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Capítulo 1

Era agora ou nunca.

Eu tinha repetido um mantra na minha cabeça a cada passo que eu dava na direção da decisão que poderia mudar a minha vida. É o certo a se fazer, era o que repetia à mim mesma.

Eu estava certa do que iria fazer, o problema é que eu só queria uma opinião para ter certeza absoluta e achei que minha mãe poderia ser capaz de me ajudar, mas ela só confundiu ainda mais a minha cabeça.

- Você não vai se arrepender? - Foi o que disse.

Mãe, como eu poderia saber se me arrependeria? Eu não posso prever o futuro. E se minha mãe fosse do tipo que tivesse um pressentimento quanto à algo que pode acontecer? Não, com certeza não. Ela só gostava do meu namorado, era isso.

Me sentei no banco em frente à casa de Zack, esperando que ele me encontrasse na hora marcada. Olhei no relógio digital do celular que já marcada 2:36 da tarde, mostrando que ele estava atrasado. Não sabia como conseguia, sendo que o ponto de encontro era em frente à droga da casa dele.

OK, inspirar e expirar. Calma.

- Droga de mantras estúpidos. - Murmurei.

Logo eu o vi saindo pelos portões de ferro e se aproximando com o seu melhor sorriso nos lábios. Era esse sorriso que devia fazer com que eu derretesse, certo? Não agora, não mais.

Com um suspiro, eu me levantei, dando um meio sorriso à ele e o abraçando. Antes que eu pudesse me afastar de seus braços, fui surpreendida por um beijo.

Aquele era Zachary, meu futuro ex-namorado. Nós nos conhecemos no colégio. Ele, dois anos mais velho do que eu, já estava na faculdade. Não era de hoje que ouvia sobre traições constantes dele. Muito antes dele entrar na faculdade os rumores rondavam pelos corredores do colégio.

Eu nunca acreditava em rumores até que nos últimos meses eu comecei a receber fotos anônimas no celular como prova das traições dele. Meu coração se despedaçou, mas eu me mantive forte e alerta. Invadi sua privacidade e ali encontrei o que procurava: conversas íntimas dele com diversas garotas. Foi horrível ver como ele retribuía, mas eu tive o sangue frio de esperar para terminar com ele decentemente - mesmo que ele não merecesse.

Pigarreei assim que consegui me afastar e me sentei novamente, esperando que ele fizesse o mesmo. Com as minhas mãos entre as suas, ele me olhou com aqueles penetrantes olhos claros que um dia eu tanto amei.

- O que aconteceu, meu amor? - Pressionou quando viu que eu parecia engasgada.

- Zack, não está dando mais... - Inspira, expira, inspira, expira...

- O que não está dando, minha princesa?

Ele colocou uma mecha dos meus cabelos loiros atrás da orelha para me enxergar melhor e essa foi a minha deixa para olhá-lo nos olhos e proferir a frase seguinte:

- Nosso namoro acabou, Zack. - Falei, certa do que estava dizendo.

A razão e a emoção nunca andaram tanto lado a lado quanto naquele momento. Acho que nunca vou ter tanta certeza de fazer algo quanto do que estou fazendo nesse exato momento.

Ele ficou parado, me olhando enquanto passava do estágio confuso para o desacreditado em segundos. Suas mãos deixaram as minhas livres e eu agradeci por isso. Ele se levantou, passando a mão pelos seus fios dourados, andando de um lado à outro na minha frente. De repente parou, tocando em minhas coxas e me olhando fundo nos olhos, como se pudesse me hipnotizar. Não hoje, Zack.

- O que aconteceu? - Eu ia responder, mas ele continuou: - É algum cara novo? Pode falar, é o Noah, eu sabia.

Mais uma vez ele se afastou, as mãos passando pelos cabelos e rosto, desacreditado em uma situação que nem havia acontecido.

- Não, Zack. Não é nenhum garoto ou muito menos o Noah. - Antes que ele me interrompesse coloquei a mão em frente aos seus lábios, impedindo-o de falar. - É uma mulher. Ou melhor, mais de uma mulher. Mas apenas mulheres, até onde eu sei.

Tirei a mão da frente de seus lábios e mais uma vez a confusão estava estampada no seu rosto. Ao invés de passar para a negação, ele fez a sua melhor expressão maliciosa.

- Meu amor, você não precisa terminar comigo porque agora gosta de mulheres. Nós podemos experimentar de tudo juntos. - Ele dizia enquanto me envolvia pela cintura e colava nossos corpos.

Revirei os olhos e tentei me desvencilhar dele, que me soltou sem desfazer a expressão que antes me deixava úmida, mas que agora só me fazia ter nojo.

