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Capítulo 28

Nicholas

Eu acredito que passei a maior parte da madrugada velando o sono da menina Blue. Ela parecia dormir tranquila, mesmo diante de todo o caos que havia se instalado nas nossas vidas no dia anterior.

Aquilo estava só começando e eu apenas tinha forças para pedir que acabasse logo. Cheguei a conversar com Angelique, onde quer que ela estivesse, como sempre fazia. Pedi para que a pequena Blue fosse poupada de tanto sofrimento. Ela não merecia aquilo, era o ser mais puro que já havia pisado na Terra. Aquilo eu só vira uma vez, toda essa pureza e encantamento que ela leva para lá e para cá eu vira em Angelique.

Quantos anjos precisavam sofrer aqui na Terra com esses seres diabólicos?

Abracei Blue por instinto e ela se aconchegou mais em meu peito. Deus, como eu amava aquela garota! Por que tinha que ser a garota que meu próprio filho amava?

Eu sabia que parte de todo o sofrimento era culpa minha. Fui um covarde e causei mais dor à minha menina. Eu também era uma pessoa ruim, não merecia o amor daquela garota.

Nunca entenderia como Blue perdoara algo como o que eu fiz à ela. Eu jamais perdoaria, nem mesmo por amor. Essa era a diferença entre ser casto e rancoroso. Dia e noite eu me perguntava como ela conseguia ser daquele jeito nesse mundo. Sabia que era natural, que era apenas ela sendo ela mesma.

Procurava apenas aceitar o seu amor e dar tudo de mim àquela garota. Se eu me questionasse, sabia que chegaria à conclusão de não ser digno de seu amor. Eu a queria para ser minha. Minha menina, minha mulher, a mãe dos meu filhos e avó dos meus netos. Por que era tão difícil se ela queria o mesmo?

Sem querer me desgrudar dela, apenas liguei a televisão e vi os noticiários. Nada ainda. Sabia que não demoraria para aparecermos nos programas sensacionalistas. Eu tinha um nome a zelar e agora aquilo não me importava tanto quanto um dia me importou.

Desliguei a televisão e me virei para abraçar minha garota, distribuindo beijos. Já havia amanhecido e sabia que teríamos que partir se não quiséssemos ser encontrados.

Um sorriso, que dava inveja até mesmo no próprio sol tamanho era o seu brilho, fez meu dia se iluminar.

- Bom dia, senhor Hayes. - Saudou com a voz manhosa. Amava quando ela fazia aquilo.

- Bom dia, menina Blue. Dormiu bem? - Me sentei na cama e ela fez o mesmo, meu braço nunca saindo da sua cintura.

- Melhor impossível. - Seus olhos encontraram os meus e eu toquei seu rosto, acariciando seu cabelos com o movimento. - Você devia experimentar dormir consigo mesmo. Sentir seu cheiro e a textura da sua pele a noite toda é simplesmente como estar no céu.

Ri e balancei a cabeça em negação.

- Você é mesmo especial.

Selei nossos lábios brevemente e a tempo de ver sua careta.

- Deixa só eu... - Ela apontou para o rosto e eu ri, assentindo.

- Tudo bem, acho que devo fazer o mesmo.

Nós nos levantamos para fazer a higiene no banheiro minúsculo e com apenas uma pia pequena. É claro que aquilo resultou em muitos abraços, beijos, risadas e uma pequena poça de água que deixaria alguma arrumadeira infeliz.

- Temos que seguir em frente. - Avisei, secando o rosto.

- Eu sei. Por mais que essa seja uma banheira tentadora. - Ela mordeu o lábio inferior, se escorando na pia e olhando para a banheira.

- Acho que dá tempo de um banho. O que acha? - Sugeri.

- Jura?! - Ela pulou e bateu palmas. - Sim sim sim! Vou pegar as toalhas.

E lá se foi minha garota pegar as nossas toalhas.


Blue

Por mais que eu quisesse, aquele não foi um banho sexual. Pelo contrário, entramos juntos e decidimos que deveríamos ser rápidos. Não havia nada nos noticiários, mas alguém já poderia estar atrás de nós.

