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O Jogo da Verdade


A casa de Adam parecia uma fortaleza de desolação. O cheiro de cigarro impregnava o ar pesado e a iluminação fraca da sala apenas acentuava o tom sinistro daquele lugar. Amélia estava visivelmente tensa, seu corpo rígido refletia a tensão do momento. Michael apertava a mão dela, um gesto de apoio em meio ao mar de incertezas que se desenrolava diante deles.

Adam, de aparência despreocupada, se acomodava em um dos sofás e os observava com um olhar desafiador.

- Prossiga, pirralha - ele disse, sua voz carregada de desdém.

- Informações - Michael respondeu, seu tom firme e decidido.

Adam suspirou, entediado, mas a menção de nomes familiares chamou sua atenção.

- Sobre Julie e Barbara - Amélia declarou, sua voz firme, desafiadora.

Adam arqueou uma sobrancelha, um sorriso sarcástico se formando em seus lábios.

- E quem garante que eu vou falar? Eu posso muito bem fazer algo com os dois aqui mesmo.

- Você não vai - disse Amélia com frieza. - Mesmo que tente, não conseguirá.

O desprezo de Adam aumentou, misturado com uma pitada de diversão cruel.

- Vocês são apenas duas crianças brincando de detetives? Grande coisa... - Ele zombou. - Querida, não deveria estar brincando de boneca enquanto sua mãe faz tranças em seu cabelo?

As palavras de Adam foram como um soco no estômago para Amélia. Ela congelou, o rosto empalidecendo. Michael notou imediatamente o impacto e murmurou seu nome com preocupação.

- Amélia...

Sem dar ouvidos às tentativas de Michael de acalmá-la, Amélia avançou com uma determinação assustadora. Com um movimento ágil, ela chutou o estômago de Adam, arrancou o cigarro de suas mãos e o lançou longe. Segurou seu cabelo com uma força implacável e sacou um canivete, pressionando-o contra o pescoço dele.

- Pense muito bem antes de falar - ela rosnou, o canivete pressionando mais contra a pele de Adam. - Ou você responde às perguntas e todo mundo ganha, ou você se faz de macho alfa e perde a vida de merda que você tem!

Michael, surpreso com a transformação de Amélia, observou com um sorriso satisfeito. Adam, com os olhos arregalados, misturava ódio com um medo crescente.

- Eu falo - Adam cedeu, sua voz tremendo. - Tire isso do meu pescoço.

Amélia recuou, mantendo o canivete em mãos.

- Prossiga - Michael disse, um sorriso de triunfo em seu rosto.

- Julie é minha namorada - Adam revelou.

- Ela não é muito nova para alguém como você? - Amélia questionou, a repulsa evidente em sua voz.

- Sempre tive preferência pelas mais novas - Adam respondeu com um sorriso insensível.

Michael fez uma expressão de desgosto.

- Que babaca! - ele murmurou.

Adam lançou um olhar venenoso para Michael.

- Manda seu namoradinho inútil ficar quieto!

- Ele não é meu namorado, e você não está em posição de ofender ou exigir nada - Amélia cortou com frieza.

- Eu vendo drogas, só isso. Julie foi se acostumando aos poucos e acabou usando também, aquela garota usa pra caralho - Adam riu, desdenhoso.

- E Barbara? - Michael interveio.

- Barbara era uma amiga de Julie. As duas vinham aqui e usavam de tudo até amanhecer. Aquela sim gostava. - Ele fez uma pausa, um sorriso cruel nos lábios. - É uma pena que não tenha drogas no céu, se é que ela foi para lá.

- Sabe o que aconteceu com ela?

- Ia acontecer uma hora ou outra. Ela roubava mercadorias de outras facções. Eles devem ter ido atrás dela.

- Que outras?

- Não posso falar. Vai dar ruim pra mim.

- Acha que alguém neste mundo se importa com a sua vida? Diga! - Amélia exigiu, a raiva clara em sua voz.

- Não sei ao certo, eu só sou um empregado. Mando as mercadorias para Nova York e lá os caras fazem o que querem - Adam admitiu.

