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08. BIA


Hello! Como vocês estão? Trouxe um capitulo fresquinho pra vocês e para falar bem a verdade, um dos meus favoritos. Daqui pra frente vai ter muita trata pra nossa Bia. 

Espero que tenham uma boa leitura!

Com cariho, Rapha <3


Enquanto eu estava bêbada, a noite com Lis, Lucas, Rafa e Leticia foi ótima, uma das melhores da minha vida. Mas quando a ressaca bateu, comecei a odiá-la com todas as minha forças e me xingar mentalmente por ter bebido tanto. Por alguma razão, Letícia achou que seria uma ótima ideia ligar o liquidificador no studio em que mora logo após litros de álcool, segundo ela, era ótima ideia fazer um suco verde de uma forma bem barulhenta mesmo que sua cabeça, e a minha, estivesse explodindo.

Meu fim de semana já tinha sido animado o suficiente e eu já não tinha forças para mexer nem a sobrancelha, então, fizemos um miojo com muito queijo e ficamos jogadas na cama, tentando ignorar a dor de cabeça e se arrependendo das decisões da noite passada. Já era noite quando tomei outro comprimido de aspirina, um copo de Coca gelada e uma dose de coragem para caminhar os 40 minutos entre a casa da minha amiga e o meu apartamento. Meu domingo não foi muito diferente, se resumiu em procurar na internet receitas para curar a ressaca, sem animo ou ingredientes para fazê-las, e assistir uma temporada inteira de Modern Family, tudo isso desmontada no sofá.

O lado bom de ter pets é que você nunca está na ressaca sozinha, enquanto lamentava cada copo de vodca com energético que bebi, Zac me ajudou a fazer um pouco de exercício, a cada meia hora ele pedia que eu jogasse sua bolinha. Amelinha ficou o tempo todo deitada no meu colo, quase como um bebê manhoso. Até meu gato com sotaque francês e olhar de juiz da verdade teve empatia com o meu estado catastrófico e parou de me julgar pela bebedeira, ficando mais interessado em assistir TV comigo. Como eu disse, melhores companheiros de ressaca.

Se alguém filmasse aquela cena, nós quatro poderíamos muito bem ilustrar uma família perfeita de comercial familiar. Isso, claro, caso as propagandas de margarina se importassem em retratar qualquer outro modelo de família diferente de um homem e uma mulher, brancos de classe média, com os seus dois filhos, sempre uma menina e um menino.

A soma desses três dias resultou na minha cara de bunda na segunda. Na verdade, eu estava perto de ter um ataque nervos enquanto tirava, pela décima vez, o acento de ideia, isso porque um dos colunistas que eu era encarregada de revisar parecia ter um tesão em escrever na antiga ortografia, mesmo que nos últimos 10 anos ninguém mais fizesse isso.

Eu estava pronta para desistir de tudo, por 20 minutos, e esquentar a minha marmita, mas como todo jovem que é completamente viciado em internet, antes de sair da frente do meu computador chequei meu e-mail. Sempre que fazia isso, era com esperança de ter uma mensagem me dizendo que eu era a herdeira rica de um reino europeu, nunca era, mas eu sempre pensava que seria a próxima Mia Thermopolis.

Quando vi a notificação de um dos e-mails, meu coração chegou a errar as batidas, meu tico e teco esqueceu como juntar sílabas, todos os músculos do meu corpo tinham perdido a habilidade de se contrair e meus joelhos tinham, com certeza, derretido. Eu queria muito receber aquela notícia, mas não esperava que iria realmente acontecer. E, definitivamente, não estava preparada para lidar com ela.

"Olá Beatriz,

Tudo bem com você? Nós da equipe Buzzie esperamos que sim. (Caso não esteja, prometo que o seu dia vai melhorar até o final desse e-mail.)

A matéria que você escreveu como participação do nosso concurso nos deixou impressionados e ansiosos para que o mundo possa lê-la. Dessa forma, gostaríamos de te dar a grande notícia, você foi selecionada para a segunda fase do concurso: a votação pública!

As matérias finalistas estarão disponíveis no nosso site hoje à tarde, aproveite para compartilhar seus amigos e boa sorte!

Atenciosamente,
Roberta Veiga, editora chefe do Buzzie Brasil."

