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BLACK SWAN | ϐοα ℓєιτυяα
𔘓 ‧₊˚ Mudança de Planos
UM LONGO TEMPO APÓS EMBARCAREM no navio pirata, Jimin se encontrava no porão do Black Swan, com frio e morrendo de medo. Ele estava preso por correntes que o ligava ao teto e suas pernas estavam cansadas do tempo que ficou em pé. O fato de estar em uma parte do navio que ficava submersa na água, deixava o espaço confinado ainda mais frio, e o restrito ar presente surgia através da pequena escotilha engradeada que se encontrava no teto amadeirado na parte de trás do porão.
Diferente do camarote arejado e bem iluminado em que costumava ficar no galeão, o porão do Black Swan continha apenas algumas lamparinas com uma luminescência mínima, mas que permitiu ao Ômega concluir que as únicas companhias que ele tinha eram alguns barris velhos e objetos quebrados, além das muitas cargas roubadas e baús cheios de prata.
Jimin estava se perguntando o que aqueles piratas iriam fazer consigo. Se realmente pretendiam pedir um resgate, ou se apenas iriam abusar dele, matá-lo quando já não tivesse mais nenhuma serventia e depois jogar seu corpo ao mar.
Mesmo temendo por sua vida, Jimin não se arrependeu nem por um segundo de ter se entregado no lugar de seu irmão, e daria a sua vida por ele quantas vezes fossem necessárias.
Assustou-se saindo de seus pensamentos quando a porta do porão foi aberta. Um outro pirata surgiu, ele se aproximou com um molho de chaves nas mãos e abriu as correntes libertando-o. Jimin sentiu suas pernas fraquejarem, mas conseguiu se manter de pé com ajuda do Alfa que logo agarrou seu braço, levando-o para fora daquele porão. Ele foi conduzido por meio a alguns Alfas e Betas curiosos quanto à ele. Todos já sabiam sobre o motivo dele estar ali, mas um Ômega a bordo era muito raro e ainda chamava a atenção.
A porta da cabine do Capitão foi aberta diante de si e logo ele se viu dentro de um cômodo iluminado com lamparinas e algumas janelas. Havia uma cama de casal no canto, algumas prateleiras com diversos livros e muitos pergaminhos enrolados dentro de baús abertos. Em cima de uma grande mesa que se encontrava mais a fundo e entre duas janelas, havia uma esfera armilar, dispositivo astronômico utilizado para traçar coordenadas, que brilhava envernizado ao lado de um sextante, um instrumento indispensável para se medir o ângulo entre o horizonte e o sol.
Na mesa ainda tinham mais alguns pergaminhos e atlas marítimos. No centro dela, um grande livro no qual eram registrados e datados todos os acontecimentos e descobertas, estava aberto diante do Alfa Capitão do navio, cujas mãos descansavam ao lado do diário de bordo e um tinteiro com uma pena dentro. Ele estava vestido inteiramente com roupas em tons escuros, desde as calças e as botas, ao longo casaco preto que o deixava com uma aparência ainda mais sombria do que era comentado entre os vilarejos.
O Alfa que havia trazido ele saiu, deixando-os a sós. Temeroso, Jimin permaneceu parado junto à porta, mas o Alfa vestido de preto fez um movimento com a mão, para que ele se aproximasse. Jimin engoliu em seco e obedeceu, se aproximando a passos lentos.
— Sente-se. — o Alfa indicou a cadeira de frente à mesa e Jimin se sentou. — Quantos bens e riqueza o seu pai possui exatamente?
— E-eu não sei, senhor. — Jimin respondeu baixo, massageando os pulsos que estavam avermelhados e bastante doloridos. O Capitão notou isto, mas ignorou.
— Ele o ama?
Jimin arregalou os olhos. Tudo bem que aquele Alfa era um pirata, mas até mesmo ele possuía um pai, e mesmo atualmente sendo um bandido salteador, em alguma parte de sua vida o Capitão deve ter recebido no mínimo, um pouco de amor dele.
— Está mesmo perguntando isso? — o Capitão Min ergueu uma sobrancelha e ficou esperando pela resposta: — Se o que quer saber é se ele irá pagar o resgate, sim senhor, ele irá pagar qualquer quantia que pedir.
