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Capítulo 3. Amigos

   Um garoto um tanto contraído, com uma franja enorme cobrindo metade do seu rosto, roupas neutras, e uma expressão séria em seu rosto. Este era o nosso alvo, não, ele era apenas um estudante como nós e um garoto amaldiçoado em potencial.

— Então, temos que ir lá e mostrar essa coisa pra ele? — Levantei uma gaiola enferrujada com um pequeno monstro com asas, o senhor no lugar do motorista, apenas afirmou.

— Mostrem isso, se ele reagir bem, conversem com ele. Caso ele reaja mal, então fujam e não fiquem tempo o suficiente para se machucar.

— Entendido. — Itadori disse e saiu pela porta, saí logo atrás dele, quase caindo de cara no chão.

— Yuji espera!

— Não esqueçam! Tomem cuidado! — O senhor disse antes de fechar a porta do carro atrás de nós, e sair.

— Então, prefere soltar agora ou depois? Tem certeza que essa coisa vai seguir ele? Yuji! — Chamei sua atenção, ele parou e virou-se para mim.

— Bora tentar.

— O-o que? — Abracei a gaiola, Itadori abriu a portinha deixando a criatura escapar, ele voou e disparou na direção do garoto. — Devia ir tão rápido? Yuji, e-eu acho que vai machucar aquele garoto.

— Você está certa. O que faremos?

— Para de ser bobo, corre atrás dele! Rápido! — O empurrei, Itadori disparou na direção do garoto e pulou em cima dele, fazendo os dois cair. — Do monstro! Droga Yuji!

Corri na direção da criatura, pulei por cima dos dois e consegui pegá-la. Me virei para eles, Yuji ajudou o garoto a se levantar.

— Aí, me desculpa por isso. Não saiu exatamente como eu esperava. — Itadori disse, o garoto ao seu lado bateu na roupa tentando tirar a sujeira.

— Quem são vocês? — Ele perguntou, Yuji sorriu.

— Eu sou Yuji Itadori, e essa é minha amiga Akiko. Estamos aqui para... é...

— Garoto. Qual é o seu nome? — Perguntei, ele apontou para si, afirmei.

— E-eu me chamo Junpei Yoshino.

— Certo. Consegue ver essa coisa? — Fui direta, levantei o monstro em minhas mãos, ele afirmou.

— Pra ser sincero, comecei a vê-los faz pouco tempo.

— É mesmo? — Itadori disse, Junpei afirmou, franzi o cenho.

— Por que isso? — Perguntei, havia um tom de inveja, significa que ele podia não ter passado pelo que passei por todos esses anos, assim como todos os outros estudantes de Jujutsu. Naquele momento, minhas esperanças foram pisoteadas, ninguém nunca havia passado pelo que passei. Eu estava, novamente, sozinha.

— E-eu não sei.

— Não sabe? Como não sabe? — Dei um passo à frente, o intimidando, Itadori percebeu.

— Akiko, não precisa encher ele de perguntas assim. Ele ta de boa, olha só. — Itadori apontou, recuei. — Escuta Junpei, nós somos de uma escola onde existem outros que veem maldições igualzinho você. Eu quero te levar lá, assim, pode conhecer meus amigos e até se tornar um deles.

— Você quer me levar pra sua escola? Mas você nem me conhece...

— Idaí? Eu também não conhecia meus amigos.

O fato de Itadori estar fazendo as coisas do seu jeito me irritava, ele sabia muito bem se virar sozinho, não me vi na necessidade de continuar ali. Dei as costas, ele me chamou.

— Akiko! Aonde vai?

— Levar essa coisa de volta. Não quero incomodar vocês.

— Para com isso, você não ta incomodando. — Ele disse, olhei para Junpei, o garoto encolheu os ombros. 

Ele te irrita não é? Eu gostei. — Aoi disse, por um segundo, esqueci que ela existia. Cocei a garganta.

— Junpei! Filho! — Sua mãe surgiu logo atrás de mim, ela sorriu de orelha a orelha. — São seus amigos? Olá!

