006
˖࣪ ❛ CAROL FAWNS
— O6 —
No ano: 1841
ESTA JOVEM nunca teve medo da morte, apenas do que aconteceu depois da morte. A sensação desconhecida fez com que sua pele ficasse arrepiada.
Ela só poderia desejar que sua mente viajasse para um lugar de paraíso eterno. Sem medo, sem ansiedade, só ela e paz.
Silêncio.
Ou é um toque?
Fluxos de água?
Jalan estava ouvindo muito... Tudo... Demais de tudo.
Como isso é possível?
Ela está sobrecarregada. Seu corpo estava tenso, sua garganta estava seca e a confusão percorria seus pensamentos.
Seus olhos se abrem e ela imediatamente vê um telhado de madeira, por incrível que pareça, ela podia ver cada escultura específica.
Cada detalhe.
— Você está acordada. Finalmente. — um sotaque inglês monótono enche os ouvidos de Jalan. — Eu estava começando a acreditar que meu veneno não te salvou a tempo.
O corpo de Jalan se levanta rapidamente da cama, seus olhos estavam arregalados em confusão e um leve medo. O que é isso?
Ela disse Veneno? Seu veneno?
— Isso é algum tipo de vida após a morte? — Jalan olhou ao redor do quarto, nada estava decorado, apenas uma cama simples e uma gaveta.
A loira ri: — Você é engraçada. — ela inclina a cabeça.
Ela lentamente se senta ao lado de Jalan no colchão. A adolescente finalmente percebeu seus olhos vermelhos, ela nunca tinha visto olhos daquela cor antes.
Jalan pula da cama, recuando para um canto. — Você me roubou dele? — sua mente remontava ao Sr. Lee.
— Se você está falando de Ralph Hen Lee. Proprietário de plantação e escravo, além de pai de três filhos. Então sim, mas eu não roubei você, eu salvei você. — ela responde claramente.
— Por que você faria isso? — Jalan cuspiu. Ela se surpreendeu com o quão chateada seu tom estava.
Carol inclina a cabeça para a garota, ainda observando seus movimentos. — Interessante. Normalmente, uma pessoa ficaria emocionada. Acho que você não sente sentido em sua própria vida.
Jalan sentiu seu peito subir. — Quem é você?
— Meu nome é Carol Fawns e sou uma vampira de duzentos anos. — ela se apresenta.
— Senhorita, acho que você pode ter bebido algo ruim. — Jalan sente seu corpo ficar ainda mais tenso.
— Se eu fosse humana, talvez, mas não sou. — Carol sorri. — Sou uma vampira e você também.
Jalan não responde, olhando ao redor da sala. Ela então vê a porta e foi rápida em seguir seu caminho, mas Carol acelera na frente dela.
Jalan engasga enquanto ela se afasta. — Como você fez isso?
— Isso se chama velocidade de vampiro. — Carol a apoia na cama até que ela seja forçada a se sentar novamente. — Você também fica mais forte. Seus sentidos estão aguçados.
Jalan balança a cabeça, ainda incrédula.
— Ouça. — Carol sussurra: — Você consegue ouvir o riacho ou o chilrear dos pássaros nas árvores?
Jalan sentiu-se mentalmente enlouquecida quando ouviu essas coisas. Coisas que ela não deveria ser capaz de ouvir. — Eu ouço tudo de uma vez.
— Não será assim para sempre. — Carol informa: — Leva cerca de um ano para dominar, dependendo de quão rápido você aprende.
— Eu não entendo - eu estava morta.
— Você não estava morto, mas devo dizer que estava perigosamente perto disso. — Carol suspira: — Você estava amarrada na árvore, Ralph bateu em você e deixou você morrer.
— Sim, eu sei. — a mão de Jalan inconscientemente desliza para suas costas, esperando sentir cortes profundos onde ela foi chicoteada, mas em vez disso ela sentiu as costas lisas. — Minhas feridas... Elas sumiram.
