Narrador pov:

— Se desse para a gente ir escorregando, seria bem mais rápido. - Ellie comentou com a tia enquanto era ajudada pela mesma a descer.

— Você tem ideias bem estranhas. - Esmeralda franziu sua testa, Tess e Joel andavam mais a frente mas sempre tomando cuidado para não perderem as garotas de seu alcance.

— Eu 'tava pensando. - Tess começou a falar enquanto andava ao lado de Joel. - Quando a gente voltar, você pode descansar.

— Você quer descansar?

— Você que sempre fica falando em dar um tempo. - A mulher respondeu e pode ouvir o riso fraco de Joel.

— E você sempre me corta.

— Bom… dessa vez não. - Ellie cutucou a tia e assim que a mulher a olhou, a mais nova fez sinal para que se abaixasse um pouco e foi o que fez.

— Acho que eles se pegam em sigilo.

— Cala a boca, Ellie. - Mandou podendo ouvir a sobrinha rir, Esmeralda balançou sua cabeça em negação e pode ver os contrabandistas as olharem por cima do ombro, mas logo voltaram a atenção para frente, entraram por uma passagem e tiveram que se arrastar para conseguirem passar, desceram mais algumas vezes e com um último salto caíram no chão, Esmeralda olhou em volta podendo reconhecer o metro, se levantou limpando suas mãos em sua roupa e ajudou a sobrinha a se levantar, Esmeralda acendeu a luz da sua lanterna e olhou em volta antes de se focar em um corpo caído ao longe, Tess também percebeu e andaram até ele.

— Ele tem o símbolo dos vagalumes no braço. - Tess avisou e Joel se agachou pegando um molotov que provavelmente o homem tinha preparado para usar, mas não teve a chance de fazer isso. - Conhece? - A mulher olhou para Esmeralda que encarava o rosto do vagalume agora morto sem expressar nada.

— Já o vi pelo acampamento.

— Sinto muito.

— Não sinta. - Esmeralda arrumou melhor sua mochila e andou na frente sendo seguida pela sobrinha, os contrabandistas se olharam antes de voltarem a andar.

— Eu não confio nela. - Joel sussurra para a parceira enquanto mantinha seu olhar na mulher.

— Logo não vamos mais precisar se preocupar, relaxa. - Joel passou a mão sobre seu rosto respirando fundo continuando a andar, viram quando Ellie subiu algumas escadas que estavam bloqueadas pelos destroços e parou em frente a mais um corpo.

— Tem outro aqui. - A garota avisou e dessa vez foi Joel que se aproximou e olhou para o corpo antes de se agachar e pegar um pedaço de papel que estava um pouco amassado e sujo com respingos de sangue.

"Reunião com a segunda equipe dos vagalumes no prédio do congresso.

GAROTA:
1,60 (?)
14 anos
Ruiva"

— São da zona de quarentena. - Joel avisa antes de amassar o papel e jogá-lo na poça de sangue enquanto se levantava.

