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O Resgate

Afanasi segurava uma seringa com um conteúdo negro e espesso dentro, eu já ouvira falar sobre aquilo em livros fictícios que eu adorava ler. O maior veneno para um vampiro, o sangue de um morto, talvez não fosse tão ficcional assim.

- NÃO!! – Gritei tão alto que minha voz ecoou pela mansão. – Deixe o em paz, ele estava só me ajudando! – Meus olhos estavam arregalados acompanhando o exato momento em que Afanasi segurava a seringa a 5 centímetros do pescoço de Bernard.

O vampiro agora me encarava sem paciência.

- Iria lhe ajudar em que?

- A fugir. – Respondi quase em um sussurro por ter tanta atenção voltada a mim.

Skandar bufou de raiva chamando minha atenção.

- Você não fará nada?! – Perguntei indignada a ele.

- Bernard vem pedindo por isso a anos. – Ele respondeu com raiva. – Nunca me ouviu, nunca respeitou a família e principalmente o nosso nome... Ele é uma desonra para este clã! – Skandar concluiu furioso e coberto de aversão pelo filho.

- Mas ele é seu filho de sangue, você é o pai biológico dele! – Eu gritei retrucando, não acreditando na merda que ele estava falando.

- Ele deixou de ser a séculos atrás! Não posso e nem irei fazer nada, ele não significa mais nada para mim!

Não podia acreditar no que ouvia, Skandar era um bosta, um verdadeiro pedaço de bosta! Tudo que Bernard passara na humanidade por causa deste homem, tudo que passou depois como vampiro... Skandar não prestava nem para fazer seu papel de pai!

Um uivo alto vindo de longe fez com que todos parassem o que estavam fazendo e encarassem além da janela, as árvores da floresta. Mais um uivo se seguiu e outro e mais outro, cada vez mais perto, até que o último veio de dentro da mansão, muito próximo.

Não havia se passado nem 10 segundos, quando a alcateia de Kaleb adentrou a sala pelo portal que ficava atrás do trono, vindos das profundezas da mansão. Eles estavam furiosos e rosnavam muito. Eu havia esquecido como eram altos e como eram terríveis, longe de serem lobos fofinhos, uma mistura bípede de lobo com homem. Os olhos de todos topázio, suas orelhas estavam coladas atrás da cabeça de tão ferozes que estavam. Kaleb, o líder, olhou para mim verificando se eu tinha algum ferimento. Eu gesticulei para ele que estava tudo bem.

- Mas como eles entraram aqui? – Perguntou Afanasi, seu rosto contorcido em raiva. Seus olhos recaíram sobre mim. – Você! Sua humana imunda! Vocês estavam aqui para nos atacar, para resgatar seus amigos traidores! – Os olhos de Afanasi ficaram vermelhos como o sangue, seus dentes agora a mostra mudaram ficando todos pontiagudos enquanto que suas unhas tornavam-se garras, a pele dele atingia um tom de cinza.

Skandar me encarou, um olhar de fúria que percorreu até seu filho. O rosto dele gritava "traição!"

Então tudo aconteceu de repente, Bernard aproveitou que todos estavam entretidos e livrou-se facilmente das mãos dos vampiros, eles tinham afrouxado um pouco o aperto pela surpresa. Ele tirou a seringa das mãos de Afanasi enterrou em seu peito e o jogou contra a janela da mansão. O vidro se quebrou em mil pedaços que caiam tanto para o lado de fora quanto no chão da sala. Afanasi caia metros e metros se contorcendo de dor enquanto o veneno acabava com ele, foi audível o barulho que seu corpo fez ao encostar na água.

Após esses fatos, tudo tornou-se um caos. Os vampiros romenos estavam com sede de vingança e começaram a atacar Bernard, mas Kaleb e seus amigos se intrometeram e começaram a retalhar os vampiros. Chegavam mais e mais vampiros, estes lacaios do clã londrino. Em meio a toda a bagunça, eu podia ver a família Lazarus brigando com os lobos. Todos estavam muito ocupados garantindo sua sobrevivência, então meu olhar percorreu até o caminho que Kaleb usara para entrar na sala. "Casper!" Eu era a única ali que estava livre para fazer o resgate.

