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b² + c² • a soma dos quadrados dos catetos



Músicas (sugiro nessa ordem):
Hate the Club (Kehlani)  - Don't start me now (Dua Lipa)  - Toosie Slide (Drake) - Hollaback Girl (Gwen Stefani) - Pretty Please (Dua Lipa) Souvenir e Crowded  Room (Selena Gomez)

(obs. criei uma playlist no Spotify com o mesmo nome do capítulo - a soma dos quadrados dos catetos )


b² + c²
a soma dos quadrados dos catetos...

Minha casa estava cheia, pessoas circulando entre os cômodos, falando alto, ouvindo música e bebendo. Aquele tradicional hábito irresponsável de beber mesmo antes de chegar até o local da festa, aquecendo mentes que, por sua inquietude, não precisavam disso. Digo ao menos por mim, já empolgada sem que a primeira gota de álcool tocasse minha língua, talvez porque já estivesse tocando outra.

Com um aceno de cabeça, Hoseok me chamara até o meu quarto, fazendo com que deixássemos Namjoon e Jin conversando no sofá, passássemos pela porta da cozinha onde Jimin e Taehyung preparavam o cardápio alcóolico da noite, mais a frente na porta à direita, Sun-Hee e Byul se maquiavam no banheiro, e, finalmente, meu quarto. Assim que não éramos mais vistos, Hoseok entrelaçou nossas mãos antes de fechar a porta atrás de si, colocando seu corpo como uma barreira à minha saída como se eu quisesse ir a algum outro lugar.

Minhas mãos já conheciam o caminho até o seu pescoço, as suas até a curva da minha cintura, descendo até minhas coxas, enquanto nossas línguas diziam o que faltou no boa noite quando ele entrou mais cedo no meu apartamento. Puxei-o pelas costas, por baixo do tecido estampado da camisa de botões, sugando os seus lábios como se não houvesse toda uma movimentação acontecendo da porta pra fora, e colei nossos corpos ignorando que não estávamos a sós, encobertos somente pela porta de madeira, mesmo que todos a essa altura já imaginassem o que acontecia "secretamente" naquele perímetro.

"Mayê, se você... Eu vou desistir de ir pra festa..." Hoseok arfou no meu pescoço, talvez pela posição da minha mão, próxima até demais do zipper dos seus jeans largos e eu ri baixo no seu ouvido, soando quase que vingativa, deixando um beijo em seu pescoço antes de me afastar para encará-lo de forma debochada.

"Sei..." duvidei e vi o seu sorriso sem vergonha, de quem não perdida uma festa, brilhando a menos de um palmo.

O que eu não imaginava, contudo, era que depois de voltar aos meus lábios e partir o beijo, Hoseok queria "conversar", cortando completamente o clima. Me sentei sobre a cama de casal à contragosto, aguardando por seu pronunciamento, ainda me divertindo com a sua respiração ofegante e a mão nervosa sobre os cabelos, tentando voltar ao seu eixo depois da nossa "interação".

"Então, é só que... tem um tempo que a gente não sai assim, juntos." arqueei as sobrancelhas não entendendo exatamente onde ele queria chegar, mas não disse nada, nem mesmo quando ele sentou-se ao meu lado na cama, com as pernas cruzadas sobre o colchão, como se fosse começar a meditar, mas ao invés de unir a ponta do polegar com o dedo indicador sobre os joelhos ele pegou na minha mão. Esquisito. "E eu queria saber como você está em relação a isso..."

"Quando você diz isso, você quer dizer..."

Nós?

Pensei em silêncio querendo entender a razão de ser desse tipo de conversa que eu conhecia bem, mas que já não tínhamos há algum tempo. Os últimos meses pareciam ter escrito em linhas invisíveis que estávamos juntos, mas não estávamos juntos, era o combinado. Havia um consenso expresso de que nenhum dos dois queria um relacionamento sério nesse momento. Ao menos era o que eu verbalizava, talvez com medo de comunicar algo que ele não quisesse ouvir e, consequentemente, afastá-lo. Um relacionamento lacunoso tem dessas coisas não ditas, várias delas.

"Hm, sobre irmos à festa e sei lá... ficarmos com outras pessoas..."

Ah, então era isso.

Eu não cheguei a ficar chateada, juro. No máximo desapontada com essa conversa corta-clima a troco de nada, ainda que não acreditasse que Hoseok iria querer discutir uma relação que ambos negamos a existência antes de uma noitada.

Na minha cabeça não fazia muito sentido ter sido levada até o quarto, termos dado alguns amassos e, depois, dizer isso enquanto acariciava minha mão sobre a cama.

Toda aquela cera era, no mínimo, ambígua, mas eu já estava acostumada com essa confusão de sinais.

Para ser sincera, Hoseok me deixava bem perdida, tanto que eu não sabia se as coisas que eu dizia eram, de fato, sinceras, ou se eu só estava tentando achar um jeito de resolver o quebra-cabeça em que a imagem final seria alguma de nós dois juntos, ainda que fosse algo confuso como agora.

