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Eu entendo a sua dor.

Narrador pov:

Esmeralda sentia a exaustão mental se apossando dela, sua cabeça latejava com a certa calmaria, apesar de ainda ouvir poucas batidas na porta por conta dos infectados, não ousou se levantar do lugar, na verdade tinha certeza que não conseguiria fazer tal coisa por conta da fraqueza em suas pernas, não sabia explicar o que tinha acontecido, apenas sentiu como se fosse morrer e tal sensação já se apossou dela duas vezes, uma quando sua ficha caiu que Taylor realmente tinha se sacrificado, aconteceu quando estava junto da irmã sendo atendida por enfermeiros nas tendas que ficavam perto das zonas de quarentena e a outra vez foi quando Marlene lhe entregou Ellie e lhe disse que Anna havia morrido por conta da FEDRA, a ex-detetive estava na sala e havia deixado a sobrinha no meio de sua cama no quarto, até o dia de hoje ela apenas sentia as sensações como no dia em que perderam a Tess, odiava aquilo e ainda mais por acabar podendo colocar a vida de Ellie em risco se isso acontecesse se estivessem sozinhas, sua sorte era em ter os irmãos e Joel… o contrabandista mais uma vez tinha a ajudado, não conseguia entender como ele tinha feito tal coisa, mas o agradeceria outra hora, respirou fundo antes de começar a se levantar, arrumou sua mochila e se aproximou.

— Tia Esme, você tá melhor? - Esmeralda botou um sorriso em seus lábios e tombou sua cabeça levemente para o lado.

— Tô sim, podemos continuar.

— Tem certeza? - Joel perguntou ganhando a atenção da mulher. - Podemos esperar um pouco mais.

— Eu tô legal, é sério. - O contrabandista a examinou por um momento antes de balançar a cabeça positivamente, começaram a andar e se aproximaram de Henry e Sam. - Vamos garotos?

— Você tá bem?

— Não se preocupe, Henry. - A mulher sorriu levemente enquanto via os irmãos se levantarem. - Vamos lá. - Esmeralda começou a andar na frente acabando por os guiar, Henry e Joel se entreolharam brevemente.

— Ela tá bem mesmo?

— Se ela tá dizendo. - Joel respondeu mantendo o olhar nas costas de Esmeralda antes de seguir o caminho.

— Cara, assim ela não vai gostar de você.

— O que? - Joel franziu a testa ao escutá-lo.

— Dá pra ver que tem algo entre vocês e esse é até um motivo para eu não insistir em nada com ela. - Assim que falou pode sentir o olhar do mais velho em sua direção e deu um sorriso amarelo. - E também por que eu ainda quero continuar vivo, ainda mais depois desse olhar. - Joel voltou sua atenção para Esmeralda que agora andava junto de Sam e Ellie. - Uma mulher gosta que um cara seja sensível, que demonstre gostar dela e se importar.

— Por que eu ia querer demonstrar que gosto dela?

— Você gosta de esconder, então? - Devolveu com outra pergunta com um sorriso nos lábios, mas sumiu rapidamente quando Joel o olhou de canto. - A questão é. - Henry limpou sua garganta. - Mostre que se importa, que em um estalar de dedos, ela vai estar dizendo o mesmo.

— Eu não sinto nada por ela.

— Você acredita em algo que sai da sua boca?

— Você não tem mais o que fazer, não é? - Henry acabou rindo de forma baixa e balançou sua cabeça em negação.

— Não tenho. - Acabaram parando quando viram a mulher fazer o mesmo, quando se aproximaram o suficiente puderam ver uma pequena comunidade, as casas estavam abandonadas e algumas até mesmo destruídas. - Será que tem algum infectado?