Neste momento, alguém bateu na porta, com o capitão concedendo sua entrada no mesmo instante. O Beta navegador entrou trazendo consigo alguns papéis e os colocou em cima da mesa, ignorando a presença do Ômega. Ao contrário do Capitão, o Beta vestia uma camisa branca de mangas longas e um colete bege com alguns botões abertos. A franja crescida quase cobriam-lhe os olhos. Ele abriu um atlas diante de seu Capitão, apontando para um lugar em específico.
— O Billy diz que uma tempestade se aproxima a noroeste, isso causaria fortes avarias no navio e atrasaria ainda mais a nossa viagem. — o navegador abriu um outro mapa por cima do primeiro. Jimin sentiu um forte hálito de rum vindo do Beta enquanto ele falava, quase curvado sobre a mesa. — A tripulação acha que devemos seguir pela rota sul e conseguir outros saques até que o tempo se acalme, para fazermos a troca. — ele apontou com a cabeça para o Ômega. — E então vamos direto para Nabuco.
O Capitão puxou o mapa a fim de estudar melhor de perto. Com o movimento, um pedaço de pergaminho surgiu debaixo, chamando apenas a atenção do Ômega.
— Um fragmento do Imperium. — Jimin comentou consigo mesmo.
— O que disse? — o navegador lançou um olhar surpreso, só agora se importando com sua presença.
— Este pedaço de papel. — Jimin respondeu, apontando para o fragmento. — Não é uma das sete partes do mapa que esconde o maior tesouro do mundo?
Min e seu navegador trocaram olhares surpresos. Aquele pedaço de papel esteve na posse dos piratas durante anos, mas ninguém nunca soube dizer exatamente o que significava os rabiscos que estavam escritos nele. A tripulação somente entendia que aquele pedaço de pergaminho era de extrema importância.
— Como você sabe disso? — o Beta questionou.
— Bem, o meu irmão gosta muito dessas histórias. Certo dia ele me contou sobre um pirata chamado Francis Bonny, possuidor do maior tesouro do mundo. O qual escondeu em algum lugar antes de ser condenado à forca. Diz a lenda que ele repartiu o mapa em sete partes e as espalhou pelos sete mares, e aquele que conseguir encontrar e juntar cada parte, encontrará o caminho para a sua riqueza. O Imperium.
— Você consegue ler isto? — o navegador perguntou impressionado, aprontando para o fragmento. Para ele e Min, o pedaço de papel era simples e possuía vários traços e riscos disformes, sem nenhum significado aparente. O Ômega assentiu. — Tem certeza?!
— Sim.
— Como você consegue?
— E-eu não sei. Elas só brilham...
— O quê brilham?! — o navegador puxou o fragmento para mais perto, tentando ver alguma coisa, mas para ele continuava do mesmo jeito. Indecifrável. — Diga-me, o que está vendo exatamente?
— Eu não sei ao certo, se parecem com figuras, ou letras... — Jimin cerrou os olhos tentando compreender. — E parte de um caminho.
— Chame Jungkook, mande que o prenda no porão novamente e descubra como este Ômega consegue ler o que há no fragmento. — Min ordenou.
— E-espere, por favor! — Jimin pediu exasperado, não queria voltar para aquele lugar sujo e úmido. — E quanto ao meu resgate? O senhor não irá pedir ao meu pai?
— Mudança de planos. — Min afirmou, sorrindo para o navegador.
— Você vai me matar?! Por favor não faça isso. Meu pai pode pagar qualquer quantia...
— Acalme-se. Eu não mato Ômegas inocentes.
— M-mas. — Neste momento, o Alfa chamado Jungkook entrou na cabine, segurou no braço de Jimin e o levou novamente para baixo, prendendo-o outra vez nas correntes no porão de carga.
O Beta permaneceu na cabine com o Capitão, buscando nos livros mais elementos sobre escritas antigas e mapas incomuns. Talvez o amplo acervo de registros adquiridos pelo próprio navegador, sugerissem qualquer resposta quanto aquela lacuna entre Jimin e o mapa.