"Por mim, tudo bem..." calculei que seria a resposta adequada tendo como base todos o nosso histórico de conversas e ao invés dele abrir um sorriso, como eu esperava, ele me olhou por alguns segundos antes de selar os nossos lábios.

"Tem certeza, âme sœur*?" meu apelidinho em francês brincou em seus lábios antes que eu assentisse sorrindo, não pela conversa ou pela pergunta, mas por aquele conjunto de sensações interessantes que são quebradas imediatamente quando escuto alguém chamar o meu nome do lado de fora, eliminando qualquer chance de que voltássemos ao estado anterior, mas agora na horizontal sobre a minha cama. Uma pena.

Levantei preguiçosa da cama e antes que eu pudesse atravessar a porta do quarto, a mão de Hoseok me puxa em uma disputa de forças até que nossos dedos se desprendem e eu deixe o único perímetro onde poderíamos ser algo no plural: meu quarto. Mais uma das cláusulas invisíveis que compõe aquele combinado. Isso significava, basicamente, que flertaríamos a noite toda para nos beijarmos em um cantinho escuro da boate e sairmos, do jeito que ele gostava, à francesa (não, isso não foi um trocadilho ruim, estou falando de sair escondido de verdade).

As previsões para essa noite e os seus desdobramentos inúteis para retornar ao mesmo ponto me deixaram com uma preguiça absurda de sair de casa nesse frio. Seria mesmo demais pedir que pulássemos a festa e ficássemos em casa debaixo da minha colcha, explorando todas as possibilidades decorrentes de só ficar? Afinal, do que estávamos atrás quando aceitávamos pagar caro por bebidas de qualidade questionável, ouvir as mesmas músicas de sempre, nos envolver com pessoas que não beijaríamos sóbrios e ainda acordar toda dolorida, com a cabeça à ponto de explodir e com náuseas. Existia mesmo sentido nisso?

Eu não sabia a resposta para nenhum desses questionamentos, mas eles só poderiam significar duas coisas: eu estava sóbria demais e, certamente, agora era uma ótima hora para começar a beber. Me perguntei onde estava mesmo o tal "drink especial" que Taehyung disse que prepararia, parecendo mais que ele havia ido buscar a vodka direto de uma destilaria na Rússia.

A música alta toma conta do meu apartamento assim que piso no corredor, como se só estivessem me esperando sair do quarto para incomodar os vizinhos, e eu torço para que eles sejam, mais uma vez, pacientes. A essa altura, já deveriam estar acostumados com essa agitação no 305: posto obrigatório antes das saídas do grupo.

Era Don't start me now que tocava a toda a altura, quando deixei Hoseok no quarto para atender Sun em "apuros" precisando de um rímel.

"Do jeito que você me gritou, achei que o Jimin estava dando em cima de você de novo." a garota de cabelos escuros compridos, que agora os tinha amarrado em um coque enquanto finalizada a maquiagem, ficou vermelha feito um tomate sem nem precisar da ajuda do blush.

Eu estava implicado, é claro, mas queria dizer algo que demonstrasse o quão despropositado tinha sido me tirar do quarto pra isso, logo depois que o Hoseok começou a flertar em francês, ainda que ela não pudesse saber exatamente o que se passava no cômodo ao lado. Afinal, sempre vinha algo bem interessante quando ele começava a soar daquele jeito sexy e pretensioso, a combinação perfeita pra me deixar irritada e com tesão ao mesmo tempo.

Ouvi uma ameaça de morte abafada pela música e pelas risadas de Byul, que mexia nos cabelos loiros batendo um pouco abaixo das orelhas. O corte chanel era tão estiloso quanto todo o resto da sua roupa: o blusão cinza, a meia arrastão e os coturnos de couro. Todos naquele banheiro ou, para ser mais sincera, todo mundo sabia exatamente ao que eu fazia referência: o rolo antigo e não resolvido entre os dois. Eu, porém, só fui "perdoada" quando entreguei o vidrinho pequeno nas mãos da garota de vestido preto justo, salvando o mundo com um cosmético baratíssimo comprado em Myeongdong.

Voltei para sala me deixando contagiar pela música, dançando discretamente, e fui cercada por Jimin que mexia os quadris com bastante habilidade ao som de Dua Lipa, recém saído da cozinha com um copo de bebida na mão e um sorriso nos lábios. Nesse momento eu, sinceramente, tive "pena" de Sun-Hee. Seria difícil resistir à tentação e, até o fim da noite, não agarrar o garoto de jeans justos e todo aquele conjunto alinhado, blusa escura, jaqueta jeans e boné preto, sem me estender nos elogios ao seu corpo impecável graças aos treinos da equipe de natação da engenharia civil.