— Vamos descobrir. - Esmeralda respondeu e pulou a parte elevada sendo seguida pelos demais, andavam pela rua observando o lugar, o silêncio era presente, mas podiam ouvir os sons de insetos, já começavam a sentir o clima esquentando com o sol que se erguia cada vez mais, a ex-detetive soltou seu cabelo o fazendo cair como uma cascata em suas costas, Joel que olhava para o lugar voltou a ter a atenção na mulher, pode vê-la colocar o elástico por entre seus lábios e puxar seu próprio cabelo antes de prendê-lo, um riso fraco e baixo demais saiu dos lábios de Joel ao notar as mechas pequenas que tinham se soltado.

— O que é isso? - A voz de Ellie quebrou o silêncio e em seguida olharam para onde a garota apontava, era um caminhão de sorvete um tanto destruído pelo tempo e com plantas em volta.

— Henry já me explicou, eles vendiam sorvete que era uma espécie de doce gelado e usavam esse caminhão que tocava música e tudo mais.

— Isso é mentira. - Ellie acabou rindo e olhou para a tia e para Joel em seguida. - É mentira, não é?

— Não é não, geralmente passava nos finais de semana. - Esmeralda respondeu com um pequeno sorriso em seus lábios.

— A música era ridícula e as crianças corriam para comprar. - Joel acrescentou fazendo Ellie ficar boquiaberta, os irmãos acabaram rindo.

— A época de vocês era muito estranha.

— Você nem imagina. - Esmeralda soltou um riso baixo e continuaram andando, dobraram algumas ruas e a mulher conseguiu ver o símbolo dos vagalumes em uma placa com o nome da rua. - Os vagalumes estavam por aqui.

— Como… - Henry nem terminou sua pergunta pois Esmeralda apontou para a placa o fazendo abrir a boca levemente, o rapaz olhou em volta e apontou para uma casa onde havia mais um símbolo dos vagalumes, este estava um pouco escondido por conta da vegetação que subia pela parede. - Ali, tem mais um símbolo, talvez tenha algo naquela casa.

— Vamos lá. - Joel os chamou e andaram em direção a casa, subiram a calçada e em seguida as poucas escadas, o contrabandista foi na frente e abriu a porta dando alguns passos lentos tentando ouvir algo, mas apenas o som de seus passos e do grupo eram ouvidos. - Pelo visto não tem ninguém.

— Vamos dar uma olhada e ver se encontramos algo. - Esmeralda sugere e logo todos concordam se separando, cada um foi para uma direção, Joel acabou por descer em direção ao porão, acendeu a luz de sua lanterna para conseguir enxergar melhor, andou até algumas caixas após descer as escadas e mexeu nelas tentando achar algo de útil, mas havia apenas alguns mapas e uma carta.

"De: Owen
Para: Abby"

O contrabandista leu os nomes e apenas jogou o envelope de volta na caixa andando até outra, olhou dentro encontrando mais papel e um deles com uma lista, provavelmente de novos recrutas dos vagalumes.

"Grupo para busca de suprimentos:
Abby
Owen
Mel
Nick

Grupo para patrulha:
Manny
Leah
Jordan
Nora"

Havia mais alguns nomes e até mesmo encontrou o de Marlene, mas amassou o papel e o jogou em um canto, estaria desperdiçando seu tempo em ficar lendo aquilo, andou até outra caixa e finalmente encontrou algo útil, algumas poucas caixas com munição, verificou as outras para ter certeza se não acharia mais alguma coisa e quando não encontrou, pegou a que continha munição e subiu com a mesma após desligar a lanterna, passou por Ellie que tentou ver o que tinha na caixa, mas só conseguiu quando Joel a colocou sobre a pequena mesa de centro.

— Caralho, você achou munição.

— Tinha no porão. - O contrabandista falou enquanto tirava as caixinhas, a garota pegou uma, retirando uma bala.

— Tinha mais alguma coisa?

— Uns papéis com uns nomes sem importância. - Deu de ombros sem olhar a garota que agora tinha pegado sua pistola e tirado o pente da mesma, tentou recarregar e ficou resmungando ao não conseguir, Joel ergueu sua sobrancelha ao ver que a garota não havia conseguido ao tentar novamente. - Aqui. - A chamou e Ellie se aproximou entregando o pente junto da bala. - Você precisa usar um pouco mais de força, como se fosse colocar pilha na lanterna, desse jeito. - Colocou uma bala no pente e o entregou para a garota junto de mais uma bala. - Tenta. - Ellie fez o que o homem lhe explicou e usou um pouco mais da sua força e conseguiu, abriu um sorriso e ergueu o pente.

