* ˚ ✦ CAPÍTULO 10
DIA DOS NAMORADOS
O SOL AGORA VOLTARA A BRILHAR palidamente sobre Hogwarts. No interior do castelo, as pessoas se sentiam mais esperançosas. Não houvera mais ataques desde os de Justino e Nick Quase Sem Cabeça, e Madame Pomfrey tinha o prazer de informar que as mandrágoras estavam ficando imprevisíveis e cheias de segredinhos, o que significava que iam deixando depressa a infância.
Ernie Macmillan da Lufa-Lufa não concordava com essa visão otimista. Continuava convencido de que Harry era o culpado, que ele “se denunciara” no Clube dos Duelos. Pirraça não estava ajudando nada; a toda hora aparecia nos corredores cheios de alunos, cantando:
“Ah, Potter podre...”, agora com um número de dança para acompanhar.
Gilderoy Lockhart parecia pensar que, sozinho, fizera os ataques pararem.
━ Acho que não vai haver mais problemas, Minerva ━ disse ele dando um tapinha no nariz e uma piscadela com ar de quem sabe das coisas. ━ Acho que a Câmara foi fechada para sempre desta vez. O culpado deve ter sentido que era apenas uma questão de tempo até nós o pegarmos. Achou mais sensato parar agora, antes que eu o liquidasse.
“Sabe, o que a escola precisa agora é de uma injeção no moral. Esquecer as lembranças do período passado! Não vou dizer mais nada por ora, mas acho que sei exatamente o que...”
E dando outra pancadinha no nariz se afastou decidido.
A ideia que Lockhart fazia de uma injeção no moral tornou-se clara no café da manhã de catorze de fevereiro.
Antônio Goldstein entrou no Salão Principal naquela manhã com os ombros curvados e olheiras profundas, como se o peso de uma noite sem descanso ainda estivesse sobre ele. Seus passos ecoavam suavemente pelo salão quase vazio, e ele mal notou as primeiras conversas animadas dos alunos. Tivera um sonho terrível: Dahlia Diggory, sua melhor amiga, permanecia presa em um sono sem fim, petrificada e inatingível, enquanto o tempo continuava a passar para todos, menos para ela. Ele envelhecia, assistindo os dias se arrastarem sem a presença vibrante de Dahlia, o sorriso dela perdido para sempre em um rosto frio e inerte.
Cada manhã se tornava mais difícil; cada vez que cruzava as portas do castelo, a esperança de que alguém encontrasse a cura para o estado de Dahlia diminuía um pouco mais.
Ele sentou-se ao lado de Diana Thomas na mesa da Corvinal e olhou para o Salão, notando que estava diferente.
As paredes estavam cobertas com grandes flores rosa berrante. E pior ainda, de um teto azul-celeste caía confete em feitio de coração.
━ Que é que está acontecendo? ━ perguntou Antônio a Terêncio e Miguel.
Miguel apontou para a mesa dos professores, aparentemente nauseado demais para falar.
Lockhart, usando vestes rosa berrante, para combinar com a decoração, gesticulava pedindo silêncio. Os professores, de cada lado dele, estavam impassíveis. De onde se sentara, Antônio podia ver um músculo tremendo na bochecha da Profa McGonagall. Snape parecia que tinha acabado de tomar um grande copo de Esquelesce.
━ Feliz Dia dos Namorados! ━ exclamou Lockhart. ━ E será que posso agradecer às quarenta e seis pessoas que me mandaram cartões até o momento? Claro, tomei a liberdade de fazer esta surpresinha para vocês, e ela não acaba aqui!
Lockhart bateu palmas e, pela porta que abria para o saguão de entrada, entraram onze anões de cara amarrada. Mas não eram uns anões quaisquer. Lockhart mandara-os usar asas douradas e trazer harpas.
━ Os meus cupidos, entregadores de cartões! ━ Sorriu Lockhart. ━ Eles vão circular pela escola durante o dia de hoje entregando os cartões dos namorados. E a brincadeira não termina aí! Tenho certeza de que os meus colegas vão querer entrar no espírito festivo da data! Por que não pedir ao Prof. Snape para lhes ensinar a preparar uma Poção do Amor! E por falar nisso, o Prof. Flitwick conhece mais Feitiços de Fascinação do que qualquer outro mago que eu conheça, o santinho!