Pelo menos eu não estava exposta a essas tentaçõe. Jimin e eu éramos bons companheiros de night, podemos dizer assim, afinal, ele era amigo demais do Hoseok para que fossemos muito próximos e, por essa razão, ostentava o "X" vermelho na testa de "proibido". E, mesmo que o seu jeito, como posso descrever, intimista... Bem, mesmo que esse jeito me confundisse bastante, ele, realmente, parecia flertar com qualquer ser que respirava e, às vezes, até com as plantas, a depender do nível alcoólico.

Encontrei os olhos de Hoseok sobre mim e me apertei entre ele e Namjoon no sofá, sendo recepcionada por reclamações e gargalhadas, enquanto empurrava os dois até conseguir me sentar confortavelmente. Finalmente, fui agraciada com um dos copos que Taehyung me estendeu antes de puxar uma cadeira da mesa de jantar para se sentar perto dos demais.

Proveio o famoso "drink" que, na verdade, não passava de uma mistura de suco de cranberry e vodka e já olhei de forma acusatória para o garoto que segurava a risada enquanto dava pequenos goles na mesma bebida colorida.

"Sério que você ficou todo aquele tempo na cozinha pra misturar suco e vodka?" disse indignada, ainda que a tal mistura fosse bem gostosa, o que por si só era um perigo.

"Não posso beber isso, me dá amnésia." SeokJin disse recusando o copo que Jimin tinha estendido para o mais velho do grupo, logo após ter retornado do banheiro, atrás das duas presenças faltantes na rodinha. Todos riram da confissão de Jin, até mesmo eu que entendia bem dos efeitos deletérios do blackout causado pelo consumo excessivo de algumas bebidas, no meu caso, do uísque.

Toda experiência alcóolica mal sucedida acaba virando piada e talvez isso seja um mecanismo da nossa própria consciência para que, mesmo depois de termos feito várias besteiras, consigamos continuar ingerindo álcool como se nunca tivéssemos tomado um porre.

Assim que as meninas chegaram à sala e pegaram suas bebidas, aproveitamos a presença de todos para estendermos os copos, seja de cerveja, suco de cranberry com vodka ou soju. E, entre o sorriso desconfiado de Taehyung, os olhos apertados de Namjoon, o sorriso ladino de Jimin, olhos cerrados de Sun-Hee, o sorriso empolgado de Byul, o olhar atento de Jin, a mão de Hoseok descansando no sofá atrás das minhas costas, o ar que segurei por dois segundos pelo contato desavisado, brindamos à noite que mal começara.

(...)

"Tá puta com o quê?" Taehyung se aproximou do balcão, curvando-se próximo ao meu ouvido para se fazer audível entre as batidas de qualquer música pop que preenchia a boate abarrotada de jovens alcoolizados. "Ou melhor, com quem?" vi suas sobrancelhas arqueadas quando ele se afastou e deu um generoso gole na sua cerveja, me olhando convencido como se já tivesse entendido tudo.

"Hã?" minha bebida foi colocada sobre o balcão e agradeci ao barman, enquanto me fazia de desentendida. Aproveitamos para brindar antes que eu colocasse para dentro bastante somaek, tradicional mistura das noitadas coreanas de cerveja com soju. "Eu estou bem, não entendi..."

"Noona, quando você está desse jeito assim... Toda agitada, bebendo rápido e olhando para todos os lados, você geralmente está nervosa..." ele comentou me parando um pouco antes de contornarmos o balcão até a pista de dança, quando caminhávamos ao encontro dos demais.

"Kim Taehyung, você está me analisando?" arqueei as sobrancelhas e cerrei os olhos em sua direção e ele que, balançando os ombros, abriu aquele sorriso que movia seu corpo todo.

"Ah, não é isso... É só que parece que você e o hyung ficam se negando a assumir uma coisa que todo mundo já notou... E os dois parecem desconfortáveis com isso, é a impressão que eu tenho... De quem está observando totalmente de fora, é claro." desviei meu olhar do par de olhos bem observadores de Taehyung, levando-os até Hoseok que não parecia nada desconfortável falando algo no ouvido de uma das amigas que Jimin havia inserido na nossa roda, gargalhando a cada dois segundos. A conversa deveria estar mesmo hilária.

"Você não vem com esse papinho de estudante de psicologia para cima de mim." fiz com que o garoto risse da minha fala e desse de ombros, voltando a caminhar do meu lado. "A minha bebida só acabou e eu vim buscar mais..."

"Namjoonie hyung disse pra eu vir falar com você, ele também acha que você está brava com você-sabe-quem." ele virou a cabeça em direção à rodinha e pude ver que Jungkook e Yoongi se juntavam aos demais naquele exato momento.

"Se está tão na cara que estou brava, você-sabe-quem devia vir falar comigo, não?" disse respirando fundo e bebi mais um pouco do conteúdo do copo, sem paciência para o clima quinta série quando Hoseok mandava esse tipo de "recado" por meio dos seus amigos. Eu tinha certeza que isso não era coisa do Namjoon. "Tae, relaxa, nós combinamos isso, ele está livre pra ficar com quem ele quiser."

