Capítulo 23
******Camille******
Me soltei do abraço de Arthur apenas para olhá-lo nos olhos. Opacos e tristes, era assim que eles estavam. Me senti ainda pior, ele está assim por minha culpa.
- Arthur, se levante e me acompanhe até minha biblioteca em silêncio.
Ele se levantou e fez o que eu mandei. Enquanto nos dirigíamos em silêncio até meu santuário dentro de casa, eu tentava decidir qual a melhor forma de colocar para fora tudo que eu estava sentindo. Foram tantas coisas em tão pouco tempo, emoções muito fortes para quem tem tudo sob controle 100% do tempo.
Quando eu entro na biblioteca, me transformo em outra pessoa. Eu ganho uma personalidade dominante e intensa e é exatamente disso que eu estou precisando. E por precisar tanto disso, eu não imaginei que Arthur fosse tomar a iniciativa de vir até aqui.
Abro a porta e tudo está em seu devido lugar. As luzes estão baixas como sempre, a cama arrumada com lençóis de seda, que dessa vez são dourados e o quadro de Arthur ainda está em branco.
- Entre e se sente na cama. Eu já volto.
Disse e ele assentiu com meneio de cabeça.
Fui até a cômoda de brinquedos e escolhi algumas coisas. Vendas, chicotes, óleos perfumados para massagem, uma coleira e uma mordaça. É o suficiente.
Quando voltei para perto da cama vi que Arthur olhava cada canto com curiosidade.
- Gostou de alguma coisa? - ele se assustou e soltou um palavrão sem querer. - Será que vou ter que te punir por falar uma palavra tão feia assim?
Ele engoliu em seco e olhou para as coisas na minha mão.
- O que vai fazer comigo? - perguntou depois de um tempo.
- Bom, eu pretendo fazer muita coisa. Mas antes eu quero te explicar algo.
- Estou ouvindo. - disse com bastante interesse.
- Primeiramente, eu gosto muito desse estilo de vida sexual, digo BDSM, mas quando entro na minha personalidade dominante eu viro outra pessoa e posso passar dos limites. Você tem que me mostrar quando isso acontecer. Eu quero amordaçar você, então você não vai poder falar, suas pernas e mãos estarão livres, quero que você me aperte forte e me faça parar. Entendeu?
- Entendi. - o olhei com repreensão e logo ele se corrigiu - entendi senhora.
- Ótimo, eu quero que você tire sua roupa e se deite na cama, totalmente nu. Se importa se eu bater em você com esse chicote? Ele é de tecido leve e não vai te machucar.
- Não me importo senhora.
Eu estava me sentindo muito melhor agora. Esse domínio que eu estou conseguindo exercer nele está me deixando loucamente excitada e me fazendo esquecer por alguns instantes das coisas ruins que aconteceram nos últimos tempos.
Ele se despiu e se deitou na cama em seguida esperando meu próximo passo.
- Eu não costumo agradecer pelas coisas, mas muito obrigada por isso Arthur, por se sujeitar a viver coisas novas só para me ver feliz.
- Você não precisa me agradecer amor, eu faço isso porque te amo e você merece ter um momento onde você é você mesma.
- Eu também te amo Arthur. - ele sorriu e eu sorri de volta. - Agora chega de conversa, eu quero te foder e quero agora. Do meu jeito.
- Eu amo quando fala sujo assim. Me excita. - ele disse fechando os olhos.
- Silêncio, eu vou falar agora e você só vai me ouvir. Sinta o prazer que eu vou te dar.
- Sim senhora.
Caminhei lentamente até ele com a venda, a mordaça e a coleira nas mãos. Ele me observava sem mexer um músculo e isso me deixou inquieta.
- Não precisa ficar assim Arthur, eu quero você agindo espontaneamente.
- Eu só estou um pouco nervoso. Faz muito tempo desde que viemos aqui, e você não usou tantas coisas.
- Só sinta Arthur, não fique nervoso ou então você não vai se satisfazer.
- Certo, eu vou tentar. - ele respirou fundo algumas vezes e me encorajou a continuar.
