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b² • hoseok


Música: Clueless, The Marías


b² • hoseok
"um dos catetos"

Era setembro e o sol brilhava de forma impiedosa sobre nós, pobres universitários, fazendo com que volta e meia eu tivesse que me abanar com a mão mesmo que usasse um vestido levinho estampado com formas geométricas em preto e branco. Com a cabeça já quente pelo calor, a discussão sobre quem (não) faria a apresentação do seminário de Legislação e Ética da Comunicação ficava ainda mais intensa, digamos assim. Afinal, se todos estávamos na faculdade de Comunicação, era compreensível que destestássemos legislação. Ou seja, ninguém queria apresentar. Nem mesmo o 'macho palestrinha' (ele com certeza me mataria se eu soubesse que, mesmo em pensamento, eu havia chamado-o assim), Kim Namjoon, que adorava discursar em público.

Mais uma vez, palestrando pelos corredores, Namjoon argumentava, (infelizmente) com razão que ele era sempre escalado para apresentar e que, dessa vez, queria uma eleição mais justa quando nosso caminho foi interceptado por um garoto de cabelos avermelhados que, se não me falhava a memória, era um dos amigos do macho pales-, quero dizer, Namjoon.

Era um palpite meu, já que ele se aproximou do grupo com bastante naturalidade, dando dois tapinhas nas costas do nosso amigo e exibindo um sorriso largo, vestido de forma bem casual em uma camiseta branca soltinha e uma calça preta da adidas, tudo meio largo e, ao mesmo tempo, bem descolado.

"Mon trésor!" meus ouvidos demoraram para entender que ele falava francês e chamou uma de minhas amigas de "tesouro" antes de aproximá-la cercando-a com o braço na cintura de forma tão natural quanto cumprimentou o seu amigo anteriormente, mas eles pareciam tudo menos amigos.

Foi nesse dia que eu conheci Jung Hoseok.

Não fomos formalmente apresentados naquela ocasião, pois Hoseok só passou pelo grupo para fazer uma aparição "especial" e já saiu apressado pelos corredores alegando ter que aplicar uma tutoria para a turma de calouros e se despediu dizendo "au revoir" (até logo), já deixando a entender que ele gostava de reafirmar seus conhecimentos em francês, ironicamente ou não, "a língua do amor".

Na mesma semana, Namjoon me convidou para almoçar e quando chegamos ao restaurante lá estava o monsieur, sentado mexendo no celular ao lado de Taehyung, mais um do grupo de "caras bonitos demais para me dar bola", ainda que ele fosse tão legal que às vezes eu até me iludia pensando que caras como ele pudessem me dar moral.

A minha surpresa, contudo, foi quando o garoto de cabelos ruivos me fitou apertando os olhos:

"Eu acho que te conheço de algum lugar..." ele disse como se tivesse fazendo um esforço real para se lembrar de mim e eu arqueei as sobrancelhas, no mínimo, indignada.

"Claro que nos conhecemos, mon trésor." era fácil ler a ironia em cada palavra minha, só Taehyung ficou meio perdido com a piadinha interna, enquanto Namjoon chegou a gargalhar alto e Hoseok só abriu um sorriso amplo.

"Já gostei de você, cherie." Hoseok e sua mania irritante (e atraente) de falar francês e sorrir displicentemente.

Oficialmente, apresentados, ele iria sair da onde e com quem estivesse para berrar o meu "nome": Mayê, no idioma hoseokês. Afinal de contas, ele era um poço de simpatia com espaço infindável para sorrisos e gargalhadas altas, também conhecido como rei das onomatopéias e efeitos sonoros.

Como nossos encontros, geralmente, se davam entre uma aula e outra, em restaurantes ou regados a álcool, eu nunca tinha visto Hoseok sério ou nervoso, mas rolavam boatos entre o pessoal da Letras que como tutor de Linguística ele era irreconhecível.

Outro boato, um pouco mais maldoso do que o primeiro, era que ele já tinha saído com tantas meninas quanto os vocábulos existentes da língua francesa. E, por essas razões, ele já veio até mim com algumas contra indicações, como por exemplo, que eu não me aproximasse.

E o que eu fiz?

Simplesmente nada. Eu não me aproximei nem recuei, até porque eu nunca achei que ele estivesse efetivamente dando em cima de mim, já que Hoseok travava todas as pessoas desse jeito simpático, descontraído e íntimo, mesmo com pessoas que ele acabara de conhecer. Então, eu não tinha nenhum indicativo que seria necessário tomar as precauções de afastamento, me mantendo na segura friendzone.

Afinal, não era difícil ser amiga do Hoseok, pelo contrário. Tudo era muito fácil quando se tratava dele.

