Seu bruto.
Narrador pov:
Esmeralda começou a abrir seus olhos lentamente sentindo sua cabeça latejando, sua visão demorou para focar até que percebeu estar em um lugar com pouca iluminação, suas mãos estavam estavam amarradas em suas costas e uma fita estava sobre sua boca, quando finalmente percebeu o que tinha acontecido, seu coração saltou no peito e se sentou como pode procurando pela Ellie e pelo Joel, não os encontrando em lugar nenhum, torcia internamente para que eles estivessem bem pois não conseguia se lembrar o que tinha acontecido, com dificuldade levou sua mão até seu tornozelo e puxou um pouco de sua calça revelando sua meia com um canivete, o puxou e liberou a lâmina, começou a cortar com certa dificuldade por conta dele não estar tão afiado para poder fazer tal coisa rápido, o silêncio do lugar foi quebrado pela porta se abrindo, Esmeralda voltou a deitar agora ficando de barriga para cima, viu quando dois homens entraram, ambos riam ao parar em sua frente, a olharam de cima a baixo.
— Olha só para isso, a quanto tempo não achamos uma mulher assim? - Um deles perguntou erguendo sua faca e passando pelo pescoço e a descendo por entre seus seios até sua barriga após se agachar em sua frente.
— A maioria não dá nem para aproveitar. - O outro respondeu, Esmeralda se mantinha inexpressiva. - Olha como ela é durona, mas por quanto tempo essa marra vai durar?!
— Tenho certeza que tiro isso rapidamente. - Sem que os homens esperassem, uma lágrima solitária caiu e seu peito começou a subir e a descer com rapidez. - Não fique com medo, vamos ser cuidadosos. - Esmeralda balançou sua cabeça em negação enquanto sua respiração se tornava pesada, o homem estava agachado passou sua mão sobre a bochecha da ex-detetive de forma lenta antes de segurar a fita e puxá-la, podendo ouvi-la puxar o ar com força.
— Por Deus, não me machuque… queríamos apenas passar, estamos apenas tentando encontrar um lugar seguro, por favor… não me machuque. - Um soluço saiu por entre seus lábios e os homens gargalharam.
— Se você souber usar bem essa boquinha, talvez a gente pense, os outros vão querer participar também. - O homem que estava em pé se aproximou e puxou Esmeralda pelo cabelo a ouvindo soltar um gemido de dor antes de colocá-la de joelhos. - Seja uma boa puta e abra a boca. - Esmeralda começou a afastar seu rosto mas teve seu cabelo segurado enquanto o homem abria sua própria calça com a mão livre, quando estava quase abaixando sua cueca a mulher conseguiu cortar as cordas e em um movimento rápido cravou seu canivete no pênis do homem que urrou de dor.
— PUTA MERDA, SUA VAGABUNDA! - O homem que estava afastado gritou ao ver seu parceiro cair no chão, correu em direção a Esmeralda que se levantou sendo acertada no rosto por um soco, mas não demorou em revidar, sem que esperasse teve seu corpo jogado contra a parede e o segurado, o antebraço do homem ficou em seu pescoço enquanto sentia um soco na barriga. - Acha que vai se livrar, eu vou fodê-la até eu cansar.
— Vão ser os dez segundos mais longos da sua vida?
— Sua puta. - Um novo soco atingiu sua barriga, sua blusa foi rasgada a deixando apenas de sutiã, quando o homem foi puxar sua peça íntima, o chutou no joelho o fazendo afrouxar o aperto, mas não o suficiente para se soltar, sentiu o corpo do homem colar contra o seu, sentia uma ânsia subir com aquele contato, com a respiração acelerada e sem pensar muito, levou suas mãos para os ombros do homem e o puxou para mais perto antes de mordê-lo na jugular, seus dentes cravaram em sua pele com toda força e a puxou sentindo o sangue em sua boca e espirrar em seu rosto, o homem tinha o olhar arregalado enquanto tentava estancar o sangue, Esmeralda o empurrou para trás enquanto cuspia a pele no chão, o sangue escorria por seu rosto enquanto via a vida se esvaindo dos olhos do homem. Esmeralda andou com certa dificuldade para perto de seu canivete e puxou do homem que ainda estava vivo, não demorou para acertar sua cabeça o matando e se levantou segurando o canivete com força por entre seus dedos, passou as costas de sua mão livre sobre suas bochechas para tirar os rastros de lágrimas juntamente com o sangue acabando por se sujar mais.
