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15. BIA

Hey, vocês tão joia? 

Mais um capitulo, boa leitura! 


A estadia de Rodrigo se prolongou até o final de semana, ele deu a desculpa de que queria estar comigo quando o resultado do concurso saísse. Assim, na quinta de manhã ele pediu ao chefe todas as folgas possíveis e remarcou a passagem para domingo à noite. Com a notícia me fingi de feliz, mas tudo que eu queria era que ele fosse embora, com a esperança de que se isso acontecesse, eu parasse de sentir tudo aquilo.

Estar com ele em casa só me fazia sentir pior. Eu estava irritada o tempo todo. Ele não tinha culpa nenhuma, mas sua presença me impedia de surtar em qualquer cômodo da casa. Um caos estava instaurado, eu estava prestes a gritar a cada 10 segundos, meus gatos resolveram atacar Rodrigo em toda oportunidade e Zac resolveu que não iria comer enquanto meu ex/atual estivesse em casa. Por fim, Rodrigo estava se dopando com antialérgicos para evitar os espirros constantes. A culpa de estar me relacionando com ele, mesmo tendo dúvidas sobre meus sentimentos, estava me matando. Sabia que não estava sendo sincera com ele, eu dormia com ele, mas estava pensando na Lis.

Nós últimos dias, tudo que eu queria era saber como ela estava. Saber se ela ainda se lembrava de mim, se ela tinha se arrependido de ter me beijado, saber se ela gostava de mim, saber se aquilo foi real ou se eu inventei. Na minha cabeça era sempre ela, ela e ela. No fundo, eu não sabia qual seria a melhor resposta. Depois do primeiro choque, dos primeiros surtos e de muita leitura, eu estava curiosa, queria saber se tinha fundamento toda a minha confusão.

Queria ter coragem de mandar uma mensagem, ligar e, até mesmo, aparecer na porta do apartamento dela. Tinha esperanças de que nela eu escontraria as respostas para as minhas perguntas, mas só de receber notificações das lives, meu coração parava por um momento, dava um triplo carpado e voltava a bater. Estava sem condições de formular alguma frase, apenas resmungando pra todo lado. Insuportável, nem eu me aguentava mais.

Rodrigo, provavelmente, achava que eu tinha desenvolvido problemas intestinais, já que passava horas trancada no banheiro. Nesses meus momentos de reclusão, eu conversava com Letícia, chorava, assistia vídeos de gatinhos no youtube, review de boneca, conversava com Letícia de novo, e nos intervalos lia bastante sobre bissexualidade e homossexualidade. Ao contrário do que eu pensava, era possível se descobrir depois de velha, encontrei relatos de mulheres que se descobriram depois de 15 anos em um casamento hetero. Heterossexualidade compulsória, era o nome disso.

Só de pensar em falar para minha mãe que eu poderia estar gostando de uma menina, minha espinha gelava. Ela nunca ia aceitar isso e conviver bem. Se ela já se intrometia no meu relacionamento normalmente, se fosse um namoro não bem visto pela sociedade e se ela ainda falasse comigo, iria fazer minha vida um inferno, fazer de tudo para acabar com o romance. Claro que eu chorava no banheiro, minha vida estava um bagunça danada e eu não tinha coragem pra resolver nada.

Em uma tentativa de conseguir respirar, levei Rodrigo para conhecer São Paulo, muitos dos pontos turísticos que o levei eu nunca tinha ido em todo tempo morando na cidade. Fomos à Paulista, ao Ibirapuera, no MASP e na Liberdade. Fora de casa, eu conseguia me sentir um pouco melhor, até me diverti com ele enquanto nós descobríamos lugares novos. Aqueles passeios quase me fizeram acreditar que nós poderíamos dar certo de novo. Mas a vida com ele não podia ser um eterno passeio de bons momentos, em algum momento eu teria que lidar com o que eu sentia dentro de casa.

~*~

Sábado de amanhã, Rodrigo não me deu tempo de dizer bom dia e já saiu correndo para a farmácia, ele precisava de algo mais forte para lidar com o meu apartamento cheio de pelos de gatos e cachorro. Aproveitei os poucos minutos sozinha para fingir que estava tudo bem e assistir um episódio de Modern Family. Mais uma vez lembrei de Lis, de quando nós duas assistimos juntas durante toda a madrugada e estávamos felizes.

Na metade do episódio, meu telefone tocou, interrompendo meu momento de relaxamento e abstenção da realidade. Era Letícia, pronta pra tentar me convencer a dar um jeito na minha vida, como vinha fazendo desde quarta-feira. Certa ela estava, mas eu não queria fazer nada no momento.

—Eai, Bia? O que seu e-mail diz? Eu tô muito ansiosa? —disse assim que eu atendi.

—Do que você tá falando, Lê? —Minha melhor amiga era perfeita, mas em alguns momentos ela não fazia sentido algum.

—O resultado do sorteio PORRA! —gritou. —Eu não acredito que você esqueceu que o resultado saiu hoje? Acabaram de postar uma nota avisando que os participantes receberam o resultado.

Ai.

Meu.

Deus.

Eu estava deitada na cama, esquecendo a vida e o meu futuro em um e-mail.

Na minha cabeça eu iria receber uma ligação do site até o fim do dia. Nos meus planos de princesa eu iria receber a notícia e sair dançando e cantando igual um musical, com todos meus problemas resolvidos em um passe de mágica.

—Meu Deus, Letícia! Eu pensei que eles iriam ligar, vou olhar agora. —disse, enquanto abria meu e-mail.