Coloquei a coleira no pescoço dele e prendi a outra extremidade no meu pulso esquerdo. Coloquei a mordaça na sua boca e fechei as fivelas na parte de trás de sua cabeça.
- Posso vendar seus olhos? - ele fez que sim com a cabeça e eu o vendei.
Me levantei da cama em silêncio e apreciei a visão da oitava maravilha deitada no meu dossel. Gloriosamente nu, vendado e impossibilitado de falar. Tirei minha roupa rapidamente e voltei para a cama, dessa vez puxando a coleira fazendo ele se sentar, beijei seu pescoço e ele tocou minhas costas numa carícia sensual. Desci minhas mãos por seu abdômen e ele ficou arrepiado.
Me aproximei de seu ouvido e sussurrei:
- Eu quero que você fique arrepiado de tanto gozar Arthur. Quero te ver tremendo de prazer e saber que fui eu quem te causou tais tremores.
Ele gemeu abafado pela mordaça e foi um som extremamente agradável, me remexi um pouco e me sentei em seu colo, sentindo seu membro quente e endurecido entrar em contato com minha intimidade inegavelmente molhada.
- Você está sentindo Arthur? - me remexi um pouco mais, friccionando nossos corpos e estimulando cada vez mais nossas intimidades. Ele fez que sim com a cabeça e gemeu abafado mais uma vez - É isso que você faz comigo. Você me deixa molhada, querendo algo que só você pode me dar para me saciar.
Ele gemeu mais alto ainda e cravou as unhas em minha cintura me fazendo delirar. Peguei o chicote, empurrei o corpo dele fazendo ele se deitar mais uma vez e dei uma chicotada em seu peito. Ele gemeu, dei outra em seu ombro e outra e outra, até que me senti suar e parei, tirei a venda de seus olhos e ele me olhava com pura luxúria.
Sentei em seu membro sem aviso prévio e cavalguei como uma louca. Senti o calor familiar se formando em meu ventre e senti os primeiros espasmos de Arthur.
- Só goze quando eu mandar. - ele apertou bem forte minha cintura e me olhou com urgência. Eu sabia que ele só queria gozar. - Goze amor. Agora.
E ele me obedeceu, soltando um grunhido selvagem e delicioso aos meus ouvidos, gozei sentindo ele tremer embaixo de mim. Soltei a coleira e a mordaça deixando ele livre e caindo ao seu lado logo em seguida.
- Caralho, isso foi intenso. - ele disse quando conseguiu fazer sua respiração voltar ao normal.
- Eu sou intensa amor, agora durma e descanse. Mais tarde eu quero te foder de novo.
Ele cochilou e eu levantei da cama sem fazer barulho, mas ele percebeu e logo me chamou:
- Amor, deita aqui.
- Eu só vou pegar uma bebida e algumas frutas, não vou demorar.
- Tá bom. - ele virou de costas para a porta e dormiu rapidamente.
Subi as escadas s o celular de Arthur e liguei para Paul. Fiquei no topo da escada cuidando para não ser pega no flagra, no segundo toque ele me atendeu.
- Senhor? - disse com uma voz sonolenta.
- Paul, sou eu Camille, você está com Ricardo?
- Sim, mas..
- Não diga nada, saia de perto dele.
Ouvi uns sons estranhos e logo houve um silêncio incômodo.
- Eu preciso da sua ajuda.
- Pode falar senhorita Fairchild, estou às ordens.
- Quero atacar Humberto Gaspar, e só você pode me ajudar.
- Agora? - disse surpreso.
- Sim, eu deixei Arthur dormindo e preciso que você venha logo antes que eu perca a coragem.
- Tudo bem, chego aí o mais rápido que eu puder.
- Vou te esperar na porta da mansão.
- Certo até já.
Era agora ou nunca.
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Hey povo, eu tava com um bloqueio terrível e achei que esse capítulo não fosse sair. Mas aqui estou eu, atualizando duas vezes na mesma semana (palmas) graças ao TheRipper37 meu crush, marco mesmo Kkkk 😻❤ te amo!!
Espero que vocês gostem desse capítulo e também espero que todos tenham ficado tão ansiosos quanto eu estou!
Até a próxima!!
Bjs da Nah!
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