— Duas vezes não rola, seus arrombados de merda. - Cuspiu no chão tentando tirar o sangue que ainda estava restando em sua boca, não tinha feito grande diferença, precisava de água para se limpar, mas antes precisava encontrar sua sobrinha e Joel, puxou sua blusa de qualquer jeito mesmo que não fizesse grande diferença, no momento sua aparência era a menor de suas preocupações.
[...]
— O que é isso? - Ellie perguntou ao ver alguns corpos sobre macas espalhadas, no chão havia pilhas de roupas e sapatos.
— Não fique olhando, vamos continuar. - Joel andou até uma porta, mas percebeu que Ellie não o seguiu, estavam procurando por Esmeralda e nada de encontrarem a mulher, apenas passaram por alguns homens que não lhe deram nada, mas fez questão de matar cada um, havia notado que a garota estava estranha, não sabia o que fazer ou como lidar com aquele tipo de situação, respirou fundo tentando organizar sua mente, se virou já pensando no que falaria, mas sua voz morreu ao encontrar Ellie segurando o casaco que Esmeralda estava usando antes de ser levada, a garota tinha largado a mochila da tia no chão, o som preenche o lugar como o soluço que saiu por entre seus lábios.
— É o casaco dela… o casaco da tia Esme.
— Ela está bem, você…
— Como pode dizer isso?! - Ellie tinha o tom exaltado ao se virar para Joel. - É o casaco dela, é ele e você sabe disso! - As lágrimas rolaram por sua bochecha, o contrabandista se aproximou da garota com o semblante sério.
— Esmeralda está bem e vamos encontrá-la, é uma promessa, mas preciso que mantenha a calma, eu vou cuidar de você e vou entregá-la sã e salva. - Ellie abraçou o casaco da tia abaixando seu rosto por um momento.
— É tudo minha culpa. - Joel franziu sua testa a olhando confuso. - Se eu não tivesse sido mordida, não estaríamos aqui.
— Foi uma fatalidade e por sorte você sobreviveu.
— Ela me culpa, eu sei disso.
— Ellie, Esme não a culpa por nada. - O homem nem ao menos conseguia imaginar Esmeralda culpando a sobrinha por tal coisa, então tentava mostrar isso para ela, mas a viu balançar a cabeça em negação.
— Eu sei que ela não falaria, mas me culpo todo dia por ter saído escondido dela naquela noite, se eu não tivesse ido nada disso teria acontecido, mas o pior de tudo nem foi a mordida, o pior foi ter que contar e ver o olhar de medo que ela tinha, aquilo me machucou tanto e eu sei que a decepcionei. - Sua voz estava embargada enquanto falava, Joel a olhava sem imaginar que veria a garota daquele jeito, algumas vezes ela parecia ser a mini versão de Esmeralda ou como dizia em pensamento a capeta mirim, nunca pensou que a veria tão frágil, tinha quase certeza que teria a mesma sensação se visse Esmeralda de tal forma, colocou suas mãos sobre os ombros da garota coisa que a fez olha-lo.
— Esmeralda não a culpa por nada, ela é sua tia e sua família, o maior medo dela seria perdê-la, ela não a culpa por ter saído escondido, se culpa por não ter conseguido protege-la, pois como ela ficaria sem a trombadinha dela? - Ellie acabou soltando um riso fraco acabando por fungar um pouco. - Agora coloque esse casaco na mochila e vamos sair daqui.