- Caras? Quem?

- Isso eu já não sei. Não sou pago para fazer perguntas. Só sei que é a maior gangue de Nova York - ele sorriu. - Vai acabar morrendo, princesa, e eu vou até seu túmulo dizer que eu estava certo.

Michael não hesitou em socar o rosto de Adam, fazendo-o cuspir sangue. Adam pensou em retaliar, mas hesitou, percebendo que seu estado já era ruim o suficiente.

- Amanhã voltamos - Michael disse. - Se contar para alguém, você está acabado!

Amélia sabia que se Adam fosse preso, a gangue o procuraria para eliminá-lo. Informações assim não podiam vazar, e ele não poderia contar nada a ninguém.

Enquanto Amélia e Michael voltavam para a escola, ambos estavam um pouco atrasados. Amélia bateu na porta da sala e a professora a olhou com uma reprovação evidente.

- Desculpe... Eu estava ajudando um professor que me pediu ajuda - Amélia inventou uma desculpa convincente, e a professora a deixou entrar. Amélia seguiu para sua mesa, onde um garoto a observava descaradamente.

- Acho que passei dos limites nas nossas primeiras conversas - ele sussurrou, o tom de voz preocupado. - Acho que não precisa parar de falar com Michael, mas ainda quero algo.

- O que diabos você quer?

- Vai ficar me devendo um favor, e você não poderá contar para Michael que eu te ajudarei a invadir a sala do diretor.

- Motivos?

- Reputação.

- Urgh... Certo.

Quando a aula acabou, o garoto estava à espera na sala. Amélia saiu em busca de Michael.

- Então, vamos colocar o plano em ação? - ele perguntou animado.

- Na verdade, eu farei isso sozinha.

- O quê? - ele parecia confuso.

- Confia em mim. Depois eu te explico.

- Ah... certo. - Ele saiu sem se despedir, claramente desapontado, mas compreendendo a situação.

Amélia voltou para encontrar o garoto, que a conduziu até a sala do diretor. Ele retirou um objeto do bolso e, para surpresa de Amélia, era uma chave mestra.

- Uau... Mas como? Tão fácil assim?

- Hoje em específico ele sai mais cedo. Escutei ele conversando com uma das professoras - ele explicou. - Entre.

Amélia entrou e encontrou alguns documentos valiosos, incluindo fichas de Julie, Barbara e Leslie. Ela tirou fotos com uma câmera de baixa qualidade, mas o suficiente para conseguir informações importantes.

- O diretor encontra alguém uma vez por semana nos fundos da escola - o garoto informou.

Depois de completar o que precisava, Amélia agradeceu ao garoto e foi embora, ansiosa para mostrar as descobertas a Michael. Era estranho para Amélia andar de volta para casa sem ele, um vazio inexplicável.

Ao chegar, Amélia encontrou Logan arrumando algumas coisas restantes da mudança.

- Chegou cedo, Lia - ele disse sorrindo ao vê-la. - Achei que estaria com Michael.

- É...

- Com quem estava?

- Um amigo, bom... Um conhecido - Amélia respondeu e subiu as escadas para se preparar. Depois, foi até a casa de Michael e tocou a campainha. Ele abriu a porta.

- Você mora sozinho? - Amélia perguntou, tentando aliviar o clima.

- Quer alguma coisa? - Michael perguntou diretamente.

- Olha... Sei que fui idiota de te mandar embora, mas descobri coisas importantes - Amélia admitiu, com uma expressão de arrependimento. - Me perdoa? Anda, nunca te pedi nada!

Michael a observou por alguns segundos e então sorriu.

- Diga logo as coisas importantes.

Os dois caminharam pela rua, conversando.

- Posso ver as anotações dos arquivos? - Michael perguntou, e Amélia entregou as anotações.

"Barbara Ruby.
Nascida em 1978.
Filha de Marley Ruby e Robert Ruby.
Irmã de Leslie Ruby e Agatha Ruby."

