1. Invasão
Historia de Lariekookie
Capa feita por grifftaehyun
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Bem vinde a Era Dourada da Pirataria!
Uma ótima leitura! Espero que goste❤
Se tiver algum erro me avise.
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No Oceano Pacífico, ao lado da costa asiática, um galeão seguia conduzindo em seu porão, tonelada de moedas destinadas ao Reino da Coreia. Além da riqueza em prata, o navio também transportava um governador e seus dois filhos. Alguns oficiais da Marinha real participaram da jornada de volta para casa, para garantir a segurança de uma das famílias mais importantes da Coreia.
A viagem estava em seu quadragésimo dia e todos estavam cansados e entediados, por estarem cercados apenas por água, sem nada para fazer. Mas dentre eles havia um ômega que estava apreciando a viagem, pois ao contrario de todos a bordo, ele adorava historias que envolviam o mar, em especial, sobre piratas. Debruçado sobre a proa, Kang Yunho observando o navio diminuir velocidade conforme a noite chegava.
O comandante da embarcação achou mais seguro diminuir a velocidade durante a noite, devido a pouca visibilidade que se teria, e assim seria mais fácil impedir que o galeão colidisse com qualquer outra embarcação.
— Você já pensou como seria viver em alto mar?- Yunho questionou ao seu irmão mais velho, que lhe fazia companhia em todos os momentos durante a viagem.
Yeosang, o irmão mais velho, que estava um pouco mais longe da proa, observou o pavimento do convés com repulsa. A madeira úmida e ligeiramente mofada, o cheiro de ferrugem causada pela maresia, eram coisas que o deixavam desconfortável. Sem falar nos ratos que ele teve a infelicidade de encontrar em seu camarote, embora o cômodo fosse um dos mais limpos do navio.
— Desconfortável, insalubre e perigoso.- o mais velho respondeu, um pouco mais longe da proa.- Por favor, Yunho, desça daí e afaste-se para não cair.
Yunho suspirou descontente com a resposta que obteve de seu irmão. O mais novo tinha outra perspectiva do modo que Yeosang enxergava a situação. Sim, talvez as condições de viagens marítimas não fossem tão confortáveis e seguras, mas apenas o contrate entre o azul do céu e do mar, e o brilho do sol nas ondas que despontava do horizonte em todas as manhãs, já eram motivos suficientes para considerar fazer de um navio o seu lar. Ele se afastou da proa e virou-se de frente para seu irmão:
— Seria fascinante.- ele suspirou.- Muitos são as histórias contadas sobre Alfas valentes, que levam a vida desbravando os mares em busca de tesouros.
— Você quis dizer, bandidos.- o irmão mais velho corrigiu, fazendo Yunho bufar e revirar os olhos.- A pirataria não é como contam nos seus livros de romance, Yunho. Os piratas são alfas e betas, bárbaros e cruéis...
— Mal interpretados.- Yunho o interrompeu.- É óbvio que os oficias da Marinha espalham historias exageradas a respeito desses alfas.- ele ficou um tempo em silencio, enquanto seu irmão o encarava ainda incrédulo.- Eu gostaria muito de conhecer um navio pirata e me juntar a tripulação.
A revelação pegou o mais velho de surpresa. Yeosang sabia os livros que seu irmão costumava ler, mas não imaginava que ele desejava se tornar um criminoso. Aquilo já estava fugindo do controle.
— Você está louco? Se papai te escuta falando isso, te deixa de castigo até que case.
— Eu não quero me casar, Yeosang.- ele lamentou, cruzando os braços.- Quero ser pirata.
— Não fale coisas bobas!- Yeosang o repreendeu com a voz baixa, para não chamar a atenção do marinheiros que trabalhavam pelo convés.- Um bom ômega deve se casar e dar filhos ao seu alfa. Formar uma família e levar uma vida calma e pacata.
— Fale a verdade, irmão. Você está satisfeito com esse noivado? Quer mesmo se casar e levar uma vida planejada pelos outros? Casar sem amor?