E, sinceramente, eu estava ótima na minha, sendo a amiga que ele gostava de sacanear e pedir conselhos amorosos, até por que eu já tinha os problemas de toda universitária como provas, seminários, inseguranças e indecisões sobre o meu futuro. E tudo que eu mais queria era ser normal e não chamar atenção dos olhares curiosos que me rondavam nessa cidade.

Pois bem, eu não precisava mesmo de mais nenhum problema, muito menos com nome e sobrenome. Eu estava atrás de um relacionamento tranquilo, leia-se, uma pessoa legal que me tratasse bem, me levasse para lugares legais para fazer coisas legais e comer coisas ainda mais legais. Eu queria uma coisa legal, o que quer dizer, algo que não saísse do meu controle. Mas é óbvio que quem procura acha, mas não necessariamente o que desejava. Afinal, você pode encontrar qualquer coisa se procurar, ainda mais quando os seus filtros de busca são bem genéricos.

No meu caso, imã humano de problemas, eu encontrei um cara legal, se considerado de forma isolada, bem isolada, mas que não queria ser o "meu" cara legal ou nada que atrelasse o seu nome ao meu. Ou seja, me chamar de minha "qualquer coisa em francês carinhosa que soa sensual" era o suficiente, no caso, o máximo que eu teria de Hoseok. E isso ficou claro desde o início. O que não ficou claro e nem estava escrito nas contra indicações era que nada disso te impede de criar expectativas que, se quebradas, vão te magoar.

Obviamente, não estava escrito desde o início tudo que iria acontecer, afinal, não se lê um livro de trás para frente. Mas, ironicamente, com Hoseok, parecia que eu tinha trapaceado e lido a última página antes de começar, pois quando nos beijamos pela primeira vez e ao nos separarmos ele sorriu para mim, eu senti um frio na barriga e pressenti que em boa coisa aquilo não poderia dar.

Naquele dia, estávamos na casa abarrotada de SeokJin acabando com todo o estoque de bebidas da família Kim, sem contar as que trouxemos, para comemorar a noite de Natal. Depois de distribuir os presentes combinados por sorteio, no qual eu havia tirado a Sun-Hee, uma colega de curso e havia sido tirada pelo Yoongi, estávamos em roda jogando qualquer coisa estúpida que só o álcool teria autorizado. Bebia tranquilamente minha cerveja quando Jimin pediu para Hoseok apontar para uma pessoa que ele beijaria hoje e ele apontou para mim.

Além de quase engasgar com a minha bebida, foi como se o universo estivesse girando ao contrário e eu cheguei a me sentir um pouco tonta, enquanto todos riam e soltavam "hmmmmm"'s querendo insinuar qualquer coisa que eu não estava muito disposta a endossar. E eu só consegui respirar de novo quando ele piscou pra mim antes de dar continuidade ao jogo e eu entendi que aquilo fazia parte da "brincadeira".

Quando anunciei que iria embora, Hoseok se voluntariou para me deixar em casa e eu aceitei sem nenhum problema, até porque o seu dormitório era alguns quarteirões do meu apartamento e justamente por isso era muito comum que voltássemos juntos para casa.

A rua estava deserta, como era de se esperar para o horário, pois já passavam de três da manhã e este era um bairro universitário residencial. Eu andava quase flutuando devido ao álcool consumido e, felizmente, anestesiada ao frio, bem distraía, enquanto Hoseok comentava algo sobre os feriados de fim de ano.

"O que você vai fazer no Ano Novo?" sua pergunta tirou minha atenção da fumacinha que saída da minha própria boca devido à temperatura gelada e olhei para o lado encarando suas bochechas avermelhadas pelo combo álcool e frio, fitei rápido os seus olhos brilhosos, sobre os quais caiam a parte da franja que não estava coberta pela touquinha cinza.

"Hm, não sei... Meus pais estão viajando, então as chances de ir para casa são negativas... E você?" comentei me lembrando que agora meus pais provavelmente estavam passeando pelas ruas de Paris com aqueles grupos grandes de viagem, já que fecharam um desses pacotes de eurotrip para aproveitar as suas férias. Então, nada de Ano Novo em família para mim.

"Quer viajar? Devemos ir pra casa do Jimin em Busan... Você já conhece a cidade?" ele me convidou, me fazendo questionar se Jimin não deveria ser aquele a me convidar, já que estávamos falando da sua casa, ainda que isso fosse absolutamente típico de Hoseok, querer integrar todo mundo e ser sempre (e até irritantemente) legal com todos os seres respirantes do universo.

"Hm, ainda não... Dizem que é bem legal, né, menos "artificial" que Seul..." ri sozinha da minha relação de amor e ódio com essa metrópole e ele assentiu com a cabeça, rindo discretamente, afinal, esse era um assunto constante nosso, sempre sacaneando os café instagramáveis com pessoas instagramáveis e a perfeição plástica da capital. "Seria uma boa.... Namjoon também vai?"

"Acho que sim..." ele soprou o ar e um silêncio muito curioso se instalou, já que eu não estava acostumada em não ouvir Hoseok.

