Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 19

Nicholas

Pai, eu amo a Blue.

Eu amo a Blue.

Eu.

Amo.

A.

Blue.

Já era difícil o bastante digerir aquelas cinco palavras dentro daquela frase que fez o meu mundo desmoronar, ficava pior quando elas se repetiam continuamente na minha cabeça.

Fiquei grato por Noah ter desaparecido da minha frente depois de ter dito aquilo. Eu simplesmente não sabia como reagir, fiquei apenas um bom tempo encarando o vazio até que uma solução para tudo aquilo viesse à minha mente magicamente.

Mas não veio.

Eu tinha dormido com o amor do meu filho e pior: tinha me apaixonado perdidamente por ela. Tinha sonho de lhe mostrar ao mundo, de amar ela como amei Angelique, mas não podia magoar meu filho. Não depois da promessa que havia feito no leito de morte da minha mulher.


Flashback

- Promete pra mim. - Angelique pediu, tocando minha mão. A sua estava muito gelada e eu sabia que ela partia. - Prometa que vai cuidar dele, que vai protegê-lo de todo o mal e que vai mostrar que o amor existe.

- Eu prometo. - Beijei sua testa, apertando sua mão fortemente para que minha voz embargada não passasse daquilo ou eu ia desabar em lágrimas. Não era assim que eu queria me despedir da minha mulher. - Prometo que ele nunca vai duvidar do amor por nem um segundo. Prometo que ele vai acreditar no amor, mesmo com todas as suas complexidades.

- Eu te amo, Nick.

- Eu te amo, Angel. - Colei nossas testas e fechei os olhos com força.

Fim do Flashback


E era eu quem ia destruir o conceito de amor para o meu filho, era eu quem ia magoá-lo. Se não o magoasse, magoaria Blue. Minha menina Blue, à quem prometi o mundo. Talvez fosse esse o meu problema, promessas demais me levaram ao fundo do posso.

Mas eu tinha que tomar uma decisão e sabia qual delas seria a certa naquele momento.



Blue

Nick já não me mandava mensagens e quando me respondia era seco, quase rude. Eu não sabia o que estava acontecendo, o que eu tinha feito de errado. Será que ele estava me usando? Será que era como todos os homens e havia mentido para mim todo esse tempo?

Eu andava triste, sempre amparada por meus amigos, mas parecia que nunca ficaria bem. Decidi então dar um gelo nele, parei de mandar mensagens, mas nunca sem deixar de ver nossas fotos. Algumas estávamos na cama e aquelas eram as minhas preferidas. Mordi o lábio inferior com os pensamentos, as lágrimas escorrendo contrastando com os sentimentos.

Marceline ainda não falava comigo e era ótimo que eu tivesse meus amigos sempre ao meu lado. Mesmo sem fazer perguntas, eles me ajudavam, forçando-me a ficar de pé. Como eu poderia depois de uma decepção como essa?

Queria confrontá-lo, mas parece que ele nunca estava no Clube e quando ia procurá-lo em sua sala, estava ocupado demais para atender a amiga do filho. Isso era o fim? Era assim que terminava? Ele me usava o quanto queria e depois me jogava fora? Era assim que funcionava?

- Meu pai está estranho. - Noah comentou na mesa do jantar em uma noite na minha casa.

Parei de comer - o que mal havia começado a fazer - e olhei para ele.

- Antes ele estava todo falante, me dava conselhos, e de uns dias para cá ficou frio e distante. Parece o mesmo Nicholas Hayes de alguns meses atrás. - Um suspiro pesado e então ele colocou um pouco da torta de morango entre os lábios.

Ele estava infeliz. Se eu o fazia bem, se aquela era uma relação com via de mão dupla, então por que ele terminou assim? Aliás, por que não foi homem o suficiente e terminou como se devia? Não, tive que adivinhar que eu não servia mais para ele.

Com certeza tinha medo do julgamento, de ser preso. Talvez ele tenha pego a reação de Marceline como exemplo de como a sociedade ia nos ver, como a igreja e tantas outras instituições iam nos ver, e desistiu ao invés de lutar. Se ele desistiu por esse motivo, não me merecia. Era tudo culpa de Marceline e da minha boca grande.

Estava terminando de colocar as louças para lavar quando minha mãe apareceu atrás de mim, a expressão iluminada - mais do que eu jamais vira. Franzi o cenho para ela, esperando para saber o que queria.