Comecei a correr na direção do portal e então senti uma mão fechar-se no meu cabelo e puxa-lo com vontade fazendo eu regressar alguns passos, me desequilibrei e cai alguns metros para trás. Ali estava ela, mostrando finalmente sua cara de víbora, Katrina me encarava cheia de ódio, mostrando seus dentes pontiagudos para mim.

- Você não irá fugir porquinha!

- Você não pode me matar Katrina! Seu pai ficaria furioso!

- Dada as circunstâncias, acho que papai não se importa mais, já que você o traiu antes mesmo de fazer parte deste clã. Mas não vou te matar agora, apenas vou te dar uma surra e quebrar alguns ossos teus! – Ela ria desvairada. Ela só podia ser louca.

Katrina atirou-se sobre mim, prendendo meu corpo contra o chão enquanto ficava por cima.

- Não consigo acreditar que Casper está com uma coisa insignificante dessas... O que ele viu em você? Tu é mais sem sal que comida de hospital! – Katrina disse preparando suas unhas afiadíssimas para crava-las em meu rosto. Ela ergueu-se um pouco para pegar impulso, e estava descendo sua mão com toda força, quando Bernard jogou-se contra ela, a derrubando de cima de mim. Os dois rolaram no chão e eu estava finalmente livre daquela louca.

- Você não vai fazer isso com ela Katrina! – Bernard disse segurando os braços dela acima de sua cabeça enquanto estava sentado sobre seu corpo.

- Pelo jeito não foi só o coração do Casper que a insonsa ganhou... Até você Bernard? Que decepção maninho! – Ela disse aproximando seu rosto do de Bernard tentando beija-lo.

Bernard virou o rosto.

Katrina ao ver a rejeição, ficou furiosa, então começou a lutar tentando sair de baixo do corpo de Bernard.

- Vá Elli! Encontre eles! – Disse Bernard.

- Não sua vadia! Você nunca irá encontra-los!

- Você que pensa sua bruxa asquerosa! – Vi os olhos dela se arregalarem ao ouvir aquelas palavras. Antes que eu pudesse ver mais de sua reação, sai correndo para atravessar o portal e entrar mais ainda na mansão. O seu interior parecia um labirinto do qual era fácil se perder, concentrei-me em lembrar das plantas, da estrutura que havia decorado e comecei a me guiar. Corria sem olhar para trás, meu coração batia forte contra meu peito, o medo de encontrar mais lacaios tanto de Afanasi quanto de Skandar era alarmante.

- Onde você pensa que vai?

Aquela voz... Lilith! Porcaria! Virei-me na direção que a ouvi falar.

- Não é da sua conta! – Disse perdendo a paciência, não aguentava mais interrupções.

Lilith me fitava com seus olhos rosa bizarros... Era indecifrável sua expressão, ela parecia mais uma boneca de porcelana me observando.

- Vou lhe ensinar a ter bons modos comigo sua vadiazinha. – Ela disse calmamente avançando rapidamente contra mim.

Eu paralisei, não havia tempo para fugir, ela me atingiria de qualquer forma. Lilith estava com o punho fechado e então o empurrou com toda força no meu estômago, eu fui atirada contra a parede do longo corredor no qual nos encontrávamos.

Perdi o fôlego, a dor era alucinante, não conseguia respirar. Eu rolava no chão de tanta dor, então eu senti a golfada vir do fundo de meu estômago era sangue, minha visão estava turva, cambaleei na tentativa de me erguer.

- Nem tente se esforçar. – Ela disse soltando uma risada cruel. – Acabei de desfalecer teus órgãos, um por um vai parar de funcionar. – Lilith dizia rindo como se fosse a coisa mais divertida do mundo.

O que?! Não! Eu não poderia morrer aqui e assim! Eu estava passando a odiar Lilith. Tentei erguer-me novamente, mas eu senti uma agulhada lancinante onde deveria estar meu fígado. Gritei de dor, as lágrimas escorriam em abundancia e cuspi muito sangue de minha boca.

- Eu disse para não tentar. Você morrerá aqui mesmo e da pior forma... Uma pena que você seja tão fraca, eu adoraria socar sua cara mais vezes, mas você iria morrer instantaneamente e eu quero que sofra. – Lilith dizia casualmente enquanto olhava para mim com desdém.