— Não são nossos caras. - Esmeralda pode sentir o certo alívio na voz de Tess, mas preferiu manter para si mesma, seguiram andando pelo o que restou do metrô até se agacharem e passarem por baixo de alguns pilares que estavam caídos no meio do caminho, antes de se levantarem escutaram um estalo, coisa que os fez paralisarem no lugar e ao usarem suas lanternas para iluminar o caminho a frente, conseguiram ver um estalador se arrastando enquanto fazia alguns sons, ele parou por um momento e balançou seu corpo para frente e para trás fazendo mais alguns sons antes de voltar a andar. - Estamos quase saindo. - Tess os lembrou e se aproximou melhor deles. - Joel, vá na frente, eu vou na retaguarda e vocês duas no meio, aconteça o que acontecer não saiam de perto da gente. - Voltaram a erguer seus corpos e agora em fila começaram a andar, Ellie ia atrás da tia tentando tomar cuidado com o caminho que fazia, Joel para de repente levando seu braço para trás, Esmeralda quase bateu contra seu corpo e quando olhou por cima do ombro do homem, viu um corredor curvado para frente dentro de uma loja enquanto dois estaladores estavam andando em suas direções, Joel acabou colocando sua mão na cintura de Esmeralda e a empurrou para o lado conforme ia com seu corpo, a mulher imitou seu gesto e fez o mesmo com Ellie e Tess, a mais nova quase não respirava por medo de que algum infectado a escutasse, os estaladores passaram quase os tocando e o grupo não demorou para continuar a andar, tiveram que passar sobre alguns concretos que estavam pelo caminho, logo conseguiram ver uma saída que poderiam usar, mas tinham um pequeno problema que no caso era um estalador que estava sobre a escada que estava caída no chão, Joel fez sinal para as garotas pararem e assim fizeram, Esmeralda puxou sua faca e entregou ao homem que a pegou pelo cabo sem olha-la, Joel andou a passos cautelosos e rápidos, não demorou para estar atrás do estalador e passar seu braço pelo seu pescoço, coisa que o fez se debater para tentar agarra-lo, Joel não perdeu tempo em cravar a faca em sua nuca em direção ao cérebro o vendo parar de se movimentar em segundos, deixou que o corpo do infectado fosse em direção ao chão ao mesmo tempo em que puxava a faca de volta, prendeu a faca de Esmeralda contra seu cinto e se agachou pegando a escada e a apoiando contra a parede, se virou fazendo sinal para as garotas que andaram de forma rápida, Esmeralda levou sua mão até as costas da sobrinha a fazendo subir primeiro, Tess foi logo em seguida e subiu em seguida, Joel deu uma última olhada para trás para ter certeza que nenhum infectado estava perto o suficiente antes de começar a subir, assim que chegou a parte de cima, segurou a escada e a puxou a deixando por ali antes de pular para o lado de fora e sentir o fraco vento da noite.

— Puta merda, eu achei que ia ter um infarto. - Ellie colocou a mão sobre seu peito o sentindo bater com força contra ele. - Mas foi incrível pra caralho!

— Ellie, fala baixa. - Sua tia mandou e a garota rapidamente fez sinal como se estivesse fechando sua boca com um zíper. - Isso foi por pouco.

— Talvez o destino queira que a gente chegue ao congresso. - Tess comentou enquanto começavam a sair de perto do metrô.

— O que aconteceu se chama sorte e ela vai acabar. - Joel falou atrás das garotas, Esmeralda revirou seus olhos e parou de caminhar segurando as alças de sua mochila por um momento antes de apontar para uma loja de móveis.

— Acho que dá pra usar essa.

— Usar para que? - Joel perguntou franzindo sua testa.

— Para descansar.

— Temos que chegar ao congresso, não vamos parar. - A mulher nem ao menos se virou para Joel, apenas colocou sua mão sobre os ombros da sobrinha a levando em direção à loja, Joel olhou para Tess completamente irritado, a parceira suspirou antes de falar.

— Vamos ficar só por um tempo, vamos continuar antes do sol nascer, combinado? - Tess apenas viu Esmeralda erguer sua mão fazendo positivo com seu dedão antes de abrir a porta após usar o peso de seu corpo para fazer tal coisa, Ellie seguiu a tia e demorou apenas um instante até que os contrabandistas entrassem na loja, Joel fechou a porta e empurrou uma mesa para frente dela, Ellie retirou a mochila de suas costas e se jogou em um sofá empoeirado tossindo um pouco e balançando sua mão no ar até que a poeira se desfez.

— Vou poder esticar minhas costas. - A mais nova se espreguiçou enquanto falava e fechou seus olhos em seguida, Esmeralda tirou a mochila de suas costas e a deixou próxima da sobrinha antes de se aproximar de uma das janelas e sentar em uma poltrona próxima observando a noite do lado de fora.