O Prof. Flitwick escondeu o rosto nas mãos. Snape fez cara de que obrigaria a beber veneno o primeiro aluno que lhe pedisse uma Poção do Amor.
━ Por favor, Diana, me diga que você não foi uma das quarenta e seis ━ disse Antônio ao deixarem o Salão Principal para assistir à primeira aula. A garota de repente ficou muito interessada em procurar na mochila o seu horário e não respondeu.
O dia inteiro, os anões não pararam de invadir as salas de aula e entregar cartões, para irritação dos professores e, no fim daquela tarde, quando os alunos da Grifinória e Corvinal iam subindo para a aula de Feitiços, um dos anões alcançou Harry.
━ Oi, você! “Arry” Potter! ━ gritou um anão particularmente mal-encarado, que abria caminho às cotoveladas para chegar até Harry.
Cheio de calores só de pensar em receber um cartão do Dia dos Namorados na frente de uma fileira de alunos de primeiro ano, que por acaso incluía Gina Weasley, Harry tentou escapar. O anão, porém, meteu-se por entre a garotada chutando as canelas de todos e o alcançou antes que o garoto pudesse se afastar dois passos.
━ Tenho um cartão musical para entregar a “Arry” Potter em pessoa ━ disse, empunhando a harpa de um jeito meio assustador.
━ Aqui não ━ sibilou Harry, tentando escapar.
━ Fique parado! ━ grunhiu o anão, agarrando a mochila de Harry e puxando-o de volta.
━ Me solta! ━ rosnou o garoto, puxando.
━ Olhem isso, vai ser hilário. ━ Terêncio apontou com um sorriso para seu grupo de amigos.
Com um barulho de pano rasgado, a mochila se rompeu ao meio. Os livros, a varinha, o pergaminho e a pena se espalharam pelo chão, e o vidro de tinta se derramou por cima de tudo.
Harry virou-se para todos os lados, tentando reunir tudo antes que o anão começasse a cantar, causando um certo engarrafamento no corredor.
━ Que é que está acontecendo aqui? ━ ouviu-se a voz fria e arrastada de Draco Malfoy.
Harry começou a enfiar tudo febrilmente na mochila rasgada, desesperado para sair dali antes que Draco pudesse ouvir o cartão musical.
━ Que confusão é essa? ━ perguntou outra voz conhecida. Era Percy Weasley que se aproximava.
Perdendo a cabeça, Harry tentou correr, mas o anão o agarrou pelos joelhos e o derrubou com estrondo no chão.
━ Muito bem ━ disse ele, sentando-se em cima dos calcanhares de Harry. ━ Vamos ao seu cartão cantado:
Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos,
Teus cabelos, negros como um quadro de aula.
Queria que tu fosses meu, garoto divino,
Herói que venceu o malvado Lorde das Trevas.
Harry teria dado todo o ouro de Gringotes para se evaporar na hora. Fazendo um grande esforço para rir com os colegas, ele se levantou, os pés dormentes com o peso do anão, enquanto Percy Weasley fazia o possível para dispersar os alunos, alguns chorando de tanto rir.
━ Vão andando, vão andando, a sineta tocou há cinco minutos, já para a aula ━ disse o monitor, espantando os alunos mais novos. ━ E você, Malfoy…
Harry, erguendo a cabeça, viu Draco se abaixar e apanhar alguma coisa. Mostrou-a, debochando, a Crabbe e Goyle, e Harry percebeu que ele se apossara do diário de Riddle.
━ Devolva isso aqui ━ disse Harry controlado.
━ Que será que Potter andou escrevendo nisso? ━ disse Draco, que obviamente não reparara na data impressa na capa e pensava que era o diário de Harry. Fez-se silêncio entre os presentes. Gina olhava do diário para Harry, com cara de terror.
━ Devolva, Malfoy ━ disse Percy com severidade.
━ Depois que eu olhar ━ disse Draco, agitando o diário no ar para enraivecer Harry.
Percy falou:
━ Como monitor... ━ Mas Harry perdera a paciência. Puxou a varinha e gritou:
“Expelliarmus!” e do mesmo jeito que Snape desarmara Lockhart, Draco viu o diário sair voando de sua mão. Rony, com um grande sorriso, apanhou-o.
━ Harry! ━ disse Percy em voz alta. ━ Nada de mágica nos corredores. Vou ter que reportar isso, sabe!