— Consegui!

— Mandou bem, garota. - Joel sorriu levemente vendo Ellie colocar mais balas no pente, o contrabandista acaba não notando Esmeralda surgindo da cozinha e os observando, a sobrinha mostrava para Joel como estava colocando e o homem acenava com a cabeça ou dizia que estava fazendo certo, aquela era uma cena tão…

— Achei umas barrinhas de cereal. - Sam avisa enquanto descia as escadas junto do irmão que trazia algumas roupas as colocando em sua mochila, Esmeralda arrumou sua postura e Joel a olhou se questionando a quanto tempo a mulher estava ali, mas não ousou perguntar. - Vocês querem?

— Eu quero. - Ellie se virou para o garoto e Sam se aproximou entregando algumas as tirando de dentro da sacola.

— Achei munição. - Joel balança uma das caixas no ar após desviar o olhar de Esmeralda quando a mesma o olhou. - Melhor recarregar os pentes antes de continuarmos.

— Boa ideia coroa, quer dizer, Joel, desculpa aí Esme.

— Haha, vai a merda, Henry. - O rapaz soltou uma risada baixa e tanto ele como Esmeralda se aproximaram para começar a recarregar seus pentes.

— A gente podia descansar um pouco aqui e continuar daqui a pouco. - Sam sugeriu enquanto os observava.

— Vamos descansar quando chegarmos na torre. - Henry argumentou e o mais novo ficou com os ombros caídos, Esmeralda viu aquilo e abaixou seu olhar antes de falar.

— Descansar um pouco não vai fazer mal, ainda vamos ter a luz do dia.

— Continuamos daqui a pouco, a torre vai continuar no mesmo lugar. - Joel acrescentou ignorando os olhares que recebeu e principalmente Ellie que havia forçado uma tosse para não acabar rindo.

— Vamos continuar depois então. - Henry concordou, apesar que o mesmo não tinha muita opção a não ser fazer isso.

[...]

Ellie e Sam haviam parado de jogar dardos após finalmente decidirem que o jogo ficaria empatado já que nem um dos dois dava o braço a torcer para admitir a derrota, Henry tinha cochilado por um tempo enquanto Joel ficou de vigia e Esmeralda adormeceu com a cabeça deitada na mesa da cozinha por poucos minutos, as crianças estavam no andar de cima e agora olhavam os adultos se arrumando no andar de baixo para que continuassem a caminhada, a garota observou Joel e Henry saírem de dentro da casa e um sorriso surgiu em seus lábios.

— Ai, quer me ajudar numa coisa? - Ellie perguntou e Sam a olhou com a sobrancelha erguida.

— No que? Tem que ser rápido, pois vamos ir daqui a pouco.

— Relaxa, vai dar tempo. - Ellie sorriu um tanto perversa dessa vez. - Agora presta atenção no que eu vou falar. - A garota se aproximou do ouvido de Sam e começou a sussurrar, o garoto precisou apertar seus lábios para segurar o riso que queria escapar. - Entendeu? - Perguntou após se afastar e o viu balançar a cabeça positivamente.

— Entendi.

— Vamos lá. - Ambos esperaram um pouco antes de começarem a descer as escadas, fizeram um pequeno aceno de cabeça antes de se separarem, Sam andou até Esmeralda que havia acabado de sair do banheiro secando seu rosto.

— Esme, Esme. - Sam a chamou de forma apressada a fazendo olhá-lo com certa confusão.

— O que foi, Sam?

— A Ellie, acho que as barrinhas não fizeram bem e ela ta vomitando lá no quarto de cima. - Esmeralda jogou a toalha de qualquer jeito no chão antes de correr escada acima, Sam se virou e fez sinal para a garota que apurou o passo e saiu de dentro da casa.