— Eu vou dar uma olhada. - Joel avisou já saindo de perto as deixando para trás, maldita hora que tinha concordado com Tess para fazer esse contrabando, deveria ter dito para a parceira que aquilo não valia a pena, a vida deles era mais importante do que aquela merda de falsa esperança que Marlene tinha botado na cabeça da mulher e daquela criança, Joel tinha a total certeza que Esmeralda estava completamente cega por uma falsa esperança, mas a verdade era que a mulher queria encontrar uma cura, mas não tinha certeza se o que estava fazendo era o certo, tinha perdido a conta de quantas noites passou conversando com a sobrinha sobre aquilo tudo, passar por testes era uma decisão da garota e não dela, a mulher sempre lhe deixou isso muito claro.

Mas sua maior pergunta nem era quanto tempo demorariam os testes, mas sim se os vagalumes realmente iriam distribuir a vacina para todos e proteger o hospital onde tudo seria feito, com um suspiro fechou seus olhos por um momento e apertou a ponte de seu nariz com seu indicador e polegar, ouviu a sutil movimentação ao seu lado e ao voltar a abrir seus olhos, encontrou Tess próxima de si.

— Como é que tá o ombro? - Esmeralda abaixou sua mão antes de deixar seus dedos entrelaçados sobre sua barriga e erguer seu olhar para a mulher.

— O que quer saber? Tenho certeza que meu ombro é o menor dos seus interesses. - Notou o sutil sorriso no rosto de Tess que se arrumou ao seu lado enquanto cruzava seus braços.

— Como vocês vão fazer para distribuir as vacinas?

— Eu não sei. - Deu de ombros e Tess ergueu sua sobrancelha.

— Marlene não disse nada? Apenas que aconteceria uma vacina? - Esmeralda respirou fundo para não acabar sendo mais grosseira do que seria.

— Se não fosse pela Ellie, eu nem ao menos olharia na cara da Marlene, então sim, ela apenas me disse isso.

— E alguma garantia, pelo menos algo que você pudesse saber. - Esmeralda olhou para cima por um momento enquanto respirava fundo antes de olhar para Tess.

— Olha… - Começou de forma baixa e deixou que sua voz fosse como um sussurro para que a sobrinha não a ouvisse. - Não sei como ela irá fazer, eu apenas quero que isso tudo acabe, se não fosse por essa merda de apocalipse, eu teria uma vida, Ellie… teria uma vida, então o quanto antes isso terminar, melhor vai ser para todo mundo.

— Tá, eu acredito em você. - A ex-detetive ergueu sua sobrancelha em questionamento enquanto a olhava. - Acredito que você vai fazer o que é certo para que a cura aconteça. - Explicou e a mulher balançou sua cabeça de forma positiva lentamente, abaixou seu olhar por um momento antes de voltar a olhar pela janela.

— O velho não acredita tanto assim. - Tess não pode deixar de soltar um riso baixo.

— Ele tem o motivo dele e eu tenho o meu.

— E qual seria o seu motivo?

— Esperança. - Esmeralda voltou a olhá-la. - Eu não imaginaria uma cura, nem nos meus melhores sonhos, mas eu vi uma mulher com criança que foi mordida a mais de três semanas, então isso é motivo para que a esperança volte e eu sei que você vai realmente fazer qualquer coisa para levar Ellie até o hospital dos vagalumes, mas não só pelo fato dela ser sua sobrinha, mas sim para dar um fim a esses desgraçados comedores de gente. - Esmeralda deu um pequeno sorriso abaixando seu olhar para suas mãos antes de voltar a olhá-la. - Então volte viva disso.

— Quando eu voltar, pago uma bebida.

— Feito. - Esmeralda passou a mão sobre seu rosto antes de cruzar seus braços.

— Por que não descansa um pouco? Eu faço o primeiro turno.

— Bom, eu não vou recusar. - Tess se levantou e andou até uma cama, a mulher se deitou após tirar a mochila de suas costas, Esmeralda se encolheu na poltrona e colocou suas pernas para cima abraçando seus joelhos, um tempo se passou até que Joel finalmente voltou, o homem viu sua parceira deitada, Ellie estava no sofá e Esmeralda ainda continuava na cadeira, Joel se aproximou da mulher e por um momento achou que ela estava dormindo por nem ao menos se mover, mas quando parou ao seu lado viu que seus olhos estavam bem abertos.

