A faculdade.
Narrador pov:
Duas semanas depois:
— Tá frio! - Ellie reclamou enquanto se abraçava, a garota estava sem roupa e seu corpo e cabelo estavam molhados assim como Esmeralda, a mais velha havia colocado algumas toalhas sobre o corpo da sobrinha e passou suas mãos sobre os braços da mesma para esquentá-la nem que fosse um pouco. - Não podíamos ter tomado banho na universidade? Tenho certeza que os vagalumes devem ter água quente.
— Estávamos podres depois de ter matado aqueles corredores, você não ia ficar suja até lá.
— Mas vamos chegar amanhã. - Esmeralda a olhou de canto a vendo formar um pequeno bico enquanto ambas secavam seu próprio corpo.
— Não importa. - Começou a se vestir o mais rápido que pode enquanto seus dentes batiam levemente um contra os outros. - E é melhor você ter tomado banho também Joel! - Seu tom de voz era alto o suficiente para que o homem a escutasse, o contrabandista resmungou algo inaudível do outro cômodo enquanto se vestia.
— Não quer ir ajudar ele? - Ellie provocou a tia e desviou antes de sentir o tapa em sua nuca. - Sou foda… - Sua fala foi interrompida ao sentir o tapa com a outra mão de Esmeralda. - Qual é?!
— Pra aprender a respeitar os mais velhos.
— Deveria ser anciã. - A corrigiu e fechou a sua calça a tempo de correr para longe da tia que jogou o tênis para tentar acertá-la. - Louca!
— Você vai ver a louca. - Pegou o outro tênis e jogou em direção a mesma, mas a garota conseguiu desviar novamente, só que ambas não esperavam que o tênis fosse acertar o meio das pernas de Joel que surgiu na porta de repente, o contrabandista se curvou para frente perdendo o fôlego por um momento, a garota arregalou seus olhos assim como Esmeralda, mas a mais velha cobriu sua própria boca com suas mãos. - Ai meu Deus, Joel! - Correu até o homem levando suas mãos em seus ombros para tentar ajudá-lo.
— Lá se foram meus futuros primos.
— Ellie! - Esmeralda a repreendeu a vendo fechar a boca e erguer as mãos em forma de rendição. - Não era pra te acertar, desculpa mesmo.
— Como consegue… ter tanta força?
— Eu mato estaladores, não é algo que se possa fazer sendo carinhosa. - Debochou ajudando o homem a andar até a cama e se sentar na mesma, Joel estava com suas mãos sobre seu membro ainda o sentindo doer. - Ellie, pega uma água pra ele.
— Tô indo. - A garota correu e Esmeralda arrumou seu casaco enquanto levava suas mãos até o rosto de Joel e acariciava o rosto do mesmo que estava com seus olhos fechados e testa franzida.
— Não jogue mais coisas, combinado?
— Pra sua sorte eu não estava tentando acertar algo com a faca.
— Muita sorte. - Joel apoiou sua cabeça na barriga da mulher a sentindo acariciar seu cabelo de forma lenta.
— Aqui. - A voz de Ellie soou ao voltar, se aproximou entregando a garrafa para o homem que abriu seus olhos e a pegou antes de abrir e beber um pouco após afastar sua cabeça da barriga da mulher. - Esme fez um headshot bem certeiro. - A ruiva recebeu o olhar dos dois adultos e apertou seus lábios brevemente. - Vou ficar quieta.
— Ótima ideia.
[...]
— Carneiros selvagens? - Ellie perguntou franzindo sua testa quando pararam em frente a uma placa.
— O mascote do time, toda faculdade tinha um. - Joel respondeu para a garota que abriu a boca levemente enquanto balançava a cabeça de forma positiva lentamente.
— Qual era o de vocês?
— O meu era um tigre. - Esme respondeu enquanto olhava em volta.
— Eu nunca estive em uma faculdade, pelo menos não como aluno. - Tia e sobrinha o olharam ao mesmo tempo, acabando por fazerem expressões confusas.
— Por que? - Esmeralda perguntou e começou a segui-lo após atiçar levemente o pé de pano, nome de um dos cavalos que Ellie havia dado.
— Eu tive a Sarah muito novo, precisei trabalhar para conseguir pôr comida na mesa.
— Você foi casado? - Ellie perguntou e a mais velha o olhou com a sobrancelha erguida.
— Por um tempo.
— O que aconteceu?
— Ok. - Joel falou e Ellie encolheu levemente seus ombros.
— Demais?
— Demais. - Esmeralda se arrumou levemente sobre a sela, podendo notar o certo desconforto do homem. - Fez faculdade de que? - Joel perguntou para mudar o clima que estava querendo se formar.
— Engenharia. - O contrabandista virou seu rosto em direção a mulher e franziu sua testa. - Eu sei, não tem nada a ver com o que eu trabalhava. - Falou após ver a expressão do homem. - Mas eu tinha tempo e uma bolsa de estudos, então eu fiz pois eu gostava de ver como as coisas poderiam se juntar e formar coisas incríveis. - Joel não conseguiu não deixar escapar um pequeno riso e balançou sua cabeça em negação. - Que foi?
— Nerd.