— Tá bom. - Ellie se abaixou e abriu a mochila da tia dobrando o casaco e o guardando, não demorou para fecha-la e voltar a segurar antes de seguir o contrabandista que abriu a porta deixando a garota passar primeiro, andavam pela rua com cuidado para não acabarem sendo pegos de surpresa, antes que seguissem, Joel colocou seu braço impedindo que a garota continuasse, puxando sua arma da cintura, ouviu passos se aproximando cada vez mais.
— Fica aqui. - Joel mandou antes de se afastar e pegar o homem de forma repentina, colocando o cano da arma na bochecha do desconhecido que se assustou com a aparição. - Você tem cinco segundos para me dizer para onde levaram a mulher que estava comigo.
— Mulher?
— Eu não tenho tempo para moleques. - Joel acertou coronhadas no nariz do caçador até o quebrar. - Responde! - O ouviu grunhir pela dor até o olhar.
— Deve tá trepando agora. - O homem riu mas Joel não teve tempo para escutar mais daquilo, pois o acertou com a arma novamente mas o fazendo cair no chão, guardou sua arma na cintura e o segurou pela camisa acertando um soco, seguido de outro, mais outro e mais outro, o rosto do caçador estava ficando desfigurado com a violência de Joel, estava se engasgando com seu próprio sangue quando ergueu uma de suas mãos sem forças. - Para… para… - Pedia sem forças, Joel o puxou o encarando de forma fria.
— Me dê um bom motivo.
— P-Posto de… controle, ela… tá lá. - Joel jogou o corpo do homem no chão e o olhou de cima.
— Onde ele fica?
— No prédio… azul.
— Obrigado. - Inclinou sua cabeça para o lado debochado e pisou na cara do caçador algumas vezes até que ele não se movia mais, Joel limpou as costas da sua mão em sua roupa. - Ellie. - A garota apareceu e seu olhar se focou no corpo do homem morto, Ellie não podia negar que ver Joel fazendo aquilo por sua tia a deixava feliz. - Vem.
[...]
Se esgueiraram pelos cantos até finalmente chegarem no prédio, estavam dentro de uma loja de conveniência que ficava em frente, Joel olhou pelas frestas encontrando a rua vazia, o homem passou a mão por sua barba e se voltou para Ellie.
— Eu volto já, fique aqui dentro escondida.
— O que? Eu quero ajudar.
— Você vai, mas ficando aqui, eu não sei quantas pessoas tem ali dentro, por isso preciso que fique. - Ellie respirou fundo, não possuía uma arma para poder ajudar e não queria que algo desse errado, mesmo a contragosto balançou sua cabeça positivamente. - Fique em silêncio e não saia daqui, até voltarmos.
— Promete que vai trazê-la bem?
— Prometo.
— Tá bom. - Balançou sua cabeça positivamente novamente antes de ver Joel sair da loja se escondendo atrás de alguns carros até finalmente chegar no prédio, entrou prestando atenção ao máximo que conseguiu nos sons, se encostou em uma parede quando viu uma sombra, um homem surgiu e Joel o puxou passando seu braço pelo pescoço do caçador que tentava se soltar, mas nem teve a chance pois o contrabandista quebrou seu pescoço deixando seu corpo cair no chão, passou por cima do corpo e seguiu o corredor abrindo as portas, mas não encontrava nada, após vistoriar todas andou até a porta que levava as escadas, subiu dois lances e precisou esperar que passos se afastassem antes de entrar, mas a conversa deles atraiu sua atenção.
— Não acredito que o Tom e o Jackson conseguiram ir primeiro com aquela mulher. - Um deles fala irritado para o outro.
— São uns sortudos desgraçados, estou louco para ser a minha vez, só imagino eu fodendo ela. - Soltou uma risada e Joel abriu a porta devagar os vendo no final do corredor, eles se separaram e o homem seguiu o que ia para a direita.
