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c² • yoongi

Música: Nothing Burns Like The Cold, Snoh Aalegra

(obs. todas as músicas citadas estão na playlist da história, link na minha bio!)

c² • yoongi
"o outro cateto"

Encarei o copinho de vidro antes criar coragem para beber o líquido ácido de uma só vez e, sinceramente, esse soju caiu muito mal. Meu estômago já não estava mais recepcionando nada e eu mal conseguia acompanhar com os olhos os movimentos frenéticos de Hoseok e Jimin tomando conta da pista de dança. Sinceramente, aquele período mal havia começado e eu já estava cansada. Atravessei a pista de dança, deixando meus novos amigos para trás e encontrei Namjoon apoiado no balcão bebendo sua gin tônica como se estivesse participando de uma degustação, lentamente. Tão lentamente que me dava sono.

"Eu vou partir." tentei dizer por cima a música alta que também me incomodava, mostrando o quanto eu estava chata naquela noite.

"Ah mas ainda tá cedo, poxa." Namjoon disse formando um bico com seus lábios pequenos, apertando os olhos de um jeito fofo, o que só poderia significar duas coisas: ou ele estava bêbado e aquele não era o mesmo drink em termos numéricos, ou ele queria impressionar uma garota (o que, obviamente, não era o caso). Essas eram as únicas duas situações em que ele fazia aegyo, mesmo que eu já tenha alertado-o várias vezes de que essa era uma estratégia péssima, mas quem disse que ele me ouve?

Inclusive, fui ignorada quando disse pela segunda vez que estava indo para casa, enquanto ele mexia no telefone, o qual iluminava sua face sorridente que, em seguida, se fixou na minha expressão desanimada.

"Vamos lá na área de fumantes." ele não perguntou se eu queria enfrentar as adversidades de estar exposta ao frio e ainda ter que aturar pessoas expelindo fumaça dos mais diversos tipos de compostos químicos com nicotina e, simplesmente, resgatou seu drink da bancada, entrelaçou nossos braços me obrigando a acompanhá-lo enquanto sorria, o que eu sabia pelas covinhas fundas que marcavam sua bochecha de um jeito lindo. E sim, esse era o efeito do soju batendo e afetando meus julgamentos. Eu até poderia saber que Namjoon era uma homem bonito pra caralho, ainda que muitos centímetros mais alto que eu, o que o fazia ainda mais atraente aos meus olhos. Porém, eu nunca pensaria isso sóbria e jamais entenderia o nosso entrelaçar de braços como uma possibilidade se não estivesse bêbada.

Eu, realmente, precisava ir pra casa antes que eu bagunçasse uma amizade devido a exageros alcoólicos.

Pensei em questioná-lo sobre o motivo pelo qual iríamos até a área de fumantes se nenhum de nós dois fumava, mas minha pergunta perdeu o objeto quando Namjoon empurrou a porta pesada e já pude ver Taehyung encostado em uma mureta baixa segurando o seu vaper que tocava os lábios finos, mostrando que qualquer movimento que pertencia a ele poderia ser ao mesmo tempo delicado e sexy. Ter que observar Taehyung era uma espécie de inferno na terra, quente e perigoso.

Meu purgatório, porém, não durou muito mais tempo, já que todo o calor foi congelado por uma presença fria e, até então, desconhecida, quando Namjoon me empurrou desajeitadamente para perto de um rodinha onde aparentemente estavam mais amigos seus.

Céus, quantos amigos bonitos o mesmo homem pode ter?

Taehyung, até então, o único que efetivamente conhecia, ria de algo que um menino moreno dizia e eu tinha quase certeza que o conhecia de vista das raríssimas vezes em que me aventurei a visitar a academia do campus. Ele, por outro lado, deveria ser frequentador assíduo, o que era constatável pelo seu tronco largo e postura ereta.

Meus olhos, porém, não deram muita atenção para o interlocutor de Taehyung e fui fisgada por lábios arroxeados que cercavam um cigarro de cor amarronzada. Sinceramente, eu já quis ser muitas coisas na vida, mas nesse momento eu nunca quis tanto ser um cigarro: que entra em contato com aquela boca e é tocado pelos dedos longos que seguram de forma tão descuidada e, ao mesmo tempo, tão precisa o pequeno cilindro.

Seus traços eram delicados, desde o nariz fino até a boca arredondada, todos desenhados em uma pele branquinha que contrastavam com a armação escura quadrada e até meio antiquada que cercavam seus seus olhos. E eu posso dizer que se antes eu estava no inferno, agora minha alma tinha sido sugada pelas íris escuras e os olhos pequenos de desenho triangulado.