Eu li e reli aquelas palavras dezenas de vezes, todas elas faziam sentido juntas, mas eu ainda não conseguia acreditar no que os meus olhos estavam vendo. Eu fiquei encarando o monitor sem me mexer por um tempo que as pessoas achariam estranho, já que Leticia começou a chamar minha atenção.

—Você está bem? —ela perguntou enquanto passava a mão na frente do meu rosto, tentando me tirar do transe. —Minha amiga quebrou? Você ainda consegue formar palavras?

—Eu... E-mail...—Apenas apontei pra tela do computador com a mão tremendo. Aparentemente, eu estava ferrada, já que tinha perdido a habilidade de montar sentenças completas e, para ser jornalista, essa habilidade é pré-requisito.

—Ai. Meu. Deus! —ela disse pausadamente, quase como se tentasse juntar as palavras.

Pronto, nós duas tínhamos perdido a única habilidade necessária para nos sustentar. Meus gatos e o Zac estavam com um sério risco de passar fome.

—Eu nem sei o que fazer. —disse. Nós duas estávamos olhando paralisadas para o monitor.

Quando disse isso tirei minha amiga do transe, ela colocou os braços ao redor dos meus ombros e me apertou, cortando a minha circulação. —Eu tô tão feliz! —O cérebro dela tinha voltado ao normal. —Minha melhor amiga é finalista do concurso da Buzzie. —completou dando um gritinho e chamando atenção de alguns dos nossos colegas de trabalho.

—Fala baixo, Leticia! —repreendi. —Se o Fernando escuta uma coisa dessas, eu tô frita, cozida e jogada na lata de lixo. —tentei conter um pouco do surto dela.

—Você sabe que isso vai chegar nos ouvidos dele em pouco tempo, né? —avisou um pouco mais séria.

Ela estava certa, meu chefe iria ficar sabendo em algum momento, era óbvio. Antes, eu não tinha parado para analisar esse cenário, mas naquele momento, a única coisa que eu podia fazer era rezar para que ele esquecesse que me chamo Beatriz Ribeiro, ou para que ele decidisse fazer um retiro afastado da tecnologia depois do almoço e para sempre.

—Vamos rezar pra que ele esteja de bom humor. —disse com um sorriso amarelo. As chances de que ele estivesse de bom humor eram próximas das minhas em ganhar na loteria com um bilhete achado na rua.

—Vamos cruzar os dedos. —Letícia disse cruzando os dedos do lado do rosto e dando um sorriso com uma pitada de esperança.

Depois de toda essa comoção, Leticia sumiu pelo elevador, me deixando sozinha, enquanto eu observava minha marmita com um macarrão com calabresa e brócolis girar dentro do micro-ondas. Enquanto esperava minha comida ficar pronta, mandei algumas mensagens, para minha mãe, meu pai, meu irmão e, também, para Lis. Apesar de não parecer real, queria contar para todo mundo sobre o Buzzie.

Eu estava na minha última garfada quando Leticia apareceu na copa do escritório, estava segurando um pacote de uma padaria cara, famosa por vender uma fatia do bolo mais delicioso do mundo pela bagatela de VINTE reais.

—Fecha os olhos que eu tenho uma surpresa pra você! —disse e eu fiz o que ela pediu. Já sabia o que era, conseguia ouvir ela abrindo a embalagem e também conseguia sentir o cheiro de todo aquele chocolate perto do meu nariz. —Pronto! Pode abrir! —Quando segui as ordens, ela continuou. —SURPRESA! Pra você comemorar e lembrar desse dia incrível!

Minha amiga estava com uma fatia de bolo parada na minha frente, uma maravilha de camadas de bolo intercaladas com camadas de ganache de chocolate e coberto por um chantilly feito por deuses. Em cima do bolo, Lê tinha colocado uma vela e agora fazia cara de quem estava me esperando assoprar. Com certeza ela queria comer aquele bolo tanto quanto eu.

Eu assoprei a vela e disse: —Não é o meu aniversário, mas acho que uma vela acesa num bolo me da direito a um pedido, certo?

—Eles dão a vela de graça se você compra o bolo. —disse cortando minha magia e começando a atacar o bolo junto comigo.