— Joel, Joel!

— Ellie, o que foi?

— A Esme, eu acho que ela tá passando mal lá no quarto de cima. - A expressão do contrabandista mudou completamente antes de correr para dentro e em seguida para o andar de cima, Ellie voltou para dentro e trocou um leve toque de mão com Sam antes de ambos seguirem para o andar de cima.

— Esme! - Joel a chamou assim que entrou no quarto e pode vê-la sair do banheiro que havia junto. - Você 'tá bem?

— O que? Se eu tô bem? Quero saber da Ellie.

— Como assim da Ellie? Ela acabou de me dizer que você estava passando mal. - Esmeralda franziu sua testa e seu semblante fechou ao entender o que tinha acontecido ali, mas antes que se movesse ouviu o trinco da porta, andou a passos pesados passando por Joel e quase batendo seu ombro contra o dele, ao levar sua mão a maçaneta, tentou abrir mas não conseguiu girar e bateu com sua mão aberta contra a madeira da porta.

— Ellie, abra essa maldita porta agora mesmo!

— Só vamos abrir depois que vocês se resolverem. - A voz de Sam soou fazendo com que Joel e Esmeralda ficassem confusos.

— Como assim nos resolvermos? - Joel perguntou ao se aproximar da porta.

— Só vão sair daí quando voltarem a ser um casal.

— Não somos um casal! - Esmeralda acertou mais um tapa na porta.

— Ellie me disse que você iria dizer isso.

— Sam, volta aqui! - Escutou os passos se afastando, mas percebeu que havia mais um, Ellie com certeza estava ali dizendo o que o garoto deveria falar. - Ellie, quando eu sair daqui vou te encher de cascudos! Ellie! - Acertou sua mão mais uma vez e sem pensar muito deu um encontrão com seu ombro ruim e soltou um gemido de dor, Joel rapidamente a impediu de fazer novamente a segurando. - Me solta Joel, vou derrubar essa merda e tirar o livro de piadas dessa pirralha.

— Não vai conseguir fazer nada disso se tirar o ombro do lugar de novo. - A puxou para longe da porta e a fez se sentar sobre a cama antes de se sentar ao seu lado e fazê-la tirar a mochila das costas, assim que o fez abriu a blusa da mulher abaixando a gola podendo ver que o roxão ainda continuava presente apesar de ter diminuído um quase nada desde a última vez que tinha o visto. - Ainda tá feio.

— Agora me fala a novidade. - Joel ignorou seu tom de voz e arrumou a blusa da mulher em seguida. - Não tem como você dar um tiro na porta?

— Minha arma está lá embaixo. - Esmeralda queria se bater, ainda mais por também ter deixado a sua no andar de baixo.

— Então arromba essa merda.

— Se acalme primeiro. - A mulher o olhou irritada.

— Eu tô calma, agora vai abrir. - Mandou apontando para a porta e Joel ergueu sua sobrancelha.

— Fale "por favor".

— Que tal, "vai se foder"? - Joel acabou rindo baixo e se levantou andando até a porta antes de chutar, fez isso uma, duas, três, quatro vezes e nada. - Já perdeu as forças?

— Tem algo na frente da porta, engraçadinha.

— Eu juro que vou matar um. - Joel bufou após chutar a porta uma última vez e voltou até a cama parando próximo da mulher que ergueu seu rosto para poder olhá-lo. - Vai ter que me aturar até o Henry aparecer.

— Eu já faço isso e o Henry foi buscar água.

— Que maravilha. - Esmeralda revirou seus olhos e em seguida franziu sua testa antes de chutar levemente a canela de Joel que resmungou. - E você me aturou muito bem quando estávamos…

— Para. - A mulher não conseguiu não rir e jogou seu corpo para trás caindo sobre o colchão, deu leves batidas no seu lado e demorou um pouco até Joel se deitar e ambos ficaram de barriga para cima encarando o teto. - Mais calma?