- Irmã? - Michael exclamou, surpreso. - Não sabia que tinha outra irmã.

- É...

"Leslie Ruby.
Nascida em 1979.
Filha de Marley Ruby e Ruan Bryan.
Irmã de Barbara Ruby."

- Essa história fica cada vez mais estranha! Quem é Ruan? - Michael perguntou, lendo. - E qual o motivo da Agatha não estar na ficha dela?

"Julie Will.
Nascida em 1976.
Filha de Marie Will, pai desconhecido.
Não há irmãos."

- Devemos fazer o quê?

- Interrogar... - Amélia sugeriu, pensativa.

- Quem?

- Os pais de Leslie, a Leslie e a Julie novamente.

- Julie não vai querer conversar.

- Ela provavelmente vai para excursão. Vamos deixá-la sem saída - Amélia afirmou, confiante.

- Perigoso e insano... - Michael sorriu, claramente satisfeito. - Gostei.

Os dois continuaram.

- Perigoso e insano... - Ele sorri. - Gostei.

Os dois continuam conversando e voltam para casa, onde Logan os espera.

- Amélia? Estava te esperando. - Ele diz, levantando do sofá.

- Para que?

- Eu tinha prometido passar um tempo com você, então vamos passear. Ganhei um dia de folga! - Nós dois sorrimos.

- Vamos então! - Logan e Amélia saem de carro pela cidade.

Eles param em alguns lugares, como sorveterias e lojas, pelo caminho. Amélia adora aqueles momentos de pai e filha. Voltando para casa à tarde, um pouco cansados, Logan sugere algo mais.

- Por que você não chama seu amigo para jogar o jogo que compramos? Ele gosta de jogos de cartas?

- É... Uma boa ideia. Pelo menos vocês se conhecem. - Amélia sorri e sai de casa para chamar Michael.

Enquanto isso, Logan arruma os jogos e alguns petiscos. Michael chega um pouco nervoso, sendo observado por Logan, mas logo a tensão se dissipa.

- Michael, prazer. - Os dois se cumprimentam.

- Logan, então você é o famoso Michael...

Após alguns minutos de enrolação, o jogo começa.

De 10 partidas, Logan venceu 5, Michael venceu 2 e Amélia 3.

- Vocês realmente são bons! - Michael diz, surpreso após ter perdido quase todas as partidas.

Eles conversam por um tempo e, após escurecer, se despedem. Michael vai embora.

03.02.1996

Já era sábado. Amélia acorda um pouco mais tarde que nos outros dias. Toma banho, come e, como sempre, vai encontrar Michael; os dois pretendiam ir até a casa dos Ruby.

Chegando lá, Leslie os atende. Só ela parecia estar em casa.

- Vocês aqui? - Ela diz, sorrindo. - O que querem?

- A mesma coisa de antes.

- Investigar? - Ela pergunta, um pouco apreensiva.

- Sabemos que você escondeu algumas coisas...

- Desculpa... - Ela abre a porta. - Eu estava nervosa com a situação toda.

Amélia e Michael entram na casa, e Julie os leva até seu quarto. Um quarto adorável.

- Conte.

- Bom... Eu sei que minha mãe esconde algumas coisas de mim.

- Tipo? - Michael pergunta.

- Ela dizia que Robert era meu pai, mas quando eu tinha 9 anos, escutei uma briga deles, onde ele dizia que foi um erro minha mãe ter tido outra filha com outro cara. - Ela faz uma pausa. - Então eu mexi nos meus documentos e achei uma certidão velha, onde dizia que eu era filha de Ruan Bryan.

- Sabe sobre seu pai?

- Não, nunca o vi.

- Continue.

- Vocês deveriam interrogar minha mãe. Ela sabe mais. - Ela se senta. - Ela está bem abalada com a morte de Barbara e vai querer ajudar, só não conte ao Robert.

- Motivos?

- Ele é extremamente descontrolado e abusivo psicologicamente. Minha mãe tem medo de que ele faça algo.

Nesse momento, uma voz vem da sala.