Mas mesmo não sendo meu aniversário, eu fiz o pedido. Algumas semanas antes eu tinha pedido ao universo para ser eu mesma, um caminho para seguir. Dessa vez, completei o pedido: "Quero viver meu sonho."

~*~

Passei o inicio da tarde recarregando a pagina do Buzzie a cada cinco minutos, nesse período consegui roer todas as minhas unhas e jogar no ralo o tempo que tinha gastado pintando elas. Às duas da tarde, finalmente, todas as dez matérias que tinham sido selecionadas para votação pública do concurso entraram no ar.

Ver meu nome, junto com a minha foto mais bonita, logo abaixo do título do meu texto, no meu site favorito foi, em poucas palavras, emocionante. Como eu estava afogada em textos que precisavam de revisão e com a nota que precisava escrever sobre um single ruim do filho mimado de um ricaço que pagou meu chefe por 5 linhas falando bem, não consegui ler todas as matérias, apenas compartilhei o link para todos os meus contatos do whatsapp e no instagram, na esperança de conseguir alguns votos.

Depois disso, desconectei meu celular do wifi e tentei ao máximo me concentrar no trabalho, não foi uma tarefa fácil, mas consegui me manter fora do whatsapp por quase duas horas. Assim, enquanto bebia meu café da tarde, consegui abrir minhas mensagens e, para a minha surpresa, meu telefone travou, mais de 150 mensagens chegaram praticamente juntas.

Mais da metade daquelas mensagens eram da minha família, minha mãe e minhas tias adoram mandar várias mensagens seguidas, cada uma com um limite de 3 palavras e dois emojis. No entanto, a outra metade das mensagens eram de amigos, colegas da faculdade e do colégio, da diretora do colégio que me disse pra tentar outro curso porque jornalismo não dava dinheiro, por fim, Lis tinha respondido minha mensagem e também Rodrigo, meu ex-namorado, todos estavam me parabenizando.

"Sabia que você ia conseguir Bia!" Dizia Lis na mensagem. 

Junto com isso ela me avisou que iria voltar com as lives hoje à noite e que iria divulgar a minha matéria para os seguidores dela também. Respondi agradecendo por toda ajuda e junto mandei um emoji de coração e uma figurinha dizendo o quão perfeita ela era.

Quando eu vi a foto de perfil de Rodrigo, meu ex-namorado, junto com seu nome ao lado de um coração, pensei que deveria ter mudado o contato cinco meses antes, meu coração deu uma apertada no peito, todas as nossas lembranças do nosso relacionamento que estavam guardadas numa gaveta saltaram para fora.

Antes de Rodrigo eu nunca tinha namorado, na verdade eu tinha beijado só duas pessoas, ele foi o meu primeiro tudo, primeiro eu te amo, primeiro sexo, primeira pessoa com quem dividi um apartamento e vários outras primeiras vezes. Nós dois nos conhecemos na primeira semana de faculdade, aquele sorriso de príncipe encantado e todas as piadas nerds levaram meu coração logo no primeiro semestre.

Nosso relacionamento era de novela, ele comprava um bombom pra mim sempre que ia me ver, a gente andava de mãos dadas por todo campus, ele pegava o carro do pai dele só pra me levar nos dias de chuva, sempre estava a fim de fazer skin care comigo e assistir todas as comédias românticas que eu queria. Ele era perfeito em todos os sentidos, além de ser um ótimo namorado, ele tinha conquistado toda minha família, até meu avô que queria que eu morresse virgem, mas nos últimos dois anos do nosso relacionamento eu só conseguia me enxergar presa.

Toda a perfeição dele, todo carinho dele comigo e todo amor que eu sentia por ele se transformou numa prisão pra mim. Assim que eu comecei a trabalhar no jornal do avô dele, comecei a perceber que o caminho era muito mais fácil pra mim do que para os outros estagiários e jornalistas recém-formados, eu conseguia as melhores matérias e a maior parte dos elogios do chefe. Toda aquela atenção me dava a sensação de que eu tinha uma dívida com ele, uma dívida que eu nunca conseguiria pagar, nem com dinheiro, nem com afeto. Toda aquela pressão que eu me coloquei estava me esmagando todos os dias.