Mas ambos dispunham de muitas informações, e precisavam encurtar as buscas para algo mais específico.
— Taehyung. — o Capitão chamou o navegador. — O que eles dois têm em comum?
— Senhor?
— Este Ômega e Francis Bonny. — Min ponderou. — Até onde eu sei, eles são os únicos capazes de enxergar seja lá o que tenha escrito nesse pedaço de pergaminho.
Taehyung estava sentado na mesma cadeira que Jimin ocupou minutos atrás, enquanto o Capitão manteve-se apoiado na mesa, de frente para ele. O navegador segurava um livro que narrava as canções sobre o célebre pirata criador do mapa, e fez uma pausa na leitura para juntar-se a reflexão do Alfa.
— Não acredito que eles sejam parentes. O Ômega vem de uma família nobre. — Min comprimiu os lábios em frustração. Taehyung continuou: — Contudo, ambos são Ômegas lúpus.
Os olhos de Min Yoongi brilharam ao lembrar daquela informação. O Alfa ergueu-se em um pulo e seguiu até as prateleiras de uma das estantes. Ele buscou pelas obras que contavam histórias de tempos longínquos, sobre os primeiros ancestrais com genes lobo e sua antiga forma de comunicação, utilizada antes que o idioma mundialmente comum se tornasse o único a ser conhecido.
Min passou o dedo indicador sobre as lombadas dos livros, e puxou um dos exemplares que falava especificamente sobre a classe dominante de lúpus.
Neste momento, a porta da cabine foi aberta e o Alfa que levou Jimin de volta ao porão reapareceu. Min e Taehyung olharam para ele no mesmo instante e esperaram pelo que o pirata pretendia. Mas ele hesitou, evitando olhar diretamente para o Capitão.
— O que foi, Jungkook? — Taehyung o instigou a falar o motivo de sua aparição repentina.
O Alfa marujo titubeou colocando as mãos nos quadris. Com o ato, a jaqueta marrom que ele vestia abriu-se na frente exibindo um coldre vertical, contendo três pistolas em cada lado.
— É o Ômega, Capitão. — Jungkook finalmente revelou, evitando encarar seu líder nos olhos. — Ele está, digamos que apertado.
— Leve-o ao lavabo. — Min indicou.
— Ai é que mora o problema... É melhor vir pessoalmente.
O Capitão franziu o cenho e trocou olhares confusos com o Beta. Sem mais delongas, ele entregou o livro para Taehyung e foi guiado pelo outro pirata, descendo até o piso inferior. No fim do longo corredor onde ficavam os dormitórios da tripulação, havia uma porta que dava acesso a um pequeno compartimento com uma latrina de madeira, no qual eles utilizavam para depositar seus excrementos. Um Alfa chamado Billy aguardava ao lado de Jimin, que mantinha as pernas unidas e o corpo inquieto.
Assim que se aproximou de ambos, o Capitão Min cruzou os braços à espera de uma explicação.
— Qual é problema?
— Ele não quer usar a latrina. — afirmou Billy.
— E por que?
— Não está sentindo? — Jimin perguntou. — Está fedendo mais do que o porão. Eu não vou entrar aí dentro, parece que tem algum animal morto.
Billy inclinou o rosto próximo a porta e inspirou. Instantaneamente ele enrugou os músculos do rosto fazendo uma careta de aversão ao odor aspirado e tampou o nariz. Jungkook não se manifestou, mas sua expressão enojada demonstrava que ele também havia concordado com a fala do Ômega.
O Capitão fechou os olhos e passou os dedos sobre as pálpebras. Estava de frente a um problema necessariamente complicado, na tentativa de descobrir como Jimin conseguia ler os rabiscos do fragmento. Ele não dispunha de tempo para lidar com a dificuldade que Billy e Jungkook tinham, para lidar com as objeções do Ômega. Porém, o garoto possuía um semblante tristonho e abatido, o que fez com que o Capitão entendesse o impasse daqueles Alfas e sentisse um pouco de compaixão.