— Você não vai conseguir nem ao menos dar um trato nela. - O caçador debochou não notando que Joel o seguia.
— Vai a merda, ela vai até pedir por mais. - Antes do outro retrucar, Joel passou um de seus braços em seu pescoço ao mesmo tempo que puxava sua arma e colocava em sua cabeça.
— Cala a boca. - Mandou não lhe dando chance de qualquer coisa, pois o jogou no chão pisando com força em sua cara, o deixou de certa forma visível e se escondeu antes de pegar um grampeador que estava sobre uma mesa e atira-lo na parede.
— Joseph? - O outro chamou pelo parceiro, mas não obteve resposta, puxou a arma andando com cuidado para onde sabia que o parceiro estava, sem se demorar encontrou o corpo caído e apurou seus passos se agachando para verificar se estava vivo, Joel aproveitou para acertar um chute em sua cara o fazendo soltar a arma por conta do susto, o mesmo se virou encontrando o contrabandista com a arma apontada em sua direção.
— Onde está a mulher?
— Que mulher? - Devolveu com outra pergunta, Joel estreitou seu olhar e atirou no joelho do homem o fazendo gritar, não se importando se alguém apareceria, pois todos eles teriam o mesmo destino caso isso acontecesse. - Seu filho da puta!
— Posso pensar em deixar você vivo, se me disser onde ela está.
— Você não vai sair daqui vivo. - Joel não tinha tempo para aquela enrolação, andou a passos pesados em direção ao homem chutando sua cara novamente o fazendo cair para trás antes de colocar seu pé sobre o joelho atingido.
— Onde? - Seu tom estava mais raivoso enquanto ouvia os grunhidos de dor.
— Quinto andar, ela tá no quinto andar. - Joel ergueu sua arma atirando na cabeça do homem antes de dar as costas para os corpos, correu um pouco para voltar às escadas e assim que conseguiu as subiu, quando estava próximo do quinto andar pode ver a porta aberta e um corpo caído, passou por ele olhando para os lados, ao abaixar seu olhar encontrou um rastro de sangue e começou a segui-lo, quando foi dobrar no corredor teve sorte de conseguir desviar da lâmina do canivete que atingiu a parede após jogar seu corpo para trás, ergueu sua arma para atirar mas seus olhos se arregalaram ao encontrar Esmeralda suja com sangue, seu cabelo estava quase solto e sua blusa rasgada, a mulher precisou de alguns segundos para reconhecê-lo e assim que o fez um soluço involuntário escapou por entre seus lábios, sem que o homem esperasse, a ex-detetive o abraçou pelos ombros, Joel ficou paralisado por um momento e mesmo hesitante retribuiu, o homem escutou um suspiro de alívio vindo de Esmeralda e a viu se separar.
— Cadê a Ellie?
— Ela está bem, está segura. - Esmeralda balançou sua cabeça positivamente tentando se manter calma. - Vem comigo. - A chamou deixando uma de suas mãos sobre suas costas a levando em direção à uma das salas, entrou fechando a porta antes de se virar para Esmeralda começando a verificar se ela tinha algum corte. - De onde é esse sangue? - Perguntou segurando o rosto da mulher tentando encontrar, mas apenas via algumas partes ficando roxas.
— Não é meu. - Respondeu e Joel balançou sua cabeça positivamente de forma lenta, se afastou um pouco e puxou sua mochila e a colocou sobre uma mesa a abrindo, pegou sua garrafa com água e a colocou sobre a mesa antes de levar suas mãos até a blusa da mulher e ajudá-la a tirar, certo… Esmeralda sentia os dedos do homem roçarem contra a sua pele e a sensação era muito diferente de quando os caçadores a tocaram, mesmo com as piadas e poderia dizer até ameaças, conseguia ver o cuidado que o homem estava tendo, pode vê-lo usar a parte limpa da blusa e a molhar antes de começar a passar em seu rosto após lhe entregar a garrafa. - Isso dói.