Mas Harry não se importou, ganhara uma vez de Draco e isso valia cinco pontos da Grifinória em qualquer dia. Draco ficou furioso e, quando Gina passou por ele para entrar na sala de aula, gritou despeitado:
━ Acho que Potter não gostou muito do seu cartão!
Gina cobriu o rosto com as mãos e correu para dentro da sala. Rosnando, Rony puxou a varinha também, mas Harry agarrou-o para afastá-lo. O amigo não precisava passar a aula de Feitiços inteira arrotando lesmas.
Somente quando chegaram à sala de aula do Prof. Flitwick foi que Harry notou uma coisa muito estranha no diário de Riddle. Todos os seus livros estavam ensopados de tinta vermelha. O diário, porém, continuava tão limpo como antes do tinteiro quebrar em cima dele.
Tentou dizer isto a Rony, que estava enfrentando novos problemas com a varinha; grandes bolhas saíam da ponta, e ele não estava muito interessado em nada mais.
DIANA ENTROU NA ENFERMARIA devagar, o ranger da porta quase inaudível no silêncio que preenchia o ambiente. O cheiro estéril de poções pairava no ar, e a luz do final da tarde atravessava as janelas, banhando o lugar em tons suaves de dourado. Mas tudo parecia sem vida para ela enquanto caminhava até a cama onde Dahlia Diggory repousava, pálida e imóvel. Parecia que a amiga estava apenas adormecida, mas a rigidez de seu corpo e a expressão vazia do rosto eram um lembrete cruel da verdadeira situação.
Sentando-se ao lado da cama, Diana puxou uma cadeira e segurou a mão fria de Dahlia, como fazia sempre que podia visitá-la. Sentia um aperto no peito toda vez que se deparava com aquele olhar vazio e sem vida, um reflexo do que um dia fora a alma vibrante de sua amiga. A falta de Dahlia era um buraco constante nos dias de Diana, e ela se sentia perdida sem a risada contagiante e os conselhos sempre pontuais da amiga.
━ Sabe, hoje foi mais um daqueles dias, Dahlia ━ começou, sua voz baixa e trêmula, enquanto passava o polegar suavemente pela mão gelada da amiga. ━ O Professor Snape está mais insuportável do que nunca. Acho que ele sente sua falta, mesmo que nunca admita. Ele deu uma detenção dupla para o Neville só porque ele derrubou um caldeirão… de novo. Quase explodiu com a turma inteira quando o Seamus fez uma pergunta boba. É como se ele estivesse sempre à beira de explodir.
Ela riu um pouco, um som vazio e sem alegria, enquanto olhava para o rosto imóvel de Dahlia, esperando, como sempre, uma resposta que nunca vinha.
━ Eu sei que você diria que ele sempre foi assim, mas… não sei, parece que está pior. Como se ele estivesse lidando com algo que ninguém vê. ━ Diana fez uma pausa, suspirando e tentando encontrar palavras que fizessem sentido naquele mar de incertezas e saudade.
━ Ah, e você não vai acreditar no que aconteceu com Harry hoje. Um dos cupidos do Lockhart entregou um cartão pra ele, bem na frente de todo mundo. Foi tão constrangedor que dava pra ver o Harry ficando vermelho até a ponta das orelhas. E o melhor é que ele respondeu, Dahlia! Nunca vi o Harry tão sem jeito, ele quase se escondeu dentro do próprio cachecol. Mas o Draco, claro, tinha que fazer piada… ele pegou o diário que o Harry deixou cair e foi um drama no corredor. Você teria adorado ver isso.
Diana baixou os olhos para o rosto de Dahlia, buscando algum sinal, algum movimento mínimo, qualquer coisa que indicasse que ela estava ouvindo. Mas tudo continuava igual: o rosto de Dahlia era uma máscara sem expressão, petrificada no tempo. Diana sentiu as lágrimas queimarem nos olhos, mas piscou rapidamente, recusando-se a chorar de novo.
Diana olhou para o lado e viu uma pequena pilha de cartas sobre a mesa de cabeceira ao lado da cama de Dahlia. Os envelopes eram cor-de-rosa, adornados com corações e alguns, nitidamente perfumados, exalavam uma leve fragrância floral. Havia umas oito no total, um sinal de que, mesmo na enfermaria, Dahlia não passava despercebida.