— Vai se foder. - Revirou seus olhos podendo ouvir a sobrinha rir.
— E você se formou? - Ellie perguntou a tia ao se inclinar levemente para o lado.
— Não, tranquei a faculdade.
— O que é isso?
— É como uma pausa, ela poderia voltar depois de onde ela parou caso quisesse. - Joel explicou e viu a garota balançar a cabeça positivamente. - Isso era bem comum de acontecer, além de festas e outras coisas dos alunos. - Um sorrisinho surgiu nos lábios de Esmeralda. - Eu tô vendo. - A mulher forçou uma tosse e apertou seus lábios, Ellie franziu a testa confusa mas não questionou dessa vez.
— Bom, a maioria que ia pra faculdade nem ao menos sabia o que queria fazer da vida e muitas vezes fazia algum curso que nem seria com o que iriam trabalhar.
— Tipo você? - Ellie perguntou e a viu balançar a cabeça positivamente.
— Tipo eu.
— Por que não seguiu na engenharia? - Joel perguntou fazendo Callus desviar de alguns arames farpados.
— Acho que por eu ser muito agitada e até mesmo um pouco brigona, ser engenheira não me ajudaria muito, mas foi Anna que mais incentivou a trancar, acho que se ela não tivesse feito isso, com certeza eu teria me formado. - Joel se pegou pensando se algum momento teria conhecido Esmeralda quando o mundo não era assim, seria mais provável encontrá-la em uma construção do que na delegacia. - Mas ser policial foi bem mais realizador do que a engenharia.
— Você não era detetive?
— Para ser detetive eu precisei ser policial antes. - Respondeu deixando um pequeno riso escapar. - Me formei com honras na academia de polícia e em apenas três meses me tornei detetive, eu era praticamente um exemplo. - A mulher balançou seus ombros um tanto orgulhosa enquanto um sorriso brincava em seus lábios.
— Nerd.
— Eu vou te meter o socão. - Esmeralda fechou seu sorriso ao olhar para Joel que solta um pequeno riso e ia parando com Callus fazendo com que a ex-detetive fizesse o mesmo. - O que foi?
— Acho que eu vi algo. - Joel apontava para o dormitório e principalmente para a parede que estava quebrada, Esmeralda olhou em volta antes de passar sua perna sobre pé de pano pela parte da frente antes de descer.
— Cuida deles. - Esmeralda mandou olhando para Ellie e entregando as rédeas assim como Joel. - Se vir algo, nos grite.
— Tá bom. - Fez um pequeno aceno de cabeça vendo os dois adultos se afastando e entrando pela parte destruída, muitas coisas estavam reviradas e quebradas, podiam sentir o cheiro de mofo por conta da chuva que pode ter entrado pelas infiltrações. - Aí, acho que tem um portão lá na frente, vou tentar ver. - A voz de Ellie soou um tanto alta para que pudessem ouvir.
— Toma cuidado. - Joel avisa enquanto andava ao lado de Esmeralda que mexia em algumas coisas enquanto andava. - E você também.
— Eu sou o cuidado em pessoa. - Se gabou e recebeu um revirar de olhos do homem, não demorando para segui-lo.
— VOCÊS VÃO PRECISAR ABRIR DO OUTRO LADO, O PORTÃO TÁ COMPLETAMENTE FECHADO. - Ellie gritou e o casal se entreolhou, Joel deu um pequeno sorriso ao ver a careta de Esmeralda.
— Será que não tem como me empurrar para o outro lado? - Perguntou se aproximando da janela e ao abri-la, o vidro acabou caindo e assustando Ellie que olhou para trás de forma rápida. - Foi mal. - Deu um sorriso amarelo e olhou para o portão, Joel se inclinou ficando sobre o corpo de Esmeralda deixando seu peito contra as costas da mulher para olhar.
— É um portão elétrico, talvez tenha algum gerador. - Joel fala após observar o portão por um momento e em seguida olhou para a mais nova. - CONSEGUE VER ALGUM GERADOR? - Ellie desce do cavalo e caminha bem próxima do portão e até mesmo ficou nas pontas dos pés por um momento antes de se virar para trás.
— TEM UM BEM NO MEIO DO PÁTIO.
— É, vamos ter que ir pelos dormitórios. - Joel fala próximo do ouvido de Esmeralda que o olhou sobre o ombro. - NÃO SAI DAÍ. - Mandou e recebeu um sinal positivo com o polegar da garota.
— BELEZA. - Joel e Esmeralda se afastam da janela e o caminho que poderiam usar estava completamente bloqueado, nem ao menos conseguiriam tirar as coisas, a única solução era subir pelas escadas e depois descer para o lado de fora com alguma escada de incêndio, mas precisavam que dessem no pátio, não demoraram para começar a subir os degraus, tomando cuidado para não acabarem pisando em uma madeira que pudesse estar podre.
— Sabe, se eu soubesse que teria tanto trabalho para chegar nessa maldita universidade, eu teria ficado em Jackson. - Joel parou de andar e a olhou com a sobrancelha erguida, quando a mesma notou, sorriu amarelo. - Tô dando bola fora desde que te acertei com o tênis, né?
— Que bom que percebeu. - Esmeralda bufou de forma baixa antes de voltar a seguir o homem. - Nem ao menos deveríamos ter saído de Jackson.