E quer saber? Foda-se a paciência! Eu já estava cansada. Se tinha que desenhar, então ia ser do meu jeito.

- Não, eu não gosto de mulheres agora. Não que uma mulher não me satisfizesse melhor do que você, porque até minha mão faz um trabalho melhor do que isso que você tem no meio das pernas. - Apontei para a sua braguilha antes de cruzar os braços. - Eu descobri seus casos. Muitos, aliás. E parece que não é de hoje, não é Zack? Sabe qual o problema? Eu era uma criança que você desvirtuou, que você manipulou, mas isso acaba hoje. Não quero nunca mais olhar nessa sua cara de cafajeste. Não me ligue, não me mande mensagem, eu morri pra você hoje.

A última coisa que eu vi foi a expressão chocada de Zack antes de me virar a passos largos para longe dali.

Ele nunca havia me visto falar daquele jeito com ninguém. Para todo mundo, eu era sempre a garota com um sorriso inocente, sempre com algo bom a se dizer, sempre muito bem educada. Se eu não tivesse feito aquilo, com certeza ele ainda estaria tentando contornar a situação, então foi melhor assim.

Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto, me deitando na cama. Minha mãe só chegaria à noite e eu teria a tarde livre para chorar o quanto quisesse.

Poderia parecer idiotice da minha parte chorar por um cara que não merece nem um sorriso meu, que dirá uma lágrima, mas quando você passa dois anos da sua vida com uma pessoa acaba se apegando. Afinal, você não vai ter com quem conversar sobre o episódio novo de Game of Thrones ou ouvir aquela música que era só de vocês.

Apesar de tudo o que ele havia feito eu passar, eu sei que vai ser difícil de superar uma pessoa que, independente de ter duas cara, foi um bom namorado.

Ele me levava para sair, assistia aos meus programas chatos, aguentou todas as vezes em que eu terminei uma amizade, quando eu chorei em seu ombro achando que estava grávida, como ele parecia o certo quando disse que cuidaríamos de um filho juntos. Não teria como esquecer como ele fez minha primeira vez ser especial. 

Eu não me arrependeria de nada, deixaria essa parte para ele. Eu me entreguei de corpo e alma à uma relação que achei que poderia dar certo, mas ele não pôde fazer o mesmo. O problema era dele se achava que ia ficar tudo bem no final, mas eu mostrei que não fica e que a verdade sempre aparece.

Meu celular passou a tocar e eu me sentei na cama, limpando as lágrimas que escorriam desesperadas por meu rosto em meio aos soluços. Na tela, eu via um casal que um dia fora feliz em meio a tantas mentiras. Balancei a cabeça em negação e deixei de lado, abraçando os joelhos e repousando a cabeça ali.

Eu tinha que me livrar de tudo o que me lembrava dele. Tinha que começar agora ou prolongaria ainda mais essa dor ridícula. Me levanto de imediato e vou até o armário, começando por tirar roupas que peguei dele: cuecas, moletom e camisas. Cheiro as roupas, sentindo lágrimas gordas se formarem enquanto lembranças invadem minha cabeça.

As fotos coladas pelo espelho, pela porta do armário, pela porta do quarto e nos quadros são retiradas de imediato. Diversas em viagens, passeios pela cidade, entre beijos, entre sorrisos, entre abraços. Nenhuma delas eu consigo ver reciprocidade de sentimento.

Os presentes, como bichos de pelúcia, já são colocados juntos para terem um só fim. Eles não tem culpa, mas eu não quero ter mais nenhuma lembrança dele. Qualquer vestígio já vai ser motivo para essas drogas de lágrimas se fazerem presente.

Vou ao depósito e pego um grande saco de lixo, colocando tudo ali e verificando se não esqueci de nada. Vou até a lixeira e deixo o saco ali.

- Se desfazendo do que, senhorita? - Pergunta Diego, o jardineiro de mamãe.

- Apenas de um passado que não me apetece mais. - Sorrio de forma meiga para ele e aceno, entrando na casa.

Volto ao quarto e vejo algumas ligações perdidas e diversas mensagens. Reviro os olhos, começando a ficar irritada desde já. É isso, primeiro a tristeza e depois a raiva. Isso queria dizer que eu estava evoluindo? Olhei as mensagens, mas desejei não ter visto.

"Baby, o que te falaram é mentira. Já não disse para não acreditarem nessas bobagens?"

"Eu amo só você! Você é a minha princesinha, minha anjinha! Não deixem que te envenenem."

"Não vai me atender, Blue? Aposto que já está chorando nos braços do otário do Noah!"

"Quem me garante que você não me traiu também? Você vivia na casa do Noah pra "estudar"."