- Querida, cheguei! - Era a mãe de Leslie.

Leslie os leva até a sala e apresenta sua mãe.

- Michael e Amélia. - Ela diz, cumprimentando os dois. - Eles querem ter uma conversa particular com a senhora, e eu peço que você responda a tudo.

A mãe de Leslie parece ficar um pouco tensa, mas aceita. Eles vão até os fundos da casa, onde há um belo jardim.

- Sabemos sobre Agatha, Ruan e Robert. - Michael diz.

- Calma, deixa eu explicar melhor. - Amélia diz. - Estamos investigando o assassino que matou sua filha e, provavelmente, pessoas que eu conheci.

- Tudo bem... Eu ajudo.

Michael fica surpreso ao ver que ela nem nega, talvez por medo, já que sabemos de Ruan e Agatha.

- Comece.

- Sabe... Não estou com meu marido por amor, e sim por medo. Medo de que ele me machuque e machuque minhas filhas... - Ela faz uma pausa. - Ou, pelo menos, a única que sobrou.

Michael e Amélia prestam bastante atenção na história, anotando tópicos importantes.

- Quando me casei com Robert, foi por influência dos meus pais. - Ela respira fundo antes de continuar. - Quem eu realmente amava era Ruan.

Ela leva a mão ao colar e aperta um pingente.

- Robert me obrigou a ter duas filhas nos primeiros três anos juntos. Uma vez tivemos uma briga e nos separamos temporariamente. Nesse período, me encontrei às escondidas com Ruan. Quando meus pais me obrigaram a voltar com Robert, descobri que estava grávida de Leslie.

- Leslie, filha de Ruan.

- Sim.

- Quando Agatha, minha primeira filha, fez 15 anos, Robert a obrigou a casar com um cara influente. Não havia muitas regras contra isso antigamente. - Uma lágrima escorre por seu rosto. - Ele era extremamente abusivo. Via Agatha chorando e com hematomas várias vezes, mas quando eu ia reclamar, Robert me agredia. O cara levou Agatha para longe de nós, e, algum tempo depois, recebemos a notícia de que ela havia se suicidado. - Ela começa a chorar ao recordar.

Os três ficam em silêncio por um tempo, até ela voltar a falar.

- Depois da morte dela, Barbara começou a usar drogas, fumar, beber e sair por aí. O ápice foi quando Robert disse que, quando ela fizesse 18 anos, teria que casar, mas Barbara era apaixonada por sua melhor amiga, uma garota.

- Julie... - Amélia sussurra para si mesma.

- Quando Robert descobriu, ele surtou. As duas planejaram fugir na noite em que Barbara foi morta. - Ela seca as lágrimas. - Suspeito que...

- Robert tenha a matado... - Michael completa.

- Ele queria fazer Leslie casar, mas Leslie não tem o sangue dele. Ele anda tentando bater em Leslie, mas eu entro no meio e quem sofre sou eu. Não quero perder mais uma filha.

- Vamos te ajudar, Marley.

Amélia se aproxima e abraça Marley.

- Algumas vezes... Alguns caras vêm aqui atrás de Robert. Ele provavelmente está envolvido com alguma gangue. Tem um traficante famoso há alguns quarteirões.

Conversam mais um pouco e anotam o lugar que Marley mencionou. Depois, se despedem e saem.

- Então Julie e Barbara se gostavam... - Amélia diz.

- Essa história está cada vez mais profunda.

- Será esse o motivo da família ser tão influente? Esse cara deveria ser preso! Que idiota ameaça as filhas e a própria mulher? Ele bate nelas, não podemos deixar isso acontecer. - Michael diz, extremamente irritado.

- Teremos que voltar do início, interrogar Julie e Adam ao mesmo tempo. - Digo e suspiro. - Depois, o diretor.

Aquilo fica martelando na cabeça de Amélia e também na de Logan, pois Amélia acaba contando.

- Vocês podem contar comigo, Lia. - Ele abraça Amélia, que retribui com um sorriso.

Aquilo estava apenas começando...

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