— Vamos trocar de turno. - Esmeralda se moveu levemente mas não saiu do lugar, continuou na mesma posição, Joel precisou tirar a calma do fundo de sua alma para que não a mandasse se foder. - O enterro é seu mesmo. - Se afastou a deixando lá, tirou a mochila de suas costas a deixando aos seus pés ao se sentar em um sofá, colocou uma de suas pernas sobre seu joelho e deixou um de seus braços sobre as costas do sofá, se arrumou melhor e observou a mulher, fazer aquilo era como observar uma estátua, Esmeralda nem ao menos se movia enquanto mantinha seu olhar em direção a janela, aquilo era bizarro a um nível gigantesco, talvez ela já estivesse acostumada a vigiar ou a dormir pouco, Joel balançou sua cabeça em negação e cruzou seus braços fechando seus olhos.

[...]

— Acorda. - Esmeralda mandou enquanto chutava o pé de Joel que se sobressaltou e abriu seus olhos de repente e olhou para a mulher irritado. - Anda velhote, temos chão pela frente. - A mulher estava puxando seu cabelo para o prender, o elástico acabou caindo por entre as pernas de Joel, antes que ele se afastasse, a viu se agachar segurando o cabelo, coisa que o fez se assustar levemente, não demorou para vê-la se levantar com o elástico por entre os dentes para puxar mais seu cabelo e se afastar de si, Joel escutou o riso de Tess que tentava segurar a todo custo, o homem a olhou com cara de poucos amigos e a viu se afastar enquanto balançava a cabeça em negação ainda com ar de riso, Joel finalmente se levantou colocando a mochila em suas costas, a parceira passou por ele lhe dando leves tapinhas em seu ombro.

— Calma o coração, Texas.

— Engraçadinha. - Ambos andaram para fora da loja já encontrando tia e sobrinha, acabaram olhando com certa confusão para as duas por verem a tempo a mulher acertar um tapa na nuca da mais nova que lhe mostrou a língua enquanto passava a canhota no local atingido.

— Qual o caminho agora? - Esmeralda perguntou de forma baixa olhando para Tess, a mulher andou um pouco e apontou para um caminho que estava bloqueado por um caminhão.

— Temos que passar por aqui, o congresso fica pra esse lado. - Começaram a caminhar, mas antes de chegarem perto do caminhão, Esmeralda fez sinal para os contrabandistas e apontou para um prédio onde tinha um buraco na parede, puderam ver três corredores, a ex-detetive apertou o ombro da sobrinha que rapidamente entendeu que era para esperar ali e assim ela fez, Tess, Joel e Esmeralda andaram com cautela e cada um ficou atrás de um corredor, Esmeralda foi pegar sua faca e finalmente percebeu que não a tinha em sua cintura, fez uma expressão raivosa ao notar que Joel a usava, a mulher arrumou sua postura e pegou a cabeça do corredor a virando e quebrando o pescoço dele vendo o corpo cair no chão, Tess também deu o mesmo destino para corredor após sufoca-lo.

— Isso foi incrível pra cacete. - Ellie comemorou ao entrar no lugar, Esmeralda olhou para Joel e estendeu sua mão.

— Devolve a minha faca. - O homem olhou para a faca antes de entregar ela pelo cabo, Esmeralda a segurou e a guardou em sua cintura.

— Você foi boa em perceber os corredores. - Tess a elogiou e começaram a sair do prédio para passarem pelo caminhão.

— Eu não percebi, olhei eles pela janela da loja.

— Você o que? - Joel perguntou um tanto exaltado e Ellie começou a subir pelo container enquanto via a tia apontar para a janela da loja de móveis.

— A janela que fiquei olhando tinha visão para esse prédio, fiquei olhando eles enquanto estávamos lá.

— Você é louca? Deixou que a gente ficasse perto de infectados! - Joel deu alguns passos em direção a mulher ficando próximo dela.

— Você tem alguma mordida? Foi atacado enquanto estava dormindo? Não, então para de se queixar.