Tinha nossos celulares em mãos enquanto ele dirigia pela estrada. O carro seguia em completo silêncio, inundando nossos pensamentos de questionamentos que nos amedrontavam.

Foi em um estalo que eu me lembrei de algo importante.

- Nick. - Chamei e ele me olhou brevemente apenas para voltar seu olhar para a rua. Eu sabia que tinha a sua atenção por isso continuei. - Eles podem nos rastrear por aqui, não podem? - Levantei os celulares diante dos seus olhos.

Nicholas pensou por um momento, provavelmente se perguntando se isso era possível. Mas é claro que era! Quantas vezes não vimos em filmes e séries policiais os mocinhos serem rastreados pelo celular para serem salvos dos bandidos?

- Acredito que s... Blue, o que está fazendo?! - Ele gritou, não deixando de dirigir enquanto eu pisava nos nossos celulares e depois atirava pela janela.

- Nos livrando de uma viagem encurtada. - Sorri para ele e logo sua carranca se transformou em um sorriso desacreditado.

Eu ganhava o que queria dele com um simples sorriso. Não era diferente quando ele apenas me olhava. Eu nunca descobriria o que tinha naquele olhar e, mas era de outro mundo.

- Você é maluca. - Balançou a cabeça em negação, fitando a estrada à nossa frente.

- E você ama isso, senhor Hayes. - Toquei a coxa dele e o vi se inclinar para selar nossos lábios, sem nunca desgrudar os olhos da estrada.

- Eu já disse que amo tudo sobre você. Amo seus defeitos e suas qualidades. - Ele esticou a mão e entrelaçou nossos dedos como havíamos feito no dia anterior.

Um gesto simples que me causava frio na barriga e arrepio bom.

Nós passamos em um drive-thru para saciar a fome e à noite comemos em uma pousada. O silêncio já não era uma opção, eu o cobri o tempo todo sempre arrumando um assunto novo e fazendo novas perguntas. Logo não foi preciso mais esforço e nós estávamos conversando, nos conhecendo cada segundo mais, mas nunca tocando no assunto que mais temíamos. Uma hora tudo teria que ser trazido à tona, tudo teria que ser colocado para fora para que nos ajudássemos.

E aquela era a hora.

Estávamos sentados na cama, nos preparando para dormir. Eu estava cansada, mas uma pilha de nervos por toda aquela situação. Nick estava atento aos noticiários, querendo saber se e quando nossos rostos estariam estampados na tela. Toquei sua mão e isso chamou sua atenção de imediato. Sorri com isso, o quanto nossos corpos estavam ligados como ímãs. Será que seria possível que algum dia nossa ligação fosse tamanha que eu soubesse quando ele estivesse em perigo? Desejava que sim.

- Nick, precisamos conversar sobre... tudo. - Ele sabia o que aquilo significava, por isso assentiu uma vez e desligou a televisão.


Nicholas

É claro que eu sabia o que "tudo" significava na frase da menina Blue.

Uma hora ou outra eu teria que falar, teria que contar e ela tinha que fazer o mesmo. Tínhamos que expulsar nossos demônios. Qual melhor forma se não em conjunto? Compartilhando desgraças recentes e se livrando delas pra seguir em frente.

Ela pediu que eu começasse e eu lhe falei, desde o momento em que descobri até quando nos encontramos. Minha menina me tomou em seus braços minúsculos e chorou comigo. Logo era a sua vez e eu deixei que ela derramasse as lágrimas da sua dor. Tudo o que ouviu de Aimée - que já não era a sua mãe, mas sua irmã - e o que viu na tela do seu celular, desde vídeos à comentários.

- Eu não queria perder o meu melhor amigo. - Ela chorou em meus braços. - Acabei perdendo todos. Eu só tenho você.

- Você sempre terá à mim. - Beijei seus cabelos e continuei a acariciá-la, aninhando-a como um bebê em meu colo.

- Me desculpe por fazer você passar por isso, por perder seu único filho e fruto do seu amor com Angelique. - Ela me olhou, o rosto banhado de lágrimas de culpa.