Yeosang suspirou olhando a volta á sua esquerda. Haviam alguns engradados próximos ao mastro dianteiro, onde continham instrumentos para a manutenção do navio, simples objetos que eram manuseados pelos alfas para consertar alguns mastros danificados. Ele observou quando um desses marinheiros pegou uma ferramenta e se colocou a utiliza-la ao seu favor.
Por um breve momento, Yeosang se imaginou como um desses utensílios, criando para ser apenas um objeto entregue a um alfa, para que assim ele o manipule ao seu bel-prazer. Mas infelizmente esse foi o modo com que Yeosang e seu irmão foram educados. O único dever de um ômega era a obediência, embora que fosse contra suas verdadeiros sentimentos. Com isso, Yeosang hesitou antes de responder.
— O Comodoro Hee é um alfa de boa família. Tenho absoluta certeza de que seremos muitos felizes juntos. E quanto ao amor, ele aparece com o tempo.- Ele voltou sua atenção ao mais novo.- Aconselho que pare com essas ideias vulgares, nunca conseguirá um bom casamento se continuar com esses pensamentos absurdos.
Yunho suspirou entristecido. A conversa não se aprofundou mais naquele assunto, e logo eles foram chamados ao camarote, para fazer suas refeições na companhia de seu pai.
Naquela época do ano, a lua não se mostrava tão visível no céu, deixando que as únicas luzes vistas fossem a das estrelas e do próprio galeão, não sendo suficiente para iluminar o caminho a se seguir. A velocidade do navio estava quase nula devido á escuridão que se encontrava.
O breu era tão grande, que ninguém notou quando um navio com velas negras se aproximou sorrateiro a esquerda. A bandeira hasteada na embarcação, ostentando o emblema de um cisne com assas abertas.
Um tiro foi disparado e duas bolas de canhão presas a uma corrente foi lançada no mastro principal do galeão, partindo-o ao meio e derrubando algumas de suas velas. Consequentemente, impedindo a sua fuga perante o ataque repentino. O barulho foi tão grande que chamou a atenção até dos oficias que dormiam nas cobertas inferiores. Assim que os marinheiros saíram do interior do galeão, só então compreenderam o que estava acontecendo, quando viram as luzes do outro navio ao longe, só agora acesas. Nada puderam fazer por causa das velas destruídas. Aquela altura uma fuga seria impossível.
— Preparem os can-...- antes que o comandante pudesse terminar a sua ordem, diversos alfas e betas surgiram á bombordo, escalando o navio e subindo através de cordas com ganchos, lançadas e presas na madeira do próprio galeão.
E mais deles se aproximaram através de pequenos botes.
Um alfa carregando seis pistolas em seu cinto, apontou uma delas no rosto do comandante, fazendo-o desistir da ideia de sacar sua própria arma e erguer as mãos em sinal de desistência. O comandante pediu calma aos marinheiros e sub oficiais, o caos foi impedido de se instaurar e assim eles puderam notar finalmente, que aquela se tratava de uma invasão pirata.
Um alfa alto e imponente, de cabelos acinzentado, andava por meio a todos com o rosto erguido parecendo um rei. Ele caminhava entre os oficias e piratas totalmente despreocupado, como se estivesse andando em verdes pastos, e não no navio inimigo da Marinha Real, em plena invasão.
— Quem está no comando?- o pirata questionou olhando para seus alfas.
— Este aqui.- o alfa que continha as seis pistolas se aproximou, trazendo o homem rendido consigo. Sempre apontando a arma para a sua cabeça.
— Boa noite. Meu nome e Park Seonghwa.- o alfa de cabelo cinza se apresentou, colocando uma mão no peito e mantendo a outra na cabo da espada ainda embainhada.- Falo em nome do Capitão do Black Swan, Choi Jongho.- ao dizer aquele nome, o medo cresceu no coração dos marinheiros a até mesmo o próprio comandante -, e nós gostaríamos que todos colaborassem, a fim de impedir um banho de sangue desnecessário. Por isso, rendam-se pacificamente, deste modo, pouparemos suas vidas e levaremos apenas a sua carga de valor.
