******Ricardo******

Paul veio me ver em meu quarto no hospital e eu não sabia se ficava excitado ou feliz em vê-lo. O maldito precisava aparecer no meu quarto quase nu, coberto com aquela bata ridícula que ficou extremamente sexy nele?

Depois que ele me confessou todas aquelas coisas, que nem nos meus melhores sonhos eu iria imaginar, me deu um leve beijo e eu o puxei para mais perto e aprofundei o contato e passei levemente a mão em sua bunda.

- Ei Rick! - me repreendeu e se afastou o suficiente para me olhar.. Até parece que ele não gosta!

- Ei Paul - disse irônico e ele riu. Como meu fraco são as malditas covinhas desse asiático gostoso, acabei rindo junto.

- Desculpe interromper, mas eu preciso que o senhor Mitchell o deixe sozinho. - disse o médico chato que estava cuidando de mim.

- Porque? - perguntei sem entender, Paul havia acabado de entrar no quarto, não era justo afastarem ele de mim depois de tudo o que passamos.

- O horário de visitas acabou.

Disse o médico olhando com uma espécie de nojo para Paul e eu. Meu homem baixou a cabeça e eu notei que ele queria ficar mais tempo comigo e tinha se sentido mal com o olhar do médico. Eu odeio usar meu nome para ter influência sobre as pessoas, nesse caso em específico, não tem como ser de outro jeito. Então eu disse:

- O senhor sabe quem eu sou?

- Senhor Dorèer... - ele disse com certo cinismo.

- Exatamente, se você sabe meu nome, sabe a influência que eu tenho. Então você vai sair daqui, me poupar do seu preconceito homofóbico e deixar meu homem aqui.

- Eu estou cumprindo ordens do hospital, não estou sendo homofóbico.

- Ah, claro! Eu que estou. - o olhei com minha melhor cara de deboche. - Saia já daqui e deixe minha amiga Camille me ver quantas vezes ela quiser.

- Mas senhor Dorèer..

- Mas nada. Eu quero ela aqui. Nós podemos foder com sua vida seu médicozinho homofóbico de merda. Fui claro?

- Sim senhor.

Ele virou as costas e fechou a porta com força. Olhei para Paul e ele estava segurando o riso.

- Que foi? - perguntei já prevendo o que ele diria.

- Você é louco. O cara deve estar em pânico amor.

Ele continuou rindo e eu fiquei encantado com ele me chamando de amor sem nem perceber.

- Foda-se o cara. Deita aqui comigo. A cama é pequena mas cabe nós dois.

- Eu disse que você é louco. - foi parando de rir aos poucos - E como está o ferimento no seu peito? - disse andando em volta da cama procurando um lugar para se deitar de forma confortável.

- Acho que está bem, não está doendo muito. E seu braço?

- Também, só sinto um pouco de dor quando tento fechar a mão.

Ele se deitou ao meu lado esquerdo. E continuamos conversando até que Camille chegou.

- Rick, como você está se sentindo? Que susto você me deu. - ela disse sem pausar em nenhuma frase.

- Estou bem e você Cherry? - sorri para ela. - Sai dessa porta, entra aqui. O Paul está dormindo.

Olhei para ele e ele rapidamente fechou os olhos. Ela entrou caminhando tranquilamente em minha direção. Se sentou ao lado da minha cama numa poltrona que eu não havia notado antes.

Ela respirou fundo e algumas lágrimas molharam o rosto da minha menina.

- Eu tive tanto medo Rick. - ela segurou minha mão - você não acordava de jeito nenhum, uma enfermeira disse que você podia morrer na mesa de cirurgia e eu tive que assinar um termo de responsabilidade pela sua vida. - ela jogou a cabeça em cima do meu colo e eu passei a mão por seus cabelos. - eu nunca pensei que seria tão difícil assinar um pedaço de papel. Foram horas de cirurgia e eu não sabia o que fazer. Se você não estivesse mais aqui eu.. eu.. eu morreria junto com você, eu te amo tanto Rick. Não faz isso de novo, por favor? Não me deixa nunca. Eu não suportaria.

Respirei fundo e fechei os olhos fazendo algumas lágrimas escaparem dos meus olhos.

- Cherry, eu imagino que tenha sido difícil, mas eu estou aqui, estou bem e estou com você. Não precisa mais chorar. E eu não fiz nada, foi o babaca do atirador. - ri nervoso tentando dissipar a tristeza do ar - eu também te amo Cherry, você sabe que é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Quando eu mais precisei foi você quem me ajudou e pelo visto até hoje é você quem me ajuda. Eu te amo muito minha amiga.

Ela abraçou meu colo, já que não podia me abraçar direito.

- Porque você não veio antes Camille?

- Eu vim todos os dias e só saí daqui para tomar banho. Aquele médico idiota não me deixava vir te ver.

A olhei descrente. O maldito médico homofóbico estava me impedindo de ver a minha amiga? Ele vai me pagar​ e pagar​ caro.

- Nós vamos acabar com a reputação desse cara. - ela levantou o rosto e me olhou questionadora. Contei a ela o que aconteceu e ela logo concordou comigo.

- Vamos acabar com ele Rick. Vou falar com Arthur e resolver esse problema.

Paul se remexeu na cama e grunhiu sentindo dor.

- Eu vou deixar vocês descansarem. Cuidem um do outro e tampa essa bunda Paul.

A vaca saiu rindo, deixando um Paul irritado e envergonhado para trás.

- Deixa que eu tampo ela para você amor.

Passei o cobertor por cima dele sentindo algumas pontadas no peito, mas no fim das contas estávamos bem. Estamos juntos afinal.

Eu, Paul e sua bunda maravilhosa.

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Tá, acho que exagerei na quantidade de bunda nesse capítulo kkkk, tudo culpa da DeanCOliver ...

Falando nela, esse capítulo só saiu pq ela me ajudou bastante!

Amo você Day! Meu anjinho ❤

Até a próxima..

Bjs da Nah '

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