- Shh... - Nick limpou minhas lágrimas. - Vai ficar tudo bem.

- Promete?

- Prometo. - Selei nossos lábios em um beijo breve.

Quando nossos lábios se separaram, nossas testas se colaram. Eu ainda tinha meus olhos fechados enquanto pensava sobre o que ela havia dito e quanta culpa deveria sentir.

Sabia que aquilo não era só culpa dela, mas minha também e diversas outras consequências de nossos atos. Eu a feri e ela me perdoou, ela me feriu, tirou o meu filho, mas eu a perdoava. Blue se machucou mais do que eu.

Sofri com a nossa separação abrupta, mas tinha plena consciência de que ela sofrera o dobro. Eu deveria ir para o inferno. Como poderia um diabo se apaixonar por um anjo? Nunca conseguiria entender, mas sabia que, todas as noites quando colocasse a cabeça no travesseiro e tivesse a certeza de que tenho Blue, eu devia um agradecimento à Deus.

Dormimos entrelaçados um ao outro naquela noite, eliminando todo o mal de nossos corpos e deixando apenas o bem entre nós. Acordei revigorado na manhã seguinte e com certeza o sorriso de Blue estava maior.

Nós estávamos nos vestindo, felizes por ainda não haverem aparições na televisão, quando a menina Blue parou à minha frente, sempre curiosa como era, veio com os seus olhos questionadores.

- Eu tenho uma proposta para te fazer. - Suas mãos estavam para trás e seus olhos pidões.

- Estou ouvindo. - Me sentei na cama, vendo-a se postar entre minhas pernas.

Toquei suas coxas em uma carícia inocente enquanto ela segurou meu rosto entre suas mãos, deixando os nossos narizes próximos.

- Você acha... - Um selinho. - Que por um acaso... - Mais um. - Teria algum problema... - Mais outro. - Se nós nos divertíssemos um pouco?

Não recebi mais nenhum selinho, mas fiquei à espera. Pensei por um momento enquanto meu bico continuava ali e eu esperava por um último selar de lábios. Se eu me visse um ano antes com certeza me acharia patético, mas agora estava amando aqueles carinhos da menina Blue. Ela deu um último selinho e afastou nossos rostos o mínimo.

- Nós já não nos divertimos bastante entre os lençóis? - Ergui uma sobrancelha.

- Não é esse tipo de diversão, seu pervertido! - Recebi um tapa no ombro e esfreguei o lugar, fingindo sentir dor. É claro que não havia feito nem cócegas. - E você acha que já foi o bastante? Tudo bem, senhor Hayes, sem sexo pra você por um mês!

- O QUÊ?! - Bradei, fazendo a menina gargalhar. - Foi só modo de dizer.

- Modo de dizer... - Desdenhou do que eu disse, cruzando os braços, desviando o olhar e bufando. - Sei. Tudo bem, retiro o que disse porque eu não aguentaria ficar tanto tempo sem você. - Deu de ombros.

Rimos juntos e selei os nossos lábios.

- Retiro o que eu disse também, safada. - Pisquei pra ela e a vi enrubescer na hora. - Mas me diga: que tipo de diversão você quer, menina Blue? - Insisti e a vi pressionar os lábios antes de voltar a falar.

- Acha que poderíamos dar uma volta em algum parque de área verde? Quer dizer, eu sei que já devem estar nos procurando... Mas tão longe? - Cerrou os olhos na minha direção, em uma careta de quem duvidava do que ela própria dizia. - Acho que não.

- Também acho que não. - Pensei por um momento. Estávamos fugindo há dois dias, não era possível que já estivessem nos procurando tão longe. Minha menina era inteligente e sorri com a constatação. Ela era perfeita. - OK, nós vamos procurar um parque de área verde nos arredores.

Blue gritou e pulou nos meus braços, eu agarrei sua cintura enquanto nos deitava na cama atrás de mim, fazendo a menina rir, mas nunca soltar de mim.

- Eu te amo, eu te amo, eu te amo!

- Eu também te amo, minha menina. - Sorri, sentindo o seu perfume enquanto afundava meu rosto em seu pescoço.

E como eu amava! 


xxx



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