Eu estava absurdamente alcoolizada e, sinceramente, era preocupante o quanto eu estudava aquele par de olhos que sequer me davam atenção.

Um vento gelado bateu no meu rosto e me acordou das minhas viagens malucas, ocupada demais encarando a novidade à minha frente. Sorri de forma mais ampla tentando transformar meu sorriso abobado em uma recepção simpática quando Namjoon me apresentou para o grupo. Primeiro, o moreno anunciou seu nome acompanhado de um sorriso discreto, ressaltando as bochechas fofinhas, este era Jungkook.

"Min Yoongi." o objeto da minha atenção disse depois de tragar mais uma vez e expelir devagar a fumaça, como se o seu universo estivesse regulado em outro tempo. Sua postura era indiferente às pessoas que o cercavam e, ao mesmo tempo, ele parecia prestar atenção em tudo que era dito.

Ele apagou o cigarro na mureta de cimento, arregaçou as mangas do casaco de gola alta preto e passou as mãos pelo cabelo que, naquela época, era castanho escuro.

"May, aceita?", Taehyung me estendeu sua garrafinha de soju e eu fiz uma careta, negando com a cabeça.

"Você sabe que eu não bebo nada que você já tenha colocado na boca." O garoto quase engasgou com a própria bebida fazendo sua gargalhada grave audível, deixando alguns pares de olhos curiosos sobre nós.

"Aish, que exagero, noona." o garoto ajeitou a boina bege que usava na cabeça e deu mais um gole demorado na bebida. "Hoje eu estou limpo."

Os demais, exceto Yoongi, riram da afirmativa nada confiável de Taehyung e eu só neguei com a cabeça, segurando o riso ao me lembrar de uma outra madrugada, um pouco mais agitada que essa.

"O que vocês aprontaram?" Namjoon perguntou em um tom, no mínimo, repreensivo e eu revirei os olhos por sua tentativa de ser o meu irmão mais velho que, nem pela idade, ele poderia ser.

"Então, da última vez que eu e Tae bebemos juntos, eram dez horas da manhã do outro dia e estávamos virados ouvindo música a toda altura no meu apartamento, fazendo bolo, bolo de chocolate." eu mesma tive que rir da nossa situação patética, absolutamente eletrizados pelos efeitos dos tais "cristais", experiências que só me confirmavam o quanto detestava drogas sintéticas, preferindo me concentrar no bom e velho álcool.

"Sério, o bolo estava ótimo." Taehyung exibiu seu sorriso cafajeste para receber um soquinho meu na lateral do seu braço e foi repreendido pelo olhar de Namjoon, que balançava a cabeça de um lado para o outro, preocupado, enquanto eu tive a oportunidade de presenciar o sorriso de Yoongi pela primeira vez. Obrigada, Taetae.

"Poxa, hyung, usou MD e nem me chamou." Jungkook comenta fingindo chateação e o rosto de Namjoon já estava vermelho feito um tomate, provavelmente, em um misto de raiva e preocupação.

"Era só o que me faltava..." ele resmunga entre dentes e dá uma golada na sua gim tônica.

"Joonie, deixe as crianças se divertirem." a primeira fala de Yoongi me incomoda de cara, querendo marcar uma diferença de ideia entre eles, os adultos, e nós, as crianças, sem nenhuma necessidade para tal. Afinal, éramos todos maiores de idade em uma boate, consumindo tipos diferente de drogas, conversando no mesmo grupo.

Eu revirei os olhos e, nesse momento, senti os de Min Yoongi sobre mim. Seu olhar era arrogante e atento como de um felino.

A noite, contudo, não rendeu muito mais até porque eu estava caindo de com sono e a fala do "Sr. Min", que se manteve praticamente calado durante o resto da conversa, quebrou todo o encanto mágico que antes despertara em mim.

Em um primeiro momento eu estava babando sobre Min Yoongi, agradecendo aos céus por não ter ido embora, é verdade. Contudo, em pouco tempo, eu já estava revirando os olhos e investindo meu incômodo pela sua presença na bebida de Taehyung que, como bom observador que era, já tinha entendido tudo.

A verdade é: eu tenho uma facilidade muito grande em cismar com uma pessoa e, dificilmente, revejo minhas opiniões. Mesmo que, no caso, eu tivesse um penhasco por Min Yoongi e a cada informação nova que eu descobria sobre ele, ficasse ainda mais interessada.

Sim, paradoxal, de forma que toda vez que ocupávamos o mesmo ambiente eu tinha vontade de revirar os olhos incontáveis vezes e, ao mesmo tempo, descobrir o gosto da sua língua logo depois que ele descartava o cigarro. Essa curiosidade, porém, não durou mais muito tempo, porque toda a minha atenção foi deslocada poucos meses depois para a língua de outra pessoa que, coincidentemente ou não, era um de seus melhores amigos.

Eu, efetivamente, tinha deixado Yoongi para escanteio, até por que Hoseok ocupava bastante do meu tempo e da minha cabeça. O nosso "rolo" já durava alguns meses, tempo suficiente para que o inverno desse espaço para a primavera e, ainda assim, andávamos lado a lado pelo campus como se fôssemos só amigos, conversando sobre trivialidades, como se não tivéssemos passado a noite anterior juntos.

Eu fingia naturalidade, mas fitava sua mão solta de vez em quando. Os dedos que de madrugada estavam entrelaçados com os meus contra o lençol branco, afundando-os no colchão, enquanto ele acabava com a minha sanidade, agora estavam ali, do meu lado, mas eu não podia segurá-los.

Só o berro indiscreto de Hoseok me acordou desses devaneios deprimentes, gritando o nome de Yoongi, em uma tentativa de chamar a atenção do garoto de cabelos descoloridos entre a aglomeração de universitários em horário de almoço. Inclusive, essa nova cor ficava excepcional nele, não que eu estivesse reparando que ele pintou há alguns dias, é claro.

"Irmão!", Hoseok disse dando dois tapinhas nas costas do amigo que só fez uma careta engraçada. "Você tá de moto?", Yongi assentiu com a cabeça depois de acenar para mim em um cumprimento discreto. E lá estávamos de volta à atmosfera gelada, disputando espaço com o calor de Hoseok. "Você dá uma carona pra May, ela tem que entregar uns documentos na Embaixada da China... Fica perto do seu estúdio, não?"

Eu me antecipei dizendo que não precisava e temi ter soado um pouco rude. E, ainda que isso fosse a cara do Hoseok - constranger as pessoas a fazerem o que ele achava que tinha que ser feito, eu não havia solicitado os préstimos de nenhum dos dois, nem do aliciador de caronas, nem do "motorista".

"Eu te levo, sem problemas." A expressão de Yoongi era tranquila e sua voz, como de costume, saiu um pouco arrastada. " Eu não tenho mais aula hoje, você tá pronta pra ir?"

Assenti para Yoongi e ele se despediu de Hoseok, já caminhando em direção ao estacionamento. Antes de acompanhá-lo, olhei para Hoseok e, certamente, era possível vez meus olhos pegando fogo de raiva. Céus, por que tão inconveniente e gostoso?

"Eu também te amo, Mayê." ele disse entre gargalhadas e estalou um beijo na minha bochecha. Sim, na bochecha.

Senti a área quente e (novamente) era de raiva. Afinal, eu já havia beijado aquela boca e outros pontos do seu corpo, um beijo na bochecha não era nada. Ou seja, nós não éramos nada. Maravilha...

Deixei o meu problema com nome e sobrenome para trás, e segui o outro garoto até o estacionamento. Um caminhada de poucos minutos nos levou para a área pavimentada onde estava a sua moto e ele me estendeu um dos capacetes que estava pendurado no seu guidão. Eu não entendia absolutamente nada de carros ou motos, mas a sua me parecia ser relativamente nova e talvez cara, pois tinha um assento grande de couro bege e a pintura da lataria brilhava contra o sol de primavera.

Minhas experiências com motos eram bastante limitadas e remontavam a minha infância, o que incluía, no máximo, andar uma vez ou outra na garupa do meu pai em uma moto pequena e velha que fazia um barulho absurdo, usada para levar seus chás para a vila mais próxima para vendê-los. Contudo, devido ao crescimento do negócio passamos precisar de uma pick-up e tivemos que nos desfazer da moto. Deste de então, se passaram uns bons 15 anos sem que eu me aproximasse de uma.

"Você já almoçou?" ele pergunta me surpreendendo, antes que eu colocasse o capacete, e eu consigo ver um sorriso discreto em seus lábios pequenos para a minha expressão surpresa. "Então, eu vou ter que passar no estúdio para pegar umas coisas e pensei em pedir algo para comer por lá... E aí, eu te levaria na embaixada depois, o que acha?"

"Yoongi, realmente, não precisa. Eu sei que como o Hoseok pode ser inconveniente e eu não quero te dar trabalho só porque ele pediu..." disse sincera, prestes a estender o capacete de volta, quando ele tirou o celular do bolso.

"Carne ou legumes? Vou pedir Chow Mei." Fui solenemente ignorada e me resumi a balançar a cabeça, enquanto ele me encarava esperando pela resposta. Ele não parecia nada tendente a ceder e o seu olhar incisivo estava quase me convencendo.

"Carne." disse vencida. Yoongi assentiu com a cabeça, aparentemente, satisfeito e depois de digitar mais algumas coisas no aparelho celular guardou-o no bolso da calça, ocupando finalmente o seu lugar na direção da moto. Fiz o mesmo na sequência, um pouco desconcertada e não cheguei a entrar no mérito sobre ele estar pedindo comida chinesa, mas também não iria reclamar, pois eu simplesmente amava aquele macarrão.

"Você já andou de moto?" assenti com a cabeça quando ele se virou para mim, já protegido com capacete preto e a viseira ainda aberta. "Ah, ótimo. Então você sabe que pode segurar em mim."

Eu já sabia, mas estava adiando mentalmente o pensamento de ter que cercar a cintura de Min Yoongi, mesmo que só estivéssemos andando de moto. Era só isso. Eu só estava literalmente sentada na garupa de Min Yoongi, quero dizer, da moto.

Ele olhou para trás para conferir se estava tudo certo comigo antes de dar a partida, quando meus braços já o seguravam com firmeza, sentindo o contato entre minha jaqueta jeans e a sua de couro, agora estava fechada até o pescoço.

Eu estava tão ocupada em aproveitar o raro sentimento de liberdade pelo encontro sem intermediários entre a velocidade e o seu corpo proporcionado pela moto, que até me esqueci que estava encostada em Min Yoongi, enquanto apreciava uma Seoul ensolarada, o céu azul entrecortado por prédios e nuvens. Benefícios de uma tarde de primavera.

Não demorou muito tempo para que atravessaremos o centro da cidade e entrássemos no edifício alto com infinitas salas comerciais, onde se localizava o estúdio de Yoongi. A decoração da sua sala era minimalista, como eu imaginava, dois quadros com fotografias na cor sépia em uma das paredes brancas, um sofá de couro preto, uma mesa de som grande e todos os equipamentos de gravação que não saberia nomear, além de um piano preto encostado na parede e um bolha de gravação pequena, separada por um vidro espesso do resto do ambiente, que deveria caber, no máximo, umas duas pessoas.

Sentei no sofá enquanto ele ocupou uma cadeira giratória posicionada de frente para um monitor grande, logo após ter dito pra eu me sentir "à vontade". Estava lançado o desafio: me sentir à vontade do lado de Min Yoongi.

"Então, seus pais ainda moram na China?" ele perguntou puxando assunto, ainda que estivesse com os olhos concentrados nos comandos do programa de gravação exibidos pela tela. "Em qual cidade?"

"Sim... Eles não se mudariam por nada, ainda mais pra cá." comentei me lembrando de que a definição de casa para os meus pais jamais poderia se identificar com Seul. "Somos de uma vila bem pequena nos arredores de Hangzhou, onde temos uma plantação de chá."

"Sabe, eu consigo te imaginar fazendo várias coisas, mas não plantando chá." ele disse divertido, ainda entretido com a tela do computador e eu achei graça da sua constatação, ainda que concordasse. A May de hoje não tinha nada a ver com a Mei de anos atrás.

"Felizmente, hoje nós temos funcionários que fazem isso." rebati rindo. "De fato, a vida na vila era parada demais pra mim, mais um ano por lá e eu ia enlouquecer... Mas aquilo é a vida dos meus pais, então..." comentei conformada com o fato de que, bem provavelmente, eu só teria oportunidade de estar com os meus pais durante dias de folga, já que voltar a morar na casa deles estava fora de cogitação.

"Meus pais tem um restaurante em Daegu... Sei como é ter pais que vivem para o trabalho", nesse instante Yoongi apertou play em uma música calma que poderia ser classificado como R&B e girou a cadeira até ficar de frente para mim. "E aí, como é pro seus pais saberem que você tá ficando com um cara coreano?"

"O que?" não havia nem mesmo para onde desviar o olhar ou onde esconder a minha vergonha, já que estávamos em um pequeno cômodo de não mais que 10 m² e os seus olhos em mim.

"May, eu e Hoseok somos quase irmãos, contamos tudo um para o outro."

Tudo? Ok, agora eu estava constrangida.

Eu estava a um milímetro de surtar e desandar a falar coisas aleatórias, quando fui salva literalmente pelo gongo: a campainha soou no cômodo pequeno, o timing perfeito para que o nosso almoço chegasse e pudéssemos enterrar o assunto. Cada um se encarregou da sua caixinha e o tópico central da conversa passou a ser sobre como a comida daquele restaurante chinês era incrível; como Yoongi descobriu-o quando estava voltando de uma festa bêbado, etc, enquanto isso, eu aproveitava para falar o mínimo possível e encher a minha boca de comida.

Depois que insisti algumas vezes, ele trocou a playlist de R&B por uma música sua. Mesmo antes que eu pudesse emitir uma opinião, ele começou explicando que era a sua voz na demo, mas que  venderia para uma produtora e, bem provavelmente, a faixa faria parte do repertório de algum grupo de k-pop.

"Nossa, eu gostei... muito... Como é o nome?" perguntei segurando entre os palitinhos o espaguete fino.

"Chow Mei?" ele sorriu debochado e eu revirei os olhos. Ele sabia que eu estava falando da música, é claro. "Ok, ok... É Seesaw." ele disse me encarando sério e eu arquei a sobrancelha sem muito entender por que ele me olhava como se eu tivesse cometido uma heresia e coloquei um punhado de macarrão na boca. Ao lado de Yoongi, frequentemente, o silêncio poderia ser bem conveniente.

"Sabe que isso me tira do sério?" arregalei os meus olhos e quase engasguei com o macarrão que tentava engolir. Senti os seus sobre mim me julgando, só Deus sabe porquê, mais uma vez. E, sério, era gelado. "Quando você revira os olhos assim." Ele tentou me imitar e eu juro que tentei segurar, mas gargalhei tão alto que superou as batidas animadas da música de fundo.

"O que te incomoda é a minha revirada de olhos ou por que eu reviro os olhos pra você?" consegui dizer quando recuperei o ar depois de rir do seu comentário.

"Os dois". ele umedeceu os lábios depois de largar sua caixinha vazia em uma mesinha ao lado do sofá.

"Então talvez você devesse me dar menos motivos para revirar os olhos." disse antes de colocar mais um punhado de macarrão na boca, enquanto sorria com os lábios, mas provocava com o olhar. A resposta de Yoongi foi, a princípio, dar de ombros e voltar a virar-se para o computador para escolher outra música que serviria de trilha sonora para a nossa guerra fria.

Assim que as primeiras batidas ecoaram pelo autofalante ele me olhou por cima do ombro, aquele olhar arrogante, e desenhou um sorriso discreto dos lábios.

"Quem sabe." sua palavras foram reverberadas em um tom grave sobre a música que tomava o cômodo e a temperatura do ambiente pareceu despencar uns bons graus.

Quem poderia saber que gelo é capaz de queimar.

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aviso: pessoal, as menções a drogas e consumo de álcool/cigarro no capítulo não significam qualquer tipo de incentivo para o uso, ok? Além de que as primeiras são ilegais aqui no Brasil (e na Coréia) e ambas podem causar dependência. Não quero dar uma de moralista, mas temos que ser responsáveis com as coisas que colocamos pra dentro do nosso corpo, ok?

Sobre o"MD" (MDMA) é uma versão mais sofisticada do êxtase "e provoca distúrbios importantes no organismo e, em casos extremos, pode levar à morte por falência hepática, hipotermia ou parada cardíaca." (fonte: revista veja)

Além disso, não estou querendo insinuar ou vincular o nome do BTS a uso de drogas ilícitas, ok? Esta é uma história 100% ficcional, como vocês sabem!

Chow Mei é um tipo tradicional de macarrão chinês que parece bastante com o Yakisoba que a gente conhece e geralmente vem acompanhado de carne, legumes ou tofu.

"Os vilarejos e plantações de Chá em Lóngjîng estão localizados nos arredores de Hángzhōu, e são uma viagem inesquecível através da cultura do Chá na China. Além do interessantíssimo aspecto cultural de produção, preparação e consumo do Chá." (Fonte: Fotos e destinos)

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Hello,

Segundo cateto apresentado com sucesso (com 1K a mais de palavras que o anterior kkk)!
Espero que estejam gostando e caso estejam curiosos sobre o que aconteceu na festa... o próximo capítulo deve esclarecer!

Deixem seu voto e comentário de incentivo pra autora!

Se cuidem!

Beijos da Maria ❤️

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