— Então fique parada.
— Seu bruto. - Joel revirou seus olhos e continuou passando até que desceu para seu pescoço, Esmeralda derramou um pouco de água em sua boca sem encostar em seus lábios a garrafa e deixou a água em sua boca por um momento antes de virar seu rosto e cuspir no chão, Joel notou os hematomas que surgiam enquanto o sangue saia, percebeu que a mulher possuía várias cicatrizes, iria entregar a blusa para que Esmeralda passasse em seu corpo não percebendo que a mulher estava o observando. - Foda-se. - Ouviu a mulher sussurrar e ergueu seu rosto, mas antes de perguntar sentiu seu rosto ser segurado por entre as mãos de Esmeralda e não demorou para sentir os lábios da mulher sobre os seus, talvez fosse por seu momento frágil ou até mesmo por conta da diferença gritante que sentia quando Joel a tocava, talvez não devesse ter feito aquilo ou esperado por outro momento, mas precisava sentir o calor de Joel contra seu corpo para tirar os resquícios dos caçadores. O contrabandista envolveu o corpo de Esmeralda retribuindo o beijo, envolveu a língua da mulher com a sua aprofundando mais o beijo, sentiu quando uma das mãos de Esmeralda foi para a sua nuca e segurou os fios de seu cabelo por entre seus dedos e o puxou, Joel desceu suas mãos até a cintura da mulher e a ergueu a fazendo se sentar na mesa ficando por entre suas pernas.
Esmeralda envolveu a cintura de Joel com suas pernas, sentiu quando o contrabandista levou uma de suas mãos para a sua coxa e deixou um aperto a fazendo gemer por entre o beijo, seus lábios foram separados quando Joel a deitou sobre a mesa e inclinou seu corpo sobre o da mulher depositando selares sobre os seios de Esmeralda a ouvindo suspirar, Joel não sabia que era possível mas estava começando a se viciar pelos sons que a mulher fazia, viu quando a mesma abaixou as alças do sutiã deixando seus seios livres da peça, Joel não demorou para levar seus lábios para eles o chupando, Esmeralda gemeu e arqueou suas costas quando sentiu a língua de Joel rodear a auréola, a barba do contrabandista roçava contra sua pele lhe trazendo arrepios, não queriam parar, precisavam de mais, precisavam sentir seus corpos mas o lugar não era favorável a eles, Joel deixou uma pequena mordida antes de se afastar enquanto puxava o corpo de Esmeralda a deixando sentada.
— Temos que ir. - Joel sussurrou sentindo os seios da mulher roçarem contra seu peito, sentia seu pau duro e Esmeralda havia percebido pois desceu suas mãos até o botão e zíper de sua calça o abrindo, Joel tinha o olhar abaixo e o ergueu levemente nem ao menos impedindo os movimentos da mulher.
— Vou ser boazinha e lhe ajudar. - Sussurrou com os lábios próximos dos de Joel. - Mas eu vou querer ser recompensada depois. - O contrabandista a olhou de forma profunda e suspirou ao sentir seu pau saindo da cueca, não demorou para Esmeralda o segurar e mover sua mão o bombeando podendo ouvir Joel gemer e segurar suas coxas com força, os gemidos do homem eram roucos, o viu tombar sua cabeça para trás e fechar seus olhos, Esmeralda aproveitou para deixar mordidas no pescoço do homem, Joel estava aproveitando cada segundo mas apesar de não poder sentir a boceta da mulher lhe apertando como gostaria, ela fazia um ótimo trabalho com as mãos.
[...]
— Ellie? - Esmeralda chamou pela sobrinha ao entrar na loja de conveniência, a mulher agora usava uma camisa de Joel e seu cabelo estava preso de forma mais firme, pode ouvir passos rápidos até finalmente ver Ellie, a garota soltou as mochilas e correu para a tia a abraçando com força e foi retribuída prontamente.