— Depende.

— Depende do que?

— Você vai tirar a camisa e me beijar?

— Para. - Esmeralda riu novamente e passou as mãos sobre seu rosto, os segundos foram se tornando minutos, a mulher começou a notar que Joel não parava de mexer seus próprios dedos e isso estava começando agonia-la internamente, tentou se concentrar no teto, mas não deu certo, sem nem ao menos olhá-lo ergueu sua mão e segurou a do contrabandista o fazendo parar e olhá-la.

— Seus dedos estão me incomodando.

— Certo. - Joel ficou em silêncio por um momento antes de quebrá-lo. - Mas eles não te incomodaram quando…

— Para. - Esmeralda o imitou fazendo sua voz ficar mais grossa, se entreolharam e acabaram rindo. - Você é um idiota.

— Você riu.

— Não ri nada, foi tudo ilusão da sua mente de velho. - Joel balançou sua cabeça em negação acabando por rir novamente, seu olhar acabou se abaixando para sua mão que ainda era segurada pela da mulher, por algum motivo não queria mexer sua mão para que ela não acabasse a soltando, quase entrelaçou seus dedos aos dela, mas o som de algo se arrastando despertou a atenção de ambos, Esmeralda foi mais rápida e se sentou um tanto rápido e se levantou. - Henry?

— Já tô abrindo. - Esmeralda respirou aliviada antes de pegar sua mochila e a colocar nas costas, Joel se levantou com certa carranca mas ficou em pé esperando a porta abrir, pode ver a porta ser forçada algumas vezes até que finalmente foi aberta e Henry quase caiu por perder o equilíbrio mas se segurou na porta e tomou a sua postura. - Consegui, bem fácil. - Colocou a mão na cintura e Esmeralda ergueu sua sobrancelha, Henry sorriu amarelo e apontou para fora com seu polegar. - Eles estão lá embaixo.

— Obrigada.

[...]

O grupo andava para fora da comunidade, Ellie passava a mão em sua bunda enquanto tinha a cara fechada, havia levado um tapa de Esmeralda e ainda podia sentir os cinco dedos da mulher em sua bunda, seu livro de piadas tinha sido confiscado assim como seus quadrinhos, já Sam havia recebido um puxão de orelha e um beliscão, o garoto passava a mão sobre seu braço e pela orelha, ainda tiveram que ouvir Esmeralda lhes passar um belo sermão enquanto Joel e Henry apenas se mantiveram em silêncio, pois quando o rapaz ousou falar algo, recebeu um olhar atravessado o fazendo ficar em silêncio.

— Vamos descer aqui, a torre fica logo depois dessas casas. - Henry avisou quando chegaram em uma parte mais elevada, pularam podendo ver vários carros espalhados na rua e mais casas destruídas, mas quando foram dar um passo, tiros soaram e por sorte acertaram os carros dando tempo para que o grupo se escondesse.

— EU TO VENDO VOCÊS.

— Um sniper filho da puta. - Esmeralda xingou quando mais tiros acertaram o carro.

— O que a gente faz? - Sam perguntou e Joel olhou em volta antes de se arrumar ainda se mantendo escondido.

— Eu vou dar um jeito nele.

— Está louco?! - Esmeralda tinha seus olhos arregalados enquanto olhava para Joel.

— Eu vou dar a volta na casa e o pegar por trás.

— Não faça isso, é uma completa loucura. - Ellie falou desesperada e Joel olhou para tia e sobrinha.

— Fiquem aqui, vamos todos juntos para a torre. - Ellie acabou segurando a mão da tia quando Joel começou a se afastar, ficaram escondidos ainda ouvindo os tiros que acertavam os vidros e latarias dos carros, a mão de Esmeralda começou a tremer e a mais nova a segurou com as suas duas mãos as da mulher e as apertou levemente, a ex-detetive se encostou no carro e fechou seus olhos.

— EU VOU MATAR CADA UM DE VOCÊS! - O Homem gritou mais uma vez e continuou atirando.