No final de novembro, eu já não conseguia nem sorrir direito quando estava perto dele e como sempre eu estava com ele, em casa, no trabalho e até mesmo quando saia, eu estava triste o tempo todo. Não sei de onde tirei coragem, mas eu conversei com ele, disse tudo que precisava, fiz minhas malas e peguei o primeiro ônibus para a casa dos meus pais. Pra mim não tinha volta, não podia ter, já que precisava andar com as minhas próprias pernas e sentir que não devia nada com ninguém. Apesar de eu ter jogado nosso relacionamento de 6 anos no lixo em uma noite, Rodrigo não brigou comigo, apenas disse que me entendia, embora ele ainda acreditasse que nós dois ainda erámos algo e que voltaríamos a ser um casal em algum momento.

~*~

Já era quase fim do meu expediente quando Fernando, meu chefe cosplay do demônio, passou pela minha mesa e apenas resmungou que me queria na sala dele em cinco minutos. Minha alma gelou, eu sabia exatamente sobre o que ele queria falar, alguns dos meus colegas de trabalho tinham visto a minha matéria e me elogiado, ele também sabia. Uma das colunistas inclusive me parabenizou e deu algumas dicas para melhorar na próxima, um sinal de que ela realmente tinha lido tudo.

Assim que eu entrei na sala dele, fechei a porta e percebi que ele estava em pé, ao lado da mesa, com uma cara de furioso. Antes que eu pudesse dizer uma palavra, ele começou a gritar comigo e a ficar ainda mais vermelho do que estava antes.

—VOCÊ PENSA QUE PODE ESCREVER UMA MATÉRIA PARA A CONCORRÊNCIA BEATRIZ? EU TENHO CARA DE IDIOTA PRA VOCÊ? SE VOCÊ QUER SAIR DAQUI EU TE DEMITO, NÃO PRECISA SE ESFORÇAR TANTO ASSIM. —gritou para os quatro cantos do universo, tenho certeza que alguém no Japão tinha acordado por causa dele. Eu até dei um passo para trás, Fernando parecia um lobo pronto pra pular no meu pescoço e cortar ele fora e eu me sentia um filhote de coelho que iria morrer ali mesmo.

Apesar de toda essa humilhação daquele momento, eu pensei nos três animais famintos para sustentar, engoli todo meu orgulho e juntei algumas palavras para tentar salvar meu emprego.

—Senhor Fernando, eu sinto muito! Eu só me inscrevi no concurso pra saber se eu tinha capacidade, nunca foi minha intenção sair daqui, eu só queria mostrar pro senhor do que eu sou capaz.

Mentira. Mentira. Mentira. Agradeci por ele não ser capaz de descobrir quando eu estava mentindo igual a minha mãe era mestre em fazer. Aquela era minha melhor atuação.

—Ohh Beatriz, você é só uma menina ingênua. —disse com ironia. —Achar que eu li esse seu texto, eu tenho mais coisas pra fazer. —fez uma pausa, parecia estar encontrando as palavras certas, procurando palavras para me ofender de forma mais educada, pra evitar que o resto do escritório continuasse escutando o surto.

—Senhor Fernando, eu sinto muito. Por favor, não me demita. Eu posso escrever para o concurso e pedir para tirarem a matéria do ar. —implorei.

Azia, meu estômago estava lutando com a minha razão pra que eu parasse de me humilhar na frente de uma pessoa tão nojenta. O salário, eu precisava dele, então aquela era minha única saída. Isso mesmo, eu era só mais uma mercenária, vendendo meu orgulho e minha sanidade para pagar as contas.

—Já que você está pedindo tanto, talvez eu possa reconsiderar o assunto. —disse trazendo um pouco de esperança pra mim, o que logo foi levado pra longe, assim que ele abriu a boca novamente. —Talvez depois de alguns drinks na minha casa, com você?

—Você está me dizendo que se eu for com você tomar drinks, eu mantenho meu emprego? —perguntei para confirmar o que estava acontecendo. Estava pronta para brigar, eu não podia ver meu rosto, mas eu tinha certeza que estava vermelho até as raízes do cabelo. Ele realmente estava me oferecendo um teste do sofá, em pleno século XXI.

—Estou dizendo o que você está ouvindo Beatriz. —disse saindo de perto da mesa dele e vindo em minha direção.

—Você... você...

O surto de raiva veio, eu estava tremendo de ódio, dessa fez eu era quem estava pronta para pular no pescoço de alguém. Esse alguém era Fernando.