Empurrei discretamente Taehyung com o ombro e pisquei, acreditando ter passado de volta o recado de que eu é que não ficaria no caminho se Hoseok quisesse investir ainda mais na garota com quem ele conversava. Voltei a encarar a rodinha e na medida em que nos aproximávamos, meus olhos se deslocaram de Hoseok para Yoongi, apagando momentaneamente o flerte que acontecia diante dos meus olhos, e escolhi beber mais.

Quando vi, cercava meu copo com os lábios, dando goles curtos na minha bebida, já quase ao lado do grupo, encarando até demais a forma que bandana preta segurava os fios descoloridos, em um contraste interessante com a cor da sua pele e o seu cabelo liso, descendo até os olhos pequenos, nariz e boca. Um sorriso discreto brotou em seus lábios e quando voltei aos seus olhos para compreender porque ele sorria, nossos olhares se cruzaram e eu sorri de volta, tentando disfarçar a minha vontade de me afogar na minha própria bebida para superar a vergonha que sentia.

Me resumi a beber ainda mais e só quando adentramos de volta a rodinha, notei que meu o copo já estava quase na metade. Preferi ignorar a velocidade um pouco acelerada com que o álcool estava descendo e, da mesma forma, adiei minhas preocupações sobre o momento que isso bateria, porque ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Afinal, o álcool é como aquele amigo que sempre vai em tudo e mesmo que chegue atrasado, ele nunca falta.

Troquei acenos discretos com a dupla que chegara por último e prestava atenção na explicação de Yoongi para Taehyung, dizendo que havia deixado sua moto em casa e, por isso estava "livre" para beber, quando levantou o copo raso preenchido por uma bebida amarelada que supus que fosse uísque.

Fingi ignorar que Hoseok estava empolgadíssimo dançando com Jimin e suas amigas e me inseri na conversa de Namjoon com Byul e SeokJin. Segui fingindo, mas agora que prestava atenção, ou que de fato conseguia ouvir algo com a confusão de vozes e música alta, nos seus comentários sobre a line up de DJs e o quanto ele queria que tocasse rap ou trap, mesmo que eu não fizesse ideia da diferença entre os dois.

Estava prestes a terminar a minha bebida, bem mais rápido do que o planejado, quando Taehyung e Yoongi anunciaram que iriam até a área de fumantes. Encarei as pessoas sob o enfoque das luzes coloridas e decidi que os acompanharia, um pouco de "silêncio" talvez fosse bom. Digo, silêncio visual se é que me entendem.

Agarrei o braço de Taehyung e deixamos a pista de dança balançando de um lado para o outro em uma coreografia bem mal coordenada, enquanto tentávamos desviar das pessoas em que, fatalmente, acabamos esbarrando. E, no meio da nossa brincadeira, juro ter visto Yoongi, que caminhava um pouco mais na frente, rir de nós dois quando se virou para checar se o seguíamos.

A decisão de aceitar o cigarro que Yoongi me estendeu deveu-se, em partes, ao meu nível alcóolico, começando a acusar no medidor, e também ao vento gelado a que estávamos expostos que entrava pelo decote da minha blusa, mostrando a insuficiência dos aquecedores grandes de metal altos que ficaram no meio da pequena área aberta.

Taehyung tirou o vaper do bolso da calça verde musgo e acolheu nos lábios finos o objeto pequeno que exalava o vapor com cheiro de tuti fruti. Enquanto isso, Yoongi pegou no bolsa da jaqueta de couro preta um isqueiro da mesma cor e estendeu na minha direção. Puxei meus fios curtos, em especial a franja que batia na altura dos meu maxilar, para trás e me curvei em direção ao isqueiro para acender o cigarro, já aproveitando para tragar do Gudang*, deixando aquele gosto de mel e canela na ponta dos meus lábio.

Em poucas tragadas já senti o conhecido efeito da nicotina sobre a minha pressão, me deixando um pouco mais lenta e alheia ao entorno. Me concentrei em encarar a fumaça que era expelida do meu pulmão e, de vez em quando, ouvia algum comentário que os dois faziam sobre a boate, as doses duplas de gin tônica até uma da manhã, ou sobre o quanto o local estava cheio. Às vezes eu até chegava a exprimir alguma opinião rápida, mas não significante o suficiente para alterar o rumo da conversa.

Afinal, as conversas que eu travava com a minha própria cabeça ocupavam quase que inteiramente a minha atenção, conversas essas preenchidas pela voz do Hoseok e o nosso "acordo" de mais cedo, o seu sorriso brilhante próximo ao ouvido da garota e a possível imagem da boca dos dois se encontrando, enquanto eu estava aqui queimando esse cigarro. Não cheguei a sentir nada com as reproduções da minha cabeça, só um desânimo momentâneo de continuar dando corda para isso, mesmo que ainda sem coragem para abrir mão e levar a sério o descaso que eu tinha com os meus sentimentos.

