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O Tapa

- Ela já é minha. – Bernard disse em um tom baixo e colérico.

- Bernard, Bernard... Você está sempre querendo as joias mais raras. Pensa que não percebi a anomalia que ela é? Não senti a presença dela. – O forte sotaque de Afanasi lembrava-me os filmes de Drácula.

O vampiro romeno não ficara nem um pouco impressionado com a atitude de Bernard, algo dizia-me que essa situação já havia se repetido diversas vezes. Isso explicava a calma de Afanasi, somente alguém que conhecesse Bernard muito bem, não se sentiria ofendido ou com medo. Como eu não era essa pessoa, o medo tomou conta de mim. Talvez fosse meu instinto de auto preservação falando em alto e bom som.

- Afanasi, ela não é para você. – Bernard continuou ameaçador.

O silêncio se prolongou entre os dois. Após alguns momentos, lentamente um sorriso petulante surgia no rosto de Afanasi.

- Mas, você não entendeu ainda? Eu a quero. – Ele disse desafiador para Bernard.

- Não é uma brincadeira. – Bernard deu um passo na direção de Afanasi em um ato de tenta-lo intimidar.

- E porque não? Fizemos isso tantas e tantas vezes. – Afanasi continuava sorrindo, mas seu tom era quase acusatório. – Vamos dividi-la.

Algo mudou em Bernard, ele estava prestes a perder o pouco de controle que lhe restava, mas então do nada seu semblante mudou para exaustão.

- Ok Afanasi, você está certo. Com tanto... gado por aí, não faz o mínimo sentido brigar por causa de uma humana. Ela é sua, um presente pela nossa longa amizade.

Eu não podia acreditar naquelas palavras que saiam da boca de Bernard. Ele estava tranquilo e dando de ombros. Mas que diabos ele está fazendo?!

Afanasi já estava a centímetros de mim, seus olhos brilhavam, brilho doentio.

-NÃO! – Bernard gritou, então rapidamente falou calmamente. – Quero dizer, ainda não. Se à quer, espere até que os outros estejam dormindo e ela será totalmente sua, ou você quer dividi-la com seus súditos?

Afanasi fez uma careta.

- Com meus súditos? Nunca. – Ele disse enojado.

- Então mantenha as aparências tranquilamente, como se nada tivesse acontecido. Vá, antes que notem seu sumiço. – Bernard disse nervosamente, quase o enxotando dali.

Afanasi se distanciava quando parou abruptamente e virou-se ficando cara a cara com Bernard.

- Mais uma coisa, se você estiver me enganando Bernard, não hesitarei em puni-lo. – E então Afanasi se foi.

Eu olhava perplexa para Bernard, ele realmente havia dado minha vida à um vampiro?

Bernard se aproximava de mim, a expressão aliviada. Eu afastei-me, meus olhos ardendo, minha raiva sobrepondo toda a razão.

- O que foi? – Ele perguntou surpreso.

- Você ainda pergunta?! Como pode? Você realmente acha que sou gado?! – Explodi gritando.

- Shhh! Calma Elli, não grite... Você não está entendendo...

- Calma? Você está me pedindo calma? Vou morrer mesmo! Eu te entendo muito bem Bernard! Não bastou me aprisionar? Não bastou estacar Casper? Não bastou me fazer sofrer? Não, não bastou para você, o impiedoso Bernard Lazarus, não sossegará até tirar minha vida, até me dar a um inescrupuloso! – Meu tom sarcástico o machucava, eu podia ver, e eu queria machuca-lo, tirar sangue dele. Minhas lágrimas transbordavam como fios de água que caiam de minhas bochechas.

- Elli, me escute, deixe-me explicar. – Ele disse sério.

Eu o ignorei e continuei falando.

- Estou decepcionada com você. Acreditei que você poderia ter mudado... Mas enganei-me, você sempre será assim, um parasita, dependendo dos outros para viver, um parasita pior que os Romenos. E isso é fato, não é só por causa disso que você é pior, a matança lá em baixo, o que você fez com aquela garota, é a prova do monstro que você realmente é. Ela andará nas trevas eternamente, matando, vendo quem ela ama morrer.

Conforme eu falava, a expressão de Bernard mudava. Seus olhos refletiam uma mágoa profunda e em uma fração de segundos ele deixou seu rosto insondável.

- Eu disse para ficar no quarto. – Seu tom era impaciente e irritado, seus olhos estavam vermelhos.

- Ouvi berros de morte. Achou que eu ia fazer o que? Olhar para as paredes enquanto vocês ficavam brincando de Deus?! – Alterei-me novamente gesticulando com as mãos movimentos exagerados. – Mas sou uma imbecil por ter acreditado nas tuas palavras, eu sabia que você era nojento... Só que agora, é pior, tenho vontade de vomitar quando te olho. Casper é mil vezes melhor que você... – Mal terminei o que falei e Bernard já estava bem na minha frente, furioso, fora de si e então minha cabeça virou com força para o lado, e logo depois senti a ardência em meu rosto.

Minhas palavras duras o atingiram, cada músculo dele estava rígido, seus olhos eram breu agora, sem vestígio do vermelho anterior.

Coloquei minhas mãos em cima da bochecha atingida. Meus olhos arregalados o encaravam.

Ele arfava e agora também me vislumbrava chocado, seus olhos voltaram ao verde, mostrando que seu auto controle assumira novamente.

- Elli... – Meu nome era um sussurro em seus lábios.

Então finalmente achei minha voz.

- Nunca mais encoste em mim. – A fúria me engolia. Dei as costas para ele e saí correndo de volta ao meu quarto, mas ainda pude ouvir a voz dele.

- Não sabe o que estou prestes a fazer por você.

Bati a porta do quarto com força e a tranquei, atirei me na cama, chorei, chorei e chorei, até adormecer.

Acordei confusa e olhei para o relógio, 05:00 da manhã, faltava uma hora para amanhecer.

Não sabia quanto tempo de vida ainda teria, talvez minutos, horas? Não podia acreditar que Bernard era um legítimo filho da puta. Como ele pode me dar um tapa?

Eu queria tanto ter Casper ao meu lado, primeiro para quebrar a cara de Bernard e em segundo para dizer a ele que o amo e que foi ele quem me deu forças, me deu coragem para prosseguir... Isso quer dizer que falhei... Quando surgirá outra escolhida? A profecia...

Mas o que estou pensando? Não irei dar minha vida de mão beijada, não sem uma luta, vou lutar até o fim. Acho que agora seria um bom momento para botar em ação aquele meu plano de fuga.

Levantei da cama, fui até o banheiro e lavei meu rosto, fiz um rabo de cavalo. Sai da suíte, caminhei até o closet, coloquei o short e a regata que Bernard me dera, num canto do closet estava o All Star e igualmente o pôs. Encontrei um sobretudo cinza e o vesti.

Andava de um lado para o outro tentando imaginar um plano, qualquer um. Observei ao redor do quarto e meu olhar parou na janela. Não de novo não, da última vez isso não deu certo. Mas da última vez eu estava fora de mim. Corri para a janela, afastei as cortinas, abri o vidro e sim era extremamente alto. O vento soprava com força no meu rosto, meu rabo de cavalo ricocheteava ao meu redor. Fechei o sobretudo melhor ao redor de meu corpo.

Voltei minha atenção para o lado de fora e surpresa vi que havia um parapeito, sorri largamente, ali estava a minha fuga, bom pelo menos para o lado de fora. Mas antes de ir, eu precisava de cordas. Olhei para meu armário e lembrei dos lençóis que haviam lá.

Tirei todos e comecei a amarra-los um nos outros, após alguns minutos havia terminado. Mas onde amarraria sua ponta?

Meu olhar desesperado ia de canto à canto do quarto, sim encontrei, próxima a parede havia um ferro arqueado, talvez fosse para colocar as cortinas, ou... não sei. Era forte, eu estava pendurada feita uma macaca nele para verificar sua resistência.

Amarrei o lençol e atirei sua tripa pela janela, quase atingia o chão. Perfeito.

Alguém forçava a maçaneta da porta do quarto. Olhei assustada, estavam tentando arromba-la. Subi na janela e andei para o parapeito, exatamente neste momento arrombaram a minha porta. Congelei meus movimentos, até respirar tornara-se difícil.

Passos lentos em meu quarto, então ouvi a mesma pessoa correr, estava muito perto, uma cabeça surgiu através da janela, eu esperava ver cabelos escuros, mas os cabelos curtos e loiros eram de Bernard que olhava para baixo, na direção do chão. Não sei porque um suspiro de alívio saiu por meus lábios, afinal ele também era um assassino.

Bernard virou sua cabeça em minha direção, vi o alívio preencher seu rosto também.

- Você está aí. Pensei que tinha se atirado.

- Eu nunca faria isso. – Respondi seca para ele. – Não viu a corda de lençóis que eu fiz?

Ele segurou minha tripa de lençóis e a puxou levemente, no entanto ela se partiu como papel.

- Ah sim, muito resistente. – Disse Bernard a ironia escorrendo de sua boca.

- Mas o que você fez?! – Falei muito brava.

- Você espera fugir com isso? Sério mesmo? E quando chegasse lá em baixo, como fugiria dos cães? – Ele perguntou perplexo me observando como se eu fosse uma criança indulgente.

- Cães? Que Cães? – Perguntei confusa, nunca vi rastro de cachorros na casa de Bernard.

- Aqueles cães. – Ele apontou para extremidade de seu gigante pátio.

- Não consigo enxergar nada.

- Ah sim, sua visão humana a limita. Tinha esquecido, mas os cachorros não são meus, são de Afanasi e eles adoram saborear carne humana, se você quer saber. – Bernard dizia com aquele tom audacioso de sempre, como se nossa briga nem tivesse acontecido. – Agora vamos, desça daí.

- Não. – Respondi o desafiando.

- Não quero te forçar a sair, vamos saia daí. – Ele continuou perdendo a paciência.

- Para que? Para entregar-me ao Afanasi? – Falei brava esquecendo que estava em um parapeito, senti quando perdi o equilíbrio, eu despencava do parapeito.

Sentia aquela sensação de queda livre, o estômago subindo até minha cabeça e então acabara. Eu estava no chão com braços ao meu redor. Abri os olhos e Bernard me encarava.

- Não Elli, para salvar a sua vida...

Bernard parou seu olhar em minha bochecha e vi quando seus olhos se comprimiram um pouco em dor.

- Me perdoe pelo tapa, por favor, eu estava descontrolado, isso nunca mais se repetirá. – Ele disse me soltando.

Nesse momento escuto rosnados de animais vindo em nossa direção, os cachorros. Olho para trás e vejo vinte, meu estômago embrulha. Bernard me segura.

- Não podemos perder tempo com eles, logo Afanasi entenderá o que está acontecendo.

Ele começa a correr muito rápido, sua velocidade sobrenatural, em direção as árvores do bosque que cercava a mansão. Eu estava confusa, ele não me entregaria, então, para o romeno? Não sabia o que pensar de Bernard, e o tapa. Aquele tapa ainda doía, mas não fisicamente.

- Onde estamos indo? – Perguntei.

- Surpresa. – Ele disse sorrindo.

Nós já havíamos passado uns bons quilômetros, quando ele parou em uma clareira, no meio dela havia uma cabana feita de madeira de pinheiro, parecia ser nova, não era muito grande, havia uma varanda na frente.

Caminhamos em sua direção. Conforme nos aproximávamos, podia ouvir barulhos dentro da cabana. Não era apenas uma pessoa que se encontrava lá. Então chegamos a varanda e o barulho cessou. Encarei Bernard, seu rosto enigmático, mas em seus olhos havia algum humor.

A porta se abriu e meu queixo caiu, pois a pessoa na minha frente era a última que imaginava ver aqui. A felicidade inundou-me imediatamente.

- Kaleb. – Falei experimentando seu nome em meus lábios, já que fazia uma eternidade que não o via.

- Elli!

Kaleb diminuiu a distância entre nós e me agarrou em um abraço forte que ergueu-me do chão, girando-me.

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