— Eu fiquei com tanto medo, ouvi os tiros e pensei que tinha acontecido algo quando vocês demoraram para voltar. - Joel desviou o olhar limpando sua garganta enquanto arrumava sua calça.
— Tinha alguns caras e a gente precisou dar um jeito. - Ellie ergueu seu rosto e se separou da tia.
— Você tinha que ver o Joel, acabou com todo mundo pra gente conseguir te achar desde que deixamos o carro para trás. - Esmeralda olhou para Joel e soltou um riso baixo quando notou que o homem não tinha o olhar sobre si.
— É que ele me ama, só não admite isso. - Ellie acabou rindo e viu quando a tia se inclinou em sua direção lhe dando um beijo em sua testa e outro em sua bochecha. - Vamos sair logo daqui. - A garota correu até as mochilas e as pegou voltando até onde os adultos estavam e entregou a mochila para a tia que a pegou e colocou em suas costas.
— Aqui. - Joel atraiu sua atenção estendendo a arma da mulher que a pegou antes de guardar em seu coldre.
— Valeu.
— Vamos lá. - Joel deu um pequeno aceno de cabeça e andou em direção aos fundos da loja sendo seguido, abriu a porta olhando brevemente antes de continuarem, andaram pelo beco até saírem dele chegando na rua, Esmeralda e Ellie andavam mais a frente enquanto Joel estava atrás delas, via as duas conversando e podia notar como o humor da mais nova havia melhorado, o homem acabou focando seu olhar na mulher e sua mente voltou para as memórias do prédio, Esmeralda era como uma aranha, tecendo as teias e atacava quando menos esperava, deveria ter notado isso antes, talvez não estaria preso nas teias que a mulher tinha feito, mas… lá no fundo não estava nem um pouco preocupado, queria mais daquilo, de todas as sensações que estava recebendo, tanto por parte da mulher quanto por parte de Ellie, mas apesar de querer, admitir isso em voz alta e para si mesmo era o seu maior desafio.
[...]
— Caramba, quanta gente morta. - Ellie comentou enquanto olhava os vários esqueletos espalhados pela rua. - Será que estavam todos infectados?
— Nem todos. - Esmeralda respondeu parando ao lado da sobrinha. - Quanto menos pessoas tivessem nas zonas de quarentena, melhor seria.
— Mas por que? Não deveriam ajudar?
— Eles queriam controlar a situação e gente morta não precisa de ração e não se infecta. - Dessa vez foi Joel quem respondeu ao se virar para olhá-las, mas não demorou para se voltar para frente e apontar para o grande portão que havia da zona de quarentena em frente a eles. - Vamos atravessar, estão vendo aquela parte amarela? - Apontou mais para cima e ambas ergueram seu rosto encontrando espécies de ferro.
— O que é? - Ellie perguntou franzindo sua testa em confusão.
— Uma ponte, se conseguirmos chegar nela e atravessarmos, vamos sair desse lugar.
— Isso é um plano? - Esmeralda ergueu sua sobrancelha e Joel a olhou, a vendo de braços cruzados, o sol que estava se pondo acabava por fazê-la se destacar, desde quando ela era assim? Se perguntou, mas rapidamente colocou os pensamentos de lado.
— Tem um melhor? - Devolveu com outra pergunta e a viu revirar seus olhos. - Ótimo, vamos lá.
— Velho chato. - Esmeralda resmungou enquanto voltavam a andar, Ellie segurou a risada e Joel olhou a mulher por cima do ombro antes de voltar sua atenção para frente, se aproximaram de um ônibus e subiram pelo capo até o teto. - Meu ombro não fica em paz um segundo. - Sussurrou para si mesma, Ellie subiu para a carroceria, quando Esmeralda ia fazer o mesmo, Joel lhe deu um pequeno impulso para não forçar seu ombro, a mais nova rapidamente ajudou a tia enquanto viam o homem subindo, andaram sobre a carroceria e olharam para baixo, quando chegaram do outro lado.