Provavelmente, se visse Hoseok com a garota, fingiria que não estava surpresa, até porque não estaria mesmo, forçando um sorriso até conseguir me livrar daquela imagem voltando para casa sozinha, ou quem sabe talvez Taehyung me acompanhasse para fumarmos o haxixe* que ele escondia no meu apartamento, já que seus pais não podiam sonhar que ele usava qualquer tipo de droga, muito menos ilícitas, e teríamos alguma conversa muito fumada e existencialista. E talvez eu chorasse no banheiro muito chapada ou, mais provável, tivesse uma crise de riso e pedisse para ser agraciada pelos céus por um cara mais legal, enquanto ria apoiada no ombro de Taehyung. É, talvez.

Eu estava tão alheia que só despertei dos meus pensamentos quando Taehyung avisou que buscaria mais bebida e que, provavelmente, voltaria para a pista de dança, deixando eu e Yoongi sozinhos na área de fumantes, cercado somente por outros desconhecidos, o que, de certa forma, também éramos um para o outro.

Pedi o isqueiro de volta para reacender o cigarro que havia se apagado devido ao vento congelante do inverno de Seul e senti os seus olhos sobre mim, enquanto tragava mais uma vez, preenchendo os pulmões com aquele calor nada acolhedor. Céus, eu nem gosto de fumar, o que estou fazendo?

"E aí, tudo certo?" sua voz soou grave e eu assenti com a cabeça expelindo a fumaça, observando-o mexer nos fios claros sobre a bandana preta, curiosa com a sua iniciativa em puxar assunto. "Curtindo a festa?"

"Por que não estaria?" rebati, talvez um pouco seca demais, e notei que minha fala fez com que um sorriso brotasse no canto dos seus lábios arroxeados, um sorriso que beirava o deboche.

"Sei lá... você parecia um pouco incomodada na pista de dança." Yoongi expeliu a fumaça devagar, no mesmo ritmo da sua fala, e eu só consegui revirar os olhos, e logo após direcionei-os para os meus coturnos escuros, enquanto chutava fraco a mureta de concreto a minha frente.

"Hm, entendi... Vamos ficar aqui falando do Hoseok, legal..." traguei uma última vez o cigarro antes de apagá-lo na mureta, prestes a comunicar que iria voltar para a pista de dança, sem nenhuma paciência para ficar divagando com Yoongi sobre algo que poderia conferir com os olhos.

"Tenho uma ideia melhor..." encarei-o desconfiada. "Por que não vamos pro segundo andar e pegamos algo pra beber? Parece que o DJ lá de cima toca mais hip hop." Yoongi me surpreende com o convite, após apagar o seu cigarro, deixando a guimba no cinzeiro.

E mesmo que um sinal de alerta tivesse soado com aquela proposta, eu aceitei e vi a sirene, antes muda e invisível, se tornar ensurdecedora e brilhante quando ele pegou na minha mão para desbravarmos juntos a pista de dança até a escada no outro canto da boate, notando ainda que sabiamente ele fizera questão de desenhar um caminho que não cruzasse com a rodinha onde estavam os demais.

O segundo erro da noite eu cometi quando topei beber a mesma coisa que Yoongi e recebi do barman um copo de Jack Daniels com três pedras de gelo. Uísque, maravilha. Bebia em pequenos goles e tentava disfarçar que encarava a boca de Yoongi em contato com a borda do copo de vidro. E, mesmo que eu fizesse uma careta com o gosto amadeirado da bebida, o jeito com que ele bebida fazia até a experiência do uísque parecer mais interessante e menos amargo, talvez em contato com a sua língua o gosto fosse diferente. Quem sabe, talvez eu gostaria de saber.

Estando a menos de um metro de distância, era inevitável não observar o seu jeito um pouco tímido de ser mover e a forma que evitava me olhar nos olhos de forma contínua entre as batidas da sequência de hip hop anos 2000 que, pelos nossos comentários empolgados, ambos estávamos curtindo. De fato, ter vindo para o segundo andar poderia ser classificado com uma boa ideia se, é claro, eu não estivesse tendo ideias tão erradas sobre a nossa proximidade ou como usar os seus lábios entreabertos que recepcionavam o uísque devagar como se ele não tivesse pressa nenhuma.

Yoongi se divertia com o meu comentário sobre o DJ se autodenominar "retrô" tocando músicas que não tinham nem vinte anos de idade, quando percebi que estávamos próximos demais, eu na ponta dos pés apoiada em seu ombro e sua mão firmando minha cintura, para que ele conseguisse me ouvir. Tão próximos que senti o seu hálito quente e o aroma daquela mistura do amadeirado do uísque e os resquícios de tabaco.

"Eu vou no banheiro, já volto." disse tentando desfazer a nossa proximidade, no mínimo perigosa, e ele disse que aproveitaria para ir também, dando de ombros.

Nos separamos e, quando fechei a porta da cabine pequena, senti o efeito do álcool pesar sobre o meu corpo ao abaixar a cabeça.

Olá, May bêbada.