— Esme, fica aqui, fica aqui! - Ellie pediu um tanto desesperada.

— Eu tô aqui. - Sua voz saiu baixa enquanto apertava a mão da sobrinha sentindo a sua própria gelada.

— APAREÇAM SEUS DESGRAÇADOS! EU… - A fala do desconhecido foi interrompida juntamente dos disparos, alguns poucos segundos se passaram em silêncio até que um único tiro soou fazendo com que Esmeralda abrisse seus olhos, a mulher acabou não pensando muito e se levantou, olhou para a última casa na rua tentando ver algo.

— Joel… - O nome do homem saiu em um sussurro dos lábios de Esmeralda. - JOEL!

— TO VIVO. - Joel gritou e a mulher respirou aliviada.

— Eu quase morri do coração agora. - Ellie murmurou com a mão sobre seu peito.

— Não só você. - Henry apontou para a mulher fazendo as crianças rirem.

— Vão procurar o que fazer. - Reclamou e começaram a andar, Joel que os olhava pela mira acabou franzindo sua testa ao ver algo se movendo de forma rápida, arregalou seus olhos ao ver que era um corredor e rapidamente atirou na cabeça do infectado, fazendo com que os outros se assustassem e olhassem para trás vendo o corpo do corredor caído no chão, Joel virou a mira para o lado e viu mais infectados surgindo.

— CORRAM! SAIAM DAÍ! - Joel começou a gritar e o desespero começava a tomar conta de seu peito, atirou em alguns e ouviu o grito de Ellie, ao virar a mira em direção a onde eles estavam, viu Esmeralda acertando a cabeça de um estalador que estava sob o corpo da sobrinha, Joel atirou no corredor que estava sob Sam, aqueles infectados haviam parecido por entre as casas.

— Sam, você está bem? - Henry perguntou completamente preocupado enquanto ajudava o irmão a se levantar.

— Tô… tô legal.

— Rápido! - Esmeralda segurou a sobrinha começando a correr junto da mesma e com os irmãos, Joel continuava a atirar, mas mais infectados apareciam de todos os lados, os tiros do sniper que com certeza haviam os atraído, o contrabandista tenta atirar no máximo de infectados, mas eram muitos.

— Meu Deus… - Sussurrou largando o rifle no chão de qualquer jeito antes de sair do quarto correndo.

— Joel, rápido! - Ellie chamou pelo mais velho e pode vê-lo descer as escadas de forma rápida, o grupo saiu pela porta dos fundos, a batendo com força no exato momento em que os infectados invadiram a casa, eles precisavam correr se não quisessem virar lanchinho de infectado.

[...]

— Era aniversário do Tommy, ele queria alugar duas Harley para nós e sair por aí. - Joel falava mexendo na lata que estava em sua mão, o grupo havia chegado na torre após correr e correr muito, conseguiram despistar os infectados com muita dificuldade e finalmente conseguiram chegar na torre, a noite tinha chegado e após recuperarem o fôlego Henry mostrou o lugar e os ajudou a se instalarem, agora todos com exceção de Sam, estavam sentados no chão comendo uma sopa enlatada que Henry tinha feito.

— E como foi? - Henry perguntou em expectativa e Joel balançou a cabeça positivamente levando a colher uma última vez até seus lábios e a colocar de volta na lata antes de deixá-la em sua frente.

— Foi bom.

— "Foi bom"? Vamos cara, me diga os detalhes. - Esmeralda acabou rindo encolhendo seus ombros.

— Olha, eu vou ver o Sam, essa conversa está incrível demais para eu continuar aqui. - Ellie se levantou pegando sua mochila que tinha deixado ao seu lado.

— Ellie, essa belezinha não é só uma moto, você senta nessa malvada e sente o motor, não tem nada igual.

— Ah é, como sabe?

— Eu andei nela… nos meus sonhos, vrum vrum vrum. - Henry imitou o barulho de um motor e fingiu estar em uma moto, Ellie revirou seus olhos mas acabou rindo.

