pizza e um bilhete que eu peguei, curiosa.
"Cansados uma ova!"
Sorri e entreguei para Nicholas, vendo o mesmo sorriso nascer em seus lábios enquanto lia o bilhete. Lógico que era um bilhete de Noah e que ele provavelmente tinha entrado no quarto na hora errada.
- Acho que fomos pegos em flagrante. - Comentei, sentindo minhas bochechas corarem.
- Você fica linda quando está tímida, menina Blue. - Nick segurou meu queixo e beijou meus lábios com ternura. - Venha, vou pentear seus cabelos, assim você pode comer e então dormir.
Ergui uma sobrancelha e umedeci os lábios antes de falar:
- Estou grávida, não inválida.
Nicholas gargalhou, caminhando para longe de mim e tirando sua toalha. Prestei total atenção naquele gesto em específico. Por mais que eu soubesse o que estava ali, nunca deixava de me interessar por admirá-lo. Ele era o homem mais lindo com quem eu já estivera, seu corpo era escultural e aquilo não anulava sua beleza interior. Ele não cansava de demonstrar isso pra mim dia e noite.
Senti o meio de minhas pernas umedecer só com a visão daquela bunda muito bem feita por Deus. Quando ele se virou na minha direção foi que eu encontrei o que queria e aquilo fez com que minhas pernas se fechassem involuntariamente. Quando percebi que ele não estava vestindo a cueca que tinha em mãos, mas vinha na minha direção, levantei meu olhar e encontrei sua melhor expressão maliciosa. Nick parou a alguns centímetros dos meus lábios, me deixando tão atordoada que despertei quando ele começou a falar.
- Se você não tivesse grávida, eu te comeria agora... - Ele se afastou e eu fui para frente por impulso, sentindo falta do seu toque. Ele não me beijaria? - Mas você está cansada e precisa comer, menina Blue.
- Eu preciso ser comida. - Murmurei, fazendo um pequeno bico.
- Como é que é? - Nicholas perguntou, agora vestido e rindo.
- O quê? Nada. - Mordi meu lábio inferior, contendo o sorriso que ameaçava aparecer em meus lábios.
- Ah menina Blue, você é impossível! Vou fingir que não ouvi uma palavra do que você disse, está bem? - Ele tocou meu queixo com o indicador e o polegar depositando um beijo cálido em meus lábios.
- Preferia se não fizesse isso. - Dei de ombros, pegando um pedaço de pizza e comendo. - Meu Deus, isso está uma delícia. - Revirei os olhos, gemendo pelo prazer de estar forrando meu estômago.
- E eu preferiria se você não fizesse isso. - Apontou pra mim, servindo-se de um pedaço e comendo.
- O que? Isso? - Revirei os olhos. - Ou isso? - Gemi baixo.
- Os dois! - Respondeu, dando um leve tapa na minha coxa. - Você é impossível!
Gargalhei, jogando a cabeça pra trás e voltando a morder mais um pedaço da minha fatia.
- E você ama isso.
- Muito! - Nicholas segurou meu rosto entre sua mão e beijou os meus lábios.
Agradeci por já ter mastigado e engolido o meu pedaço de pizza e deixei que um beijo se iniciasse. Nicholas deitou seu corpo sobre o meu e eu decidi largar a pizza de qualquer jeito na bandeja, alojando aquele homem entre minhas pernas, a toalha de repente se abrindo e revelando meu corpo nu. Entrelacei minhas pernas na sua cintura, as unhas fazendo o trabalho de arranhar suas costas.
Eu sabia que ele queria resistir, sabia que ele queria me poupar do cansaço físico, mas eu queria aproveitar o máximo que pudesse enquanto ainda não estava com uma barriga maior do que eu porque aí sim seria complicado fazer sexo.
Foi pensando nisso que empurrei ele para que pudesse ficar por cima, puxando sua cueca apenas o suficiente para que eu tivesse acesso ao membro que já estava ereto, pronto que estar dentro de mim.
Sorri com malícia na sua direção e beijei seu pescoço, descendo os lábios pouco a pouco por seu corpo, encontrando seus gomos perfeitos na sua barriga que sempre me impressionava pelo cuidado que ele tinha com o corpo. Era invejável em qualquer garoto.
