one
Louis não conseguia correr mais. As suas pernas doíam-lhe, a sua cabeça latejava. Respiração ofegante, o seu peito subia e descia sem parar. Iria morrer. De novo.
Em segundos, os seus olhos azuis foram abertos repentinamente, levantando o seu corpo sob a cama, ficando na posição vertical, sentado.
Encarou pensativo, por alguns segundos, o seu chinelo que estava no chão.
— Outra vez este sonho? - balbuciou enquanto esfregava os seus olhos, atordoado.
Esta não era a primeira vez que isto acontecia. Há várias noites seguidas que, no fim desse mesmo pesadelo, um homem alto, cacheado, com expressão fechada, lhe apontava uma arma, naquele universo encarnado, disparando-a.
O fim... Era sempre a morte.
O homem de vinte e cinco anos, levantou-se, acabando por decidir preparar-se para o trabalho.
Chegando ao seu escritório, com dois copos de cappuccino na mão, deu bom-dia para todos com o qual se cruzou.
- Liam! - o mais velho exclamou, dirigindo-se ao seu colega, que pendurava o seu casaco num cabide. - Trouxe o cappuccino.
- Obrigado, Louis. - o mesmo sorriu, dirigindo-se à sua mesa, ligando o computador de trabalho.
Depois de quase uma hora a preencher tabelas de excel e documentos sobre gestão de uma empresa, Tomlinson decide contar o que lhe havia atormentado naquela madrugada fria.
- Hoje voltei a ter aquele sonho macabro. - o moreno levantou os olhos do ecrã, encontrando um par de olhos azuis.
- Uau, tens a certeza? - surpreendido, questionou. - É a terceira vez esta semana...
- Sim, Liam! Eu sei que pode parecer estranho, mas é verdade. - entre uma pequena risada, o mais baixo acrescentou: - Acho que me vou internar no manicómio!
Liam riu-se também, acenando com a cabeça, mas sem responder com palavras.
Novamente, depois de o moreno pensar melhor, retomou ao mesmo assunto.
- Conheces o homem?
- Hã? Qual homem? - concentrado no seu trabalho, Louis observou o outro, confuso.
- Do sonho.
- Ah, não. Não conheço... - trocaram somente um olhar, até alguém bater à porta.
Um homem alto, de cabelo curto e um pouco ondulado, entrou com alguns papéis na mão, juntamente com um portefólio.
- Bom dia. - o mesmo diz. Ao vê-lo, Tomlinson observou-o desconfiado. - O meu nome é Harry Styles.
- Bom dia. - respondeu. - Eu te conheço?
- Não, eu acho que não. - o mais novo olhou-o confuso. - Porquê?
- Nada...
- Eu trabalhava como analista financeiro nesta empresa, mas no escritório de New York. Porém mudei-me para Londres e permaneci no mesmo cargo. - sorriu e Louis pôde notar covinhas nas suas bochechas. Ele tinha o pressentimento que já se havia cruzado com aquele sujeito.
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