Parei de ler quando ele confessou. Me traiu também. É, acho que agora estava bem claro. Mais do que claro. Era agora que eu chorava, certo? Mas eu só sentia mais raiva por ele ter feito isso comigo. E duvidar do meu caráter? Ah! Não mesmo.

Pensei em digitar muitas ofensas, pensei em desejar que ele se lembrasse de tudo o que perdeu todos os dias pelo resto da sua vida. E ele iria. Ah, se ele iria! Mas eu apenas dei à ele o que ele merecia: o meu silêncio.

No celular, deletei fotos, mensagens e contato. Nas redes sociais, assim o fiz também tentando não ler declarações que trocávamos no meio do caminho. 

Será que as pessoas riam de mim e me chamavam de idiota por não ver o que esteve bem na minha frente esse tempo todo? Talvez eu fosse mesmo uma burra, idiota, cega.

Só faltava um pequeno detalhe para colocar um fim definitivo nessa história. Inspira, expira e status de relacionamento: solteira.

Dei um grito alto, batendo os pés como um criança mimada, como se pudesse expulsar toda aquela dor de dentro de mim. Mas eu sabia que não podia, infelizmente.

A porta irrompeu e eu me assustei, olhando para a figura de Marceline entrar com a expressão de preocupação e pena. As lágrimas de raiva banhavam minhas bochechas enquanto a empregada me abraçava fortemente. Mais do que ninguém, Marceline era a minha melhor amiga e eu valorizava ela como minha segunda mãe.

Não que eu não tivesse amigas no colégio, eu as tinha, mas as pessoas que eu mais confiava meus segredos eram Marceline e Noah, sem medo de seus julgamentos. Ainda tinha medo do que Bianca pensaria sobre algumas situações que eu passava.

A mulher baixinha e rechonchuda se afastou e me olhou fundo nos olhos, acariciando meus cabelos. Temia falar algo de errado, mas era Marceline, ela nunca falava a coisa errada. Parecia que, para todo o problema, ela tinha uma frase para fazer meu coração se aquecer.

- Eu nunca gostei desse tal, Zack. - Fez uma careta e eu ri.

- Você nunca me disse isso. - Acusei.

- Eu não sabia que ele era tão mau caráter. Dentro de mim, eu sentia que você era boa demais para ele. - Sorriu maternalmente para mim. - Tenha a certeza que tem alguém pronto pra te amar como você merece. - Com um beijo na testa, ela se afastou alguns passos. - Preciso voltar aos meus afazeres antes de sua mãe chegar, mas se precisar é só... Gritar. - E nós rimos.

- Prometo que tento gritar o seu nome dessa vez, Marceline. - Disse enquanto a via sair do meu quarto.

Marceline sempre trabalhara para minha mãe. Quando meus pais casaram, logo contrataram-na e desde então ela acompanhou nossa trajetória. Ela se encarregou de cuidar de mim enquanto meus pais trabalhavam. Quando o meu pai foi embora, ela nos ajudou com muito zelo e respondeu boa parte das minhas dúvidas sobre onde ele estava e se voltaria. Ele não faleceu, apenas esqueceu que tinha uma filha.

De qualquer jeito, minha mãe sempre foi capaz de cuidar para que eu tivesse do bom e do melhor e nada me faltou - muito menos amor. Tinha apreço por cada empregado dessa casa e eles nunca deixaram que o buraco no meu peito aberto por meu pai ficasse vazio.

Olhei a hora no celular e percebi que estava tarde demais para ir atrás de Noah. Praguejei quando me lembrei que amanhã ainda não teria aula. Acho que nunca quis tanto que a segunda feira chegasse para que eu pudesse me distrair com meus amigos, com as matérias e me livrasse desses pensamentos que me assombravam.

Apesar da conversa que tive com Marceline e das lembranças jogadas no lixo, eu ainda teria um longo caminho a percorrer. Não era só uma separação, era uma separação por causa de dievrsas traições dolorosas.

Peguei o celular vendo mais algumas ligações e mensagens, mas agora procurando por alguém em meio aos contatos. Noah estava lindo na foto que eu tinha dele: era nós dois no colégio, na hora do intervalo de aulas, olhando um no olho do outro em frente aos nossos armários. Estávamos felizes.

Com um suspiro, disquei seu número e levei o celular à minha orelha. Não esperou pelo terceiro toque e já ouvi sua voz grossa do outro lado da linha dizendo meu nome com uma entonação de pergunta.

Mordi o lábio inferior e fechei os olhos enquanto proferia a seguinte pergunta:

- Noah, será que você pode passar a noite aqui comigo?


xxx



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