— Sabem aquela vontade de pular quando se está em um lugar alto? - Ellie perguntou e ergueu seu rosto antes de olhar para Esmeralda e Joel. - Eu não tenho.
— Eu vou na frente. - Joel se agachou e pulou dando alguns passos para frente ao perder o equilíbrio quando chegou ao chão, não demorou para recuperá-lo e olhar para cima. - Desçam. - O contrabandista se posicionou ficando com os braços para cima, Esmeralda respirou fundo enquanto Ellie tinha a expressão apavorada, viu quando a tia pulou e Joel a segurou dando alguns passos para trás.
— Porra, não era assim que eu esperava pular em você.
— Para. - Esmeralda acabou rindo enquanto se soltavam, olharam para cima encontrando Ellie tomando coragem. - Vamos Ellie.
— Calma tiozão. - A mais velha segurou a risada.
— Vai dar tudo certo Ellie, o máximo que pode acontecer é você bater a cabeça e ter um traumatismo craniano. - Joel balançou sua cabeça em negação e a mulher ainda olhava para a sobrinha.
— Valeu pelo apoio Esme, valeu mesmo. - Se aproximou mais da beirada vendo a tia lhe dar um joinha.
— Tô aqui para te apoiar sempre. - Ellie bufou e fechou os olhos antes de pular, seu corpo foi de encontro ao de Joel, a garota ainda estava agarrada ao homem quando sentiu leves tapinhas em seu ombro, abriu um olho por vez antes de se separar e erguer seu queixo.
— Haha, consegui.
— Muito corajosa. - Ellie deu a língua para a tia, Joel olhou para cima por um momento antes de abaixar e soltar um riso fraco e continuar andando, notaram que mais a frente estava inundado, pensaram até que não seria muita água e conseguiriam andar, mas infelizmente teriam que nadar. - Tô começando a me arrepender de não ter feito a sexta-feira chegar.
— Bem feito.
— Precisamos de um lugar para ficar. - Esmeralda avisa ignorando a sobrinha após lhe dar o dedo do meio.
— Vamos verificar esse prédio, talvez dê para ficar. - Andaram até o prédio de cor branca e salmão, a porta estava bloqueada tanto por entulhos tanto por água, Esmeralda e Joel estavam pensando até que se assustaram e se viraram de repente por do barulho de vidro sendo quebrado, encontraram Ellie protegendo seu próprio rosto com um de seus braços enquanto sua mão livre estava com um tijolo. - Ellie!
— O que? Eu abri caminho.
— Ela tá certa. - Joel olhou para Esmeralda de forma atravessada, mas ela apenas deu de ombros, o homem se aproximou da janela e usou seu pé para tirar os vidros antes de passar, olhou em volta descendo da mesa que estava. - Podem vir. - Ellie entrou sendo seguida pela tia, a mais nova tinha a boca entreaberta enquanto olhava o lugar.
— Cacete, olha esse lugar. - Ellie andou enquanto observava tudo. - Já ficaram em um lugar assim?
— Era chique demais para mim. - Joel respondeu andando em direção às escadas.
— Eu fiz minha formatura em um hotel assim, mas vir dormir não. - O homem a olhou e quase perguntou em que ela havia se formado, mas Ellie o interrompeu.
— Veja por um lado, você vai passar a noite aqui.
— Mas sem serviço de quarto.
— Pequenos detalhes. - Ambas riram e Joel deu um pequeno sorriso, completamente doidas, ele pensava.
[...]