— Mãe! Eu não falei para parar de fumar? Pelo amor de deus! — Junpei a repreendeu, ela notou o cigarro em uma das mãos e o jogou fora.

— Tem razão, eu falei que não ia mais fumar na sua frente. Me desculpe. — Ela disse, parecia gentil demais para o filho esquisito que tinha. — Mas é um prazer conhecer os amigos do meu filho!

— Olá senhora! — Itadori a cumprimentou com a cabeça, me virei e fiz o mesmo de forma rápida e direta. Ela não notou a criatura em meus braços, era como todas as pessoas normais. — Bela cebolinha verde.

— Você notou?! Escolhi as melhores!

Por que ele é tão sociável?! — Resmunguei para mim mesma, envergonhada por ele, senti um rubor em meu rosto.

— Estão com fome? Adoraria fazer algo para os amigos do meu filho!

— O que?! Eu acabei de conhecê-los! — Junpei quase caiu para trás, sua mãe sorriu, não parecia convencida.

— Não. — Fui direta, Itadori ficou ao meu lado e a cumprimentou com a cabeça novamente.

— Não precisa senhora, obrigado pelo convite. — Ele disse, ouvi seu estômago roncar tão alto que parecia o motor de um carro.

— Você mente muito mal. — Resmunguei ao seu lado, Itadori sorriu e coçou a nuca.

— É, parece que seu estômago diz o contrário. — A mãe de Junpei sorriu e apontou.

Acabamos ligando para o senhor buscar o monstro, terminamos o dia indo até a casa dos Yoshino jantar. Itadori era tão sociável, que a cada duas palavras, fazia a mãe de Junpei gargalhar.

— O que gosta de comer Akiko? Arroz? Legumes salteados?

— Sashimi.

— Entendi! Eu também gosto muito de sashimi! Principalmente salmão. — Ela dizia continuando o diálogo praticamente sozinha, Itadori notou meu silêncio.

— Sashimi é bom demais, mas sabe o que é melhor? Uma boa cerveja. — Ele disse tirando outra gargalhada da mãe de Junpei.

— Você nem deve ter idade para beber, como pode dizer uma coisa dessas? — Ela dizia cortando as fatias de peixe.

— O meu avô costumava me dizer isso. — Itadori respondeu, suspirei entediada, olhei em volta.

— Senhora Yoshino. — Chamei sua atenção, todos pararam e olharam para mim. — Onde fica o banheiro?

— Bem ali querida, no fim do corredor. — Apontou, me levantei e saí. — Ela é sempre tão séria?

— É o que eu digo. Mas sabe o que é? Ela fica nervosa. — Itadori dizia tirando mais risadas da mãe de Junpei. Fui até o banheiro e lavei as mãos, parei em frente ao espelho.

— Ele só pode estar brincando. — Resmunguei novamente, ouvi mais risadas vindo da sala. Lembrei-me de quando Junpei disse que havia começado a ver as maldições há pouco tempo, senti inveja novamente. Lembrei-me da minha infância, daquelas coisas, mesmo quando nova.

Suspirei, deixei o banheiro, segui o corredor até para em frente à um quarto, parecia ser o quarto de Junpei. Haviam alguns pôsteres, fitas de filmes, uma televisão num canto, uma escrivaninha, uma cama bagunçada. Parecia como um quarto de adolescente normal, até notar alguns desenhos, rabiscos de rostos, pareciam ser de pessoas normais.

— O que está fazendo? — Junpei surgiu na porta, apontei para a pilha de filmes.

— Você gosta? — Perguntei, ele se aproximou e afirmou.

— E você?

— Quando era criança, assistia filmes de terror para ter menos medo deles. — Expliquei, Junpei continuou me encarando. — Para me acostumar com os rostos e formas anormais.

— As vezes, as pessoas são mais anormais que os próprios monstros. — Ele foi até a mesa e escondeu um dos desenhos em seu bolso, notei sua irritação ao falar.

— Tem razão. — Afirmei, ele me encarou com uma expressão de surpresa e estranhamento. — Mas nem todos.

— Mas sempre um deles. — Insistiu, novamente com uma expressão de irritação. — As pessoas não merecem a vida que tem, são sempre egoístas e querem sempre mais.