— Ridículo. - Ellie se afastou e passou por uma porta os deixando para trás, Esmeralda que mexia em sua sopa olhou para Henry.

— Seus amigos não vão aparecer, não é? - O rapaz apertou seus lábios e balançou sua cabeça negativamente de forma lenta.

— A pior parte é ter que falar isso pro Sam.

— Diga amanhã, ele merece um descanso, pelo menos hoje. - Joel sugere e Henry concorda novamente.

— Tem razão, na verdade todos nós.

— O que está fazendo aí escondido? - Ellie perguntou assim que encontrou Sam sentado em um canto, seu olhar estava distante até que finalmente a olhou.

— Estava apenas… pensando.

— Bom, aqueles três não vão se matar durante a noite, disso você pode ter certeza. - Sam riu de forma fraca antes de se levantar e mancar levemente, mas para sua sorte, a garota não percebeu.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Claro.

— Do que você tem medo?

— Hm, deixa eu ver… - Ellie fingiu pensar e ergueu seu indicador apontando para o garoto. - Os escorpiões são muito assustadores.

— Ellie. - Sam a repreendeu e olhou pela janela, mas acabou ouvindo o suspiro da garota e acabou se virando para ela.

— De perder a Esme e acabar sozinha, eu… eu não sei como ficaria sem ela comigo, ela é minha família e sempre cuidou de mim, não gostaria de me imaginar em um mundo sem ela. - Sam balançou sua cabeça positivamente e abaixou seu olhar.

— Eu tenho medo de virar uma dessas coisas lá fora, sabe… e se eles estiverem lá dentro? Mas sem o controle do seu próprio corpo? - Voltou a olhar a garota. - Acredita que isso possa ser possível?

— Hã, parte sim e parte não, mas a pessoa não tá mais lá depois disso tudo… ah, quase esqueci. - A garota ergueu a mochila colocando sobre a mesa e a abriu. - Esse papo quase me fez esquecer. - Puxou o boneco que o garoto tinha pegado na loja de brinquedos. - Aqui, se ele não souber, pode levar. - O deixou sobre a mesa e fechou a mochila colocando a alça sobre seu ombro. - Bom, eu tô com sono e amanhã precisamos estar dispostos para fazer mais alguma pegadinha com a Esme e o Joel.

— Mesmo depois do sermão?

— Mesmo depois do sermão. - Ambos riram e Ellie sorriu se afastando e segurou a maçaneta. - Vejo você amanhã.

— Até amanhã. - A garota abriu a porta e saiu, deixando Sam sozinho, o garoto segurou o brinquedo em suas mãos sentindo o lábio inferior tremer e seus olhos marejaram antes de jogar o brinquedo no chão e se sentar na cadeira e inclinar seu corpo para frente e erguer sua calça revelando a mordida que sangrava, já no outro cômodo os adultos haviam arrumado as coisas e deixado apenas o fogo da lareira acesso, Esmeralda estava encostada na parede sentada no chão, Ellie havia se deitado com a cabeça sobre as pernas da tia, uma coberta estava sobre seu corpo, Henry já havia se arrumado e caído no sono tão rápido que apenas comprovava como estava cansado, Joel estava olhando pela janela e Esmeralda o observou enquanto passava a mão sobre o cabelo da sobrinha.

— Estamos seguros aqui. - A voz da mulher soou baixa, mas o suficiente para Joel ouvir e se virar em sua direção. - Descansa um pouco, velhote. - O viu revirar os olhos e andar até ela e se sentar ao seu lado.

— Dorme um pouco.

— Eu tô legal. - Falou olhando a sobrinha dormindo, os minutos foram se passando e Joel tinha seu olhar para frente e acabou franzindo sua testa ao sentir algo em seu ombro, ao olhar encontrou Esmeralda com a cabeça encostada, o contrabandista a arrumou e se afastou um pouco para que ela não se sentisse tão dolorida, o som da respiração era a única coisa ouvida pois Sam tinha cobrido sua boca com suas mãos para abafar qualquer soluço que quisesse escapar.