— T- tudo bem.- o comandante afirmou gaguejando e erguendo ambas as mãos vagarosamente. Ele ordenou aos marinheiros: -Não façam nada.
Logo, toda a tripulação do galeão foi amarrada próximos a proa, sendo vigiados por uma alfa de logos cabelos prateados e mais alguns outros. Um pirata loiro com uma cicatriz no olho direito, segurando uma longa katana, saiu de um dos camarotes trazendo consigo o governador Kang.
— Olha o que eu encontrei.- o pirata disse, sorrindo divertido.
— Seus bastardos malditos, vou mandar enforcar cada um de voc-...- a fala do governador foi interrompida com um forte soco no rosto, fazendo-o tombar para o lado e quase cair no chão.
— Amarre-o junto aos demais.- Seonghwa ordenou..- Procure por mais alguém escondido.
— Não!- o governador gritou desesperado.- Não tem mais ninguém lá dentro. Eu juro!
Seonghwa olhou para o alfa com cicatriz no olho e sorriu de canto. Com um simples movimento de cabeça, ele o ordenou para entrar nos camarotes e fazer a busca por mais alguém que estivesse escondido. O governador ainda tentou impedir, mas levou um chute no rosto que o fez cair desacordado para o lado.
O alfa armado com a katana entrou em um dos camarotes e buscou por mais alguém. Quando teve certeza que estava vazio ele se dirigiu ao outro, que era um pouco menor. Ele viu entre dois barris a ponta de uma cabeleira loira, sorriu vitorioso e se aproximou chutando o objeto que servia como esconderijo. Quando o barril voo batendo na parede, ele viu dois ômegas abaixados, um abraçado ao outro.
— Levantem-se os dois.- o pirata ordenou com voz grave. Yeosang se levantou trêmulo, mas seu irmão mais novo ficou parado, ainda em choque e morrendo de medo.- Eu mandei levantar, porra!
Yunho fechou os olhos e soltou um chiado quando teve seu braço agarrado de forma brusca. Yeosang tentou impedi-lo de machucar seu irmão e foi empurrado para o lado. Mas ele se levantou e tentou novamente, dessa vez, se agarrando ao braço daquele alfa.
— Por favor, senhor.- Yeosang implorou, chamando a atenção do pirata para si.- Ele é apenas um servo, não lhe dará nenhum lucro.- mentiu.- Leve-me no lugar dele, e-eu sou Kang Yeosang, filho do governador.- o pirata largou o ômega mais jovem, agora interessado no que Yeosang estava falando.- Leve-me ao invés dele, e obterá grande lucro com um pedido de resgate.
O alfa então agarrou o braço de Yeosang e o levou para fora do camarote. O ômega mais novo apenas se encolheu no chão em posição fetal e chorou diante da própria sensação de inutilidade e covardia. Era ele quem mais gostaria de conhecer os piratas, mas agora estava tremendo de medo e incapaz de falar qualquer coisa diante deles.
— Este ômega diz ser filho do governador.- o alfa com cicatriz comunicou a Seonghwa, ainda segurando seu braço com força.
Seonghwa o estudou de perto, Yeosang manteve o olhar por breves segundos, mas logo o desviou. Ele tinha um colar que carregava o mesmo bastão familiar que tinha no cinto do governador.
— Terminamos.- um pirata comunicou ao líder.- Levamos tudo o que estava no porão de carga e todos os outros objetos de valores para os botes.
— Ótimo.- Seonghwa respondeu, voltando sua atenção aos tripulantes do galeão.- Obrigado por sua cooperação.- ele gritou para o alfa de cicatriz: - Leve o ômega para um dos botes e o amarre.
O alfa assentiu e logo estava descendo com Yeosang, pelas cordas até os barcos. Assim como o restante da tripulação, remando de volta para o Black Swan.
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Espero que tenham gostado.
Quem pediu essa foi jungws
ate.
Não revisado...
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