Eu estava me sentindo cada vez mais fraca, caí deitada e ali fiquei, respirar começara a se tornar algo pesado demais, via pontos escuros na minha visão. Eu podia ouvir o barulho das lutas que ainda se seguiam na outra parte da mansão, hora perto e hora muito distante, estava perdendo a consciência, isso era péssimo. Uma movimentação perto de meu rosto chamou minha atenção.

- Seria muito desperdício não experimentar esse sangue delicioso, ele cheira tão bem... – Lilith estava vidrada em minha garganta, era estranho. Alguns instantes atrás ela nem ligava para meu sangue. Ela segurou o cabelo do topo de minha cabeça quase os arrancando então deixou meu pescoço exposto para seus dentes.

Aquilo havia ido longe demais, eu tinha que resgatar Casper e meus amigos, eu tinha uma profecia a cumprir e não seria uma vampira desgraçada que me impediria. Meu sangue fervilhava em minhas veias, então senti a sensação mais reconfortante do mundo, a energia eletrizante que se espalhava por cada parte do meu corpo, ela vitalizava cada pedaço de mim por onde passava, eu despertava mais uma vez do meu estado de dormência, a sensação era tão libertadora que eu quase poderia sorrir de satisfação. Já não havia mais dor, já não havia mais fraqueza. Agora aquela vadia ia ter o troco.

Abri os olhos enquanto via o exato momento em que Lilith ia morder meu pescoço, minha mão segurou o pescoço dela e o apertou firme, ela não moveu um musculo se quer, então suas mãos me largaram e tentaram afrouxar o aperto da minha mão, eu a afastei de meu corpo mas sem soltar seu pescoço. Levantei do chão e a ergui pelo pescoço escorada na parede. Eu encarava seus olhos com uma fúria que eu mal podia conter. O olhar dela no meu estava aterrorizado.

- Sua aberração! – Ela disse com dificuldade e repulsa. - Quando eu me libertar voc...

- Cale sua maldita boca, eu nunca vou deixar você se soltar! – Eu vociferei contra seu rosto.

O rosto dela empalideceu e eu sabia o porquê, ela encarava minhas presas. Eu fiz com que sua cabeça batesse diversas vezes na parede. Eu não conseguia parar, ela já estava desacordada, mas eu estava tomada pela fúria. Eu via o sangue escorrer pela parede, mas não conseguia parar. Então por puro impulso trouxe seu pescoço a minha boca e rasguei sua garganta bebendo seu sangue, sentia como se tivesse a dias sem comer e beber. Quando estava saciada, larguei o corpo dela que fez um baque seco ao cair no chão, senti um pressentimento vindo das minhas costas, virei-me. Eu não estava mais sozinha, havia 5 vampiros lá parados sem saber ao certo o que fazer, eles me encaravam com respeito, medo até. Era incrível o quanto vampiros se assemelhavam aos humanos, eles temiam o desconhecido e para eles eu era uma aberração como Lilith me chamara... Nunca haviam visto algo assim, uma humana com força equiparada a deles e que bebia sangue... Bom, nem eu sabia mais o que eu era.

Eu sentia o poder deixando meu corpo e em seu lugar o cansaço, aproveitei que ainda estavam sem reação e comecei a andar na direção das masmorras. Então eles se mexeram junto, mas com cautela tentando se aproximar de mim.

Eu os fuzilei com o olhar.

- Se amam suas existências, nem tentem me perseguir. Olhem bem para sua amiguinha, vejam o que eu fiz. Não hesitarei um segundo se quer para fazer o mesmo com vocês!

Eles pararam, imóveis como estátuas. Eu continuei andando e quando estava a uma certa distância, comecei a correr descendo os lances de escada para as profundezas do subsolo. Eu não estava mais com meus poderes, mas estava me sentindo tão bem, fora o cansaço que apossara meu corpo, no entanto nem parecia que estava morrendo a alguns minutos atrás.

Finalmente eu estava chegado ao meu destino. Empurrei uma porta grande e pesada para encontrar uma câmara mal iluminada, meus olhos estavam ainda em processo de habituação com a falta de claridade, até que comecei a ver o que havia ali em baixo. Várias jaulas grandes antigas e manchadas de sangue, uma mesa com instrumentos pontiagudos e de diversos tamanhos, instrumentos de tortura, havia uma cama estranha cheia de correntes para prender o torturado. Uma estante com diversos frascos de vidros contendo líquidos desconhecidos, ok nem tão desconhecido, reconheci sangue de morto em alguns. Aquilo era uma câmara de tortura para vampiros.

Meu coração dançava no meu peito, eu estava perplexa. Por favor que Casper estivesse bem!

Ao fundo da câmara três coisas chamaram minha atenção, eram caixões e estavam fechados. Minha euforia era tanta que não esperei um segundo se quer para correr até eles. Abri o primeiro, era Adam. Eu estava chocada, sua pele estava cinza e suas veias saltadas por todo o corpo, havia olheiras roxas ao redor de seus olhos e sulcos escurecidos nas bochechas dele. Adam parecia estar já em estado de decomposição, seu corpo secando. Aquilo me deixou angustiada, abri o próximo caixão e era Suzana, ela estava na mesma situação de Adam, eu já não conseguia segurar mais minhas lágrimas.

Ao chegar no último caixão hesitei por alguns instantes, eu tinha medo de como Casper poderia estar. Então abri a tampa e lá estava ele. Sua pele cinza, olheiras ao redor de seus olhos, sulcos escurecido nas bochechas, lábios arroxeados e céus, ele parecia ter perdido 15 quilos! Aquilo foi demais para mim, as lágrimas escorriam em abundancia pelo meu rosto, como eles poderiam ter feito aquela crueldade? Como?!

Encarei à estaca de carvalho atravessada em seu peito.

- Calma meu amor... Tudo vai ficar bem... – Minhas mãos tremiam ao puxar a estaca de seu peito, um pouco de sangue escorreu da ferida quando eu a puxei, deixei ela cair no chão e fiquei aguardando ele despertar. Mas Casper não abria os olhos, ele não acordava! Continuava lá deitado como um morto. - Casper, acorda! Por favor! Não me deixa! – Eu chorava tentando chacoalhar ele, comecei a socar o peito dele pra ver se algo acontecia. Nada. – Acorda merda!

Corri então para um daqueles instrumentos de tortura e voltei para onde estava o caixão dele. Respirei fundo e então sem pensar muito fiz um corte fundo em meu pulso e o coloquei nos lábios dele.

A princípio nada aconteceu. Eu estava quase desistindo daquilo quando a boca dele entreabriu. Eu soltei um riso abafado, mal podendo acreditar, ele estava despertando, tudo ficaria bem afinal! Senti sua língua percorrer o corte, suas mãos ergueram-se lentamente e seguraram meu pulso com dificuldade e então senti seus dentes cravarem a minha pele ao mesmo tempo em que suas mãos apertaram meu braço com brutalidade. Fiz uma careta de dor e tentei afasta-lo de meu pulso.

- Casper calma... Por favor, você está me machucando! – Eu falei alto para ele. Não consegui segurar um grito de dor quando seus dentes se aprofundaram na minha carne. – Para! Para!

Segurei seus cabelos e puxei sua cabeça para trás com força, ele permitiu que eu fizesse isso, então me encarou com os olhos injetados de sangue sua pele ainda estava um pouco cinza, mas já mostrava sinal de normalidade, as olheiras e os sulcos quase não eram mais visíveis. Meu coração descompassou, ainda daquele jeito ele era lindo e era o meu Casper.... A vertigem embaçou minha visão, o sangue ainda escorria de meu pulso e manchava o chão.

- Casper... Você está bem... – Dei um leve sorriso. Havia perdido muito sangue naquele dia. Senti a fraqueza dominar minhas pernas, eu caia ao chão. Então Casper saiu rapidamente do caixão ainda me fitando e me segurou deitada em seus braços, pelo menos sua força havia voltado, mas ele continuava a me observar tão... Frio. Havia algo de errado, ele não me... Reconhecia.

Eu acariciei seu cabelo, como eu sentia falta da sensação dos seus fios macios, sentia falta daqueles olhos, daqueles lábios, daquela pele, do seu cheiro... Eu sentia tanta falta de conversar com ele, de tê-lo perto de mim... Como ele poderia não me reconhecer?

- Casper, me diga, diga que me conhece...

Ele só me observava e eu nunca saberia o que estava passando por sua cabeça.