Após deixar a cabine, encarei meu reflexo no espelho e fiz uma careta, vendo o ambiente ao meu redor se lentificar. Ótimo. Ri da minha situação e fingindo que estava tudo normal, decidi retocar o batom avermelhado, dar uma ajeitada nos fios lisos escuros e soltei o cropped preto de mangas compridas com um decote canoa bem cavado, que antes estava preso na parte da frente da mom jeans com alguns rasgos na coxa e no joelho.

Eu ostentava aquele andar confiante de quem queria se passar por sóbria quando, como esperado, encontrei Yoongi encostado no corredor de paredes pretas que se confundiam com sua jaqueta de couro. Fitei rapidamente seu seu rosto iluminado fracamente pelos spots amarelados, o cabelo caindo sobre a testa, a franja sustentada por aquela bandana que o deixava curiosamente atraente, a jaqueta e a camisa da mesma cor por dentro dos seus jeans escuros, cintos e converse pretos. Yoongi parecia blasé e monótono, se eu o avaliasse somente por suas roupas, ou pelo seu jeito lento e pausado de falar, mas havia algo no seu sorriso que esticava os lábios arredondados que exibia seus dentes cerrados e no seu olhar compenetrado que diziam o contrário.

Pretendia voltar para a pista de dança, esperando que ele me seguisse, quando senti sua mão sobre o meu pulso, me puxando de volta.

"Lavou a mão, né?" impliquei e ele balançou a cabeça, fingindo indignação após declarar que era óbvio que sim. "Ih, vocês homens nem lavam a mão que eu sei..." revirei os olhos, depois da minha fala arrastada, fazendo-o rir de forma anasalada e vi novamente aquele sorriso que parecia destoar com todo o restante da sua postura fria.

"Eu já te disse que isso me irrita bastante?" me virei de frente para encará-lo já sabendo exatamente do que se tratava e fiz de novo. Revirei os olhos e, em seguida, mordi o lábio inferior, vendo um sorriso ladino se formar nos seus lábios que foram umedecidos por sua língua. "Você gosta, né?"

"De te irritar?" ele assentiu com a cabeça devagar e a mão que antes cercava o meu pulso subiu pelo meu braço até tocar meu ombro, fazendo com que eu sentisse um formigamento curioso. "É o meu lado infantil, sabe..." desconversei.

"De mostrar que gosta de mim?" mas Yoongi foi mais rápido e esperto, completando minha fala de um jeito que me deixava sem espaço para resposta.

As sirenes invisíveis e mudas passaram a brilhar de forma intensa e ensurdecedora mais uma vez, alertando-me que estava prestes a cometer o erro já anunciado quando aceitei vir ao segundo andar da boate com ele.

Eu queria dizer algo como "nos seus sonhos, quem sabe", pronunciar o seu nome de forma debochada, gargalhar e me desvencilhar do seu toque de algum jeito descontraído, mas eu estava completamente sem reação. Só vi as luzes avermelhadas da boate no final do corredor anunciarem como uma sirene que para o encontro dos nossos lábios faltava muito pouco. Então, fechei os olhos, me negando a ver a armadilha em que eu estava caindo.

As mãos de Yoongi eram quentes, e não geladas como imaginei, e, em contato com a minha nuca, reduziram o espaço que precisávamos para que nossos lábios se tocassem. E quando isso aconteceu, eu lamentei não ter nenhuma desculpa para me afastar, já que a nossa sincronia não precisou de nenhuma correção para acontecer, além de me colocar na ponta dos pés para sentir como era tocar ao mesmo tempo seus lábios e a sua pele, naquele espaço entre a bandana e a gola da jaqueta de couro. Nossas línguas tinham juntas o gosto de uísque e nicotina. Era amargo. Em nenhum momento me toquei de que talvez esse beijo tivesse esse gosto amargo, porque era tão errado quanto bom. Grandezas diretamente proporcionais.

Sua mão desceu até minha cintura e ele se apoiou na parede dando espaço para que eu ficasse entre suas pernas, sentindo o encontro dos nossos corpos, uma necessidade intensificada pelo álcool, essa era a minha teoria. Afinal, eu tinha que atribuir a química inegável entre o toque das nossas línguas e a naturalidade como nossas mãos dançavam entre nossos corpos a alguma coisa. Tinha que ser o uísque a razão pela qual eu não queria interromper o beijo e também por que mudamos de posição e o seu corpo escondeu o meu contra a parede para que eu mesma levasse uma de suas mãos por baixo da minha blusa, até que ele tocasse delicadamente a barra do meu sutiã rendado.

E não havia nada que indicasse que aquele ciclo seria interrompido tão cedo: partir o beijo, dar alguns goles divididos do meu copo de uísque, em seguida alguns selares antes de nossos olhares se encararem em um misto de vergonha e tesão que sempre fazia com que voltássemos ao ponto de partida.

"Muito bonito vocês dois."

Talvez quase nada.