Esmeralda e Joel haviam feito uma vistoria no lugar para ter certeza que não teria algum infectado ou caçador, agora a mulher se encontrava sentada em uma das poltronas enquanto observava a noite, Ellie dormia tranquilamente na cama que a tia tinha feito para ela, estava tudo silencioso, mas o som de algo vindo do segundo andar soou, a mais velha franziu sua testa e olhou para a sobrinha que ainda dormia, Esmeralda se levantou com a arma em mãos e pegou sua lanterna, andou até a porta e saiu a fechando atrás de si, deixou sua mão com a arma sobre a que segurava a lanterna e começou a andar com cuidado.
— Joel? - Chamou pelo homem de forma baixa e se aproximou das escadas, seu coração batia contra seu peito com força, subiu cada degrau tomando cuidado para não fazer algum barulho. - Joel! - O chamou novamente ao chegar no andar de cima, ouviu barulho vindo de um dos quartos, andou em direção a ele e abriu a porta com cuidado, de primeira vista não encontrou nada, entrou mais e a porta foi fechada, quando se virou seu pulso foi segurado e a arma derrubada de sua mão juntamente de sua lanterna, seu corpo foi empurrado contra a parede e sua boca coberta por uma mão, Esmeralda piscou tentando se acostumar com a pouca iluminação, quando conseguiu encontrou o rosto de Joel, sua expressão suavizou, tirou a mão de sua boca e o olhou irritada. - Quase me matou do coração.
— Você demorou. - Joel aproximou seu rosto do da mulher enquanto adentrava suas mãos pela camisa de Esmeralda, ela ainda usava a que tinha entregado mais cedo.
— E você é apressado. - Sussurrou passando seus lábios pelos do homem e mordeu seu lábio inferior o puxando para si levemente antes de soltá-lo, Joel a olhou de forma faminta antes de segurar sua cintura a dando impulso para cima, a mulher envolveu seu corpo com suas pernas, o contrabandista a segurou pelas coxas andando em direção a cama que havia retirado as cobertas, se sentou com Esmeralda em seu colo já a sentindo começar a rebolar de forma sensual, suas mãos desceram para a bunda da mulher. - Eu quero ser recompensada. - Esmeralda sentia o pau de Joel ficar cada vez mais duro.
— Você vai, mas só depois de gozar nos meus dedos. - Joel levou uma de suas mãos até o cabelo da mulher e o segurou puxando para trás deixando seu pescoço exposto. - Então vou fode-la para aprender a parar de me provocar.
— Espero que não se canse rápido. - Esmeralda tinha um sorriso travesso em seus lábios, mas mal sabia a mulher era que Joel queria se enterrar em sua pernas o mais rápido possível, queria ver como ela reagia aos seus toques, suas expressões de prazer, a ouvir gemer, descobriria tudo isso e faria tudo de novo apenas para apreciar novamente, a noite estava apenas começando para o contrabandista e para a ex-detetive que jurou que não se deitaria com ele, mas agora estava ansiando por seus toques, para sua sorte os receberia e muito bem.
Oi 😗
Eu tenho que atualizar minhas outras filhas, é sério isso *gritos internos*
E faltou isso aqui 🤏 pra eu surtar e arquivar a fic depois de me estressar novamente, mas tô bem plena pois já me decidi definitivamente com o que vai acontecer na segunda temporada, eu tava meio em dúvida, mas agora tá concretizado sz
Esmeralda com sangue nos olhos é uma delicia
E o Joel matando todo mundo pra achar a esposa, coisa linda
Rolou beijo e nossa Esmeralda ainda ajudou nosso Joel 🥵
Ellie não sabendo de nada e mesmo assim sendo uma diva ksksksks
Gente... mas e esse final? Até o próximo capítulo 🏃♀️
Mas antes, não podemos deixar de comentar sobre o episódio de ontem, eu já não tenho mais água no corpo de tanto chorar por essa série e por causa de ontem pensei em uma nova fic só que seria com um prota masculino hehe
Mas vamos deixar isso pra depois, tá bom? Tá bom.
Desculpe por qualquer erro e obrigado por ler '-')sz
-W
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