Carol cantarola: — Eles eram bem horríveis, nunca vi nada parecido. Felizmente, o vampirismo aperfeiçoa o corpo.
— Vampiros existem, isso é... Não. Não. — Jalan balança a cabeça.
Carol bufa de frustração. — Você viu minha velocidade encantada, sua própria audição e visão aprimoradas, bem como o ataque horrível que foi feito a você. No entanto, você ainda questiona minhas palavras?
— Vampiros. Eles... Dormem em caixões - eles...
Carol não pôde deixar de se encolher: — Meu Deus, todo mundo sempre acredita nas coisas que ouve? Nada disso é verdade?
— Então o que é? — Jalan questiona: — Você me transformou em... Um monstro.
Ela começa a falar levemente rápido: — Primeiro, você não é um monstro. Dois, vampiros não dormem, ponto final. Não respiramos, não choramos, bebemos sangue, somos imortais. Se conseguirmos nosso cabeça arrancada, é uma chance de ainda podermos viver, a menos que ela pegue fogo.
Jalan pisca.
— Espero que você tenha entendido tudo isso porque não estou repetindo. — Carol falou com os dentes cerrados enquanto saía do quarto.
— Espere. — Jalan corre atrás.
★
Como alguém deve agir ao ouvir que é um vampiro? Algo sobre o qual você ouviu histórias, mas nunca levou a sério, sendo puxado para um mundo completamente pego de surpresa.
Jalan Madden estava pronta para morrer. Enquanto estava amarrada àquela árvore, ela estava pronta para o fim de sua vida. Ela pensou que não tinha outra escolha.
Mas aqui estava ela, caminhando pelos céus nublados da floresta de Nova Orleans. Um capuz fino sobre a cabeça enquanto falava com Carol Fawns, seguindo-a pelo caminho de terra.
Carol explicou sua transição e assim que começou a falar sobre isso, a memória atingiu Jalan como uma tonelada de tijolos. A sensação de queimação em suas veias, a agonia de seus gritos ao sentir cada célula de seu corpo ser destruída.
O pensamento era assustador.
— E essas habilidades de que você está falando? Todo mundo tem uma? — Jalan franze a testa.
Ela tenta ignorar a queimação em sua garganta.
— Não. — Carol balança a cabeça: — Apenas alguns têm poderes. Sua melhor característica como humano pode se tornar sua habilidade como vampiro.
Jalan se perguntou se ela teria um poder, mas seus pensamentos voltaram para Carol: — Qual é o seu poder?
Carol sorri. — Inteligência aprimorada.
— Isso é legal. — Jalan sorri, seu lado naturalmente brincalhão retornando um pouco.
— Não para alguns. — Carol mordeu o lábio inferior.
Jalan percebe que sua pele era naturalmente pálida, uma figura magra e alta de cerca de 1,70m, igual a Jalan. Ela usava um casaco marrom e também um chapéu de sol marrom.
— Algumas pessoas pensam que estou com frio só porque penso mais com a cabeça do que com o coração. — Carol encolhe os ombros: — Eles chamam isso de cruel, eu chamo de inteligente. Isso me poupa problemas.
— Você sabe que isso não é completamente verdade. — Jalan murmura.
Carol olha para ela. — O que?
— Você me salvou. — Jalan a informa: — Se você estivesse pensando com a cabeça, saberia que não fazia sentido me salvar. Certo?
O rosto de Jalan se contrai e sua garganta dói ainda mais.
Carol percebe: — Você precisa se alimentar.
Jalan para e Carol para também. — Não estou matando pessoas inocentes, Carol.
Carol então ri, confundindo Jalan. — Nada disso é engraçado. — ela mantém uma cara séria.
— É por isso que tenho um código? — o nariz de Carol enrugou-se.
Jalan sentiu suas sobrancelhas se unirem. — Que código?
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