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˖࣪ ❛ UM DIA COM JALAN MADDEN
— O1 —
No ano: 1841
JALAN MADDEN está vendo estrelas.
Literalmente por causa do fato de seu dono musculoso ter lhe dado um tapa forte no rosto.
Ralf Lee. (Sr. Lee como outros o conheciam). Devia ser um dos homens mais ricos do estado da Louisiana, graças à propriedade de uma plantação. Em segredo, ele provavelmente também foi um dos mais tristes, após a perda da esposa e a necessidade de ajuda, ele se perdeu.
Ele ficou com raiva e amargo.
Jalan aprendeu a ficar fora do radar ao lidar com o Sr. Lee. O homem a fazia sentir como se estivesse constantemente pisando em ovos.
Jalan era uma jovem doce, ela não tinha outra escolha senão cuidar da casa para a qual foi designada.
Ela cuidava de cozinhar, lavar e limpar, além de cuidar das duas filhas mais novas do Sr. Lee. Ele também tinha um filho mais velho, Adam, mas ela não conseguia lidar com ele tão bem quanto o Sr. Lee.
Depois do abuso que o rosto de Jalan sofreu, ela se viu no quarto da menina mais nova. — Você está bagunçando minha trança! — Mabel Lee, a menina mais velha, bateu na mão da irmã, fazendo-a gritar.
— Ei. — Jalan se vira, com as sobrancelhas levantadas. — O que eu te contei sobre bater na sua irmã, Bell?
Mabel cruza os braços na cama, formando um ponto em seus lábios. — Ela começou.
— Não foi. — Imogen acaricia o ponto dolorido em sua mão, com os olhos lacrimejantes. Ela então puxa o cabelo da irmã.
A menina de dez anos sibila, pronta para atacar sua irmã apenas para Jalan colocar as mãos na frente de ambas. — É o bastante. — Jalan tenta não rir de seu comportamento bobo. — Continuem assim, e então vou direto para a cama, sem mais pentear meu cabelo, entendeu?
Imogen suspira. — Estúpida. — ela insulta a irmã.
— Imogen. — Jalan olha severamente em sua direção.
Mabel sorri.
A porta se abre, batendo nas paredes de madeira da casa. Ralph Lee entra cambaleando, os olhos baixos e em fendas.
Isso fez com que todas as três mulheres na sala se sentissem desconfortáveis.
— Vocês deveriam dormir. — ele balbuciou, um sorriso arrogante nos lábios. — Vá dormir.
Ele aponta o dedo para Jalan. — Você fora. — ele resmunga.
Jalan se levanta, enviando às duas meninas um sorriso gentil. Ela coloca as duas na cama. — Bons sonhos e uma noite tranquila, meninas. — ela aperta levemente seus narizes, fazendo-as rir.
Jalan mascarou seus nervos o melhor que pôde enquanto passava lentamente pelo Sr. Lee para sair pela porta. Ela tenta chegar rapidamente ao quarto de hóspedes que o Sr. Lee teve a gentileza de ceder a ela, mas foi interrompido pelo som de suas palavras arrastadas.
— Venha aqui. — ele lentamente cambaleou em direção a ela, quase caindo no processo.
Jalan corre para pegá-lo antes que ele caia, — Sr. Lee... — ela se encolheu quando sentiu o cheiro de álcool em seu hálito. — Senhor, você está bêbado. Que tal levá-lo a...
O Sr. Lee empurrou-a contra a parede, seu corpo pressionando contra o dela, agora trêmulo. — Você se parece com ela. — ele empurra uma mecha do cabelo de Jalan atrás da orelha dela.
Jalan não teve coragem de olhá-lo nos olhos, ela odiava quando ele fazia isso e ficava bêbado. Ele ficou sensível - muito sensível.
Jalan tinha dezesseis anos quando ela foi tocada por ele pela primeira vez. Ela era jovem e não tinha noção do conhecimento do sexo. Ela não sabia que era para ser uma coisa consensual entre duas pessoas.
Ela não estava ciente de que o que estava acontecendo com ela estava errado.
— Lee... — ela empurra seu peito forte, seus olhos turvos de lágrimas. — Não.
— Você até tem o tipo de corpo dela. — ele soltou uma risada arrepiante antes de pressionar os lábios contra o pescoço dela. Suas mãos se movem contra sua camisola, aproximando-se da parte inferior de seu corpo.
Jalan empurra com mais força, lutando contra ele. — Eu disse não. — ela empurra.
A mão de Ralph passa pelo pescoço dela, apertando-a. Os olhos de Jalan se arregalam e quase saltam das órbitas. Ela engasga com as palavras.
— Você trabalha para mim. Você faz o que eu digo, você me entende? — seus olhos se enchem de irritação por causa da recusa dela.
Jalan fecha os olhos. Deixando suas lágrimas caírem enquanto ela para de lutar. — Eu entendo.
★
Ela sonha para manter sua sanidade viva.
Sua realidade era um pesadelo, um barulho que só ficava mais alto. Como choque de aço, corações choramingando ao ver um dia frio de inverno.
Jalan escrevia para sua mãe uma vez por semana, esperando que ela respondesse. Foi apenas a esperança dela que a faz continuar, a faz acreditar.
Ela acordou na manhã seguinte com hematomas no pescoço e uma tensão intensa aumentava cada vez que ela abria a boca para falar.
— Bem, olhe quem se junta a nós. — uma voz astuta resmunga no campo de algodão quando Jalan finalmente aparece.
Uma mulher um pouco mais velha, com trinta e poucos anos. Pat como a maioria das pessoas a conhecia.
— Prazer em ver você também, Pat. — Jalan responde gentilmente, como fazia todas as manhãs. Ela ignora a dor na garganta.
Outras mulheres em campo também a olham, nem todas da melhor maneira. Elas estavam com raiva de Jalan, como sempre. — Mestre sempre deixa você de bom humor, hein? — ela zomba.
Algumas das outras mulheres riram do comentário de Pat, mas Jalan não achou graça em nenhuma situação.
Estava claro para todos os escravos da plantação que Ralph tratava Jalan de maneira diferente. Os outros escravos ficaram em cabanas, e Jalan ficou na casa grande, como eles a chamavam.
Todos afirmam que sua beleza é a única razão de seu tratamento especial e talvez estivessem certos.
— Não há motivo para risadas. — Adam Lee, o filho mais velho de Ralphs, fala com a mulher no campo enquanto se ajusta no cavalo em que estava sentado.
Jalan desvia os olhos de Adam e da mulher à sua frente.
Celia Pine, da mesma idade de Jalan. Ela era uma das escravas mais novas, ainda entendendo as dificuldades do trabalho na plantação.
Jalan acreditava que ela tinha a pele mais rica. Sempre brilhando ao sol, chamando a atenção de Jalan como se fosse ouro brilhante.
Celia e Jalan compartilharam um sorriso suave, sem perceber os problemas que logo as seguiriam.
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