˗ˏ EIGHT.
Mano, sou uma fodida
Eu odeio minha vida
Eu vou muito me matar hoje
Ou matar alguém
O puto daquele loiro é sobrinho do meu chefe, me fodi pra um caralho!!!
E se eu for expulsa daqui porque quero matar o sobrinho dele?
Meu Deus, Maisha, eu vou morar embaixo da ponte vei
Mano eu vou chutar o cú desse desgraçado antes mesmo do horário do almoço, tenho certeza
Se eu for presa, quero que saiba que jamais irei te esquecer!!!
Franzi o cenho para o meu celular, levemente confusa com as mensagens de Zuzu. Pisquei os olhos, erguendo a cabeça para fitar Bul-bul que estava focada em enfiar batatinhas dentro da boca. Meu Deus, por que eu só fico rodeada por puta malucas pra porra?
Se tu for presa, eu te visito na cadeia ;')
Ei, quando largar quer dar um rolê por aí?
Bul-bul tem um encontro e eu quero ir naquele festival :')
Voltei a enfiar meu celular no bolso da minha jaqueta e me deitar no capô do carro que estava estacionado embaixo de uma árvore grande pra porra. Meu corpo doía um pouco por conta das porradas que sem querer acabei levando na noite passada mas nada que podia desaparecer com muito analgésico, apesar de tudo, eu estava muito melhor do que o resto dos Capitães que tão tudo na merda pelo que Satoru disse hoje de manhã quando liguei para saber a situação de todo mundo.
Bul-bul cantarolou a música que tocava no rádio, soltando uma risada junto a mim por conta da sua interpretação lixosa. Era um dia tranquilo depois da grande merda que rolou na noite passada e... isso era um saco! Caralho, não sei como esse povo aguenta ficar tanto tempo fazendo porra nenhuma, tipo é insuportável!
─ Hoje tá muito parado.─ Falou Bulma, dando voz aos meus pensamentos. Eu a olhei, um sorriso crescendo em meus lábios.
─ Então, vamos agitar.─ Ela me fitou com o cenho franzido por um instante antes de soltar uma risada alta, saltando para longe do capô e jogando o saco já vazio das batatinhas no lixo, entrando no carro em um instante.
Ri de sua agitação, prestes a fazer o mesmo que ela quando ouvi um gemido de dor e só foi virar a cabeça para o lado que vi um garoto claramente mais velho, com certeza com um pé no Ensino Médio, metendo a porrada em um outro garoto que claramente tava no ginásio ainda. Sacudi minha cabeça, abrindo um sorriso enquanto me aproximava dos dois.
─ Porra, seu imbecil.─ Rosnei, enfiando um chute no meio da fuça do idiota antes que ele metesse mais um soco na cara do outro.─ Vai se meter com gente do seu tamanho!
O idiota me fitou e ele tava bem perto de gritar alguma merda para mim quando seus olhos se arregalaram de repente no instante que ele notou minha jaqueta vermelha com detalhes em dourado, nem foi necessário que ele visse o açor preto nas minhas costas para sair correndo que nem uma cadela covarde. Meu Deus, como odeio panacas que não sabem nem honrar o pinto que tem entre as pernas!
─ Não precisava da sua ajuda.─ Resmungou o garoto que tinha a cara cheia de sangue, talvez o nariz dele estivesse quebrado pelo que tô vendo daqui. Inclinei minha cabeça para o lado, vendo seus olhos bronze e caninos afiados até demais. Caralho, esse putinho parecia um gatinho raivoso.
Acabei rindo com o pensamento.
─ Tá rindo de quê, louca?─ Ele disse, me lançando um olhar com o cenho franzido. Dei de ombros, enfiando as mãos dentro da minha jaqueta.
─ Qual é o seu nome, ô projeto de gatinha Marie?─ Soltei. O garoto fez a maior cara de cú do universo causando mais uma risada minha.
─ Do que você me chamou?
─ Seu nome, pirralho.─ Ele me fitou por uns instantes e praticamente se encolheu, sussurrando alguma porra que eu não escutei. Revirei os olhos, cutucando a perna da Gatinha Marie com a ponta da bota.─ Fala pra fora.
E novamente, a cara de cú. Ri.
─ Keisuke Baji.
Keisuke Baji... Tá legal, recuei alguns passos e mexi levemente os ombros.
─ Então, Baji, quer dar uma volta?
─ O que a gente tá fazendo?─ Perguntou Baji em um berro quando Bul-bul realizou uma curva, afundando cada vez mais o pé no acelerador. Eu e a loira trocamos um olhar, começando a rir do tom cheio de desespero do garoto.
─ Nós estamos procurando diversão.─ Falei, rindo e me aproximando da janela, logo não vi porra nenhuma já que, por conta da velocidade, meus cabelos começaram a balançar pra caralho, lançando mechas verde-azuladas pra todo canto.
─ Que?─ Gritou o garoto. Bul-bul riu, trocando a marcha com rapidez e girando o volante fazendo o carro deslizar pela pista, ultrapassando uma moto que andava lento demais.
─ Relaxa que já tamo chegando.─ Disse a loira, passando uma mão por seus cabelos com um sorriso que emitia um alerta de perigo para todos os lados.
Ela fez mais uma curva, soltei uma risada ao sentir Baji se agarrar no meu banco para não ser lançado para o outro lado do carro. Bulma acelerou em uma rua espreita, girando o volante e então, pressionando o pé contra o freio fazendo que o carro ficasse em diagonal até parar.
Eu e a garota trocamos olhares, antes de começamos a rir enquanto saímos do carro acompanhadas de Baji que caiu pra fora, se ajoelhando no chão. Bul-bul não esperou nem um segundo, andando na direção do fliperama abandonado. Soltei mais uma risada, me agachando no lado do garoto que respirava fundo, talvez tentando não vomitar.
Eu não ia julgar ele se colocasse as tripas para fora, tipo nem todo mundo consegue acompanhar as maluquices de Bul-bul, quer dizer só os açores aguentavam a velocidade dela.
─ Relaxa.─ Chiei para ele, dando leves batidas em suas costas.─ Você vai ficar bem.
Baji me lançou um olhar que dizia que ele tava bem perto de meter o cacete em mim. Ri dele mais uma vez. Bom, ninguém podia dizer que a Gatinha Marie não tinha coragem...
─ Agora, vamo meter a porrada em uns parasita.─ Agarrei seu braço, puxando-o para que ficasse em pé e comecei o puxar na direção de Bul-bul que nos esperava na porta do fliperama. A loira não precisou que eu falasse nada pra que metesse o pé na porta, arrombando-a por completo.
Entramos em passos lentos e não ficamos nem um pouco surpresas quando vimos uma quantidade grande pra porra de garotos mal encarados vestidos com um uniforme ridículo do caralho. Alguém aqui precisava urgentemente de algum conselho de moda, porque não é possível que ninguém enxergue o quão horroroso é essa porra.
─ Eai, cambada!─ Sacudi minha cabeça, bagunçando meus cabelos ainda mais e soltei Baji deixando que ele ficasse entre Bulma e eu.─ É o extermínio de ratos!
Não precisei dizer mais nada para que todos eles avançassem na nossa direção. Soltei uma risada, trocando um olhar com Bulma e me virando levemente para Baji.
─ Quem bater mais, ganha!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro