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Peripécias


Arroz, feijão e nuggets, minha comida favorita de toda a vida. Entrei em casa segurando o Billynho no colo e olhando para o fogão. Sentir o cheiro do feijão fresquinho fazia meu estômago roncar. Eu vinha com tanta fome da escola que até doía. Coloquei o Billy no chão e fui lavar a mão.

— Manu, você já sentou? Não está esquecendo de algo?

As patinhas quentes e fofas estavam apoiadas em minha perna. Olhei para baixo e Billy me encarava com os olhos brilhando e as orelhas em pé. O focinho, não parava de farejar a nossa comida que estava na mesa.

— Por favor, mãe. Eu não gosto quando você prende ele. Olha só a carinha, ele está tão bonzinho. Deixa ele aqui, vai, por favor!

— Ele não pode comer nossa comida e você sabe disso. Vou deixar, desta vez, ele ficar junto enquanto almoçamos, mas nada de dar comida a ele, nem um pedacinho. Entendeu?


— Sim, senhora capitã—respondi imitando um marinheiro e acariciei meu pequeno — Conseguimos —falei piscando para ele.

— E vai lavar essa mão novamente, você está almoçando, não é para colocar a mão no cachorro! — ela exclamou brava.

Ta bom.

Voltei ao banheiro para lavar a mão outra vez e ele me acompanhou, normalmente ele andava atrás da minha mãe, que mesmo não dando atenção para ele, ganhava uma sombra companheira. Eu gosto quando ele me segue, sei que não sou a humana favorita dele e fiquei muito triste por isso, mas nós dois somos os mais novos da casa, temos que ficar juntos.

Papai me contou que os cachorros costumam adotar as pessoas, ele era o favorito do Billy. Quando papai chega em casa é uma festa só. Mamãe é a alfa, ele a segue por todos os cômodos da casa e basta ela olhar de cara feia, para ele parar de latir ou bagunçar e ir para a cama se esconder. Eu o entendo, acontece o mesmo comigo. Mamãe é muito nervosa, ela briga por tudo e com todos; nem papai escapa das broncas dela, mas acho que o Billy sofre mais.

Ele ficou embaixo da pia olhando para o que eu fazia. Os olhinhos eram sempre atentos e curiosos. Fiquei imaginando o que ele tanto olhava, acho que não estava entendo nada daquilo, a cabecinha dele deveria pensar "cadê a comida? Volta logo para a mesa", mas eu não poderia dar. Mamãe ficaria uma fera e eu me machucaria, os dentes dele são afiados demais, não tenho coragem de chegar perto.

As patinhas dele faziam barulho quando corriam atrás de mim, eu voltei rápido para a cozinha, tenho certeza que mais um pouco, mamãe já estaria gritando.

— Como foi na escola hoje? — ela perguntou, enquanto colocava mais feijão no meu prato.

— Foi igual sempre. As meninas fizeram dupla muito rápido e me deixaram sozinha.

— Não foi a professora quem escolheu?

— Não, nunca é. Se eu soubesse que as panelinhas eram comuns eu não tinha mudado de escola. Sinto falta da Evelyn mamãe. E quando a Amanda foi viajar, fiquei mais sozinha ainda. Ela me enchia, mas sempre estava comigo na saída e no Integral, mesmo tendo as amigas dela.

— Sua irmã cresceu rápido né? Eu sei que você não conseguiu entender isso. E quanto à Evelyn, podemos vista-la qualquer dia.

— As pessoas mudam assim tão rápido?

— Algumas.

— Eu também vou crescer rápido assim? Eu não quero crescer.

— Cada um é de um jeito Manu, e é isso que nos torna especiais. Todos crescem, filha.

— Não quero ficar chata igual a Mandy.

Ela riu, mamãe não gosta quando falamos mal dos membros da família, mas achou engraçado o meu comentário, talvez fosse verdade.

— Os gostos da sua irmã mudaram. É normal. Ela não ficou chata, é que essa fase é assim mesmo.

— Ficou chata sim. Reclamava de tudo e só queria ficar no celular. Passava maquiagem até para dormir e vivia brigando com você e o papai. Será que ela briga com todos e continua reclamando lá na Irlanda? — Mexi na minha comida, misturei tudo que estava no prato, pensando se minha irmã continuava a mesma insuportável de sempre.

— Vamos descobrir mais tarde. Ligarei para ela daqui a algumas horas. Agora, acabe de comer e vá escovar os dentes. Você tem lições para fazer e um cachorro para cuidar.

A tarefa foi fácil de fazer, os exercícios de Português eram simples, a pesquisa de Ciências fiz com um livro da estante da mamãe e o trabalho de Artes era um desenho. Deixei esse por último porque era o que menos parecia um dever. Desenhei uma menina, um cachorro e uma árvore. 