Eu não precisei olhar por trás dos ombros de Yoongi para saber quem era o dono da voz, mas para ver os seus olhos pegando fogo eu desviei do garoto à minha frente e encontrei uma versão de Jung Hoseok que ainda não conhecia. E ele estava furioso.

Só o som da sua voz já fez com que minha pressão caísse e sentisse um frio absurdo na barriga, típico de quem sabia a besteira que tinha feito.

"Eu te procurando na boate toda e é isso?" o tom da sua voz era grave e alto, transpassando o volume da música, ricocheteando em meus ouvidos. "Eu até achei que pudesse te encontrar com alguém, mas por essa eu não esperava." ele completou ríspido, olhando diretamente nos meus olhos, e vi Yoongi fazer um sinal com a mão em direção ao seu amigo para que parasse e eu, que estava muito nervosa para dizer qualquer coisa, só cruzei os braços, apertando-os contra o corpo.

"Caralho, May, duzento caras nessa porra de lugar e você precisava?"

Seu olhar incisivo fez com que meu sangue fervesse e as palavras, antes desaparecidas, surgiram na ponta da minha língua, me vendo ser responsabilizada sozinha como se tivesse agarrado o garoto de jaqueta de couro à força.

"E quem é você mesmo pra cobrar qualquer coisa de mim?" me coloquei à altura do seu tom, ríspida e grossa. Hoseok não tinha resposta para isso, nenhum de nós tinha. A nossa situação de "amigos com benefícios" nos expunha a esse tipo de desgaste. Não éramos nada um para o outro, ainda que isso não impedisse que nos importássemos.

"E você, precisava dar em cima daquela garota na minha frente?" disse dando um passo largo, ficando mais próxima dele. "Que merda de combinado é esse que só vale pra você? Pelo menos eu não fiquei esfregando na sua cara. Você não tem o mínimo de consideração." Yoongi que se resumiu a seguir bebendo o uísque, desapareceu do meu campo de visão, enquanto eu encarava furiosa os olhos de Hoseok.

"Ah sim, nossa. Muito obrigado por ter vindo até o segundo andar pra pegar escondida o meu melhor amigo. Valeu mesmo." e ele não estava menos furioso que eu, esticando os fios para trás, enquanto cuspia suas palavras debochadas. "Caralho May, tinha que ser o Yoongi? Eu até já relevei o Taehyung, mas porra, eu te falei que a gente era irmão."

"Ah sério, Hoseok. Chega. Essa merda de novo não..." bravejei entre dentes e vi Hoseok cruzar os braços na frente do corpo. "Taehyung? Quantas vezes eu vou ter que dizer que a gente nunca ficou... Muito diferente de você e todas as minhas amigas, todas! Sun-Hee, Byul, Mina, espera... esqueci de mais alguma?" fingi ter que fazer algum esforço para me lembrar e vi ele travar o maxilar. "Ah não, né? Você fez questão de fechar o meu grupo de amigas... Sorte à minha que a minha irmã de verdade tá em outro país, porque senão..."

"Senão o que?" ele arqueou o queixo como se estivesse me direcionando uma grande provocação, o que só demonstrava o quão ridícula era a situação, os dois trocando insultos enquanto pessoas desviavam do bacarro que tínhamos armado no meio do corredor para o banheiro.

"Hoseok, você é um escroto. Fizemos esse combinadinho de merda porque você achou que eu fosse ficar assistindo você engolir as amiguinhas do Jimin. Te surpreendi, é?" e eu seguia destilando o meu ódio sobre ele sem me dar conta do que, realmente, estava dizendo.

Não passávamos de dois bêbados passando vergonha no corredor.

"Eu que sou escroto? É você que sumiu no meio da festa pra pegar o meu melhor amigo. Caralho, May, não esperava isso de você." entre a raiva, havia uma pontada de indignação seletiva que conseguiu fazer ferver ainda mais o meu sangue.

"Para a sua informação, eu já quero ficar com o seu 'irmão' muito antes de você entrar na minha vida pra me fazer de foda fixa... E eu, otária como sou, ainda te recebo sorrindo enquanto você transa com metade da faculdade." sim eu estava gritando.

"E como se você também não fizesse a mesma coisa. Você é baixa." e ele também.

"Você só pode estar de brincadeira comigo. Nossa como eu queria. Inclusive, estava tentando ser mais como você, um verdadeiro filho da puta, quando você me interrompeu." dei uma passo ainda mais próxima dele e encarei seus olhos furiosos, disputando com os meus.

"Eu? Filho da puta?"

"E ainda se faz de sonso!"

"Boa noite, senhores. Eu vou ter que convidá-los a se retirar da boate se vocês não liberarem o corredor." e o auge do barraco foi quando, em meio ao caos que se instalava no meio do corredor, o segurança da boate se colocou entre nós dois, ameaçando nos expulsar da boate.

Quando me dei conta, Jimin puxava Hoseok para um lado e Namjoon segurava no meu braço, assegurando que eu não fosse atrás dele, mesmo que isso estivesse fora de cogitação. Senti meu coração acelerado e as minhas pernas bambearem vendo os garoto se afastarem, sem ainda notar que as pessoas passavam me encarando horrorizadas. Que vexame.