Min então segurou o antebraço de Jimin, e o levou para cima diretamente para a popa da embarcação. Ele apanhou um balde com a alça partida que estava jogado entre alguns barris e o posicionou na frente do Ômega.
— Aí está. — o Capitão indicou.
Jimin apontou para o recipiente e olhou com incredulidade para o Alfa.
— Você não está querendo que eu faça... aqui, não é?
— É isso ou a latrina. — Min cruzou os braços, irredutível.
Até mesmo os quarenta dias de viagem que estava enfrentando no galeão, não se comparavam as poucas horas que passou a bordo daquele navio assombroso. O pirata não tirava os olhos dele, e isso o deixava ainda mais desconfortável.
— Você vai ficar olhando?! — Jimin franziu o cenho.
Min ergueu as sobrancelhas completamente pasmo com a ousadia daquele Ômega. Mas ele tinha de confessar, o garoto ficava muito fofo com aquele rostinho indignado. Era só olhar para o outro lado, não lhe custaria nada. O Alfa então virou-se dando as costas para Jimin, e o deixou ter seu breve momento de privacidade.
Não era muito agradável, mas pelo menos Jimin conseguiria se aliviar naquele recipiente. O Ômega estava com receio de que o Capitão ouvisse o som do líquido caindo na madeira, ele abriu a calça e ficou bastante próximo ao balde, para então urinar. Olhou assustado para o Alfa, mas ele ainda estava de costas para si, totalmente indiferente para o que Jimin estivesse fazendo ali.
Assim que terminou, e não querendo que o Capitão visse aquela cena, ele se aproximou do parapeito e atirou o balde para fora do navio. Min permaneceu o tempo inteiro de costas para ele.
Querendo se aproveitar dos poucos minutos que Ihe restavam no pavimento superior, o Ômega ficou em silêncio enquanto desfrutava da brisa fresca. Ele devia avisar que já acabou? Talvez. O fato é que ele não estava preocupado com isso. O Capitão que continuasse lhe esperando.
Mas o breve momento durou pouco, até o Alfa desconfiar de sua demora e olhar para trás. Assim que notou que Jimin já havia terminado de fazer suas necessidades, ele ignorou o olhar aborrecido do Ômega e o levou de volta para o porão, logo depois, Min voltou para a cabine e juntou-se novamente ao navegador.
Taehyung e o Capitão passaram dias dedicando-se à tarefa de encontrar respostas. Eles mantinham-se quase o tempo inteiro dentro da cabine, metidos entre livros e pergaminhos, até que o navegador finalmente conseguiu chegar à uma coerente conclusão do porque o Ômega conseguia ler o fragmento.
— Capitão. — ele se aproximou da mesa onde Min permanecia estudando as rotas.
— Sim? — o Capitão respondeu mantendo os olhos nos papéis sobre a mesa.
— Acho que entendi porque aquele Ômega consegue enxergar o fragmento. — Min ergueu os olhos para encarar o Beta. — O mapa foi feito com runas lunares, e este tipo de escrita especial só é possível ser lida por Ômega lúpus.
— Chame Namjoon aqui, agora.
Embora antes nunca houvesse uma única pista sobre as informações daquele simples pedaço de papel, a boa nova trazida pelo navegador deixou Min Yoongi ansioso por finalmente ter um ponto de partida para ir atrás do tão almejado tesouro. Em questão de segundos, o Alfa contramestre do navio estava dentro da cabine do Capitão.
— O que foi?
— Encontramos alguém que é capaz de decifrar os fragmentos do Imperium.
O Alfa arregalou os olhos surpreso.
— Quem?
— O Ômega filho do governador.
— Isso é ótimo! — Namjoon gargalhou. — Quando a tripulação souber...
— Junte todos no convés. — John concordou, com um sorriso ávido no rosto. Saindo da cabine logo em seguida.
Assim que toda a tripulação foi inteiramente reunida no convés, de frente a porta da cabine do Capitão, eles se perguntaram o que havia acontecido de tão especial para serem amontoados alí. Não poderia ser um festejo, visto que aquele era o dia de folga da banda.