[...]

Ellie começava a acordar enquanto sentia um cheiro de comida no ar, o único barulho feito era da colher passando na panela, a garota despertou por completo e se espreguiçar podendo ver uma manta embaixo de sua cabeça, soltou um longo bocejo e foi notada pela tia que estava ao lado de Joel observando a janela, a mulher a olhou com um pequeno sorriso.

— Bom dia, cacete, que cheiro bom. - Ellie falou enquanto se levantava e colocava uma mecha atrás de sua orelha. - Cadê o Sam?

— Eu deixei ele dormindo. - Henry pode ver os ombros da garota caírem levemente. - Mas pode chamar ele se quiser. - Ellie abriu um sorriso animada e andou até a porta a abrindo, encontrou Sam em pé de costas para ela, tal coisa a fez franzir a testa em confusão.

— Sam? - O garoto se virou de forma rápida grunhindo antes de correr em sua direção. - SAM! - O corpo da garota caiu para trás abrindo a porta que estava apenas encostada fazendo os adultos se assustarem.

— Ele se transformou! - Joel falou assustado e correu até sua mochila para pegar a arma enquanto Esmeralda foi em direção às crianças, mas dois tiros acertaram perto dos pés de ambos.

— DEIXA O MEU IRMÃO, PORRA! - Henry gritou os vendo com as mãos no ar, Ellie gritava desesperada tentando manter o garoto afastado de seu rosto, mas não estava sendo fácil.

— Que se foda. - Joel murmurou e foi se aproximar de sua mochila novamente, mas mais um tiro soou só que dessa vez tinha sido na cabeça de Sam, Ellie empurrou o corpo do garoto para o lado tendo o rosto sujo com o sangue dele e se sentou tentando puxar o fôlego enquanto seus olhos estavam com lágrimas.

— Sam… Sam… Sam… - Henry começou a sussurrar enquanto as lágrimas caiam.

— Henry, me entrega a arma. - Esmeralda pediu tentando se aproximar mas o rapaz apontou a arma em sua direção a fazendo erguer mais as mãos. - Calma, por favor, calma.

— É sua culpa… É SUA CULPA!

— Não é culpa de ninguém, Henry, nos entrega a arma. - Joel pediu o vendo cambalear.

— Eu entendo a sua dor, a gente pode te ajudar, por favor, me entregue a arma. - Henry olhou nos olhos de Esmeralda, a mulher deu um pequeno passo para frente. - Me entrega.

— É minha culpa… - O rapaz colocou o cano da arma em sua cabeça em um movimento rápido.

— HENRY, NÃO! - Esmeralda gritou e o viu apertar o gatilho antes de ter seu corpo caído no chão, o sangue se juntou com o do irmão que havia formado uma poça, a ex-detetive conseguiu ver um pouco do seu reflexo no líquido vermelho e naquele momento o mundo pareceu ficar em silêncio e em luto pelos dois irmãos.













Oi 🤨

Ainda é domingo? Então conta.

Era pra ter saído mais cedo, mas tive uns contratempos, em comemoração ao aniversário do papito Pedro, trago dois capítulos para vocês 😗

Esme já teve essa sensação em outras vezes

Henry tentando ajudar nosso velho

Esme mandando e todo mundo obedecendo, quem pode, pode né

Pegaram a referência pesada? E sim, todos os nomes citados, são todos que torturaram o Joel 😭

E eu mudei essa parte do sniper, no jogo tem os caçadores e infectados, mas quando eu tava fazendo, não gostei de como ficou e só deixei os infectados mesmo e o sniper também

Ellie corrompendo o Sam e nossa Esme não perdoando kskskskss

Joel, Esme e Ellie tão piticos

O Sam tentando buscar algum tipo de esperança 😔😔

E esse final? Olha... 😔😔

E aqui encerramos oficialmente o verão na fic, se preparem para o outono.

Desculpe por qualquer erro e obrigado por ler '-')sz

-W

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