— Deixa disso, em breve vamos voltar para lá e viver uma vida pacata ou o que podemos chamar de pacata. - Chegaram no andar de cima e andaram pelo corredor podendo ver várias portas de dormitórios que a muito tempo haviam sido abandonados.
— E… vamos morar na mesma casa? - Joel perguntou como quem não queria nada enquanto olhava o lugar.
— Não sei, talvez eu faça um trisal com a Maria e o Tommy. - O homem a olhou por cima do ombro e a viu com um sorriso zombeteiro em seus lábios. - Olha ele com ciúmes. - Brincou novamente e se aproximou deixando um selar sobre a bochecha do mesmo. - Calma velhote, não esquece que precisa cuidar do coração. - Joel revirou seus olhos e se aproximaram de mais uma barricada, mas dessa vez no meio do corredor. - Vamos pelos quartos.
— Pelos quartos? - Perguntou fazendo uma expressão confusa ao vê-la se aproximar de uma das portas.
— Sim, vamos passar por eles, muitos quartos eram ligados e só uma porta separava, se tivermos sorte os daqui eram assim também. - A mulher abriu a porta já podendo sentir o cheiro de mofo um tanto impregnado no lugar e ao ver a janela aberta, não precisou pensar muito para saber que deveria ter sido por conta das chuvas que deve ter tido ao longo dos anos. - Vamos usar como atalho ou pensou que iríamos…
— Para. - Joel interrompeu a mulher que acabou rindo e virou seu rosto em direção ao homem antes de se aproximar e segurar o rosto do mesmo por entre suas mãos o fazendo abaixar um pouco o olhar para poder olhá-la melhor. - O que? - Seu tom de voz era baixo enquanto observava os detalhes do rosto da mulher.
— Você causa coisas em uma mulher, sabia? - Perguntou não esperando por um resposta, apenas juntou seus lábios aos do contrabandista sem nem ao menos aprofundar o beijo, mas não demorou para se separar e se afastar logo em seguida. - Vamos lá. - Andou na frente e se aproximou de uma nova porta, Joel estava logo atrás da mulher e a viu abrir a porta e o olhar sobre o ombro. - Eu não disse? - Questionou o vendo revirar os olhos e bufar baixo antes de passar pela mesma a ouvindo rir novamente, um pequeno e suave sorriso não pode deixar de surgir em seus lábios enquanto entrava no outro quarto e andava em direção a porta de saída do mesmo, não demorou para sair do local e se encontrar do outro lado do corredor, a suavidade em sua expressão acabou sumindo quando viu um grande buraco no chão. - Por isso eu não esperava. - A mulher resmungou e soltou um suspiro. - Não temos nem como passar por outro quarto, esse buraco está atrapalhando, vamos descer e ir por baixo. - Antes que desse um passo, o braço de Joel ficou em frente ao seu corpo a impedindo de continuar, ao olhar para o contrabandista franziu sua testa levemente ao vê-lo estreitando seu olhar por um momento.
— Coloca a máscara. - Mandou enquanto a puxava para trás o máximo que conseguia, rapidamente o casal puxou suas máscaras de gás que ficavam penduradas do lado de suas mochilas e as colocaram sobre seus rostos, Joel andou na frente e se agachou próximo da beirada e Esmeralda o imitou, acenderam suas lanternas e viram o completo breu que estava no andar inferior juntamente de uma suave névoa ou melhor, esporos, estes que estavam rodeando o lugar, precisavam passar por aquele lugar caso quisessem chegar no pátio e abrir para Ellie, Joel olhou a mulher. - Não saia de perto de mim.
— Mandão. - Joel nem se deu o trabalho de revirar seus olhos antes de pular e dobrar seus joelhos por um momento, o contrabandista observou o lugar por um momento antes de estender seus braços, Esmeralda se aproximou melhor da beirada antes de pular, acabou caindo nos braços do contrabandista que deu um pequeno passo para trás enquanto a segurava em seus braços e a colocava no chão. - Ainda prefiro pular de outro jeito.
— Para. - Esmeralda deu um pequeno riso e iluminou o lugar que estava completamente destruído, andaram pelo corredor iluminando o lugar, mas os passos logo pararam, ambos se entreolharam por breves segundos antes de se esconderem, choramingos foram ouvidos e um corredor passou por eles curvado, a mulher segurou a mão de Joel e foi puxá-lo para poderem ir para o outro lado, mas o contrabandista a impediu ao ver um estalador parando em direção a parede tendo seu corpo com alguns estalos, Esmeralda ergueu sua lanterna que ficava em sua alça e seu coração parecia que pararia, havia corredores e estaladores por todo lugar, estavam completamente cercados, Joel a puxou lentamente e começou a andar agachado junto a mulher que o acompanhava, ambos tentavam ser o mais silenciosos possíveis, mas um som mais grotesco foi ouvido.
— "Baiacu". - Esmeralda moveu seus lábios em silêncio quando Joel a olhou, o último estágio de um infectado estava a alguns poucos metros à frente do casal e para a infelicidade de ambos, estava parado próximo a porta que poderiam sair, se tivessem sorte.
— "Vamos". - A mulher apertou a mão de Joel e quando o mesmo a olhou pôde vê-la balançar a cabeça em negação. - "Não temos outra saída, precisamos sair daqui antes que notem nossa presença". - O peito de Esmeralda começava a subir e a descer de forma rápida, Joel sabia que a mulher estava com medo e não podia negar que também sentia, mas não com medo de acontecer algo com ele, mas que pudesse acontecer algo com Esmeralda e com Ellie, cada segundo que demoravam lá, a garota poderia acabar indo procurá-los e isso não seria nada bom. - "Olha pra mim, vamos conseguir". - A mulher balançou a cabeça positivamente tentando manter sua respiração baixa, Joel segurou a mão de Esmeralda com mais firmeza e voltaram a andar, seus passos eram lentos e precisavam parar algumas vezes por conta dos infectados que passavam de forma próxima, continuaram andando e pararam mais uma vez quando o baiacu fez alguns estalados dando um passo para frente, mas voltou para o lugar tendo alguns espasmos, finalmente chegaram em frente a porta e conseguiram ver algumas escadas, mas a porta estava bloqueada por um armário, fazer barulho era inevitável, Esmeralda pensava enquanto Joel tentava encontrar outra forma, a mulher o tocou ganhando sua atenção.
— "Tive uma ideia." - Falou e andou até um balde que estava próximo e o pegou com cuidado. - "Se prepara." - Joel rapidamente pegou espaço enquanto ficava na porta, Esmeralda ergueu o balde e arremessou o mais longe possível, os infectados gritaram e correram em direção ao som, assim que o baiacu se afastou, Joel começou a bater seu corpo contra a porta, Esmeralda não perdeu tempo em ajudá-lo, usavam o máximo de força que conseguiam, foi quando viram o baiacu voltando e indo em direção à eles, o desespero começou a tomar conta do casal que batiam seus corpos com mais força contra a porta, o infectado estava cada vez mais perto e sem que esperassem conseguiram abrir a porta, Joel a puxou junto e a afastou de forma rápida antes de empurrar o armário fechando a porta, o baiacu bateu contra a mesma e começou a forçá-la, Esmeralda segurou a mão de Joel e o puxou escada acima, correram não olhando para trás, chegaram em uma porta e o contrabandista a abriu a trazendo junto antes de fechar a porta e tirar a máscara, a mulher fez o mesmo puxando o ar com força. - Nunca mais entramos em nenhum buraco.
— Se tivéssemos ficado em Jackson…
— Isso não teria acontecido, você fala isso sempre que temos que fazer algo que arrisque nossa vida. - A mulher prendeu a máscara na mochila fazendo uma nota mental para agradecer Maria novamente pela mesma ter lhe dado aquela depois de ter perdido a antiga.
— Essa é a verdade. - Falou enquanto prendia sua máscara antes de começar a andar pelo dormitório e procurar a porta de saída de incêndio.
— Velho gagá.
— Não foi o que me chamou a três noites atrás. - As bochechas de Esmeralda ficaram vermelhas de forma instantânea ao ouvir a fala do homem.
— Cala a boca. - Mandou passando por ele e seguindo as pequenas placas que indicavam a saída de incêndio, Joel acabou soltando um riso baixo enquanto a seguia, sem demorarem muito chegaram à porta e saíram do prédio.
— VOCÊS ESTÃO BEM? - A voz de Ellie soou e Esmeralda colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.
— O Joel não teve um infarto ainda. - A mais velha falou alto o suficiente assim que se aproximou do gerador que estava no meio do pátio.
— Ainda bem, não temos pá para enterrar ele.
— Vocês não tem mais o que fazer, não? - O contrabandista perguntou ao parar próximo de Esmeralda.
— Não. - Ambas responderam ao mesmo tempo e o homem revirou seus olhos antes de segurar a corda e puxar três vezes antes de conseguir dar partida no gerador, Esmeralda deu uma pequena corrida até o portão e abriu o pequeno painel que havia na parede antes de apertar o botão e fazer com que o portão começasse a se erguer.
— Nada mal para anciãos. - Ellie mexeu nas rédeas de pé de pano enquanto puxava a de Callus.
— Eu só não te derrubo do cavalo, pois quero que chegue inteira nos vagalumes. - Esmeralda apontou seu dedo indicador para a garota e em seguida fez sinal para a mesma se afastar e assim ela fez, a ex-detetive se apoiou e subiu tomando cuidado para não bater com seu pé na sobrinha, já Joel pegou as rédeas de Callus e não demorou para subir.
— Na verdade é porque você me ama.
— Amo nada. - Ergueu seu queixo se fazendo de desentendida.
— Vou fingir que acredito. - A garota olhou para Joel. - A Esme seria capaz de se vingar se algo acontecesse comigo, Joel.
— A Esme? - Ergueu sua sobrancelha olhando para a garota e a viu balançar a cabeça positivamente. - Acho que não, ela não tem cara de quem faria alguma vingança.
— O Joel está certo, é muito trabalhoso e estragaria minha unha. - Ellie acabou rindo ao ver a tia olhar para as unhas que se encontravam curtas e levemente sujas.
— Vou me lembrar disso, se algo acontecer com vocês, vou fingir que nem vi.
— Ouviu isso? Ela não se importa com a gente Joel. - O contrabandista acabou soltando um riso baixo e Esmeralda fez uma pequena careta ao receber um beliscão perto de sua costela.
— Dramática. - A mais nova resmungou balançando sua cabeça em negação, pode ouvir o riso dos mais velhos e se arrumou sobre o cavalo fazendo um pequeno estalo com sua língua. - Aí, o que vocês queriam ser quando eram crianças? - Perguntou de repente, os adultos franziram levemente suas testas pela curiosidade da garota, mas a mulher foi a primeira a responder.
— Princesa. - Joel a olhou com um ar risonho e a viu dar de ombros. - Eu assistia muitos desenhos, tá bom?! - O homem ergueu uma de suas mãos em forma de rendição.
— Sem julgamentos.
— Acho que você seria mais uma bruxa. - Ellie comentou e recebeu um beliscão na coxa à fazendo resmungar. - E você Joel? - Perguntou passando sua canhota sobre a coxa.
— Bom… - O homem desviou seu olhar para frente se arrumando sobre a cela levemente. - Quando eu era mais novo… eu queria ser cantor. - Tia e sobrinha viraram seus rostos ao mesmo tempo para Joel, suas expressões surpresas eram nítidas.
— Espera, você canta? - Ellie perguntou enquanto um sorriso crescia em seus lábios, pode ver o homem balançar a cabeça positivamente. - Toca algo também?
— Sei tocar violão.
— Isso é foda pra caralho, vai cantar para gente, né?
— Nem pensar. - Os ombros de Ellie caíram e a garota olhou para a tia em seguida que não demorou para sentir seu olhar que foi direcionado para o contrabandista em seguida, Esmeralda passou sua língua sobre seus lábios antes de falar.
— Seria legal você cantar pra gente, prometemos que não vamos rir, caso desafine. - Joel às olhou por um momento antes de balançar a cabeça em negação.
— A resposta ainda é não. - Esmeralda fez um pequeno bico em seus lábios.
— Que sem graça.
[...]
— E agora? - Ellie perguntou ao olhar o prédio da faculdade com as portas de certa forma bloqueadas, Esmeralda foi a primeira a descer sendo seguida pela sobrinha e Joel, deixaram os cavalos próximos das pequenas escadas que havia perto.
— Deve ter alguma entrada, não se afastem. - O contrabandista mandou começando a andar sendo seguido pelas garotas, Ellie apertou seu rabo-de-cavalo enquanto andavam e olhou para as várias janelas do prédio.
— Não acham que já deveríamos ter visto algum vagalume? - Perguntou e os adultos trocaram um olhar rápido, antes de Esmeralda olhar para a sobrinha.
— Eles são esquisitos, devem tá escondidos, apenas isso. - Arrumou sua alça ao falar e recebeu um aceno de cabeça da sobrinha. - Ali. - Esmeralda apontou para algumas luzes e painéis solares que estavam próximos de uma parte destruída. - Podemos entrar por ali.
— Temos que passar pelo portão antes. - Joel apontou para o portão que ficava no final, o casal foi na frente e o contrabandista moveu o portão, mas apenas recebeu o barulho do mesmo como resposta. - Merda.
— Sai da frente. - Ellie cantarolou, mas sua voz entregava o certo esforço que estava fazendo, o casal ao olhar puderam encontrar a garota empurrando uma caçamba de lixo que começou a descer pela parte inclinada, Joel puxou Esmeralda de forma rápida acabando por envolvê-la em seus braços assim que a caçamba bateu com certa força contra a grade a fazendo se abrir, ambos olharam para a garota que limpava uma mão na outra. - Que foi? Eu abri o portão.
— Na próxima, avisa que vai empurrar uma caçamba de lixo, ainda mais se estivermos na frente. - Esmeralda a repreendeu e recebeu um aceno de cabeça.
— Claro, claro, vou fazer isso. - A ruiva passou pelo casal enquanto a mais velha se afastava dos braços do contrabandista.
— Eu vou esganar ela. - Esmeralda avisou a Joel que agora segurava a caçamba de lixo e começava a empurrá-la em direção ao caminho que estava próximo da abertura na parede.
— Deixa pra depois. - O homem falou e Ellie colocou sua destra sobre seu peito fazendo uma expressão ofendida. - Pronto. - Avisou assim que encostou a caçamba, Joel foi o primeiro a subir e ajudou Ellie antes de lhe dar pezinho para que subisse no caminhão, em seguida foi a vez de Esmeralda, mas ao ajudá-la a viu fazer uma careta juntamente de um estalo de osso, rapidamente a segurou pelo outro braço enquanto fazia uma expressão de repreensão a mulher. - Esme!
— Eu tô legal. - Ofegou levemente e mexeu seu ombro, a mulher ainda sentia seu ombro doer, mas comparado a antes ele parecia quase novo em folha.
— Hm, crocante. - Ellie comentou já dentro do prédio e Esmeralda não conseguiu não rir enquanto Joel balançava sua cabeça em negação e ajudava a mulher a subir no caminhão, em seguida o homem subiu e Esmeralda o ajudou como pôde, mas foi o suficiente para que ele conseguisse subir. - Ainda não ouvi ninguém, será que foram abduzidos? - A garota perguntou enquanto os adultos entravam no prédio fazendo com que o único barulho fosse dos vidros e pequenos pedaços de concreto abaixo de seus pés.
— Pode ser, talvez a gente encontre até alguém com um alien saindo da barriga. - Ellie fez uma pequena careta enquanto Joel dava um pequeno riso balançando a cabeça em negação, os três andavam pelo lugar podendo vê-lo bastante destruído e até um tanto abandonado, havia muitos papéis espalhados.
— Parece que saíram às pressas. - Esmeralda comenta passando seu olhar pelo lugar, mas o som de algo caindo do andar de cima atraiu a atenção dos três.
— Acho que nem todos. - Ellie murmurou e começaram a andar em direção às escadas tomando cuidado para não fazer muito barulho, às subiram e não demoraram para chegar no andar de cima, abriram algumas portas mas não encontraram nada, até que Joel tocou o ombro de Esmeralda e sinalizou para uma porta, a mais velha colocou Ellie mais atrás assim que chegaram na porta, o contrabandista estava na frente e então foi o primeiro a abrir a porta, um grito estridente foi ouvido e puderam ver alguns macacos jogando as coisas que seguravam próximo do trio antes de correrem em direção a janela e pularem por ela. - Acho que a pesquisa deu errado e todos se transformaram em macacos.
— Gosto da teoria. - Esmeralda falou enquanto olhava algumas caixas podendo ver alguns testes que haviam sido feitos, já Joel acabou encontrando um gravador próximo de um corpo e deu play no mesmo.
"Se está procurando os vagalumes, foram todos embora."
— É, não brinca. - Ellie debochou enquanto folheava um arquivo próximo a janela da sala que dava visão do interior do prédio, Esmeralda lhe fez sinal de silêncio.
"Estou morto ou estarei em breve…tive um tempo para refletir…"
Joel avançou a gravação acabando por picotar algumas falas enquanto trocava seu peso de perna.
"Houve anos em que eu senti que conseguiríamos alguma coisa…"
"...foi tudo uma grande perda de tem…"
"...não vou fazer mais isso…"
— Vamos droga. - Joel sussurrou um tanto irritado a cada vez que avançava a gravação.
"...procurando os outros, eles voltaram para o hospital Saint Mary's em Salt Lake City, você vai encontrá-los lá, ainda tentando salvar o mundo, boa sorte com isso."
— Vocês sabem onde fica isso? - Ellie perguntou quando a gravação terminou, Esmeralda passou a mão sobre seu rosto tirando alguns fios de cabelo enquanto Joel suspirava.
— Conheço a cidade. - Joel responde colocando o gravador sobre a mesa novamente.
— É longe? - Esmeralda pergunta ao homem enquanto cruzava seus braços.
— Não é perto, ainda mais a cavalo. - Esmeralda respirou fundo e franziu sua testa ao ver um pequeno facho de luz vir de suas costas, acabou se virando podendo encontrar mais alguns.
— Vagalumes? - Ellie tinha a expressão confusa e Joel rapidamente puxou a tia e sobrinha para baixo.
— Se abaixem! - Mandou enquanto um tiro atravessava o vidro.
— Quem são esses caras? - A mais nova perguntou enquanto via sua tia e Joel puxando suas armas e acabou por imitá-los.
— Não importa. - A mais velha falou conferindo rapidamente a munição de sua pistola.
— Sabemos onde temos que ir, vamos embora daqui. - Joel às guiou para fora da sala, andavam se esgueirando pelos cantos, mas acabaram sendo surpreendidos por um homem desconhecido que segurou Esmeralda por trás, a ex-detetive jogou sua cabeça para trás o acertando no nariz coisa que o fez solta-la, Joel não perdeu tempo em segura-lo pela gola e lhe acertar o rosto com o cabo da arma antes de jogar o corpo no chão. Seguiram andando e uma porta mais a frente foi aberta, Esmeralda trocou sua arma por sua faca, a puxou pelo cabo e a girou no ar para segurar a lâmina antes de atirá-la por entre os olhos de um dos homens, enquanto Joel acertou um tiro no peito seguido de um na cabeça do parceiro do desconhecido. - Rápido! - O contrabandista as puxou por onde os homens tinham entrado, a mulher aproveitou para puxar sua faca na passada e a guardou em sua cintura novamente, no final do corredor mais um desconhecido surgiu, mas desta vez Ellie o matou antes mesmo que ele conseguisse erguer sua arma. - Mandou bem, garota. - A garota sorriu e sentiu seu casaco ser segurado e viu que era Esmeralda a puxando, correram pelo vasto corredor podendo ouvir as vozes masculinas.
— Pra onde? - Esmeralda perguntou e Joel olhou rapidamente e empurrou uma mesa que estava em frente a uma escada, as fez passarem primeiro e correu logo em seguida, parecia que tinham despistados os que os perseguiam, Joel colocou seu braço em frente as garotas para olhar perto da parte aberta que levava ao centro da faculdade que estava tomada por plantas e por pedaços de concreto. - Ali. - Apontou para uma porta no outro lado. - Talvez a gente consiga dar a volta por ali.
— Não se afastem. - Joel mandou e andou mais a frente às fazendo ficarem mais perto da parede, para não serem surpreendidos por algum tiro que pudesse vir de baixo, o contrabandista guardou a arma ao chegarem na porta, o mesmo a forçou para abrir e foi quando tudo aconteceu… um homem desconhecido arrombou a porta fazendo Joel dar alguns passos para trás um tanto desequilibrado e foi segurado pelo homem, Esmeralda usou seu corpo como proteção para Ellie e apontou sua arma, mas antes mesmo de conseguir mirar para atirar ouviu o barulho de algo trincando e em seguida o corpo de Joel e do desconhecido caírem.
— JOEL! - Ambas gritaram e correram até a beirada, o desconhecido havia caído de cabeça e morrido na mesma hora, mas Joel estava diferente, havia um ferro de construção atravessando sua barriga, o contrabandista se contorcia pela dor, sua respiração estava acelerada e seu corpo doía tanto pelo machucado quanto pela queda, Esmeralda guardou sua arma e se agarrou nos cabos de energia que estavam pendurados.
— Vem Ellie, rápido. - A mulher começou a descer o mais rápido que conseguia sendo seguida pela sobrinha, antes mesmo de chegar no chão, Esmeralda pulou em direção a ele e correu até Joel se ajoelhando ao seu lado. - Meu Deus, meu Deus, meu Deus. - A mulher sussurrava enquanto ouvia os grunhidos do homem, sangue se espalhava cada vez mais pelo chão, portas duplas se encontravam atrás do trio e que estavam tentando ser arrombadas.
— Merda… - Joel sussurrou apertando seus olhos com força.
— Esme, o que a gente faz? - Ellie tinha o tom desesperado. - Esme! - A ex-detetive puxou sua arma quando as portas foram abertas e se virou tão rápido que a sobrinha não conseguiu lhe acompanhar, a mulher empurrou a garota para o chão para a tirar da linha de fogo e atirou contra os três que haviam entrado, todos os tiros sendo precisos e por entre seus olhos, a mulher tinha o semblante sério ao voltar para o contrabandista. - E agora?
— Me puxem…
— Segura o braço dele, Ellie. - Esmeralda mandou e recebeu um aceno positivo, podendo ver a sobrinha fazer o que lhe foi mandado, a mulher segurou o outro braço de Joel juntamente de seu ombro, ainda mais por estar do lado direito onde era o lado do ferro atravessado. - No três, tá bom? - Seu tom era suave para o homem que lutava para manter seus olhos abertos. - Um… dois… três! - Ambas o puxaram e Joel não conseguiu não urrar pela dor que sentiu do ferro saindo de seu corpo, Esmeralda não perdeu tempo em fazê-lo se apoiar em seu corpo. - Ellie, nos de cobertura.
— Deixa comigo. - Ellie arrumou a arma em suas mãos e começou a guiá-los, Esmeralda tinha seu braço em volta do corpo de Joel enquanto tinha o braço do homem sobre seus ombros e o segurava pelo pulso quase cravando suas unhas na pele do mesmo. - Não tem ninguém, vamos.
— Você vai ficar bem, vamos cuidar de você. - Esmeralda falava para Joel enquanto caminhava com o mesmo, precisaram entrar em uma sala pois o corredor estava bloqueado, Ellie rapidamente empurrou as tábuas de madeira que estavam apoiadas na janela em direção ao chão.
— Consegue com a janela?
— Consigo… - Sua voz saia quase em um fio de tão baixa, Ellie foi a primeira a pular, Esmeralda se desvencilhou do corpo de Joel e foi logo em seguida para poder ajuda-lo, mas o homem não teve força o suficiente e foi em direção ao chão e Esmeralda o segurou usando seu próprio corpo para amortecer a queda.
— Cadê vocês, seus filhos da puta?! - Uma voz masculina soou e se esconderam atrás de uma das mesas da sala em que estavam, Esmeralda deixou o corpo de Joel encostado contra a mesa e ficou agachada junto à Ellie. - As pessoas que vocês mataram eram meus amigos, seus desgraçados.
— Eu vou dar a volta e pegar esse filho da puta. - Ellie avisou a tia e não lhe deu chance de falar, pois saiu de perto do casal enquanto os passos do homem desconhecido soavam pela sala.
— Ei, mantenha seus olhos em mim, não os feche. - Esmeralda sussurrou segurando o rosto de Joel o fazendo olhá-la enquanto piscava de forma lenta. - Você vai ficar bem.
— Não tem para onde irem. - O homem se aproximava cada vez mais de onde Esmeralda e Joel estavam, a mulher mantinha seu olhar fixo no contrabandista podendo ver que ele lutava para fazer o mesmo, o desconhecido acabou não percebendo que Ellie ia por trás e não teve tempo de reagir pois a garota havia atirado em sua nuca, assim que seu corpo caiu em direção ao chão já sem vida, Esmeralda passou o braço de Joel sobre seus ombros novamente e o ajudou a se levantar, sua roupa já começava a ficar suja com o sangue dele e o cheiro impregnava seu nariz.
— Vamos, não tem ninguém. - Ellie avisou ao olhar na porta e Esmeralda voltou a apertar Joel enquanto caminhavam. - Estamos perto da saída.
— ESTÃO ALI! - Um homem gritou, Esmeralda e Ellie ergueram sua cabeça, podendo ver dois homens descendo escadas que estavam próximas à saída, a ex-detetive não podia soltar Joel se não o homem cederia ao chão, a sobrinha atirou em um dos desconhecido, mas sua arma travou por está sem bala, a garota jogou seu corpo para trás indo de encontro ao chão para desviar da barra de ferro do outro homem e não perdeu tempo em trocar o pente de sua arma e atirou três vezes em seu peito o vendo cair de joelhos antes de tombar o corpo para o lado.
— Ellie.
— Eu tô bem… tô bem. - A garota falou para a tia enquanto puxava o ar com certa força e voltava a se levantar. - Estamos quase lá. - Ellie limpou o suor de sua testa com sua manga não demorando para ver os mais velhos a seguindo. - Quando isso tudo terminar… o Joel vai cantar pra gente.
— Todas as músicas que a gente quiser.
— Bem… que vocês queriam… - Joel riu de forma fraca enquanto andava, o homem olhava para ambas várias vezes, vendo quanto Ellie estava fazendo de tudo para os proteger assim como eles faziam com ela e vendo Esmeralda com seu rosto em desespero mesmo que tentasse esconder tal coisa, finalmente conseguiram sair do prédio e puderam ver pequenos flocos de neve caindo de forma perdida, Esmeralda acabou não vendo o degrau a frente e seu corpo cedeu junto ao de Joel.
— Merda! - Ellie xingou e correu até eles, mas a mais velha ergueu sua mão para impedi-la.
— Traga os cavalos, rápido! - A garota rapidamente mudou de direção, Esmeralda sentou Joel e levou suas mãos para o ferimentos tentando de forma desesperada parar o sangramento, mas era em vão, o sangue escorria por entre seus dedos e não demorou para as lágrimas aparecerem em seus olhos e começarem a cair por suas bochechas, um soluço involuntário escapou de seus lábios. - Você não pode nos deixar, não pode.
— Esme… - A mulher ergueu seu olhar, os lábios de Joel estavam ficando roxos e sua pele pálida. - Eu…
— Não! - Esmeralda o interrompeu balançando sua cabeça em negação. - Não é uma despedida, você não vai morrer, você não vai!
— Esme, Joel! - A voz de Ellie soou enquanto chegava cavalgando sobre o pé de pano e trazia Callus pelas rédeas. - Rápido, tem mais deles vindo. - Esmeralda se levantou rapidamente e ajudou Joel a fazer o mesmo, mas precisou de mais força do que esperava.
— Consegue subir? - A mulher perguntou e recebeu um aceno positivo do homem que precisou de apenas alguns segundos antes de impulsionar seu corpo para cima e subir, Esmeralda fez o mesmo rapidamente e segurou o corpo de Joel antes de tirar as rédeas de suas mãos e assim atiçar Callus para saírem dali, Ellie estava ao lado e seus olhos não deixavam Joel um segundo sequer.
[...]
— Acho que conseguimos despistá-los. - Ellie comentou quebrando o silêncio ao olhar para trás, assim como sua tia. - Precisamos de um lugar para ficar.
— Vamos… Joel? Joel! - Esmeralda se desesperou quando o corpo do homem tombou para o lado e consequentemente a levando junto, mas a dor do impacto não lhe importou, a mulher o virou o deixando de barriga para cima e segurou seu rosto por entre suas mãos. - Joel, abra os olhos, por favor.
— Joel, acorda, acorda, acorda. - Ellie se ajoelhou do outro lado do homem e começou a tentar levantar o mesmo em um ato de desespero enquanto as lágrimas surgiam. - Tia Esme me diz o que fazer, precisa me dizer o que fazer!
— Eu não sei… - Sua voz saiu em um sussurro, seu olhar não conseguia se focar em algo e seus dedos apertaram a roupa de Joel que se encontrava desacordado. - Eu não sei o que fazer… por favor Joel, você não pode nos deixar, você prometeu não nos deixar… não nos deixe sozinhas, amor.
Oi 🫠
Sei que faz alguns domingos que não tem atualização daqui e principalmente atualização de outras fics, mas tia Wolf não estava nada bem da cabeça, eu literalmente surtei, mas não vou entrar em detalhes, talvez eu faça isso em outro momento quando eu me sentir pronta, pois isso tudo é novo pra mim, mas enfim, vamos falar do capítulo? Vamos sim.
Tivemos bastante diálogo da nossa família
Ellie sendo apocalíptica, adoro
Esse início me quebrou, tadinho do mini Joel
Joel e Esme muito maridinho e esposa sim
Eu cortei algumas coisas que acontece no jogo ou o capítulo seria mais longo do que foi
E para quem nunca jogou, o Joel fica ferido dessa maneira aí, então não, não tirei da minha cabeça a ideia dele dar um mergulho
E com esse capítulo, encerramos o Outono... já tô traumatizada só de pensar nos capítulos futuros
Desculpe por qualquer erro e obrigado por ler '-')sz
-W
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