Cruzei os braços e me encostei na batente da porta, as risadas da mãe de Junpei ficava mais alta a cada segundo.

Eu sei o que você quer garoto. — Aoi disse, Junpei olhou para mim levemente desconfortável.

— O-o que você disse?

— Nada. Você ouviu alguma coisa? — Perguntei como se nada tivesse acontecido, ele coçou atrás da cabeça. Pela primeira vez Aoi colaborou comigo, e ajudou a tentar desmascarar Junpei Yoshino.

— Vocês estão aí. Estão conversando sobre o que? — Itadori surgiu ao meu lado, cocei a garganta. — Você tem vários filmes aí, que maneiro, quer assistir um?

Passei por ele e saí do quarto, Junpei me seguiu com os olhos, Itadori virou-se para mim.

— Akiko! Não quer assistir algo com a gente?

— Filmes me deixam mal. — Continuei andando até a porta, a mãe de Junpei me viu passar.

— Akiko espera! — Ela disse e correu para me alcançar, ela me entregou uma sacola.

— O que é isso?

— Comida. Sobrou do jantar, preparei duas marmitas. Pode comer ou levar para os seus pais. — Ela disse, hesitei. — Obrigada por serem amigos do meu filho, para falar a verdade, eu não sabia que ele tinha amigos, ele nunca me apresentou nenhum.

— Entendi.

— Então a gente se vê, se cuida viu! — Ela disse e segurou a porta para mim, continuei andando.

Continuei pensando na ideia de Junpei não ter amigos de verdade, talvez se parecia mais comigo do que o normal. "Eu não sabia que ele tinha amigos." A frase que sua mãe dissera, continuava se repetindo na minha cabeça.

Então, éramos os únicos "amigos" daquele garoto?

Por isso Itadori se deu ao trabalho de ir até sua casa?

Mas, não estávamos nem perto de ser amigos.

Olhei para a marmita na sacola e pela primeira vez pensei em meus pais, pensei em realmente levar a comida e visitá-los. Ver como estão, ver se sentem minha falta. Fui até o metrô pensando na ideia, haviam poucas pessoas naquele horário, e já era tarde. Apesar da ausência humana, haviam maldições, aquela mesma entidade que me seguia para todos os lados estava lá no mesmo metrô, de pé, segurando o cordão com um dos braços longos e enrrugados.

Me levantei e fiquei ao seu lado na porta. Suspirei, e escondi as mãos em meus bolsos, mesmo segurando as alças da sacola plástica. O metrô seguia em seu ritmo normal, até finalmente parar. As portas se abriram bem na minha frente, desci, junto de algumas poucas pessoas que se dispersaram no caminho. Subi as escadas e saí da estação de metrô, já era tarde, e uma brisa fria soprava em minha nuca. Podia sentir algumas gotas finas de chuva caindo em meus cabelos, quase formando uma camada acinzentada por cima do meu couro cabeludo.

Quando cheguei em frente ao portão de casa, levantei a mão até a campainha, um raio cortou o céu e a chuva começou a engrossar. Baixei a mão, consegui ver pela janela, os meus pais jantando juntos pela primeira vez. Eles trocavam risadas enquanto conversavam sobre algo engraçado. Sem mim, era mais fácil vê-los sorrir, sem preocupações, sem culpa. Meus ombros cederam, e minhas mãos baixaram, quase soltando as marmitas com comida ali mesmo no chão. Me virei, encontrando-me com aquele mesmo monstro, ele estava me seguindo e agora não restavam dúvidas.

— Deve ser solitário. — Sussurrei, dei alguns passos até ficar na sua frente. — O que será, que te faz ser sozinho assim? A aparência?

Ele ergueu seu braço enrugado na minha direção, o segurei, e baixei. Sua energia era melancólica, no momento em que o toquei senti mais de mim do que dele mesmo. Segurei um de seus dedos esqueléticos, ele baixou os ombros.

— Vamos comer. Eu to cheia de fome. — O puxei logo atrás de mim, como um bichinho. — Gostei de você, vamos ser amigos.

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