Negócios
Depois de cerca de uma hora à espera, a cem metros do Palácio dos Desportos, Luís vê Valentino a chegar.
Valentino: Desculpa lá o atraso. Ainda está lá dentro?
Luís: Três seguranças a fazer patrulha de dez em dez minutos, ninguém, além deles, entrou ou saiu.
Valentino: Achas uma boa ideia nós entrarmos quando eles estiverem cá fora?
António olha para o jovem, incrédulo.
António: Nós? Desculpa, mas acho que tu não devias entrar.
O adolescente italo-português ri-se um pouco.
Valentino: Não lhe contaste, pois não?
Luís acena que não.
Valentino: Eu sou um mutante, bom, não sou só um mutante, como sou o mais poderoso da raça alium em Portugal.
António: Então, se és assim tão forte, o que é que tu fazes?
Valentino solta um sorriso, meio sinistro, meio bondoso.
Valentino: Eu faço com que as lendas se tornem realidade. Minotauros, ciclopes, gigantes. As lendas urbanas também. As pessoas chamam-me Lenda por isso.
António: Ok, isso parece muito forte.
Luís põe o braço no ar e acena aos dois, impaciente.
Luís: Maltinha, os seguranças acabaram de sair, é agora ou nunca!
Valentino: Eu trato deles.
Do nada, vindos do chão, aparecem dois cães negros gigantes, com os olhos vermelhos brilhantes, como as lendas britânicas os descrevem, e estraçalham os seguranças da máfia.
Valentino: De nada.
Os Cães de Guerra ficam incrédulos com o que tinha acabado de acontecer, nunca tinham visto nada assim nas suas vidas.
Luís: Vá, ponham-se a mexer, mas é já!
O grupo inteiro entra no complexo e, rapidamente, encontram Massimo e os seus associados.
Mário: MASSIMO! ONDE É QUE ESTÁ A MINHA FILHA?!
O mafioso ri-se.
Massimo: Se achas que eu te vou dizer, estás muito enganado, Psycho. Ah, desculpa, enganei-me no nome, devia ter dito Mário.
António: Nós sabemos que tu descobriste que somos os Cães de Guerra, agora, deixa a Filipa ir embora, e nós saímos daqui sem ninguém se magoar.
Massimo volta-se para eles.
Massimo: Vocês sabem o que é passar 22 anos na prisão de Vale de Judeus? Não? Então vocês não vão receber o que vocês querem!
De repente, o italiano vê o sobrinho e fica branco.
Massimo: Vocês não se atrevam a fazer mal ao meu sobrinho! Eu vou matar-vos!
Valentino: Eles não me vão fazer mal, porque eu estou com eles.
O mafioso fica vermelho de raiva.
Massimo: Como te atreves a trair quem te viu crescer?! Eu sou da tua família, Valentino!
Valentino: Tu não és nada! Tu és um verme que rapta adolescentes que não te fizeram nada!
Massimo olha para os seus homens e, zangado, começa a mexer, euforicamente, os braços.
Massimo: Matem-nos a todos!
Os seguranças pegam nas armas e apontam-nas a quem os ameaça. Um silêncio recai sobre o Palácio dos Desportos, até que, um barulho, ecoa pelos corredores: tek... tek... tek.
Luís: Sou só eu que teve um arrepio na espinha?
Valentino: Quem não teve, ainda vai a tempo de ter um, porque eu chamei a Tek-Tek.
Luís: Bom, a máfia tentou acabar conosco.
De repente, uma foice gigante voa, entre António e Mário, e acerta na cabeça de um dos mafiosos, matando-o instantaneamente. Logo a seguir, Romeo e João, disparam uma rajada de tiros contra os seguranças restantes, matando-os. O padrinho da máfia italiana estava a ficar com medo e, Mário, estava a ir na direção dele. Quando o pai de Filipa chega perto de Massimo, e dá-lhe um soco que o deixa no chão.
Mário: Se tu me tivesses tentado matar, eu consideraria enfiar-te na cadeia, mas puseste a minha filha em perigo, isso é muito mau para a tua saúde!
O homem pontapeia o italiano na cara.
Mário: Tu vais pagá-las! Ouviste, meu cabrão?!
O pai de Filipa pega numa navalha e tira a língua de Massimo para fora da sua boca. Enquanto isso, ouvem-se gritos femininos e, Luís, percebe que é a namorada. O rapaz vai, de porta em porta até, eventualmente, encontrar a namorada, amarrada e com um lenço à volta do pescoço. Ele corre para ela, mas esbarra num homem enorme.
Cesar: Tu não passas por mim.
Do nada, a cabeça dele, cai ao chão, seguido do corpo e, atrás dele, estava Ben, com a sua katana.
Ben: Se alguém te quiser passar a ferro, vai ter de resolver as coisas comigo primeiro.
Luís acena com a cabeça e, rapidamente, desamarra Filipa e dá-lhe um beijo rápido, seguido de um longo abraço.
Luís: Tás bem?
Filipa: Yá.
De repente, Massimo Allandrari atravessa a porta, estava a sangrar da cabeça e extremamente assustado, logo seguido de Mário, que tinha uma chave de canos sangrenta na mão.
Massimo: Por favor, Mário! Pensa, caralho! Tu vais parar a Vale de Judeus! Tal como eu!
Mário: Tudo pela minha filha, cabrão!
O pai de Filipa bate com a chave na cabeça do mafioso múltiplas vezes, até ele morrer. Depois disso, ele repara na filha, com cara de choque.
Filipa: Pai?!
Mário: Filipa, estás bem?
Filipa: Sim, mas... o que é que raio é que se está a passar?!
Mário: Acho que... tenho umas coisas para te contar.
Fim
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