Quando atingi seu membro, acariciei em movimentos giratórios. Lambi da base até a cabeça, sugando com força sua glande e arrancando dele um gemido rouco. Abri um sorriso triunfante e o vi com a expressão sofrida um pouco antes de engoli-lo de uma só vez e ouvir o meu nome saindo de seus lábios fez com que minha vagina ficasse úmida a ponto de escorrer.
Antes que pudesse chegar ao ápice, fiquei por cima daquele homem e o encaixei entre minhas pernas me sentando em seu pênis de uma vez. Os gemidos se misturaram e eu tive que tocar suas mãos presas às minhas coxas quando senti as minhas paredes vaginais se apertarem em volta de seu membro.
Olhei em seus olhos e foi só então que eu pude iniciar meus movimentos, subindo e descendo enquanto sentia suas mãos me auxiliarem no processo. As cavalgadas eram constantes e faziam Nicholas revirar os olhos. Eu amava ver aquilo, amava o quanto ele se deliciava comigo.
Não demorou muito para que ele não aguentasse, então em um momento eu estava em cima dele e logo em seguida ele me deitava de bruços, ficando por cima de mim apenas para me penetrar. Agarrei os travesseiros, gemendo ali enquanto o sentia se enterrar em mim com força e rapidez. Senti que ele estava próximo de atingir o ápice quando eu mesma sentia, espasmos pelo corpo. Sem demora eu derramei o meu prazer junto ao dele, sentindo suas mãos segurarem com força meu quadril enquanto ele se recuperava do orgasmo violento.
Naquela noite eu dormi logo depois de comer boa parte das fatias dispostas ali, sexual e emocionalmente satisfeita.
- Como nós vamos contar para eles? - Questionei Nicholas enquanto terminava de colocar meu vestido e me posicionava em sua frente para que ele fechasse o zíper.
- Tem que ser especial e cuidadoso. Não sei como Noah vai reagir. - Nick fechou o zíper e beijou minha nuca descoberta.
Me abracei ao sentir o arrepio passar por meu corpo e virei na sua direção, um sorriso genuíno pintando meus lábios. Ele sabia todas as sensações que causava em mim e eram as mesmas que eu causava nele. Selou nossos lábios mais uma vez antes de voltar a se vestir para trabalhar.
- Tem mesmo que trabalhar? - Resmunguei.
- Infelizmente. - Suspirou profundamente.
- Vai todo lindo e cheiroso para quem? - Ergui uma sobrancelha, me sentando na cama enquanto o via arrumar a camisa social.
Nossos olhares se encontraram pelo espelho e ele sorriu.
- Vou assim para roubar o coração do Jeff.
Eu fiz uma expressão de choque, colocando a mão no peito e fazendo-o rir.
- Que susto, achei que fosse para conquistar aquelas velhotas assanhadas ou as amigas do seu filho. - Me levantei e ajeitei seu gravata. - Mas o Jeff... Bom, eu sou capaz de dividi-lo com ele. - Dei de ombros, puxando-o pela gravata e selando nossos lábios mais uma vez, quebrando seu sorriso.
Suas mãos pousaram em meu quadril e eu aprofundei nosso beijo, passando a mão pela sua nuca, brincando com seus cabelos ali enquanto o sentia puxar meu corpo para o seu.
Separei nossos lábios precocemente, mas sabia que se continuasse com aquilo atrasaria ele para o trabalho e não permitiria que Nicholas saísse daquela cama até que desmaiasse de tanto gozar.
- Podemos combinar um almoço lá no Clube, o que acha? - Questionou, voltando a se arrumar enquanto eu calçava minhas sapatilhas.
- Por mim está ótimo. - Assenti, sorrindo. - Vou avisá-los que é importante e nos encontramos lá.
- Perfeito. Eu amo você, menina Blue. - Selou nossos lábios mais uma vez. - E você, neném. - Se abaixou apenas para beijar a minha barriga, me fazendo acariciar seus cabelos ao ver aquela cena. Senti meus olhos marejarem, mas me contive. - O que foi, menina Blue? - Nicholas tinha preocupação no olhar enquanto tomou meu rosto em suas mãos em forma de concha.