—VOCÊ É UM ESCROTO, NOJENTO BABACA E MACHISTA! NINGUEM AQUI GOSTA DE TRABALHAR PRA VOCÊ! SUA ÚNICA HABILIDADE É FAZER DESSE ESCRITÓRIO UMA FILIAL DO INFERNO! NA VERDADE O DEMÔNIO TEM QUE FAZER UM CURSO PRA APRENDER SER INSUPORTÁVEL IGUAL VOCÊ! —disse tudo com um só folego, assim que terminei, escutei a merda que tinha falado.

Simplesmente sai da sala batendo a porta dele, todo o escritório olhou pra mim como se eu fosse um animal silvestre vestido de fada. Assim que olhei pra todo mundo, me desesperei. A minha ficha caiu, eu provavelmente estava demitida por justa causa, sem nem um pé de meia pra passar o mês seguinte. Esse pensamento fez com que algumas lágrimas começassem a escorrer enquanto eu passava rápido entre as mesas, tentando chegar o mais rápido possível até a minha antiga mesa.

Quando encontrei Leticia no meio de todos aqueles rostos me encarando, tive certeza que o meu show estava feito, já que a expressão dela era uma mistura de preocupação com terror. Eu não disse uma palavra, apenas peguei tudo que era meu na minha mesa e enfiei em uma caixa organizadora que estava ali, salvei meus arquivos num pen drive e peguei minha bolsa. Fiz tudo isso com a minha melhor amiga fazendo mil perguntas, tentando entender o que aconteceu. Eu não consegui explicar nada, só disse que precisava sair e que depois explicava tudo.

Assim que a porta do elevador se fechou, desabei de verdade. As lágrimas eram tantas que meus óculos já estavam embaçados e eu estava soluçando igual a uma criança fazendo birra. Só queria chegar em casa e me esconder debaixo do edredom até esquecer do dia.

Desorientada, completamente desorientada, esse era o meu estado. Qualquer uma das pessoas que me viram no caminho de casa era capaz de dizer que eu estava louca. Na verdade, nem me lembro do caminho que fiz pra casa, só voltei para a realidade quando cheguei na portaria do meu prédio. Assim que entrei, meu telefone tocou, o nome de Lis apareceu na tela. Apesar da minha vontade de sumir de toda sociedade, atendi a chamada.

—Lis, eu tô resolvendo uma coisa importante, não posso falar agora. — falei tudo tentando não parecer que estava chorando, super grossa, mas era o máximo que eu conseguia fazer no momento.

—Bia... —fez uma pausa suspirando. —A Lê me contou tudo, pelo menos tudo o que ela sabia. —completou. Lógico que minha melhor amiga tinha mexido alguns pauzinhos pra saber se eu estava bem, uma fofa. —Você pode falar comigo agora, eu quero sabe o que tá acontecendo.

Nem subi para o meu apartamento, sentei na mureta do portão mesmo e fiz a única coisa que, aparentemente, eu sabia fazer desde que tinha sapido da sala do Fernando, chorar. Entre os soluços, consegui contar tudo pra Lis, em alguns momentos eu só soluçava e ela me falava que estava tudo bem. No fim, eu estava mais leve, pronta pra entrar em casa. Óbvio que eu ainda estava com medo, mas as minhas lágrimas já tinham secado e, apesar do rosto vermelho, eu já estava pensando mais claramente.

Meus planos não tinham mudado, cheguei, tomei um banho quente e demorado, por fim, me escondi debaixo do edredom com meus pets, que tinham percebido que eu estava mal e resolveram me dar todo carinho que eu precisava. Era meu mundinho e, dentro dele, eu podia tentar fingir que estava tudo bem.


E ai, gostaram meninxs? Me conta aqui o que vocês acharam, pode falar bem ou mal, eu adoro saber a opinião de vocês. Por favor, não se esqueça de me dar uma estrela e me fazer feliz!

Mais uma vez, também quero deixar aqui um espaço para vocês compartilharem, caso queiram, experiencias parecidas com o que aconteceu com a Bia, vamos conversar sobre isso e aprender uns com os outros. Se precisarem, eu tô aqui para conversar. 

Até o proximo capitulo, Rapha <3

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