"Tá tudo bem?" perguntei curiosa logo antes de nos aproximarmos da portaria do meu prédio e ele se encostou no portão de metal cinzento, cruzando os braços na frente do corpo.

"Você e o Namjoon tem alguma coisa?" ele perguntou sério(?) e eu cheguei a arquear sobrancelhas e arregalar os olhos com a pergunta, no mínimo, inesperada. Mais uma versão do Hoseok que eu nunca tinha presenciado.

"Eu e Namjoon? Como assim, Hobi?" apertei os olhos e o garoto a minha frente abriu um sorriso discreto antes de tirar a touca que cobria o seu cabelo e esticar os fios para trás que agora estavam pintados em um tom castanho claro (nota: essa cor ficava ótima nele).

"Você entendeu, Mayê..." ele disse sugestivo antes de guardar a touquinha em um dos bolsos e voltar a cruzar os braços na frente do corpo, amassando o casaco bege comprido que cobria o suéter de gola alta marrom.

"Eu e o Namjoon somos amigos, ué. Qual a novidade?" disse simplista e parei de frente para ele que, a partir da indagação, desencostou do portão dando um passo largo em minha direção.

"É só que... Se você e o Namjoon não fossem só amigos, eu não poderia fazer o que quero desde o início da noite..." sua voz era grave e não havia nada que indicasse que aquilo era mais uma brincadeira, não tinha sorriso, nem piscada, nem nada. Só nós dois e algumas luzes de Natal piscando de alguma varanda próxima na madrugada fria de Seul.

Eu não tive muito tempo para lembrar dos seus desejos para a noite de Natal ou me preparar, mas eu ganhei de presente um selar rápido dos nossos lábios gelados que me congelou. Eu, realmente, senti um frio na boca do estômago. Na hora eu achei que fosse só nervosismo, mas hoje vejo que, realmente, foi um alerta enviado diretamente do meu sistema nervoso central dizendo para eu não me envolver.

Mas quem disse que nessa hora eu ouvi o alerta?  Ou que ouvi qualquer contra indicação que estava atrelada ao seu nome?

Não houve, porém nenhum alerta que me impedisse. Afinal, eu estava efetivamente interessada por essa versão dele e um friozinho na barriga não seria capaz de me impedir.

Até aquele momento eu nunca tinha visto os seus olhos tão escuros e tão perdidos, talvez porque eu não havia movido um dedo depois que nos separamos, certamente devido a choque pelo seu movimento repentino. Porém, eu não consegui segurar o riso vendo sua expressão confusa que demonstrava que até mesmo ele poderia ser inseguro.

Em resposta, ele arqueou as sobrancelhas querendo entender por que eu estava sorrindo e só deve ter entendido tudo quando eu fiquei na ponta dos pés para cercar seu pescoço e colar novamente nossos lábios, sentido nossas línguas quentes em contraste com o frio do lado de "fora", enquanto os casacos pesados de inverno se apertavam, impedindo que eu pudesse sentir seu corpo contra o meu da forma que, gradativamente, passei a desejar.

Depois desse(s) beijo(s) selamos um contrato com uma cláusula única que dizia em letras garrafais "sem compromisso", ainda que com bastante frequência. Minha casa se tornou paradeiro para o final de todas as suas noitadas, especialmente, as que eu não estava. E seria uma mentira terrível dizer que eu não o aceitava de braços abertos, preparava um chá e conversava até tarde com as pernas entrelaçadas no sofá; que eu não deixava que me conduzisse entre beijos até o meu quarto só para tropeçarmos e cairmos dois na cama macia com a barriga doendo de tanto rir um do outros; que ele não deixava que eu tirasse lentamente cada peça de roupa sua; que não queira me abraçar para perturbar o meu sono calmo, ainda que tenha percebido que depois de dormir com ele, passei a ter dificuldade de dormir sozinha.

E a maior das mentiras seria dizer que eu nunca me deixei afetar pelo seu jeito persuasivo que me agradava e, ao mesmo tempo, me destruía. Afinal, eu sabia que as coisas que eu sonhei em viver com alguém poderiam todas serem desenhadas com o seu nome, mas ele não estava disponível e não era preciso dizer, já que Hoseok se interessava mais pela ação: me tratar como sua "amiga" em público, não me dar atenção em festas, não me chamar para sair, dar atenção para outras meninas e beijá-las quando eu já estava no táxi para casa.

Como eu disse, tudo com o Hoseok era fácil, até se magoar.

📐

Hello!
Primeiro cateto apresentado com sucesso! Espero que tenham gostado! Então, eu tive que dar uma reorganizada no planejamento e (para a alegria geral) a shotfic não vai ter só três capítulos!

Deixem seu voto e comentário para a autora saber se vocês estão gostando!

Se cuidem!

Beijos da Maria ❤️

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