"May, o que tá acontecendo?" Namjoon perguntou com os olhos arregalados.

"Eu fiz merda, das feias..." respirei fundo tentando organizar os meus pensamentos, mas só a imagem de Hoseok já me deixava irritada. " Mas aquele babaca não tinha direito de vir aqui tirar satisfação. Que moral ele tem?" voltei a me exaltar, enquanto passava a mão no rosto incrédula. Seria difícil recobrar a sanidade após aquela cena digna de novela mexicana.

"May, você ficou com o Yoongi." Namjoon pontuou com cautela e agora a minha vontade era socar a cara dele.

"Foda-se. Aliás, cadê aquele filho da puta? Não falou uma palavra..." disse olhando para os lados, procurando sem sucesso por Min Yoongi.

"Ele foi ligar pra mim, antes que você e Hoseok se matassem no corredor." revirei os olhos para a benevolência de Min Yoongi. Agora ele era "o sensato" como se não estivesse enfiando sua língua na minha boca há poucos minutos. "E nesse momento tá tentando acalmar o Hoseok... Não sei se você notou, mas vocês quase foram expulsos da boate".

"Eu notei." disse entre dentes, longe de conseguir me acalmar. "Olha, eu realmente não to a fim de ficar aqui sendo julgada... E você faz isso sem precisar dizer nada, é bem incômodo."

"Mas você pisou na bola, May. O Hoseok e o Yoongi são praticamente irmãos." mais uma vez essa história de irmãos, saco. Aparentemente, para o Yoongi a "brotheragem" não tinha todo esse peso, pelo menos ele não me pareceu nenhum pouco incomodado quando estávamos encostados nesse mesmíssimo corredor.

"Dane-se. Ele não tinha direito de vir aqui, sendo que estava ficando com aquela garota." rebati sem paciência para as ponderações de Namjoon.

"May, o Hoseok não ficou com ninguém." ele disse pausadamente e eu xinguei baixo.

"Talvez não na sua frente, talvez não hoje." foi a minha defesa, se é que valia de algo dizer qualquer coisa depois de toda aquela baixaria.

"Você tava querendo dar o troco? Ficou com o Yoongi por ciúmes?" apertei os olhos para as perguntas de Namjoon, eu não sabia respondê-las..

"Talvez... Não sei." peguei o celular na bolsa para conferir as horas e me deparei com algumas mensagens na aba de notificações de Hoseok e Taehyung. Senti um incômodo na garganta. "Eu vou pra casa, já deu por hoje."

Acenei rápido, deixando Namjoon para trás, e antes de sair da boate entrei no banheiro feminino, me trancando uma das cabines. Senti o incômodo na garganta se transformar em lágrimas, certamente, resultado do fim do pique da adrenalina que viera com a briga de agora há pouco, transformando minha raiva em uma tristeza esquisita, já carregada com bastante arrependimento.

Não deixei que esse momento se estendesse muito e sequei com cuidado as lágrimas antes de deixar o banheiro e, mesmo que meu plano fosse ir embora, peguei mais uma garrafa de soju no bar. Eu não ficaria mais, na verdade, a ideia era beber no caminho, em busca de uma distração que me certificasse de que as lágrimas não voltariam a cair até que eu estivesse sozinha na minha casa.

O que eu não contava era encontrar na calçada da entrada da boate uma distração bem mais eficaz e infinitamente mais atraente do que garrafinha verde, tragando o seu gudang, com os olhos concentrados na rua vazia, só até me encontrar.

"E ai, vai querer me bater também?" ele deixou um sorriso discreto escapar que combinava bastante com sua fala debochada, reduzindo nossa distância após abandonar o cigarro.

"Talvez amanhã. Hoje eu quero que você me leve pra casa." 

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âme sœur - em francês, alma gêmea.

Myeongdong - complexo comercial em Seul composto por dezenas de lojas de cosméticos e afins.

Gudang - "T Gudang Garam Tbk é uma empresa de cigarros da Indonésia, mais conhecida por seus produtos kretek. É o quinto maior fabricante de tabaco da Indonésia, com uma participação de mercado de cerca de 20%" (fonte Wikipedia).

Haxixe - "composto extraído do tricoma, das flores e das inflorescências da Cannabis sativa ou Cannabis indica, utilizado como entorpecente, que pode ser fumado ou ingerido. Este termo antigamente era utilizado como equivalente para Cannabis no Mediterrâneo oriental." (fonte Wikipedia).

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Ufa. Que barraco hein KKK. E aí, quem está mais errado nesse rolo?

E qual é o resultado da equação? 

Deixem seu voto e comentário pra incentivar a autora que já aproveita pra deixar o muito obrigado para as leitoras guerreiras que esperaram por essa atualização. Vocês são tudo, SÉRIO!

Se cuidem!

Beijos da Maria ❤️

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