Estava lá, na minha caixa de entrada. O primeiro e-mail tinha como assunto: RESULTADO DO CONCURSO SEJA BUZZIE!

"Olá Beatriz, tudo bem com você?

Nós do Buzzie ficamos muito felizes pela repercussão que sua matéria teve durante todo esse período, com toda certeza isso é resultado do seu esforço e de seu talento. Mas chega de te enrolar, né? Acredito que você está ansiosa para o resultado!

Suspense...

....

Suspense...

....

Suspense...

É com muita felicidade que informamos que você GANHOU o concurso e com isso uma vaga como colunista dentro do Buzzie. Isso mesmo, pode contar pra mãe, pra vó, pros amigos, pros namorades e pros vizinhos, você conseguiu conquistar todos nós com seu trabalho.

Sua matéria alcançou níveis extraordinários dentro do concurso, fazendo história e quebrando recordes. Você conseguiu  300 mil cliques na sua matéria, 70 mil votos e 28 mil comentários, além de que sua matéria trouxe o tópico para discussão em várias redes sociais.

Parabéns, Beatriz! Aguardamos seu contato com o setor de RH na segunda-feira.

Com carinho, Roberta Paiva, Editora chefe do Buzzie Brasil."

—EU CONSEGUI! —gritei pelo telefone, ainda sem acreditar no que meus olhos tinham lido. Uma parte de mim ainda pensava que podia ser um trote ou um golpe, não conseguia acreditar que eu era capaz, mas estava escrito ali. Eu tinha o emprego dos meus sonhos. Na segunda-feira eu seria a mais nova contratada do Buzzie Brasil.

—Eu tô tão orgulhosa de você, amiga! Sempre soube que você iria conseguir! —ela disse e eu pude a ouvir pulando pela casa, nós duas comemoramos por alguns bons minutos. Depois de eu a agradecer muito, minha melhor amiga decidiu tentar colocar um pouco de juízo na minha cabeça mais uma vez.

—Você sabe que agora tem que resolver essa sua situação né? —começou. —Tem que ser sincera com o Rodrigo e com você mesma. Eu sou sua amiga, mas esse pano não vou passar não. Você está sendo irresponsável com os sentimentos dele. —falou sem rodeios. —Além dos seus, é claro. —completou.

Óbvio que Letícia estava certa, eu não podia mais procrastinar e esperar que alguém decidisse por mim a minha vida romântica. Eu não poderia continuar com Rodrigo, não tinha mais espaço pra ele na minha vida e nem pra mim na dele, mesmo que ele ainda não soubesse disso.

Depois de desligar a chamada, fiquei planejando as mil coisas que eu precisava falar com ele. Minha maior preocupação era magoá-lo novamente, não tinha jeito bom de falar aquilo, mas precisava ser falado. Desde que ele chegou, eu sabia que essa conversa aconteceria, só não tinha tido coragem para começar.

Outra coisa que eu sabia, mas estava ignorando: Lis. Eu precisava ter um surto de coragem para falar com ela. 

Era hora de ter coragem e de fazer acontecer.

~*~

A conversa foi exatamente como eu esperava. Ele me deixou falar, ouviu tudo como uma criança levando bronca, partindo meu coração. Uma parte de mim queria que brigasse comigo e acabasse com a minha moral, só pra eu ter certeza de que aquilo era real. Teve silêncio, lágrimas e no fim eu tive certeza que tudo que ele sentia por mim virou mágoa. Mesmo tendo sido difícil, eu coloquei o ponto final.

Rodrigo estava disposto a largar tudo por mim e eu estava o deixando pela segunda vez. Enquanto ele fazia as malas para ir embora, me sentei e fiquei evitando contato visual. Se eu pensasse muito no assunto, iria ceder de novo e não podia me dar o luxo de quebrar o coração dele pela terceira vez. Eu nunca quis ser essa pessoa, mas de alguma forma, em algum momento, eu tinha deixado a situação chegar aquele ponto, talvez porque éramos jovens, talvez porque éramos parecidos, talvez por alguma coisa que Freud adoraria explicar.

Era triste, depois de toda nossa história de amor, terminar. Mas também era algo necessário. O Rô podia não me entender quando aconteceu, mas ele ia perceber em algum momento.

Sem dizer nenhuma palavra, ele foi embora. Uma parte de mim queria gritos e confusão, saber que ele estava sentindo e não só aceitando como uma loucura minha. Queria que ele dissesse para mim que dessa vez acabou de verdade. Que ele estava pronto para seguir, da mesma forma que eu estava. Queria uma comprovação de que ele iria seguir em frente e ser feliz, mas não tive. Ele foi embora, eu fiquei e assim terminou. Foi amor, foi bonito e foi poesia, mas acabou, queimou, ardeu e partiu.

—Lis, eu não tenho ideia do que eu estou sentindo. Eu não sei por que estou gravando esse áudio. Eu não sei de nada. Nunca estive tão perdida na minha vida. Eu só queria ter você de volta na minha vida de novo, porque desde que eu te coloquei pra fora, nada mais parece estar certo. Não posso te garantir nada, mas ainda estou descobrindo, se você quiser me acompanhar, eu estou aqui pra conversar e tentar.



Eu ouvi um amém? Um aleluia irmãos? Finalmente a Bia criou coragem, Brasil!!! 

Mas e agora, será que essa casalzão rola ou não rola? 

Me conta tudooh! Quero saber o que vocês acharam, se puderem deixar um voto vão me fazer muito feliz!

Com carinho, Rapha <3

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