━ Ora, parece que você recebeu algumas cartas de admiradores secretos, bela adormecida ━ disse Diana, sorrindo ao pegar o primeiro envelope. ━ Espero que não se importe, mas vou ler para você.
Diana abriu o envelope mais sóbrio, sem muitos enfeites, e puxou uma carta cuidadosamente dobrada. Ela reconheceu a caligrafia meticulosa de Blásio Zabine, que sempre fora um tanto reservado, mas ultimamente parecia mais próximo de Dahlia. A carta tinha um tom formal e direto, característico dele, mas ainda assim, revelava um lado mais doce.
Querida Dahlia,
Espero que esta carta encontre você em breve em um estado melhor do que aquele em que a deixei pela última vez. Sinto a sua ausência nos corredores de Hogwarts, e a falta da sua presença é mais perceptível do que você pode imaginar.
Escrevo para dizer que estou torcendo pela sua recuperação. Não é apenas o colégio que está incompleto sem você; há uma parte do meu dia que parece vazia. Queria que você soubesse que, assim que estiver de pé novamente, adoraria levá-la para um passeio. Talvez uma caminhada pelos jardins, longe das pressões e dos olhares curiosos. Poderíamos falar sobre o que quiser ou simplesmente não falar nada, apenas estar na companhia um do outro.
Sei que não costumo expressar meus sentimentos, mas não posso deixar de pensar em você todos os dias. Estou ansioso para vê-la sorrir de novo. Melhore logo, Dahlia.
Com toda a sinceridade,
Blásio Zabine
Diana sorriu ao terminar a leitura, dobrando cuidadosamente a carta e recolocando-a no envelope.
━ Nossa, quem diria, Blásio Zabine! E parece que ele está mesmo interessado, hein?
Diana colocou a carta de Blásio de volta na mesa e pegou outra, desta vez em um envelope ligeiramente amassado, como se tivesse sido guardado com cuidado, mas com pressa. Era simples, sem adornos chamativos, mas com um pequeno coração desenhado no canto, como se o remetente tivesse hesitado antes de adicionar o detalhe. Diana reconheceu a caligrafia de Harry Potter, e seus lábios se curvaram em um sorriso. Harry sempre fora próximo de Dahlia, embora nunca demonstrasse de maneira óbvia o quanto ela realmente significava para ele.
━ Bem, este é do Harry ━ disse Diana, enquanto abria o envelope devagar, sabendo que, mesmo sem uma confissão explícita, as palavras dele sempre carregavam uma sinceridade tocante. Ela começou a ler em voz alta, a voz suavizando com o tom familiar do amigo.
Oi, Dahlia,
Não sei bem como começar, porque ainda não consigo acreditar que você está aí e não aqui comigo, rindo das minhas piadas ruins ou implicando com o meu cabelo bagunçado. Os dias têm sido estranhos sem você. Estranhos de um jeito que nada mais parece se encaixar direito, como se algo importante estivesse faltando o tempo todo.
Sei que você é forte, a pessoa mais corajosa que eu conheço, e que isso é só mais um obstáculo que você vai superar. Mas não posso deixar de pensar em como as coisas seriam diferentes se você estivesse por aqui. Faltam as suas ideias malucas durante as aulas, as suas provocações nas partidas de Quadribol e, claro, a sua companhia nas idas à Biblioteca. Parece que a escola ficou mais cinza, e tudo o que eu quero é ver você acordar, reclamar do tédio e sair correndo para a próxima aventura.
Hoje, no Salão Principal, Lockhart fez uma das idiotices dele e mandou uns anões-cupidos para entregar cartões. Acabei recebendo um bem... peculiar, vamos dizer. Você teria adorado ver minha cara de vergonha, eu sei. Na verdade, eu só queria que você estivesse lá para rir de mim como sempre faz. Eu daria qualquer coisa para ouvir sua risada agora.
Eu passo pela enfermaria quase todos os dias. Queria falar com você, contar o que está acontecendo, mas é difícil ver você assim. Então, pensei em escrever, porque talvez minhas palavras cheguem até você de alguma forma. Só quero que você saiba que eu estou aqui, e que todos estamos esperando por você. Sinto sua falta mais do que consigo dizer. Não demore muito para acordar, Dahlia. Não seria a mesma coisa sem você.
Harry
Diana terminou a leitura com um sorriso melancólico, sentindo o carinho e a preocupação de Harry em cada palavra.
━ Harry está tão perdido sem você, Dahlia… mas ele não desiste. Acho que ele só precisa que você acorde para lembrar a ele que tudo vai ficar bem ━ disse Diana, dobrando a carta e colocando-a de volta no envelope. ━ Você é importante para mais pessoas do que imagina.
Diana colocou a carta de Harry cuidadosamente de volta na pilha e pegou mais uma, desta vez um envelope de um tom verde escuro, com letras elegantes e uma suave marca de selo que parecia ter sido deixada com cuidado. Ao contrário das outras cartas, esse envelope tinha um perfume mais sutil, algo que lembrava a madeira e o ar fresco, bem diferente das fragrâncias florais e doces dos outros admiradores. Diana franziu a testa, curiosa para saber quem poderia ter enviado.
Ela abriu o envelope e começou a ler sem conferir o remetente, achando que fosse apenas mais um dos muitos alunos que admiravam Dahlia à distância. No entanto, enquanto lia, seus olhos foram ficando mais arregalados, e seu coração começou a acelerar ao perceber o tom da carta e, principalmente, o nome assinado ao final.
Olá, Dahlia,
Não sou muito de escrever cartas, mas ouvi o que aconteceu com você e fiquei pensando que devia te mandar algumas palavras, mesmo que a gente não se conheça tão bem. Hogwarts não parece a mesma sem você circulando por aí, e apesar de não termos tido muitas oportunidades para conversar, é impossível não notar sua presença quando está por perto.
Melhore logo, certo? Não é só a sua casa que está sentindo a sua falta; a escola inteira parece menos brilhante sem você. Espero que esteja descansando bem, porque eu sei que alguém como você não ficaria quieta por muito tempo, não importa o que aconteça.
Ah, e antes que eu esqueça: você é muito bonita, sabia? Quando estiver melhor, quem sabe possamos sair um dia desses, talvez tomar uma cerveja amanteigada em Hogsmeade e conversar de verdade. Parece que você tem muitas histórias interessantes para contar, e eu adoraria ouvir algumas delas.
Se cuida, Dahlia. Vou esperar te ver em breve.
Até logo,
Adrian Pucey
Diana quase deixou a carta cair das mãos, seu coração disparando enquanto olhava fixamente para o nome escrito no final. Adrian Pucey. Ela levou alguns segundos para assimilar, e então, de repente, um sorriso enorme se abriu em seu rosto enquanto ela soltava um pequeno grito de empolgação, parecido com o de uma menininha.
━ NÃO ACREDITO! ━ exclamou, segurando a carta com as duas mãos, como se fosse um tesouro raro. ━ Adrian Pucey! Ele escreveu pra você! O Adrian, Dahlia! O cara que você acha incrível desde o primeiro dia aqui! Meu Merlin, você precisa acordar pra isso!
Ela olhou para Dahlia, que continuava imóvel, e balançou a cabeça, incrédula.
━ Você sempre disse que ele era o garoto mais bonito e charmoso da Sonserina e que ele nunca te notaria, e agora olha só! Ele quer te levar para tomar uma cerveja amanteigada! ━ Diana riu, emocionada. ━ Eu sabia que tinha algo entre vocês dois, mesmo que você nunca tenha percebido!
Ela colocou a carta de Adrian de volta no envelope com cuidado, ainda sorrindo como se tivesse descoberto o maior segredo do mundo.
━ Dahlia Diggory, quando você acordar, vai surtar quando souber disso. Você sempre foi incrível, mas agora o Adrian também sabe disso. Agora só falta você voltar logo para viver tudo isso. Acho que ele está esperando por você, e pelo jeito, não só ele ━ disse Diana, olhando para as outras cartas. ━ Espero que você acorde logo, Dahlia. Tem gente aqui que precisa de você, mais do que você imagina.
Diana deu um beijo na testa da amiga e apertou suavemente sua mão antes de se levantar. A despedida diária era sempre a parte mais difícil, mas Diana se obrigou a sorrir antes de se virar para sair da enfermaria, deixando para trás o vazio daquela cama e a esperança de que, um dia, Dahlia acordaria para ouvir todas as histórias que ela não parava de contar.
Que fofis 🥰
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