- Nada. Você vai ser o melhor pai que essa criança poderia pedir. - Acariciei minha barriga. - E eu estou genuinamente feliz com isso.
Nicholas sorriu e beijou meus lábios uma última vez antes de partir, não sem antes finalizar aquele beijo com um na minha própria testa.
- Vamos sentir sua falta. - Abracei minha barriga com um braço e acenei com a mão livre pelas escadas.
- Eu também sentirei falta de vocês. - Confessou antes de finalmente partir.
- Falta de vocês? - Ouvi a voz de Noah perguntar e me sobressaltei.
Tirei a mão de minha barriga de imediato e sorri para ele.
- Bom dia, senhor mal educado. Seu pai pediu para que nos encontrássemos para o almoço lá no Clube. Eu, você e Bianca para ser mais exata. - Olhei para ele ainda de pijama - ou uma cueca já que era esse o seu pijama - e ri baixo. - Acho melhor se apressar.
- Droga. - Noah coçou a nuca e corou.
- Qual é? Eu vi muito mais que isso. - Dei dois tapas em seu peito e me afastei para a sala de estar antes que toda aquela situação ficasse ainda mais esquisita.
De repente eu mal podia esperar para que ele se mudasse para o campus. Ele era meu melhor amigo, mas meu ex amante também e me peguei pensando em como tudo seria mais fácil se ele tivesse sido o responsável por vazar as fotos.
Não, aquele era um pensamento terrível! Aquilo estava recente demais e logo ficaria tudo melhor e nenhum dos filhos dele ou meus teriam a necessidade de saber disso.
Dispensei Marceline naquele dia e ela aproveitou para resolver situações da sua própria vida. Pensei que logo Marceline deveria saber do bebê também e em como ela ficaria feliz.
Noah deu uma carona para nós e Bianca parecia particularmente mau humorada naquela manhã. Os óculos escuros indicavam que algo estava errado: ou ela tinha chorado a noite toda, ou tinha ficado acordada a noite toda, ou teria bebido a noite toda.
Suspeitava da segunda opção, mas resolvi não dizer nada. Estava nervosa demais e apenas fiquei ouvindo o próprio Noah cantarolar o caminho todo.
Assim que chegamos ao restaurante, Nicholas já estava sentado na mesa e se levantou assim que nos avistou. Corri ao seu encontro e o envolvi em um abraço forte, sentindo seu nariz afundar em meu pescoço.
- Senti sua falta. - Falei quando nos separamos.
- Eu também, menina. - Sorriu para mim e então se virou para o filho, cumprimentado-o com um abraço.
- Bom dia, garanhão. Aconselho que façam menos barulho se querem que eu os suporte até o dia da mudança para a universidade. - Noah brincou e me fez corar, mas recebeu um olhar repreensor do pai.
Bianca, agora sem óculos, cumprimentou o pai de Noah com um sorriso e se sentou, recebendo o mesmo sorriso de volta.
Me sentei ao lado de Nicholas e toquei sua mão, sentindo-na tremer em contato com a minha fria. Ambos estávamos nervosos e a troca de olhares foi cheia de significado. Tínhamos que fazer isso logo e que fosse logo antes de pedirmos a comida.
Interrompemos a escolha de Noah, e Bianca que pareciam interessados no cardápio, atraindo seus olhares para os nossos.
- Temos algo importante para falar. - Nicholas começou e isso me fez tomar a coragem necessária.
Desviei meu olhar do dele para fitar meus amigos à minha frente. Meu coração estava acelerado e eu sentia vontade de vomitar. Acariciei minha barriga e engoli em seco, tomando um gole da água à minha frente.
- Droga, falem logo! - Noah olhava apreensivo para nós. - Alguém vai morrer, não é?
- Ninguém vai morrer, filho. É o oposto disso. - Sabia que Nicholas sorria ao falar isso.
Respirei fundo antes de soltar de uma só vez:
- Eu estou grávida.
xxx
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