- Amanhã vamos fazer um jantar aqui. Quero que você conheça um amigo meu. - Ela disse e as bochechas ficaram vermelhas como uma adolescente boba.

- Um amigo? - Cruzei os braços, um sorriso esperto pintado nos lábios. - Você nunca me apresenta seus amigos.

- Esse é especial. Se comporte. - Beijou meu rosto e se afastou.

Noah veio com mais louças e conversando com Marceline, parecendo simpatizar com ela depois de tanto tempo.

- O que foi? - Perguntou, entrelaçando nossos braços.

- Nada. - Balancei a cabeça em negação.

Resolvi que não queria falar, algo me dizia para esconder. Uma coisa tola, mas que eu não queria externalizar.




No dia seguinte Noah me acompanhou até o colégio e disse que não poderia me levar a tarde porque tinha um compromisso com o pai. Só a menção dele fazia meu coração latejar. Será que ele não sentia o mesmo que eu ao mencionar meu nome? Ao pensar em mim? Com certeza não. Nicholas tinha um coração de pedra, essa era a conclusão a qual eu chegava.

Me olhei no espelho do banheiro e vi as olheira enormes embaixo dos olhos. Por que não senti isso com Zack? Será que era amor de verdade? Será algum dia eu ia amar alguém como amei Nicholas? Será que a reciprocidade fora tudo imaginação?

As lágrimas voltavam a rolar, por isso entrei na primeira cabine e assoei o nariz, limpando as lágrimas e sentindo o choro me dominar. Tentei conter os soluços, mas eles estavam escapando sem minha permissão. Fui até a pia e lavei meu rosto, deixando-o todo úmido.

Algumas meninas entraram e junto delas estava Bianca, que quando me viu se afastou rapidamente das outras e veio me dar apoio.

- O que foi? Blue, pelo amor de Deus! O que tá acontecendo? - Ela acariciava minhas costas enquanto me levava para fora.

- Se eu te contar... - Os soluços quase me impediam de falar. Bianca esperou. - Vou ter que te matar.

Ela deu uma risada baixa e negou com a cabeça.

- Venha, vamos tomar um ar.

Bianca me deu água, logo me acompanhando até o estacionamento.

- Você tem que parar de chorar, Blue, senão eu é quem vou te matar. - A garota acariciou meus cabelos e eu dei um meio sorriso, me sentindo mais calma. - Tudo bem não querer me contar. Quem te magoou, menina Blue?

Menina Blue.

O jeito como ele me chamava.

Abracei ela fortemente, desabando em seus braços mais uma vez. Ela não pareceu perceber que a minha nova crise fora pelo apelido, mesmo assim me ofereceu seu ombro, pedindo para que eu me acalmasse.

Depois de muito insistir que ficaria bem, Bianca me deixou ir embora sozinha. Ainda precisava me aprontar para o jantar.

Minha mãe nunca me apresentara para "amigo" algum que ela teve e esse deveria ser realmente especial. Nossa relação foi sempre distante, não falávamos sobre homens com quem ela se relacionava e ela não parecia interessada nas minhas relações.

Não comi o dia todo e não sentia vontade.  Apenas tomei um banho e passei a me vestir. O vestido azul que eu escolhi tinha alças largas, era apertado até a cintura e depois mais largo, indo até os joelhos. O bolero branco que escolhi com detalhes em azul combinava. Completei com uma sapatilha branca e fiz uma maquiagem simples, passando um batom vermelho para destoar. Deixei os cabelos lisos e soltos.

A campainha tocou mais cedo do que eu previa e ouvi que minha mãe havia atendido a porta. Uma movimentação acontecia no andar de baixo enquanto eu descia as escadas até a sala de jantar. Um cheiro delicioso vinha dali e eu sabia que estava atrasada para o jantar, notando que ele já estava sendo servido.

Eu tirava os últimos vestígios de algumas imperfeições enquanto entrava na sala de jantar, perdida em pensamentos e sem fitar o convidado. Não contava, no entanto, que houvesse mais uma pessoa ali.

Quando fui puxar a cadeira, notei um Noah sorridente na minha direção. Franzi o cenho confusa. Minha mãe havia tramado tudo para aquele ser um jantar de casais? Ela tinha noção de que aquele era o meu melhor amigo e que eu tinha zero intenção de me relacionar com ele?

Levantei meu olhar para encontrar o da minha mãe, que sorria abertamente. Não contava, no entanto, em encontrar Nicholas saindo da cozinha com um prato quente em mãos ajudando uma Marceline que parecia um tanto desesperada.