Tudo era feito com uma programação estabelecida antecipadamente. Não é porque eles eram piratas que seriam completamente desorganizados, apesar de terem a fama de serem brutos e violentos, eles eram extremamente disciplinados, e seguiam uma série de regras criadas pelo Capitão.
Quando projetavam uma rota, eles a seguiam minimamente até obter o desfecho esperado, e pelo conhecimento de todos, o plano atual era fazer o pedido de resgate do Ômega sequestrado, e depois partir para a ilha de Nabuco, negociar os recentes saques.
Quando o Capitão abriu a porta da cabine e pisou no convés, os piratas que cochichavam entre si sobre o motivo de o contramestre tê-los retirado de suas atividades, cessaram os murmúrios para ouvir o seu Capitão falar:
— Imagino que estejam felizes com o saque que fizemos hoje à noite. — o Capitão iniciou. Todos gritaram e fizeram barulho, eufóricos pela enorme quantidade de prata, carga roubada do galeão. — Mas estão satisfeitos com apenas isto?
Todos negaram em uníssono.
— Podemos saquear outros navios mercantes enquanto esperamos a tempestade se afastar de Nabuco. — um dos piratas sugeriu.
— Parece ser uma ótima ideia Scott. — Min admitiu, caminhando pelos piratas, com as mãos atrás das costas. — Mas, e se eu lhes contar que existe um tesouro, muito, muito maior do que simples saques a navios mercantes. Um tesouro tão grande que nem se esvaziasse completamente o porão do Black Swan, não seríamos capazes de armazêna-lo inteiramente.
Todos se entreolharam interessados naquilo. Uma movimentação e vozes se formou entre a tripulação, todos falando de uma só vez. Uma voz sobressaltou as demais, fazendo com que todos se calassem.
— Está se referindo ao Imperium, Capitão?
— Sim, meu caro Seokjin. — Min respondeu.
— Pff, isso não passa de uma lenda. — Joe afirmou desacreditado.
— Não. É verdade. — Jungkook se manifestou. — Eu ouvi falar sobre um dos fragmentos no Triângulo da Morte.
— Você por acaso o viu, Jungkook? — Joe questionou de volta, mas o pirata não respondeu. — Isso não passa de uma lenda.
Uma nova discussão começou a se formar entre os tripulantes. Min suspirou, retirando um pedaço de papel do bolso, erguendo alto deixando visível à todos e disse:
— O que tenho em minhas mãos é um dos fragmentos do Imperium. — os marujos se calaram e voltar a atenção para si. — Sim, ele é real.
— E-eu não acredito. — Sven afirmou se aproximando. Ele estudou o papel nas mãos do Capitão. — Mas só há riscos e figuras malucas. Como saberemos se este é realmente um dos lendários fragmentos?
— Não são riscos e figuras malucas, Sven. — o navegador afirmou. — São runas lunares, uma escrita que apenas Ômegas lúpus conseguem ler
— E como vamos conseguir um Ômega lúpus? Eles são extremamente raros. Tão raros quanto esses fragmentos. Eu mesmo nunca vi um na minha vida.
— Neste momento, nós o temos cativo no porão de carga.
— O filho do governador é um Ômega lúpus? — Min assentiu. — E o que estamos esperando? Podemos pedir uma boa quantia em seu resgate.
O Capitão inspirou profundamente e fechou os olhos, evitando revirá-los.
— Eu tenho uma ideia melhor. — Min comunicou. — E se nós procurarmos pelos outros seis fragmentos? Teríamos uma riqueza incalculável para cada um de nós.
— Seria o suficiente para dar fim à vida de pirata e viver tranquilo e no conforto até o fim das nossas vidas. — Namjoon argumentou. — Sei que muitos de vocês desejam isto.
— Então, o que me dizem? — o Capitão Min indagou, observando as expressões de cada um: — Continuar com os saques a pequenos navios mercantes, ou caçar o Imperium?
A resposta foi tão rápida quanto um raio que corta o céu durante uma tempestade. Por decisão unânime, todos optaram por ir atrás dos fragmentos do mapa, para encontrar o tesouro de Francis Bonny.
— Taehyung. — o Capitão se voltou para o navegador. — Mude o curso para Nabuco.
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