- Não faça isso comigo! Sou eu a Elli! – Minhas lágrimas estavam ali novamente.

Ele apenas afastou com gentileza os cabelos de meu pescoço, que ótimo ele queria me jantar. Quando seu rosto estava próximos o bastante de mim para me morder, encurtei a distância e encostei meus lábios nos dele, ele ficou totalmente petrificado, enquanto eu o beijava, sentia as lágrimas salgar nosso beijo. Pareceu passar uma eternidade até seus músculos relaxaram e então para minha surpresa, Casper começou lentamente a corresponder meu beijo como se aos poucos despertasse. Nosso beijo tornara-se mais intenso, eu perdia o fôlego, mas não queria que aquele beijo terminasse. O tempo poderia parar, eu ficaria revivendo esse momento para sempre. Mas então ele afastou-se calmamente de mim. Seus olhos abriram devagar. Ele estava confuso e então me fitou, seu olhar ganhou urgência e encheu-se de emoção.

- Elli! – Ele disse com sua voz um pouco rouca por não usa-la a tempo.

Eu ria e chorava de felicidade, ele recobrou a consciência.

- Casper...

Então seu olhar ficou preocupado.

- Você está tão pálida e suja de... Sangue!

Ele olhou meu braço e sua preocupação quase tornou-se desespero.

- O que eu fiz?!

- Não, fui eu, você não acordava...

Casper foi rápido, segurou o pulso entre os lábios e o rasgou pondo em seguida em minha boca... O gosto dele.... Era tão bom. Comecei a bebe-lo com vontade, eu observava seus olhos agora de um azul profundo, vi sua tornar-se de espanto, ele empurrou minha cabeça de leve para que eu parasse de beber.

- O que foi? – Perguntei a ele. Então senti minhas presas pontiagudas na boca. Puta merda.

Casper estava confuso e espantado, parecia não conseguir dizer uma palavra.

- Quem fez isso com você? – Ele perguntou finalmente.

- Ninguém, isso se manifestou a pouco tempo, acho que é por causa da profecia. Ninguem me transformou. – Respondi receosa, como eu iria mentir a ele? Droga, eu não podia fazer isso com Casper, mas se ele souber que Bernard está envolvido nisso...

- Como aconteceu?

Engoli em ceco. Aí estava o que eu temia.

- Quando despertei o primeiro guardião. – Não sabia se ele entenderia o significado daquelas palavras, nem eu ao menos entendia como isso era possível acontecer.

Casper congelou. Pelo jeito sabia exatamente o que significava. Ele tentou se recompor.

- Quem? – Perguntou.

- Casper, foi sem querer...

- Quem Elli? – Ele perguntou sério.

- Bernard.

Um misto de expressões passou por seu rosto, desde traição, mágoa, confusão, irritação... E então ele ficou sério mas com a mente um tanto distante.

- Casper... – Tentei falar com ele.

- Temos que dar um jeito de sair daqui. Como você conseguiu chegar até mim? – Ele me interrompeu colocando sua mente para funcionar.

Fiquei triste por ele me interromper e me afastar de seus sentimentos. Mas devo dar toda razão a ele, eu só fiz merda enquanto ele estava desacordado. Ele não podia lidar com os sentimentos agora, tínhamos que escapar primeiro, o foco tinha de ser nossa sobrevivência.

- Kaleb está com sua matilha lutando contra os vampiros lá em cima.

- Como ele nos encontrou? – Casper perguntou como se o que eu tivesse dito fosse impossível, ele estava bem confuso com tudo, estava bem desatualizado e eu percebi que isso o incomodava, era sempre ele quem estava bem informado e a frente das situações.

- Bernard nos ajudou. – Respondi baixo.

Ao dizer o nome de Bernard, Casper contraiu-se como se o nome dele fosse um palavrão.

- Pelo jeito muita coisa aconteceu enquanto estive aqui. – Nunca ouvi palavras amargas saírem da boca dele, principalmente direcionadas para mim. - E como estava as coisas antes de você vir até a câmara? – Ele perguntou retomando sua postura séria e concentrada.

- Uma luta acirrada entre ambos os lados.

- Vamos acordar Suzana e Adam rápido para podermos ajuda-los e sair logo daqui.

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