Estava sofrendo um pouco para fazer a perspectiva que a professora pediu. O conceito era fácil, tudo que está mais próximo é grande e tudo que está mais distante, pequeno. Rabisquei várias vezes e não consegui arrumar o tamanho das imagens, sempre pareciam erradas.

Me distrai com a lição e não percebi que Billy estava deitado no tapete junto comigo. Gosto de fazer a lição deitada, é melhor ter um espaço grandão para espalhar o material e acho mais confortável do que a cadeira.

De repente, ele saiu correndo. A primeira coisa que pensei é que deu a louca no cachorro. Era a primeira vez que ele fazia aquilo, eu não sabia o que poderia ser. Continuei desenhando as meninas, estava irritada por não conseguir arrumar a perspectiva. Terminei o rascunho e olhei para a folha, a última menina, que deveria ser menor, ainda parecia ter o mesmo tamanho das outras duas. Bufei irritada, eu não queria apagar de novo. Fui pegar a borracha no tapete, mas ela não estava lá.

Olhei dentro do estojo, embaixo da folha e do sofá, na pasta que estava espalhada no chão e em todos os lugares que eu podia; nem sinal da borracha. Bati os pés no chão, era só uma borracha, mas eu precisava dela e eu odeio perder coisas. Depois de procurar, fiz a única coisa que eu podia fazer, meu último recurso.

— Mãããe! Você viu minha borracha?

Sai gritando pela casa. De cômodo em cômodo, eu entrava falando alto, procurando pela única pessoa que sabia onde estava tudo. Passei por todos os lugares, mas minha mãe não estava em casa. Encontrei Billy na cozinha, embaixo do armário. Fiquei preocupada se ele estava preso então abaixei para ver.

— Ei, o que faz ai embaixo pequenino?

Ele olhou desconfiado, tinha algo na boca dele. Coloquei a minha cabeça embaixo do armário para ver melhor e ele rosnou. O Billy nunca tinha rosnado para ninguém. Ele é um bebê ainda e nós somos a família dele, não consegui entender o motivo.

Fui até o quartinho dele e peguei um biscoito, voltei e ofereci, mas ele não quis. Continuou mastigando algo duro, acho que estava difícil, porque a boquinha dele abria e fechava devagar, com dificuldade.

—Billy! — Gritei assustada.

— Devolve a minha borracha! Isso não é comida.

Aproximei a mão, empurrei o biscoito outra vez, rezando para que ele trocasse, mas não funcionou. Ele rosnou e mostrou os dentes ainda com a borracha na boca. Senti aquele frio na barriga por querer pegar a borracha, mas tinha medo dele morder minha mão. Eu estava começando a chorar quando tive uma ideia.

Fui até o forno e peguei um pedaço de pão. Separei o miolo da casca e coloquei a parte torrada em um papel, talvez o Billy comesse um pão. Olhei para ele outra vez, a borracha estava no chão. Abaixei para pegar, ele latiu, pegou a borracha na boca e me encarou. Soltei a casca no chão, peguei o miolo e fui para a sala. A única alternativa que eu tinha, enquanto mamãe não chegava, era tentar apagar o desenho com o miolo de pão. Se não terminasse a lição, não poderia ver TV depois e meu programa favorito ia começar.

Meu caderno ficou uma bagunça, os miolinhos do pão borraram a página, que ficou manchada. Fiquei arrependida por ter estragado a folha, eu precisava mesmo da minha borracha de volta. Afinal, o que eu um filhote faria com uma borracha?

Ouvi os barulhos vindos da cozinha e me senti apreensiva. Fiquei imaginando se ele tinha soltado a borracha e se estava tudo bem. Acho que ele estava andando por lá deveria estar fazendo bagunça. Pensei em esperar um pouco, mas ouvi um barulho alto e esquisito que se repetiu três vezes, era um som rouco, como se alguém estivesse engasgando. O som vinha da cozinha...

...Sai correndo assustada, quando cheguei vi que Billy estava tossindo, perto da cadeira. Ele parecia querer vomitar. Mexia a cabeça de um lado para o outro depressa enquanto fazia aquele som estranho, que ficava cada vez mais alto.

Me aproximei enquanto ele se debatia assustado. Eu queria ajudar, mas não conseguia fazer nada. Congelei e só fiquei olhando enquanto eu chorava. Depois de um tempo, o som parou.  

Comentário da autora:

Oi pessoal. Tadinha da Manu e do pequeno Billy. O que será que aconteceu? Façam suas apostas aqui nos comentários. Obrigada por acompanhar e por favor, cliquem na estrelinha para dar uma força <3

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