— Parem vocês dois. - Tess mandou, os afastando enquanto intercalava o olhar entre eles. - Você, Joel, tem que se acalmar e você Esme, o que fez foi perigoso, um movimento em falso e poderia tudo ido pra merda, então sem mais ideias como essas.

— Ta. - Foi a única coisa que respondeu antes de subir no container e em seguida no caminhão onde Ellie os esperava, a mais nova se aproximou melhor da tia antes de sussurrar.

— Eu empurro ele em uma cratera se você confirmar que foi acidente. - Esmeralda sorriu levemente antes de olhá-la.

— Tentador, mas não. - A mais nova fez um pequeno bico em seus lábios antes de descer atrás da tia.

— Um movimento, e eu estouro os miolos dela. - Joel avisou a Tess que revirou seus olhos antes de subir o container sendo seguida por Joel, não demoraram para estar do outro lado. - Vamos passar por aqui. - O homem apontou para uma garagem e andou até as correntes que abriam o portão, as segurou e começou a puxá-las fazendo com que o portão fizesse barulho a cada puxada.

— Joel. - Tess colocou a mão sobre o ombro do homem enquanto olhava para o caminho que tinham feito.

— Não escuto nada.

— Tá, continua. - Joel voltou a puxar, Esmeralda então ouviu grunhidos e um corpo despencar sobre o caminhão antes de cair para o lado em que estavam a poucos minutos atrás.

— Puta merda! - Ellie falou completamente assustada e Joel começou a puxar as correntes de forma mais rápida quando sons de infectados começaram a se tornar mais altos. - Mais rápido!

— Eu sei. - Joel murmurou de forma ofegante.

— Eles estão chegando! - Esmeralda avisou se aproximando de forma rápida de Joel e puxando as correntes junto a ele.

— Eu sei! - Sua voz saiu mais alta, Ellie viu quando os corredores começaram a subir pelo caminhão.

— Rápido, passa, rápido. - Tess mandava praticamente arrastando Ellie por baixo do portão, a mulher o segurou após passar e Joel puxou Esmeralda para que passassem, mas a mulher acabou tendo seu tornozelo segurado por uma infectada e a derrubou.

— ESME! - Ellie gritou, mas foi empurrada para trás por Joel, Esmeralda chutou o rosto da infectada e o contrabandista a puxou no exato momento em que Tess soltou o portão fazendo com que fechasse em um baque, Esmeralda ficou pelo chão, a mulher mordia o seu lábio inferior segurando o grito de dor, o homem a tinha puxado justamente pelo braço ruim, Joel se levantou e percebeu que a mulher continuava no chão. - Esme, Esme, tá legal? Perdeu algo? Arranhão? Mordida? Um…

— Ellie, dez segundos. - A garota fechou sua boca e levantou suas mãos e começou a abaixar um dedo por vez.

— Você tá legal? - Tess se aproximou da mulher e começou a ajudá-la a se levantar.

— Eu quero chegar logo nesse congresso e dormir por uma semana. - Esmeralda segurou seu ombro ruim e se afastou um pouco da Tess. - Valeu.

— Dez. - Ellie falou atraindo a atenção dos adultos. - Tá tudo bem mesmo?

— Tá sim, vamos lá. - Esmeralda começou a andar deixando seu braço caído ao lado de seu corpo, Ellie foi logo atrás da tia ficando ao seu lado caso ela precisasse de algo, Joel e Tess às seguiram, o homem olhou em volta percebendo que estavam em uma espécie de garagem para descarregar as coisas, Tess passou pela sobrinha e tia e abriu a porta que tinha, começou a andar olhando em volta.

— Que lugar é esse? - Ellie perguntou curiosa observando as coisas, se aproximou de um vidro onde havia alguns objetos estranhos.

— Um museu. - Esmeralda a respondeu enquanto andavam. - Era frequentado por pessoas que gostavam de história, arte e tudo mais, pessoas de todas as idades vinham.

— Devia ser foda pra caralho.