O que Nicholas estava fazendo ali? Fiz uma careta e olhei em interrogação para todos os presentes. Minha mãe se levantou e apontou para Nicholas.

Não. Por favor, não. Não, não, não.

- Blue, esse é Nicholas. O amigo de quem lhe falei. - Minha mãe começou, tocando a mão do homem agora vazia.

Nicholas me fitava com o olhar vazio, sem vida. A mandíbula estava contraída e ele parecia que não dormia há muito tempo. Engoli em seco a bola que havia se formado em minha garganta e não notei que estava com as unhas enfiadas na cadeira de madeira até me soltar dela para estender a mão para o homem à minha frente.

- É um prazer revê-lo, senhor Hayes. - Minha voz estava embargada e eu tratei logo de pigarrear. Ele soltou a mão da minha mãe para puxar a minha na sua direção e beijar os nós dos meus dedos.

O toque dos seus lábios na minha pele me causou sensações conhecidas e traidoras. Não demonstrei o que havia sentido, mas os pelos eriçados dos meus braços me denunciavam. Mesmo depois de toda aquela traição, eu queria os lábios dele nos meus.

- Bom, vamos comer! - Minha mãe anunciou, mal podendo conter sua felicidade.

Me sentei ao lado do meu melhor amigo e Marceline passou a nos servir, agora mais calma.

- Vamos brindar à esse começo. - Minha mãe decidiu e peguei minha água para brindar com o vinho dos adultos e com a água do meu melhor amigo.

Ao começo? Ou ao fim de um amor verdadeiro? Verdadeiro apenas para mim, aparentemente.

Cutuquei um pouco da comida, sabendo que não ia ter estômago para aquela situação. Eu queria sair correndo, chorando e gritando. Queria socar a cara de Nicholas e depois beijar apaixonadamente. Mas estava tudo acabado. Aquele era o fim da nossa história.

Não podia negar que ele estava lindo dentro daquela roupa social, mas também não queria pensar sobre isso. Eu queria esquecer Nicholas, mas meus olhos faziam questão de me trair e irem na sua direção a todo momento. Nossos olhares se encontravam e se fixavam. Os meus decepcionados, os dele sombrios. Não havia perdão para aquilo.

Noah parecia feliz com a relação do pai e a todo momento dizia que Nicholas havia escondido aquilo dele o tempo todo. Eu já tinha tantos questionamentos que minha cabeça doía apenas pela menção de cada um deles. Perguntas que poderiam jamais serem respondidas.

- Blue, você não tocou na comida a noite toda. - Marceline falou, chamando a atenção de todos para mim. Nicholas me olhou preocupado.

- Estou bem.

- Você não comeu nada o dia todo, Blue. - Marceline insistiu.

- Eu estou bem. - Disse entredentes. - Só estou um pouco cansada.

Nicholas desviou o olhar para o próprio colo e Noah levou uma mão às minhas costas, aproximando os lábios da minha orelha.

- Se precisar conversar, e sei que precisa, sabe onde me encontrar. - Ele disse e eu sorri.

Nick levantou a cabeça a tempo de ver a nossa interação e eu vi suas mãos em punhos em cima da mesa. Minha mãe não pareceu notar, apenas tocou a mão do homem, acariciando. Deus, como era dolorido.

Eles foram embora logo depois da sobremesa, não querendo incomodar pelo meu cansaço. Foi dolorido ver os lábios de Nicholas tocando os de outra pessoa e eu tentei me distrair com algo que Noah falava, mas simplesmente não conseguia. A dor me consumia pouco a pouco.

Não deixei que Nicholas se aproximasse, não queria sentir o seu toque, não queria que ele fizesse qualquer contato comigo ou eu não sabia como reagiria. Acenei de longe e abracei meu melhor amigo, vendo eles irem embora em seguida.

Me afastei a passos largos e cheguei ao quarto, batendo a porta. Minha mãe não veio atrás, a minha aprovação não era necessária e ela sempre respeitava o meu espaço. Eram nessas horas que eu agradecia por ela ser como era. Me debrucei sobre a privada e vomitei, apenas água porque era tudo o que eu tinha dentro do estômago. Eu estava com nojo daquela noite e daquela situação.

Com certeza era a noite que entraria para a história. A noite em que eu mudei, que eu não seria mais a Blue boazinha e inocente. Eu seria uma nova Blue, mudada, e talvez assim começasse a ter algum valor.


xxx



Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro