Capítulo 6
*****Arthur*****
Camille é uma daquelas mulheres que se irritam facilmente, e foi por isso mesmo que acordei em plena madrugada, justamente para evitar que ela acordasse irritada comigo por ter dormido em sua cama.
Então me levantei, desci as escadas silenciosamente, me dirigi até a cozinha e comecei a procurar algo para preparar seu café da manhã. Resolvi fazer um pão doce que minha avó Francesca me ensinou. Ter avós italianos foi a melhor coisa que me aconteceu.
Eu estava de bermuda e com uma camisa simples, limpei rapidamente a mesa comecei a preparar a massa.
E como sou um desastre ambulante, na hora de jogar a farinha na mesa sujei minha camisa e um pouco do meu rosto. Eu estava sozinho, então resolvi tirar a camisa e continuar de onde parei.
Mas um barulho na porta me chamou a atenção e em questão de segundos eu vi uma linda mulher de baby doll com meu blazer, que ficava como um sobretudo naquele corpo escultural.
Olhei para ela meio sem jeito por ter feito uma bagunça em sua cozinha e por estar semi nu em sua frente. Mas ao contrário de mim, que estava morrendo de vergonha, ela me olhava de um jeito diferente e eu começava a me perguntar se ainda eram os efeitos dos remédios, porém ela parecia muito consciente do que fazia.
Ela passou a língua sobre os lábios de modo sedutor e porra, o que essa mulher fez comigo?
- Arthur. - ouvir meu nome em sua boca me fez estremecer e a sensualidade com que ela falou me arrepiou inteiro e ela percebeu, droga! Eu pareço um moleque. - Você está com frio? Eu posso fazer alguma coisa por você?
Ela foi se aproximando de mim e eu me senti encurralado. Eu queria fugir. Correr o mais rápido que pudesse, mas eu travei. Travei como um adolescente em sua primeira vez. E ela chegou bem perto de mim e disse perto da minha boca, perto demais para minha sanidade:
- O que você quer de mim Arthur?
- E-eu.. Eu..
- Você..?
Ela me encorajava mas eu não conseguia falar nada. Bom, quase nada. Eu tive forças para fazer uma única pergunta:
- Você realmente quer isso?
E ela disse de forma ainda mais sensual:
- Tanto quanto você.
E eu não aguentei e a agarrei como um homem das cavernas, a beijei de maneira feroz e a empurrei bruscamente até o balcão. Sentei-a e continuei a beijando. Ela arranhava minhas costas e rebolava contra meu quadril. Ela sabia muito bem o que estava fazendo.
Eu mordi seu lábio inferior e ela gemeu satisfeita. O gemido dela foi o mais bonito que já ouvi. Nem mesmo o de Emma me excitava assim.
Droga! Porque eu tinha que pensar nela logo agora?
- Camille - disse ainda ofegante - é melhor pararmos por aqui.
- Mas eu não quero parar Arthur.
- Isso é um desejo passageiro. Vai passar.
- Então faça passar.
Ela enlaçava as pernas em minha cintura e eu não conseguia raciocinar com aquele corpo em volta de mim. Mas eu não podia fazer isso com Emma. Eu ainda estou casado com ela. E decidi falar isso antes de perder a coragem.
- Camille, eu não posso porque sou casado.
*****Camille*****
Humberto realmente passou dos limites e eu não sei mais o que fazer. Ontem a noite notei que Arthur estava no meu quarto e me senti mais tranquila ao tê-lo ali.
Confio tanto nele que o chamei para se deitar comigo. Estava tão cansada que logo adormeci naqueles braços maravilhosos.
Mas acordei no meio da madrugada e o procurei, porém o outro lado da cama estava vazio.
Eu estava nua e não me lembrava de muita coisa, mas sabia que Arthur não fez nada comigo. Peguei um pijama e me vesti e quando ia saindo do quarto vi seu blazer jogado na cadeira da minha escrivaninha.
Resolvi brincar um pouco. Homens gostam quando as mulheres usam uma peça de roupa deles. Talvez Arthur notasse que eu estou interessada nele. Mas ele é tão tapado que não perceberia nem se eu falasse.
Eu não esperava encontrar ele na cozinha do jeito que encontrei. E não consegui me controlar. Qual é?! Eu não sou de ferro e não é todo dia que eu tenho um deus grego daquele na minha cozinha e semi nu ainda.
E qual não foi minha surpresa quando ele me beijou cheio de desejo, me tocou como nunca fui tocada. Só de vê-lo eu senti um calor lá embaixo, mas quando aquelas mãos começaram a passear pelo meu corpo, eu tenho certeza que fiquei encharcada.
E mais uma vez ele me surpreendeu quando parou de me beijar subitamente.
- Camille - disse ofegante - é melhor pararmos por aqui.
- Mas eu não quero parar Arthur. - ele não podia fazer isso comigo. Ele não via minha situação?!
- Isso é um desejo passageiro. Vai passar. - ele falava de uma forma estranha. Como se sentasse convencer a si mesmo de que o que ele acabara de falar era verdade.
- Então faça passar. - eu não senti quando disse isso.
Entrelacei minhas pernas em sua cintura o trazendo para mais perto de mim e ele tentava me afastar.
- Camille, eu não posso porque sou casado.
Eu não esbocei nenhuma reação. A princípio pensei ser uma brincadeira, e até sorri nervosa achando que ele só podia estar de brincadeira.
Mas quando o vi se afastar tive a certeza que não queria ter. Ele falou a verdade.
- Como é? - depois de alguns minutos eu perguntei num sussurro.
Eu não acredito que estou apaixonada por um cara casado. Um puta gostoso que é casado. Mas é claro! Que mulher em sã consciência deixaria um gostoso desses dando sopa por aí.
Espera.. tem alguma coisa errada aí.
- Como você é casado e está morando comigo? Que eu saiba você veio sozinho.
- É uma longa história.
- Eu não vou trabalhar hoje e você vai passar o dia comigo. Pode começar quando quiser.
- É muito pessoal.
- Arthur, mais pessoal que isso foi o que quase fizemos agora pouco.
Ele ruborizou, mas não me deixei abalar.
- Pode continuar o que estava fazendo, eu volto em uma hora.
- Onde vai?
- Eu vou ao banheiro, preciso dar um jeito no estrago que você fez.
Ele quase sorriu. Quase. E eu tive vontade de quebrar a cara dele. Mas mantive minha pose e saí rebolando, mas antes olhei para trás e vi ele olhando pro meu bumbum.
Aí foi minha vez de sorrir.
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