— Anna gostava. - A mulher acabou sussurrando ao observar uma pintura, Ellie acabou a ouvindo e um sorriso surgiu em seus lábios ao ouvir as palavras da tia. A mais nova começou a olhar de forma mais admirada pras coisas, estava tão alheia para as coisas à sua volta que acabou batendo em um vaso o fazendo cair e se quebrar, tal barulho fez com que os adultos se virassem de forma rápida para a garota que estava com as mãos no ar.

— Fui eu, desculpa.

— Ellie! - A tia a repreendeu e a garota deu um sorriso amarelo.

— Desculpa. - Joel balançou sua cabeça em negação e apertou a ponte de seu nariz para manter a calma antes de voltar a andar, subiu pela parte do teto que estava caída e foi seguido pelas mulheres e garota, tiveram que andar com cuidado por conta da madeira estar velha, a última coisa que queriam era cair com algum infectado os esperando.

— Por aqui, acho que dá pra passar. - Joel passou por uma porta parando ao lado de uma barra de ferro que estava posicionada embaixo de vigas de madeira que impediam a passagem para o outro cômodo.

— Deveríamos achar outro caminho. - Esmeralda sugere após fazer uma pequena careta.

— Vai dar tudo certo. - Tess garantiu e fez um pequeno sinal para Joel que segurou a barra, o homem respirou fundo antes de puxá-la para cima fazendo com que as vigas erguerem do chão.

— Vai, vai, vai, vai. - Joel mandou e Tess se arrastou por baixo, Esmeralda agachou a sobrinha a fazendo passar, mas antes que conseguisse fazer o mesmo, escutou a madeira cedendo e apenas teve tempo de jogar seu corpo para trás puxando Joel junto para não ter sua cabeça acertada.

— Joel, Esme! - Tess chamou por eles e ficou aliviada ao ouvir a tosse da mulher.

— Estamos bem, vocês… - A fala de Joel é cortada ao ouvir estalos.

— Estaladores? - Ellie pergunta um tanto incerta e querendo estar errada, Esmeralda arregalou seus olhos e se ergueu ficando de joelhos.

— Corre, vamos Ellie. - Tess saiu puxando a garota, Esmeralda se desesperou e antes que falasse qualquer coisa, Joel passou um de seus braços pelo corpo da mulher a puxando para trás e grudando as costas dela contra seu peito antes de usar sua mão livre para cobrir a boca da mulher, levou seus lábios até o ouvido da mesma.

— Shh, shh. - Esmeralda ficou paralisada, seu peito subia e descia com rapidez enquanto via os estaladores correndo em direção a onde Tess e Ellie tinham ido, quando o som dos infectados correndo já não era mais ouvido, Joel começou a soltá-la. - Vem comigo. - A chamou em um sussurro, a mulher precisou puxar o fôlego antes de andar agachada em direção a outro caminho que tinha se aberto, pararam e viram um estalador andando em círculos pelo lugar que teriam que passar, antes de Joel pensar em fazer algo, Esmeralda o segurou pelo braço e apontou para mais dois estaladores que apareceram.

— Merda.

Oi 😗

Trouxe mais um capítulo para vocês e antes do novo episódio amanhã.

O que vocês tão achando da série? Eu tô simplesmente apaixonada, papito Pedro está um pecado como Joel.
Não sei qual lado meu se desperta mais, o piranha ou o com daddy issues 🤡

Quero agradecer a todo mundo que começou a acompanhar a fic por conta da série, mas quero lembrar que ela vai seguir os acontecimentos do jogo e não da série, beleza? Então tá joia.

Esmeralda sendo poucas ideias, nada de novo.

Ellie falando o que todo mundo sabe sobre o Joel e a Tess.

Nossa garota ainda vai acabar perdendo esse braço, é sério.

Jorel tendo uma mente muito suja, mas o que é isso jorel? Sem nem um jantar antes?

E esse final? Se o Joel me pegasse desse jeito, eu desmaiava na hora e dizia que foi culpa dos infectados.

Desculpe por qualquer erro e obrigado por ler '-')sz

-W